Sede Santos

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(1Pe 1:14–15)
O argumento aqui é lógico e simples. Os filhos herdam a natureza dos pais. Deus é santo; portanto, como Seus filhos, devemos viver vidas santas. Somos “participantes da natureza divina” (2Pe 1:4) e devemos revelar essa natureza em uma vida piedosa.
Pedro lembrou seus leitores do que eles eram antes de confiarem em Cristo. Eles tinham sido filhos da desobediência (Ef. 2:1–3), mas agora eles deveriam ser filhos obedientes. A verdadeira salvação sempre resulta em obediência (Rm. 1:5; 1Pe 1:2). Eles também tinham sido imitadores do mundo , “se moldando” segundo os padrões e prazeres do mundo. Rm 2:2 traduz essa mesma palavra como “conformados a este mundo”. Pessoas não salvas nos dizem que querem ser “livres e diferentes”, mas todas imitam umas às outras!
A causa de tudo isso é a ignorância que leva à indulgência. Pessoas não salvas carecem de inteligência espiritual, e isso faz com que elas se entreguem a todos os tipos de indulgências carnais e mundanas (veja At 17:30; Ef4:17). Já que nascemos com uma natureza caída, era natural para nós viver vidas pecaminosas. A natureza determina apetites e ações. Um cão e um gato se comportam de forma diferente porque têm naturezas diferentes.
Ainda estaríamos naquela triste situação pecaminosa se não fosse pela graça de Deus. Ele nos chamou! Um dia, Jesus chamou Pedro e seus amigos e disse: “Venham, sigam-me... e eu os farei pescadores de homens” (Mc 1:17). Eles responderam pela fé ao Seu chamado, e isso mudou completamente suas vidas.
Talvez isso explique por que Pedro usou a palavra chamado com tanta frequência nesta carta. Somos chamados para ser santos (1Pe 1:15). Somos chamados “das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2:9). Somos chamados para sofrer e seguir o exemplo de mansidão de Cristo (1Pe 2:21). Em meio à perseguição, somos chamados “para herdar uma bênção” (1Pe 3:9). O melhor de tudo é que somos chamados para “sua glória eterna” (1Pe 5:10). Deus nos chamou antes de clamarmos a Ele para a salvação. É tudo inteiramente pela graça.
Mas a eleição graciosa de pecadores por Deus para se tornarem santos sempre envolve responsabilidade, e não apenas privilégio. Ele nos escolheu em Cristo “para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele” (Ef. 1:4). Deus nos chamou para Si mesmo, e Ele é santo; portanto, devemos ser santos. Pedro citou a lei do Antigo Testamento para respaldar sua admoestação (Lv. 11:44–45; 19:2; 20:7, 26).
A santidade de Deus é uma parte essencial de Sua natureza. “Deus é luz, e nele não há treva nenhuma” ( 1Jo 1:5). Qualquer santidade que tenhamos em caráter e conduta deve ser derivada Dele. Basicamente, ser santificado significa ser “separado para o uso e prazer exclusivo de Deus”. Envolve separação daquilo que é impuro e devoção completa a Deus (2Cor. 6:14). 2Cor 7:1). Devemos ser santos “em toda maneira de conversação [comportamento]”, para que tudo o que fizermos reflita a santidade de Deus.
Para um crente dedicado, não existe algo como “secular” e “sagrado”. Toda a vida é santa quando vivemos para glorificar a Deus. Até mesmo atividades comuns como comer e beber podem ser feitas para a glória de Deus (1Cor. 10:31). Se algo não pode ser feito para a glória de Deus, então podemos ter certeza de que deve estar fora da vontade de Deus.
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