3. Os anseios do coração de Jesus para todos os crentes (Jo 17.20-26)

73 anos PIB Caratinga  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Jo 17.20-26

20 E rogo não somente por estes, mas também por aqueles que virão a crer em mim pela palavra deles,
21 para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
22 Eu lhes dei a glória que me deste, para que sejam um, assim como nós somos um;
23 eu neles, e tu em mim, para que eles sejam levados à plena unidade, a fim de que o mundo reconheça que me enviaste e os amaste, assim como me amaste.
24 Pai, meu desejo é que aqueles que me deste estejam comigo onde eu estiver, para que vejam a minha glória, a qual me deste, pois me amaste antes da fundação do mundo.
25 Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheço; e estes reconheceram que tu me enviaste.
26 E fiz que conhecessem o teu nome e continuarei a fazê-lo conhecido; para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu também neles esteja.

Introdução

Em Jo 17 temos a oração mais íntima de Jesus. Ele abre Seu coração ao Pai. Nela, ele expressa três tipos de anseios:
Vv. 1-5: Jesus expressa Seus anseios para consigo.
Nessa seção, Jesus desejava Sua glorificação, para que o Pai fosse glorificado através Dele.
Vv. 6-19: Jesus expressa Seus anseios para com os Seus discípulos;
Aqui Jesus clamou por proteção, unidade e santificação dos discípulos.
Vv. 20-26: Jesus expressa Seus anseios para com todos os crentes.
Nessa seção final da oração sacerdotal de Jesus, Ele intercede por todos que creriam Nele. Esses são os que responderão à missão dos discípulos registrada em Jo 17.18:
18 Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao mundo.
Meditemos na terceira parte dessa oração (vv. 20-26).

Em primeiro lugar, Jesus anseia pela unidade de todos os crentes (vv. 20-23).

a. Jesus pede não apenas pelos atuais discípulos, mas também por todos os que crerão Nele.

O evangelista João mostra esse desejo de Jesus de conquistar outras ovelhas em Jo 10.16:
16 Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu também as conduza. Elas ouvirão a minha voz; e haverá um rebanho e um pastor.
Naquele momento, Jesus reuniu discípulos judeus. Mas ele tinha em mente que Sua igreja seria composta não apena de judeus, mas igualmente de gentios. Uma igreja multiétnica, composta de pessoas de todos os povos, de todas as classes sociais, novos e velhos, homens e mulheres.
O propósito do clamor de Jesus está no v. 21:
21 para que todos sejam um.
Todos os discípulos de Jesus, judeus e gentios, serão um. Um só rebanho. Um só povo de Deus.

b. O primeiro propósito da unidade da igreja é a unidade do Deus triúno (v. 21).

Jesus declara no v. 21:
[…] assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles estejam em nós.
Jesus estava criando uma comunidade de fé - a Igreja. Ele deseja que Sua igreja seja unida. Por quê? Porque a unidade da igreja reflete a unidade que existe no próprio Deus entre Pai e Filho.
Jesus disse que “o Pai é em mim, e eu em ti”. Ambos estão intimamente unidos a ponto de serem indissociáveis. Assim deve ser a unidade da igreja: mesmo sendo pessoas diferentes, devemos viver e trabalhar juntos em perfeito amor.
Jesus pede: “assim como”. Assim como Ele é unido ao Pai, que nós sejamos unidos com Eles. O anseio de Jesus é que cada um de nós, eu e você, aprendamos com a unidade do próprio Deus a sermos unidos uns com os outros.

c. O segundo propósito da unidade da igreja é alcançar o mundo (v. 21).

21 […] para que o mundo creia que tu me enviaste.
Jesus deseja que vivamos uma união tão celestial, harmoniosa e real, que sirva de testemunho poderoso ao mundo. Em outras palavras, é primeiro a unidade da igreja que testemunha aos perdidos, e não a nossa mensagem.
[APLICAÇÃO] Não adianta pregar bem, se os irmãos estão rivalizando, cheios de problemas nos relacionamentos e não estão unidos no propósito de expandir o Reino de Deus em suas vidas e no mundo. A nossa unidade é o nosso primeiro testemunho. Mensagem sem testemunho é vazia.

d. Jesus nos transmitiu Sua glória para que sejamos um (v. 22).

Jo 1.14:
14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, pleno de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.
Sobre “glória”, D.A. Carson: é a manifestação reveladora da pessoa de Deus.
Jesus revelou a glória de Deus aos Seus primeiros seguidores, que a compartilharam com os demais até chegar a nós. Agora, temos essa glória divina compartilhada. Quando compartilhamos de Sua glória, compartilhamos de Sua unidade.

e. O terceiro propósito da unidade da igreja é o aperfeiçoamento (v. 23).

Não aperfeiçoamento do nosso caráter, mas aperfeiçoamento da nossa unidade. Nossa unidade é aperfeiçoada pela nossa unidade: à medida em que nos relacionamos e servimos uns aos outros compartilhando nossa vida, nossos bens, nossa porção de Deus.
Essa plena unidade vamos conseguir com “Jesus em nós, e o Pai em Jesus”. Comunhão real conduzida pela presença divina. Comunhão verdadeira não é clube social; é muito mais. É relacionamentos regados no amor divino. É compartilhamento de vida. É cuidado mútuo. E só conseguiremos viver isso através da presença de Jesus em nós.
[APLICAÇÃO] A unidade na igreja é um tipo de termômetro de sua espiritualidade.
Quando os irmãos brigam na igreja, mostram para os do mundo que eles não sao diferentes deles e que, por isso, não têm nada a oferecer.

Em segundo lugar, Jesus anseia para que a Igreja esteja com Ele (vv. 24-26).

Essa é “a vontade” de Jesus:
24 […] que aqueles que me deste estejam comigo onde eu estiver […].
É o Seu desejo. Se é o desejo de Jesus, é também do Pai.
Jesus deseja reunir a Sua Igreja consigo. Todos os salvos de todos os tempos.
Mas ele descreve o propósito:
24 […] para que vejam a minha glória, a qual me deste […].
Que glória é essa? é
24 […] a qual me deste, pois me amaste antes da fundação do mundo.
Os discípulos já tinham visto a glória de Jesus em Seus sinais. Eles veriam em breve a glória do Cristo crucificado, ressuscitado e assunto aos céus. Mas eles nunca viram a glória do Cristo pré-encarnado.
Cristãos de todos os tempos puderam deslumbrar parte da glória de Cristo. No último dia, porém,será diferente.
1Jo 3.2:
2 Amados, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é.
O maior anseio povo de Deus é contemplar ao Senhor face a face. Sl 27.4:
4 Pedi uma coisa ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar o esplendor do Senhor e meditar no seu templo.
Um dia vamos estar diante Dele.
Vv. 25 e 26 resumem a oração, e o v. 26 declara que Jesus nos faz conhecer o Pai, e que esse conhecimento crescerá, com o propósito de que o amor do Pai esteja em nós.
A ideia é que Jesus é o objeto desse amor; porém, o conhecimento progressivo de Deus em nós nos transformará de tal forma que o amor que o Pai tem pelo Filho se tornará o nosso amor. Em outras palavras, o amor que foi derramado em nossos corações se aperfeiçoa de modo que não é menos que o amor entre as pessoas da trindade.

Considerações finais sobre a unidade:

É um dos maiores anseios do coração de Jesus.
O que é essa unidade?
Unidade que não abre mão da verdade.
Unidade que não proíbe a diversidade.
Unidade nos relacionamentos compartilhados com Jesus.
Matt Carter e Josh Wredberg, em seu comentário de João, listam quatro evidências de uma igreja unificada:
A. Um compromisso compartilhado com o ensino bíblico.
B. Uma compreensão compartilhada da nossa nova identidade
C. Uma busca compartilhada pelo amor sacrificial
D. Um descontentamento partilhado com a divisão egoísta
Esse é o anseio do coração de Jesus.

Apelo

A você que já segue a Jesus: Jesus anseia pela unidade da Igreja. Você valoriza isso? Você busca isso?
Você que não conhece a Jesus: você deseja conhecer o amor de Deus? Deseja se arrepender dos seus pecados e buscar uma nova vida? Entregue sua vida para Jesus.
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