PRIORIZE O DEVOCIONAL

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Um exercício de humildade

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Texto Base

35 Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava. 36 Procuravam-no diligentemente Simão e os que com ele estavam. 37 Tendo-o encontrado, lhe disseram: Todos te buscam. 38 Jesus, porém, lhes disse: Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim. 39 Então, foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas deles e expelindo os demônios.

Pergunta:
Como Estamos Priorizando a Vida Devocional?

1. REALIDADE ATUAL

1.1 - Procrastinação

- A procrastinação, o ato de adiar o que deve ser feito, é algo que todos nós enfrentamos em algum momento da vida. Na Bíblia, há princípios que nos orientam a evitar a procrastinação, mostrando as consequências de adiar o cumprimento de nossas responsabilidades e os benefícios de uma atitude diligente.

1.1.1 - Procrastinação vs. Diligência

- A Bíblia nos encoraja a sermos diligentes em nosso trabalho e nos ensina que a procrastinação pode levar à pobreza, não apenas material, mas também espiritual.
Provérbios 6.6–11 “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado.”
- Aqui, Salomão nos exorta a observar a diligência da formiga, que trabalha no tempo certo, antecipando-se às necessidades futuras. A procrastinação, por outro lado, leva à ruína.

1.1.2 - O Tempo é Limitado

- A procrastinação desperdiça o tempo precioso que Deus nos dá. A Bíblia nos ensina que devemos fazer bom uso do tempo, pois não sabemos quanto tempo temos nesta vida.
Efésios 5.15–16 “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus.”
- Paulo nos encoraja a sermos sábios, aproveitando cada oportunidade que temos, pois o tempo que temos nesta vida é limitado. A procrastinação nos impede de remir o tempo, ou seja, de usá-lo da melhor forma possível.
Aplicação 1
A procrastinação nos desvia do propósito de Deus para nossas vidas, levando-nos à inércia e à perda de oportunidades espirituais e materiais. A Bíblia nos chama à diligência, ao uso sábio do tempo e à ação constante no cumprimento da vontade de Deus. Se reconhecemos áreas de procrastinação em nossas vidas, devemos buscar arrependimento e uma mudança de atitude, seguindo o exemplo de Cristo, que sempre foi diligente em cumprir a missão para a qual foi enviado.

1.2 - Ativismo

- Ativismo é o envolvimento excessivo em atividades, especialmente no contexto religioso, que pode levar a uma vida de trabalho constante e intensa, sem a devida atenção ao relacionamento pessoal com Deus. Embora a Bíblia encoraje a ação e o trabalho, ela também nos ensina que o ativismo descontrolado pode nos afastar da verdadeira devoção e descanso espiritual.

1.2.1 - A Prioridade da Intimidade com Deus sobre a Atividade

- A Bíblia nos ensina que nossa prioridade deve ser o relacionamento com Deus, e não simplesmente o cumprimento de atividades religiosas. Jesus demonstrou essa verdade em vários momentos, especialmente quando confrontou Marta.
Lucas 10.38–42 “Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos. Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.”
- Marta está ocupada com o serviço e as responsabilidades da casa, enquanto sua irmã Maria escolheu sentar-se aos pés de Jesus e ouvi-lo. Jesus corrige Marta, ensinando que o mais importante é estar em comunhão com Ele. Essa passagem nos lembra que, embora o serviço seja importante, nossa prioridade deve ser o tempo com Deus.

4. Ativismo e Motivação do Coração

- ativismo também pode refletir motivações erradas no coração. Muitas vezes, as pessoas se envolvem em atividades incessantes para buscar reconhecimento ou tentar “ganhar” o favor de Deus, como se pudessem ser aceitas por suas obras.
Mateus 6.1 “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste.”
- Jesus advertiu contra a prática de obras com a motivação errada. O ativismo pode se tornar uma forma de orgulho espiritual, quando as pessoas buscam a aprovação humana mais do que a aprovação divina. As atividades religiosas devem ser motivadas pelo amor a Deus e ao próximo, e não pelo desejo de reconhecimento.
Aplicação 2
O ativismo pode sufocar o desenvolvimento do fruto do Espírito em nossas vidas, pois estamos tão ocupados com o "fazer" que negligenciamos o "ser". A verdadeira vida cristã deve ser marcada pelo equilíbrio entre ação e contemplação, permitindo que o Espírito Santo produza em nós os frutos que refletem o caráter de Cristo.

1.3 - Ataques Espirituais

1.3.1 - Cansaço e Desânimo: Ferramentas para Enfraquecer a Devoção

- Satanás também usa o cansaço físico e emocional para enfraquecer nossa vida de oração e leitura da Palavra. Ele tenta nos sobrecarregar com tantas tarefas que acabamos desanimados e sem forças para buscar a Deus.
Mateus 26.40–41 “E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.”
- Jesus advertiu seus discípulos para que vigiassem e orassem, mas o cansaço físico os dominou. Da mesma forma, Satanás usa nossa fraqueza física e mental para nos impedir de nos dedicar à oração e à busca da presença de Deus. Esse desânimo nos deixa vulneráveis a outros ataques espirituais.

1.3.2 - Dúvidas e Incredulidade: Atacando a Fé

- Outro ataque espiritual frequente contra a vida devocional é o da dúvida. Satanás semeia questionamentos sobre a eficácia da oração, sobre a fidelidade de Deus e até mesmo sobre a veracidade das Escrituras.
Gênesis 3.1 “Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?”
- A primeira estratégia de Satanás foi plantar dúvidas nas palavras de Deus. Ele ainda faz isso hoje, especialmente no que diz respeito à vida devocional. Quando começamos a duvidar da Palavra de Deus ou da eficácia da oração, perdemos a motivação para buscar a presença de Deus, tornando nossa vida espiritual fraca e vulnerável.

1.3.3 - Pecado Não Confessado: Uma Barreira na Comunhão com Deus

- O pecado não confessado é uma das barreiras mais poderosas que Satanás usa para minar a vida devocional. Quando pecamos e não confessamos, nossa consciência se torna pesada, e nos afastamos de Deus, perdendo a intimidade e o desejo de buscá-Lo.
Salmo 66.18 “Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido.”
- O pecado não confessado cria uma barreira espiritual que afeta nossa comunhão com Deus. Satanás usa a culpa e a vergonha para manter o crente em um ciclo de afastamento, bloqueando sua vida de oração e devoção.

2. PRIORIZE UMA VIDA DEVOCIONAL

2.1 - Deus Exige a Primazia

Marcos 1.35 “Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava.”

2.1.1 - O grande exemplo do Senhor Jesus

Lucas 5.16 “Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava.”
Contexto: Mesmo com o aumento de sua popularidade e das multidões buscando sua atenção, Jesus retirava-se para estar a sós com o Pai em oração.
Mateus 14.23 “E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só.”
Contexto: Após alimentar cinco mil pessoas, Jesus se retira sozinho para orar, mostrando que Ele separava tempo para estar com o Pai, mesmo após grandes realizações.
Lucas 6.12 “Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.”
Contexto: Antes de escolher os doze apóstolos, Jesus passou a noite em oração, demonstrando que decisões importantes em sua missão eram precedidas por longos momentos de comunhão com o Pai.
Mateus 26.36 “Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar;”
Contexto: Antes de enfrentar a crucificação, Jesus se retira para o jardim do Getsêmani e ora fervorosamente. Isso nos ensina que nos momentos de maior angústia e desafio, a oração deve ser nossa prioridade.
João 17:1 "Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti."
Contexto: Em sua oração sacerdotal, Jesus ora por si mesmo, pelos seus discípulos e por todos os crentes, mostrando seu desejo de estar em comunhão com o Pai e interceder pelos outros.
- Essas passagens reforçam o exemplo de Jesus ao priorizar a vida devocional, independentemente das circunstâncias ou do nível de responsabilidade em seu ministério. Ele buscava regularmente estar a sós com Deus, mostrando que a oração era a base de todas as suas ações.

2.1.2 - Interesse por Deus: A Vida Devocional Revela Nosso Desejo de Conhecer Mais a Deus

- A vida devocional é uma expressão do nosso interesse genuíno em conhecer a Deus. Quanto mais buscamos a Sua presença, mais revelamos o nosso coração desejoso por Ele. No Salmo 42:1-2, encontramos a expressão de um desejo profundo pela presença de Deus:
Salmo 42.1–2 “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?”
- Essa passagem reflete o anseio da alma por Deus, demonstrando que a vida devocional não é apenas um dever religioso, mas uma necessidade espiritual. O nosso desejo de conhecer a Deus deve nos impulsionar a separar tempo regularmente para estar com Ele, ouvir Sua voz, e aprender de Sua Palavra.

2.1.3 - Intimidade: O Desejo de Estar na Presença de Deus Precisa Ser o Centro da Nossa Vida

- A vida devocional nos conduz a um nível de intimidade com Deus que vai além das palavras. O desejo de estar na presença de Deus deve ser central na vida do cristão. Essa intimidade é fruto de um relacionamento constante, em que o cristão busca a face de Deus não apenas para pedir, mas para estar com Ele.
Salmo 27.4 “Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no seu templo.”
- Davi expressa aqui o seu desejo ardente por intimidade com Deus. A vida devocional precisa refletir essa mesma busca: uma prática de estar na presença de Deus, não somente para fazer pedidos, mas para experimentar a beleza de Sua santidade.

2.1.4 - O Ponto Alto: A Vida Devocional Deve Ser o Ponto Mais Importante do Nosso Dia

- A vida devocional precisa ocupar o lugar mais importante em nossa agenda, pois é o momento em que recalibramos nossa mente e coração diante de Deus. Jesus deu o exemplo ao separar momentos de Seu dia, muitas vezes logo pela manhã, para orar e estar com o Pai.
Marcos 1.35 “Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava.”
- Essa atitude de Jesus mostra como a vida devocional precisa ser prioridade. Ele não permitiu que as demandas e urgências do Seu ministério tomassem o lugar do tempo com o Pai. Isso ensina que a vida devocional deve ser o ponto alto do nosso dia, o momento mais importante.
Mateus 6.33 “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
- Jesus nos ensina a buscar primeiro o Reino de Deus. Esse "primeiro" implica uma ordem de prioridade, onde nosso tempo com Deus deve ser o foco inicial de nossas vidas. Quando a vida devocional é o ponto mais importante do dia, tudo o mais é ordenado e alinhado de acordo com a vontade de Deus.
Aplicação 3
Interesse por Deus: Devemos examinar o quanto realmente desejamos conhecer a Deus. Nossa vida devocional revela se estamos buscando a Deus com sede de conhecê-Lo ou se estamos apenas cumprindo um ritual.
Intimidade: O desejo de estar na presença de Deus precisa ser o centro da nossa vida. A intimidade com Deus deve ser cultivada, e isso só acontece quando colocamos a vida devocional como uma prática diária e contínua.
O Ponto Alto: A vida devocional precisa ser o ponto mais importante do nosso dia. Devemos planejar nossos dias ao redor do nosso tempo com Deus, e não o contrário.

2.2 - Traz um Senso de Propósito

Marcos 1.36–37 “Procuravam-no diligentemente Simão e os que com ele estavam. Tendo-o encontrado, lhe disseram: Todos te buscam.”
- Aqui, vemos que as pessoas estavam à procura de Jesus, trazendo a Ele suas necessidades e urgências. No entanto, Jesus não se deixou levar pelas demandas imediatas e pela pressão externa. Ele havia acabado de passar um tempo em oração e, dessa comunhão com o Pai, Jesus extraiu um senso de propósito claro para Sua missão. Isso nos ensina algumas lições importantes:

2.2.1 - As Demandas da vida são constantes

- A frase “Todos te buscam” mostra como as demandas ao nosso redor nunca param. Jesus estava em um momento de intensa popularidade. As pessoas queriam cura, libertação e ensinamentos, e a necessidade delas era legítima. Da mesma forma, na nossa vida, as demandas familiares, profissionais, ministeriais e pessoais são constantes, muitas vezes nos pressionando e exigindo nossa atenção imediata.

2.2.2 - O Tempo Devocional Nos Protege de Distrações

- A vida devocional nos ajuda a evitar que as urgências tomem o lugar dos nossos verdadeiros propósitos. Jesus sabia que havia um propósito maior em Seu ministério do que apenas atender às necessidades imediatas das multidões. Ele veio para pregar o Reino de Deus e fazer a vontade do Pai. Quando passamos tempo com Deus em oração e meditação na Sua Palavra, nossos corações e mentes são realinhados com os propósitos de Deus para nossa vida.
Romanos 12.2 “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
- A renovação da mente, que acontece na vida devocional, nos capacita a discernir a vontade de Deus em meio às muitas distrações e pressões da vida. Isso nos permite viver com um senso claro de propósito, sem sermos desviados pelas demandas que o mundo impõe.

2.2.3 - A Vida Devocional Nos Dá Clareza de Propósito

- Quando Jesus passou tempo em oração, Ele não apenas encontrou renovação espiritual, mas também clareza sobre o que deveria fazer a seguir. A vida devocional nos ajuda a receber direção de Deus, trazendo um senso de missão e propósito que vai além das circunstâncias imediatas. Essa clareza nos permite tomar decisões com base na vontade de Deus, e não apenas nas expectativas das pessoas ao nosso redor.
Provérbios 16.3 “Confia ao Senhor as tuas obras, e os teus desígnios serão estabelecidos.”
- Ao consagrar nosso tempo e esforços a Deus através da vida devocional, Ele nos revela o caminho a seguir. Quando somos guiados por Ele, nossos planos se alinham ao Seu propósito, e isso traz sucesso espiritual e fruto para o Reino.

2.3 - Dá uma Visão Clara de Propósito

Marcos 1.38 “Jesus, porém, lhes disse: Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim.”
- A passagem de Marcos 1:38 é central para esse entendimento. Jesus, depois de um tempo de oração, compartilha com Seus discípulos uma declaração decisiva sobre Seu propósito. Essa afirmação de Jesus não apenas revela Sua convicção e clareza de propósito, mas também nos ensina como a vida devocional pode nos dar direção e foco para cumprir a missão que Deus nos confiou.

2.3.1 - A Visão do Propósito de Deus

- Jesus sabia exatamente porque Ele havia vindo ao mundo. Seu tempo de comunhão com o Pai em oração reforçava continuamente a Sua missão. Ele não se deixava distrair pelas demandas imediatas ao Seu redor (como as pessoas que o buscavam para cura e milagres), mas permanecia focado na Sua missão maior: pregar o Evangelho.
- A vida devocional proporciona essa clareza. Quando estamos em constante comunhão com Deus, começamos a ver a vida do ponto de vista d'Ele. Isso significa que as circunstâncias, pressões e demandas ao nosso redor deixam de ser a nossa prioridade, e a vontade de Deus passa a guiar nossos passos. Jesus, através da oração, discerniu que Sua missão não se limitava àquela vila ou àquelas pessoas que O buscavam, mas que Ele deveria expandir Seu ministério para outras aldeias. Esse entendimento vem da conexão com o Pai.
Provérbios 19.21 “Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do Senhor permanecerá.”
- Nosso tempo com Deus nos ajuda a alinhar nossos planos com os propósitos d'Ele. Em vez de sermos guiados por nossos desejos e vontades, somos movidos pela visão de Deus para nossas vidas.

2.3.2 - Os Propósitos de Deus vs. Nossos Propósitos

- Um ponto fundamental aqui é o contraste entre os propósitos de Deus e os nossos. Muitas vezes, podemos ter planos, ideias e metas que, embora pareçam boas, não são alinhadas com o propósito maior de Deus para nós. Quando Jesus afirmou: "porque para isso vim," Ele estava expressando o fato de que Sua missão era definida por Deus, e não pelos Seus próprios desejos ou pelas expectativas das pessoas.
- Da mesma forma, nossa vida devocional nos permite discernir entre o que é um desejo pessoal e o que é a vontade de Deus. Às vezes, estamos tão ocupados tentando realizar nossos próprios planos que não percebemos que estamos fora do centro da vontade de Deus.
Isaías 55.8–9 “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.”
- Essa passagem nos desafia a buscar os pensamentos e caminhos de Deus, que só podem ser conhecidos através de uma vida de oração e devoção.

2.4 - Ajuda a Executar a Missão

Marcos 1.39 “Então, foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas deles e expelindo os demônios.”
- A vida devocional de Jesus O preparava para agir. A oração não apenas O direcionava para o que fazer, mas também Lhe dava a força espiritual necessária para realizar Suas obras.

2.4.1 - A Devoção Motiva a Ação

- A vida devocional não é apenas um tempo de comunhão passiva com Deus. Ela tem o poder de mover-nos à ação. Jesus, ao dedicar tempo a sós com o Pai, não ficava apenas recebendo orientação, mas também era renovado em poder e determinação para cumprir Sua missão. A oração O energizava para enfrentar os desafios que viriam no Seu ministério.
- Assim, a devoção é uma fonte de motivação para que possamos agir de acordo com o que Deus nos chamou para fazer. Quando estamos conectados com Ele, somos impulsionados a viver uma vida de propósito, guiada pela vontade de Deus.
Isaías 40.31 “mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.”
- Esse versículo reflete o poder renovador da devoção. A oração e a comunhão com Deus revigoram nossas forças e nos preparam para agir de acordo com a vontade de Deus.

2.4.2 - A Missão Flui da Comunhão com Deus

- A execução da missão de Jesus não era algo separado da Sua vida devocional, mas fluía diretamente dela. Sua pregação, curas e expulsão de demônios eram extensões de Sua intimidade com o Pai. Do mesmo modo, nossa missão deve fluir da nossa comunhão com Deus.
- Não conseguimos cumprir nossa missão espiritual se estivermos desconectados da fonte de poder e sabedoria, que é o próprio Deus. Jesus, ao nos mostrar o exemplo de como Ele se retirava para orar, nos ensina que a oração é o ponto de partida para uma vida de impacto espiritual.
João 15.5 “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.”
- Essa metáfora da videira ilustra como nossa missão é completamente dependente da nossa conexão com Cristo. Se não estivermos n'Ele, não daremos frutos espirituais. A oração e a devoção são o que nos conectam à videira, permitindo que cumpramos nossa missão de maneira eficaz.

3. APLICAÇÃO PRATICA

Priorize sua vida devocional
Identifique os Inimigos da Devoção
Evite ativismo sem Propósito
Valorize o seu tempo
Intimidade nos faz compreender a Missão

4. REFLEXÕES IMPORTANTES

Somos totalmente dependentes de Deus. Quanto mais humildes formos, mais seremos movidos a buscá-Lo.
A vida devocional nos coloca em um lugar de dependência e nos prepara para enfrentar os desafios espirituais e cumprir o propósito de Deus para nós.
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