ARROGÂNCIA E HIPOCRISIA: FRUTOS DA VIDA SEM DEUS

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Em seu último trecho de juízo o profeta mostra como os israelitas abandonaram Deus para confiarem em si mesmos, isso gerou arrogância e falsa moral, o que é objeto de ódio pelo Senhor e por isso eles seriam escravizados pela Assíria.

Notes
Transcript

Introdução

Quando o Senhor julgou as nações ao redor do Seu povo o recado era simples, ninguém está fora do domínio de Yahweh. Cada pessoa mesmo que não creia em Deus, está totalmente sujeita ao juízo do Criador. O grande problema é que o povo de Deus estava vivendo confiante em si mesmo, como reflexo do pecado, o homem administra sua jornada construindo o saber sem considerar o Deus Eterno e a realidade espiritual existente.
A arrogância de confiar em si mesmo e suas conquistar gera hipocrisia, uma vida que prega espiritualidade, mas é firmada na rocha do humanismo e do prazer. Todo pecado para Deus tem o mesmo peso, mas especialmente a arrogância é um tema constantemente condenado pelas Escrituras Sagradas, e é exatamente por viver dessa maneira que o profeta está alertando o povo, vocês serão entregues a escravidão como estavam antes de Yahweh os libertar do Egito.

Texto Bíblico

Nova Almeida Atualizada (Amós 6.8-14)
O SENHOR Deus jurou por si mesmo. O SENHOR, o Deus dos Exércitos, diz:
“Eu detesto o orgulho de Jacó e odeio os seus palácios. Abandonarei a cidade e tudo o que nela há.”
Se numa casa ficarem dez homens, também esses morrerão. E, se um parente chegado, o qual os há de queimar, pega os cadáveres para os levar para fora da casa e pergunta ao que estiver lá dentro:
“Há mais alguém com você?” E este responder: “Não, não há”; então lhe dirá: “Cale-se! Não mencione o nome do SENHOR.”
Pois eis que o SENHOR ordena, e será destroçada a casa grande, e a pequena será feita em pedaços.
“Será que os cavalos podem correr sobre as rochas? Será que é possível lavrá-las com bois?
No entanto, vocês transformaram o juízo em veneno e o fruto da justiça, em alosna. Vocês se alegram por terem conquistado Lo-Debar, e dizem: ‘Não é fato que, com as nossas próprias forças, nos apoderamos de Carnaim?’
Pois eis que trarei contra vocês, ó casa de Israel, uma nação que os oprimirá, desde a entrada de Hamate até o ribeiro da Arabá”, diz o SENHOR, o Deus dos Exércitos.

Entendendo o Texto

O juramento é um costume do homem quando precisa provar a confiança de sua palavra, para isso ele jura por algo maior que ele. Na cultura existem muitos momentos com juramentos formais como casamento, formatura, Testemunho de Juízo, mas no cotidiano este recurso também é amplamente utilizado. As escrituras não condenam o juramento, mas alertam sobre perigo do escândalo de não cumprir o compromisso, assim deve o cristão sempre ter uma palavra verdadeira, ‘seja o seu sim, sim e o seu não, não’. No versículo 8 o Senhor utiliza desse costume do homem para ratificar o quanto sua promessa seria plenamente cumprida, mas não tendo nada superior a quem jurar, jura por Si mesmo, Sua Santidade e Justiça.
Para o povo este deveria ser um motivo de temor e alerta, ora se o Criador prometeu em Seu nome, logo já está decretado o resultado. Mas não é esta a postura que eles tomam, pelo contrário sua confiança estava em seus tesouros materiais. Por isso o Senhor declara: “Eu detesto o orgulho de Jacó e odeio os seus palácios. Abandonarei a cidade e tudo o que nela há.” Am 6.8.
Na primeira parte do trecho o profeta fala sobre a indignação de Deus sobre arrogância do povo, eles deveriam confiar no poder de quem os resgatou e os separou, mas seu coração estava completamente entregue a seu ego. A atitude dos israelitas era de depender e confiar completamente em seus castelos, o coração embriagado pelas conquistas expressava isso pela adoração de fortalezas materiais. Essa era a expressão exterior da soberba e arrogância da nação. Deus odeia tanto a arrogância quanto os castelos, ou seja, abomina tanto o pecado interior da soberba quanto a sua expressão na vida material.
Assim na segunda parte do versículo a declaração é a sentença que a postura do povo gerava, já que eles confiavam tanto em si e em suas fortalezas, Deus os ‘Abandonará’. Esse termo é a mesma expressão utilizada nos versículos 6 e 9 do capítulo 1, ambos os textos falando sobre a postura tanto dos filisteus como dos fenícios em entregar seus prisioneiros como escravos a outro povo. O julgamento do Senhor foi feito, Ele entregará o Seu povo para ser escravo de outra nação, para que vejam seu orgulho ser quebrado e suas fortalezas destruídas.
A sentença não era parcial, não viria apenas sobre uma parte da nação, seria absolutamente sobre todo o povo e por isso ‘Se numa casa ficarem dez homens, também esses morrerão’. Era sobre destruição total, quem não morresse pela espada sofreria pela peste. O versículo 10 fala sobre a cremação de cadáveres, este não era um costume para todas as mortes de um judeu, mas era aplicado apenas em mortes por pestes, para que a mesma não se espalhasse entre o povo. Assim o versículo 9 aponta um conflito que causa morte de parte dos homens da casa e o versículo 10 aponta o final do verso 9, onde o restante pereceu pela peste.
A história narrada no restante do verso 10 é aponta para a situação espiritual do povo após ser entregue a escravidão, confiaram em si, em suas fortalezas, acharam que a aliança com Yahweh garantiria imunidade e agora estavam destruídos. Tudo se foi, e não queriam nem mesmo mencionar o nome do Senhor, pois poderiam sofrem ainda mais por blasfêmia.
Eles olhavam para a grandeza de tudo que construíram e teriam confiança, que se tornou arrogância ao negligenciarem os avisos do Senhor, ao receberem o juízo perceberiam que seus palácios foram ‘destroçados’ e a população foi ‘feita em pedaços’. A luz do verso 11 era Deus quem estava por trás de tudo, e todo israelita saberia disso e, então, diria: “Não mencione o nome do Senhor, porque foi Deus que ordenou esse mal contra nós”.

Conclusão

A tendência do homem em se acomodar em seu méritos é continuamente má, pois mesmo após gerações serem dizimadas ainda continuamos a fazer as mesmas escolhas. A nação de Israel não aprendeu com seus erros e mesmo apos voltar da Babilônia crucificaram o Deus Unigênito por arrogância.
O Deus do AT é o mesmo Deus no NT, apesar de muitas vezes haver um discurso de que o Deus zeloso do AT é substituído por um Deus que aceita tudo, que é só amor e diz “vem como estás e continua como estás”. Contudo não há incompatibilidade entre o Deus de Amós e o Deus de Jesus Cristo. Deus é o Eterno Yahweh! Ele é o que é! Ele nunca mudou e nunca vai mudar!
Sempre vai odiar o orgulho, sempre vai abominar os “castelos”, que são a expressão exterior dessa arrogância. Ele sempre vai disciplinar e castigar o seu povo por isso, uma vez que, no NT, também é dito que Deus resiste aos soberbos (Tg 4.6, 1Pe 5.5).

Aplicação

Diante dessa verdade precisamos moldar nossa vida a partir de um entendimento claro de quem é Deus e de quem somos nós:
Pois entender quem é Deus nos ensina a reconhecer nossa situação e condição;
Pois entender quem somos nos ajuda a expressar uma vida de adoração correta;
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