Famílias edificadas sobre a Rocha: A Família da Aliança no deserto
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Como Deus edifica a família da aliança sobre a Rocha?
Como Deus edifica a família da aliança sobre a Rocha?
Almeida Revista e Atualizada (Capítulo 8)
1 Cuidareis de cumprir todos os mandamentos que hoje vos ordeno, para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR prometeu sob juramento a vossos pais. 2 Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos. 3 Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem. 4 Nunca envelheceu a tua veste sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos. 5 Sabe, pois, no teu coração, que, como um homem disciplina a seu filho, assim te disciplina o SENHOR, teu Deus. 6 Guarda os mandamentos do SENHOR, teu Deus, para andares nos seus caminhos e o temeres; 7 porque o SENHOR, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos vales e das montanhas; 8 terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel; 9 terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro e de cujos montes cavarás o cobre. 10 Comerás, e te fartarás, e louvarás o SENHOR, teu Deus, pela boa terra que te deu.
Introdução
Introdução
Levante aos mãos aqueles cujas famílias não tem problema algum, na quais está tudo perfeitamente tranquilo.
Não apenas um, mas todos nós temos vários problemas, todos os dias. Desemprego, falta de dinheiro, perda de um ente querido, problemas relacionados à saúde, mudança de cidade
As vezes, Deus nos conduz com nossas famílias através de períodos de "desconstrução" e dificuldades, semelhante ao que fez com o antigo Israel no deserto. Me recordo de quando meus pais tiveram que mudar de Patrocínio para São Sebastião do Paraíso por conta de melhores condições para meu irmão. Gente foi uma tragédia, deu tudo errado. Caminhão de mudança capotou, a escola que acolheu inicialmente meu irmão recusou dar continuidade no tratamento porque meu irmão era um caso muito difícil e ele não tinham condições de ajudá-lo mais. Enfim, não deu nada muito certo, foi um verdadeiro deserto.Em momentos como esse, podemos nos perguntar: 'Por que Deus permite essas provações?'
Narração
Narração
Essas foram as perguntas que o povo de Deus durante 40 anos no deserto fizeram.
No capítulo 8 de Deuteronômio temos Moisés falando ao povo de Israel, que está às vésperas de entrar na Terra Prometida, após passar quarenta anos no deserto.
Moisés relembra os israelitas sobre o propósito divino por trás desses quarenta anos difíceis.
Este deserto, mencionado por Moisés, não foi apenas um lugar físico de provação, mas um período de refinamento espiritual e de ensino.
Deus usou a escassez, a dependência do maná diário, e a liderança direta para moldar Israel, ensinando-os a depender completamente dEle e a obedecer aos Seus mandamentos.
Este período no deserto foi essencial para que eles fossem edificados sobre a verdadeira Rocha, preparando-os para as bênçãos e desafios da Terra Prometida.
A partir da experiência do povo de Israel no deserto – onde houve diversas provações, mas também diversas demonstrações do poder e providência de Deus – o termo “deserto” passou a ter um significado especial na Bíblia. A palavra “deserto” passou a designar as provações e perseguições do povo de Deus.
Elias fugiu pelo caminho do deserto, quando perseguido por Jezabel. Davi, quando perseguido pelos seus inimigos, acampou no deserto.
Assim como Israel, muitas vezes encontramo-nos com nossa família em nossos próprios desertos.
Pode parecer que estamos perdidos ou que cada passo é cercado de dificuldades.
Mas é nesses momentos que Deus está trabalhando intensamente em nós, nos humilhando e nos testando, para revelar nossos corações e fortalecer nossa fé."
Transição para o Tema
Transição para o Tema
Agora, voltando à pergunta que fizemos no início: 'Como Deus edifica a família da aliança sobre a Rocha?'
Deus edifica a família da aliança em fundamento firme através do deserto.
Deus edifica a família da aliança em fundamento firme através do deserto.
Vamos explorar como, assim como com Israel, Deus muitas vezes nos leva ao deserto, não para nos abandonar, mas para nos reconstruir, nos fortalecer e nos preparar para viver de forma mais alinhada com Sua vontade e Seus propósitos eternos."
Como Deus usa o deserto para edificar a família da aliança?
Como Deus usa o deserto para edificar a família da aliança?
Veremos isso em três partes!
Deus usa o deserto para humilhar a família da aliança!
Deus usa o deserto para humilhar a família da aliança!
É exatamente isso que Deus explica a Israel. Os versos 3-4 exemplificam como Deus humilhou Israel, a ponto de deixá-lo ter fome no deserto.
3 Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem. 4 Nunca envelheceu a tua veste sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos.
Deus coloca nossas famílias sob situações humilhantes porque a humilhação é remédio para curar o orgulho e a soberba.
Somos, por natureza, soberbos e orgulhosos. Davi admitiu ser soberbo a ponto de lhe restar apenas pedir a Deus que não permitisse ao pecado dominá-lo (cf. Sl 19.13).
Deus permite lutas em nossa vida e em nossas famílias para nos tornar semelhantes a Cristo no que diz respeito à humildade.
Jesus se humilhou a ponto de tomar a forma de um escravo (cf. Fp 2.6-8), o que fica evidente no evento em que ele lavou os pés dos discípulos.
Uma criança chora quando está de castigo, muitas vezes, por causa do seu orgulho, porque estar nessa situação é humilhante, principalmente se estiver perto de outras crianças que não estão na mesma condição.
Os adultos também se sentem assim, embora segurem o choro algumas vezes. Ninguém tolera ser humilhado.
Quando Deus coloca seus filhos no deserto é para humilhar também, porque deseja quebrar o orgulho daqueles que acreditam viver longe da sua presença. Ensine isso com os exemplos de Elias e de Davi. No deserto, Deus os ensinou e nos ensina também.
Elias
Elias
1 Reis 17:2-6 - Elias é sustentado por corvos que lhe trazem comida enquanto ele está escondido junto ao ribeiro de Querite, durante o tempo de seca que ele mesmo havia profetizado.
1 Reis 19:1-18 - Após o confronto no Monte Carmelo, Elias foge para o deserto por causa da ameaça de morte de Jezabel. Ele viaja um dia para o deserto, senta-se debaixo de um zimbro, e pede a morte. Deus o alimenta através de um anjo e o conduz até o monte Horebe, onde Ele se revela a Elias não através de grandes fenômenos naturais, mas em um suave sussurro.
Davi
Davi
1 Samuel 23:14-15 - Davi se esconde no deserto de Zife, onde Saul continuava a procurá-lo, mas Deus não o entregou nas mãos de Saul.
1 Samuel 23:24-29 - Davi se move para o deserto de Maom, e quando Saul está prestes a capturá-lo, uma mensagem urgente sobre um ataque filisteu faz com que Saul retorne, poupando Davi. Essa região também é conhecida como "Rocha das Divisões".
1 Samuel 24:1-22 - No deserto de En-Gedi, Davi tem a oportunidade de matar Saul enquanto ele está vulnerável, mas escolhe poupar sua vida, demonstrando sua dependência da justiça de Deus e não de suas próprias ações para obter o reino.
Esses dois exemplos bíblicos, Elias e Davi, mostram como Deus usa o 'deserto' – momentos de isolamento, medo, e incerteza – para humilhar e quebrar o orgulho, mesmo em seus servos mais dedicados. No deserto, longe das distrações e das falsas seguranças, somos confrontados com nossa própria fragilidade e aprendemos a depender completamente de Deus. Portanto, quando nos encontramos em nossos próprios desertos, podemos lembrar que esses períodos não são apenas de dificuldades, mas de intensa formação espiritual, onde Deus está ativamente trabalhando para nos transformar."
Deus usa o deserto para purificar a família da aliança
Deus usa o deserto para purificar a família da aliança
Deus ainda diz ao povo que o segundo propósito de tê-los levado ao deserto foi para prová-lo (cf. Dt 8.2).
A palavra usada para provar é derivada do contexto de fabricação de metais preciosos. O ouro e a prata eram purificados por meio do fogo em alta temperatura.
É interessante notar que em Malaquias 3 Deus diz que purificará os filhos de Levi como se purifica a prata. Ora, quem são os filhos de Levi (sacerdotes e levitas) no Novo Testamento, se não nós, os crentes?
Pois está escrito em 1Pedro 2.9 que somos sacerdócio real. Deus nos envia para o deserto como uma forma de nos purificar.
Imagine que um amigo pega seu carro emprestado e, ao perceber que o carro ficou sujo durante o uso, decide limpá-lo antes de devolver. No entanto, ao invés de usar os produtos adequados, ele opta por um tipo de limpeza que acredita ser mais eficaz, mas que acaba sendo desproporcional e inadequado para a situação, danificando a pintura do carro. Isso nos leva a refletir sobre a importância de usar os métodos corretos de limpeza para cada tipo de sujeira."
Podemos aprender que a intenção de limpar era boa, mas a execução foi inadequada. Que isso nos sirva de lição sobre a importância de confiar em Deus e em Seus métodos de purificação. Ele nunca nos levará a um processo que nos danifique; pelo contrário, Ele nos purifica para nos restaurar à imagem de Cristo, preparando-nos para cumprir nosso propósito e para viver em comunhão mais íntima com Ele."
Nós não conseguimos nos auto purificar, precisamos do método de Deus em Cristo!
Provar o caráter significa retirar qualquer sujeira. De fato, em nosso caráter há muita sujeira a ser retirada.
O objetivo em tirar a sujeira de nosso caráter é nos transformar na imagem de Cristo (Rm 8.29; 2Co 3.18). Esse é o maior desejo de um verdadeiro crente, ser como Cristo.
Nosso maior anseio é ter o caráter de Cristo. Na verdade, esse é o princípio, pois está escrito em 1João 2.6 que “aquele que diz que permanece nele, este deve também andar assim como ele andou”.
Deus age em todas as coisas para o nosso bem (Rm 8.28). Nosso bem nesse caso não é o nosso bem-estar, mas nossa semelhança com Cristo (v. 29).
Deus se preocupa, sim, com o nosso bem-estar, mas de forma secundária. Diferentemente de nós, a prioridade para Deus é o nosso caráter, não nosso bem-estar.
Se tiver que nos tirar da situação de bem-estar para melhorar nosso caráter, ele o fará. José entendeu que as provações que sua família enfrentou foram para o bem de todos eles. Precisamos, como José, entender que Deus coloca nossa família em desertos e provações para nos transformar à imagem de Cristo.
Deus usa o deserto para mostrar como está o coração da família da aliança!
Deus usa o deserto para mostrar como está o coração da família da aliança!
Obviamente, Deus já sabe o que está em nosso coração. Na verdade Deus quis mostrar aos próprios israelitas o que estava no coração deles.
As provações têm o propósito de mostrar o que está escondido em nosso coração, o que passa muitas vezes despercebido por nós mesmos.
Um exemplo disso é Moisés, que é conhecido como um dos homens mais mansos da Bíblia. Ele é assim conhecido por causa de sua paciência ao lidar com o povo de Israel, que era obtuso e duro de coração.
No entanto, mesmo sendo um homem tão paciente e tolerante, em um dado momento no deserto ele perdeu o controle emocional, quando Deus lhe mandou falar à rocha, mas ele a feriu, como uma demonstração de ira (Nm 20.7-12).
O deserto revela muito do nosso caráter. Quando passamos por lutas, mostramos quem realmente nós somos.
As pressões, a perseguição, a humilhação nos provocam a ponto de reagirmos com atitudes que surpreendem até a nós mesmos.
Mas isso é saudável, pois o tratamento mais eficaz se dá quando é feito mediante um prévio diagnóstico.
Suas provações na família têm um propósito, e esse propósito é revelar o que há em seu coração.
As provações que Jacó enfrentou com seus filhos revelaram que ele tinha preferência entre eles, o que provocou ciúmes nos dez filhos, causando grande transtorno.
Imagine que você começa a sentir dores recorrentes e, embora superficialmente pareça estar bem, a dor persiste, indicando que algo mais profundo pode estar errado. Para entender a causa, você decide consultar um médico, que recomenda uma ressonância magnética. Este exame é capaz de olhar além do que é visível a olho nu, revelando as condições internas do corpo que não podem ser vistas de outra forma." "De forma semelhante, os períodos que passamos no 'deserto' em nossas vidas funcionam como uma ressonância magnética espiritual. Assim como o exame revela problemas ocultos que precisam ser tratados, o deserto revela o que está em nosso coração que muitas vezes nem nós mesmos percebemos. Deus nos conduz através dessas temporadas difíceis para nos mostrar nossas fraquezas, pecados e as áreas onde nossa fé precisa ser fortalecida."
Salmos 139:23-24 - "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. Vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno." Esta passagem mostra um pedido direto para Deus revelar o que está oculto no coração e guiar a pessoa em um caminho de retidão.
Jeremias 17:9-10 - "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos, segundo o fruto das suas ações." Esta passagem destaca que Deus é quem verdadeiramente conhece e examina o coração, mostrando que Ele revela e julga os pensamentos e atitudes humanas.
Se você estiver passando por alguma provação em sua família, entenda que isso é para o seu bem, para o bem daqueles que amam a Deus. É claro que as lutas nos trazem ansiedade e tristeza e, às vezes, até mesmo momentos de angústia. Mas tente enxergar a mão de Deus em tudo isso. Deus está no controle da situação, e é ele quem permite essas provações, e não apenas permite, mas as decreta e nos leva às provações, para nosso crescimento espiritual.
Conclusão
Conclusão
Quais são os propósitos de Deus nas provações?
Vimos nesta lição que Deus permite provações em nossa vida para nos tornar mais humildes, pois está na essência de nossa natureza a tendência à soberba e ao orgulho.
Ele também nos leva às provações para nos purificar.
Vimos, por fim, que, nos momentos de provações em nossa família, Deus traz à tona falhas em nosso caráter que necessitam ser tratadas. Deus prova a família da aliança, a fim de aprimorar o caráter de seus filhos e torná-los semelhantes a Jesus.
São Sebastião do Paraíso foi meu deserto, mas ao mesmo tempo foi onde o Senhor me forjou, me humilhou, me purificou e trouxe a tona realidades que precisavam ser tratadas em mim e em minha família.
E em São Sebastião do Paraíso após período de deserto Deus providenciou meios para que meu irmão pudesse ir para Betim MG e Deus providenciou que eu fosse enviado como candidato ao sagrado ministério.
E você recorda de algum momento de deserto que o Senhor te colocou preparando você e sua família?
Aplicações finais
Aplicações finais
Não murmure. Nos momentos de provação, temos a tendência à murmuração, como fez o povo de Israel no deserto (Nm 11).
Quando for tentado a reclamar, lembre-se do propósito para Deus levar sua família ao deserto.
Não fique ansioso. É natural ficarmos ansiosos nos momentos de provação. Lembre-se de que Deus estava com o povo no deserto (“ele te guiou nestes quarenta anos”).
Deus nos manda para o deserto, mas não nos deixa, ele está conosco todos os dias. Ele nos prova, mas nos dá assistência em nossa fraqueza. Confie no cuidado de Deus (cf. 1Pe 5.7).
Atividade
Atividade
Vamos nos dividir em duplas. Cada dupla vai escrever uma carta pequena de 3 a 6 linhas contendo palavras de conforto para pessoas com problemas familiares.
Vocês podem usar versículos se quiserem. Não precisa assinar a carta se não quiser!
Agora vou recolher as cartas e vou distribui-las aleatoriamente.
Dê a oportunidade para que os alunos leiam suas cartas em voz alta, voluntariamente.
Oração final
Oração final