A certeza do Juízo
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Oseias 5.1-7
Oseias 5.1-7
Introdução:
Temos visto até aqui que Deus advertiu Israel do seu mal caminho, buscou abrir os olhos do seu povo e trazê-los novamente através da ilustração da própria vida do profeta. Mas, como Gômer, o povo de Israel permanecer sem reconhecer ao Senhor. Apesar da certeza da restauração, isso não diminui a dor que o juízo causa. Como acontece quando somos disciplinados por nossos pais, a certeza de saber que eles nos amam, não diminui a dor que a palmada causou. O povo adormeceu seus sentidos, vivia festejando sem pensar no amanhã, mas a conta começou a chegar, agora, vai ficando cada vez mais claro que Deus julgará seu povo, e nessa passagem, gostaria de deixar dois motivos, à luz do texto, para a certeza do juízo sobre o reino do Norte. E o primeiro é:
1 - Porque seus pecados os impedem(1-4)
Irmãos, é provável que nessa altura da história, e como o texto deixa claro, o juízo já se iniciou, e isso está ligado com o próximo rei após Jeroboão II, e como disse anteriormente, após ele o reino entrou em declínio.
Tanto é que os que sucedem os reis não são seus filhos, na maioria das vezes são pessoas que tomam o poder para si.
Por exemplo, o que aconteceu com o filho de Jeroboão II em 2Reis 15.9–10 “Ele fez o que o Senhor reprova, como seus antepassados haviam feito. Não se desviou dos pecados que Jeroboão, filho de Nebate, levara Israel a cometer. Salum, filho de Jabes, conspirou contra Zacarias. Ele o atacou na frente do povo, assassinou-o e foi o seu sucessor.”
Agora olhando para o texto, percebemos no principio dele três grupos são citados: Sacerdotes, Casa de Israel e Casa do Rei.
Os referidos são a classe religiosa, o povo e o Rei.
O verbo utilizado indica que o povo deveria se atentar, parar e ouvir o que Deus vai falar agora.
Sabe por quê? O verso 1 explica, “porque este juízo é contra vós outros”. Havia uma condenação sobre o povo, não era possível ignorar mais, a fartura que até havia em seu tempo já ruiria.
Outra avaliação negativa recai sobre eles no fim do verso, são utilizadas linguagens de caça e pesca, laço e rede estendida, ou seja, a nação estava sendo um caminho claro para o pecado, fazendo cada habitante como uma caça ou um peixe aguardando a hora de ser pego.
O local que deveria ser de proximidade de Deus, era de descaso e de pecado, ao ponto de locais que antes eram importantes na história de Israel, Mispá e Tabor, se tornaram em centros de desvio do Senhor.
O povo estava até mesmo manchando sua história, deixando bem claro que o juízo de Deus não foi a toa.
Veja o verso 2, “Na prática de excessos”, ou seja, como colocado pelo capítulo 4 a vida não tinha muito valor, e eles matavam sem medir esforços.
Eles estavam se aprofundando e acumulando sangue sobre a terra. Não ligavam para as consequências disso.
Mas, Deus deixa o aviso bem claro: “eu castigarei a todos eles”. Vocês podem fazer isso, mas não vai passar impune.
O pecado, irmãos, não passa impune, a vida em pecado é o mesmo que colocar igual pena sobre a cabeça, sem ter o direito de dizer que recebeu injustiça.
Nem o povo do Norte, nem qualquer de nós se os imitassem, poderíamos alegar isso.
Sabe quando uma pessoa é levada ao julgamento e insisti que é inocente? Ele até mesmo chora, e quando você observa seu comportamento até fica emotivo pensando que houve alguma injustiça.
Até que aparece uma filmagem e demonstra a mesma pessoa cometendo o crime. O mesmo Deus fala sobre o povo, ele diz no verso três eu conheço vocês!
E Deus sabe cada atitude por mais que seja escondida de todos, mas não pode ser do Senhor.
Efraim/Israel era culpada Deus que sabe de todas as coisas que o diz. Nada, como dito no verso, está oculto diante dele.
Tanto que ele diz que o povo está contaminado, estão entregues aos seus desejos.
Tanto que esse proceder deles, como o verso quatro explica, não os permite voltar. Já está estranhado neles, e só o que eles querem viver no pecado da prostituição.
Já que essa inclinação está neles, esse “espirito de prostituição”, essa eterno desejo de pecar, e chega aquele mesmo ponto outra vez.
“Não conhecem ao Senhor” aqui se fecha a primeira parte dessa mensagem.
Irmãos, nada está oculto diante de Deus, é engano nosso pensar que podemos esconder dele algo.
Era engano de Israel imaginar que esconderia algo de Deus, e, igualmente, pensar que poderiam viver uma vida dupla.
Saiba que como eles, Deus também nos conhece, e a pergunta principal que posso fazer hoje para você é: Você conhece ao Senhor? Reconhece quem ele é?
Ou o trata como apenas alguém sara as feridas para outra vez vivermos atrás de cair no pecado?
O nosso conhecimento de Deus deve crescer com o tempo, e receberemos advertência se não crescermos nessa compreensão de sua pessoa.
E quando isso acontece, tanto a proximidade, como nossas atitudes tem que acompanhar nossa intimidade deles.
Que quando pecarmos o arrependimento seja a atitude que o acompanhe, e não o desejo de saciar ainda mais a nossa inclinação para o mal.
Não brinque com isso, não permita que essa contaminação o atinja.
Ainda que vivamos numa sociedade que não valoriza Deus, valorizemos e amemos aquele que esteve entre nós e nos salvou do juízo.
Mas, há algo bom de saber que Deus nos conhece e de ver todas as coisas, pois, agora, quando ele olha para nós ele ver a Cristo, e podemos nos aproximar de Deus sem qualquer temor.
Irmãos que essa certeza alegre seu coração, lembrar que não precisamos ter medo do juízo, pois o Deu Filho já sofreu a pena em nosso lugar.
Uma outra razão que podemos comentar nessa passagem, além dos pecados serem um impedimento para voltar a Deus é:
2 - Porque Deus se retirou deles (5-7)
Note que o verso cinco descreve que o próprio comportamento negativo do povo se torna um juiz contra si mesmo.
Isso nos recorda um pouco daquele situação exposta em Tiago 5 1-5, onde expõe que as próprias riquezas seriam um testemunho contra os ricos, pois eles estavam ajuntando, mas não passavam de animais que engordam para o abate.
Veja que a própria arrogância do povo os acusa, sua própria vontade de permanecer no pecado é o testemunho a favor do seu juízo.
As vezes podemos nos iludir e pensar que seguir determinado rumo é algo positivo, mas se isso não condiz com a vontade de Deus estamos trilhando o destino igual deste povo.
No seguimento do texto, note que, outra vez, as palavras Israel e Efraim são associadas, isso é apenas uma referência a todo o povo do Norte e citando Efraim por ser a principal cidade deles.
Ele completamente irá cair por conta do seu pecado, e como falei na última mensagem, a mesma sentença, sobre Judá, começa a ser referida.
Judá não teve atitudes melhores, não teve firmeza diante de Deus, por isso “cairá juntamente com eles”.
Sabe a atitude de ir supostamente sacrificar ao Senhor? O verso 6 diz o que ocorrerá logo mais.
O povo iria em busca de oferecer ao Senhor os sacrifícios, com seu gado e tudo mais, porém, Deus não será achado por eles.
Um autor dá uma importante razão para Deus não ser achado por eles:
“Além do mais, o povo do norte não ia aos altares autorizados, mas àqueles que haviam sido instituídos em rebelião contra o Templo de Jerusalém”.
O povo não seguia a prescrição do Senhor, e isso já se somava ao fato da vida deles estão em desacordo igualmente ao Senhor.
Teria como Deus aceitar o sacrifício deles? Não! Isso é uma ilusão! Tal qual pensar que Deus pode aceitar meu louvor de qualquer jeito, ele não aceitará de modo algum.
É mais fácil eles nos virá as costas a aceitar tantas loucuras que alguns fazem hoje e alegam estar adorando ao Senhor.
Deus é bem paciente, mas chega um momento que eles virá as costas e permite que a pessoa caia. Por isso é importante estar atento ao que a Escritura fala, ao que os homens de Deus nos falam.
Por fim, no verso 7, é dito que eles “aleivosamente se houveram contra o Senhor”.
Isso se refere a ação de agir com traição, agir contra o padrão estabelecido por Deus.
Por que isso? O verso 7 continua: “porque geraram filhos bastardos”. Isso não é simplesmente uma referência a filhos fora do casamento.
Mas, que os irmãos pensem um pouco, se uma pessoa louvor ao Senhor de modo indigno, o que os filhos dela aprenderam?
Fidelidade? Louvor correto ao Senhor? Não! O mesmo tipo de coisa! Israel falhou pois não preparou seus filhos para servirem ao seu Deus, e eles se tornaram igualmente idolatras.
Com isso, a festa de Lua Nova, que celebrava o inicio de um novo mês, teria um novo significado.
Não seria mais o inicio, e sim o fim, Deus não daria seu favor ao povo, mas as próprias festas que traria o pecado do povo a tona, os destinariam ao seu fim.
“Consumirá com suas porções”, acabou a esperança de dias melhores para o futuro próximo, e isso ficará ainda mais claro no capítulo 6.
As festas não celebravam ao Senhor, logo, Deus se retira e não há nada que possa manter a nação de Israel em pé.
Irmãos, isso soa outra alerta para nós, é necessário ter cuidado pois não devemos apenas fazer coisas buscando o favor de Deus, é necessário ter uma vida dedicada a ele.
Quando não nos corrigimos, e apenas queremos ter aquilo que ele pode nos dá, estamos caminhando a passos largos para seu castigo.
Que Deus tenha misericórdia de nós, e que nossa motivação para o servir seja por amor, e não pode interesse.
Conclusão: Na próxima mensagem concluiremos o capítulo 5, mas seguindo o ciclo de juízo da parte de Deus. O que fica para cada um de nós, e que a marca daqueles que são povo de Deus não é apenas dizer que é de modo nominal, “ah eu sou daquela igreja x, y ou z”, mas sim, a fidelidade para com o Senhor. Israel falhou em permanecer fiel, mas que a história deles possa moldar nossa perspectiva presente, conforme a vontade do Senhor, amém!