Porque nós não vamos?
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Introdução
Introdução
A palavra do Senhor veio a Jonas, filho de Amitai, com esta ordem: “Vá depressa à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença”.
Mas Jonas fugiu da presença do Senhor, dirigindo-se para Társis. Desceu à cidade de Jope, onde encontrou um navio que se destinava àquele porto. Depois de pagar a passagem, embarcou para Társis, para fugir do Senhor.
Jonas foge, pega um navio, Deus traz uma tempestade, jonas é jogado de um navio, engolido por um grande peixe, e neste momento, dentro do ventre do grande peixe, ele ora ao Senhor, pedindo misericórdia e salvação, então, jonas é vomitado e vai a Nínive.
A questão é,
Porque Jonas fugiu?
Deus o manda ir a uma cidade fazer uma profecia e ele apenas foge? Porque ele apenas não vai? Ele é um servo de Deus, porque não obedeceu?
Talvez, conhecedo o povo ninivita e toda a crueldade que eram famosos por praticarem, podemos pensar que Jonas teve medo.
Posso até sugerir que muitos de nós, talvez, não obedecemos a Deus por medo. A ordem de Jesus é clara e direta
E disse-lhes: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas.
Então ao invés de perguntar porque Jonas Fugiu eu quero perguntar, Porque nós não vamos?
Olhando o último cápito do livro de Jonas vamos ver a ira do profeta contra Deus e assim a expressão dos reais motivos da sua fuga.
A ira de Jonas
A ira de Jonas
Jonas 4.1–11 (NVI)
Jonas, porém, ficou profundamente descontente com isso e enfureceu-se. Ele orou ao Senhor: “Senhor, não foi isso que eu disse quando ainda estava em casa? Foi por isso que me apressei em fugir para Társis. Eu sabia que tu és Deus misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que prometes castigar mas depois te arrependes. Agora, Senhor, tira a minha vida, eu imploro, porque para mim é melhor morrer do que viver”.
O Senhor lhe respondeu: “Você tem alguma razão para essa fúria?”
Jonas saiu e sentou-se num lugar a leste da cidade. Ali, construiu para si um abrigo, sentou-se à sua sombra e esperou para ver o que aconteceria com a cidade. Então o Senhor Deus fez crescer uma planta sobre Jonas, para dar sombra à sua cabeça e livrá-lo do calor, o que deu grande alegria a Jonas. Mas na madrugada do dia seguinte, Deus mandou uma lagarta atacar a planta e ela secou-se. Ao nascer do sol, Deus trouxe um vento oriental muito quente, e o sol bateu na cabeça de Jonas, ao ponto de ele quase desmaiar. Com isso ele desejou morrer, e disse: “Para mim seria melhor morrer do que viver”.
Mas Deus disse a Jonas: “Você tem alguma razão para estar tão furioso por causa da planta?”
Respondeu ele: “Sim, tenho! E estou furioso ao ponto de querer morrer”.
Mas o Senhor lhe disse: “Você tem pena dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu. Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?”
Encontramos o Profeta Jonas irado, após Deus demostrar sua compaixão perdoando a cidade de Nínive. Jonas está zangado porque Deus é compassivo, e teve misericórdia dos Ninivitas.
É incrível como temos dois opostos aqui, enquanto que Deus não se ira, temos Jonas ficando irado, e a palavra hebraica para ira aqui no texto traz a ideia de quente, como se Jonas estivesse ardendo em ira enquanto Deus tinha abandonado a sua ira contra os Ninivitas.
Quando Jonas olha para os Ninivitas salvos, perdoados e não destruídos como ele queria, o profeta fica irado, Deus havia enviado Jonas para Nínive, e ele tinha vários motivos para não pregar em Nínive, pois, esses decapitavam seus inimigos, e eles arrancavam as orelhas e narizes dos seus inimigos, faziam pirâmides com as cabeças dos seus inimigos mortos.
E Jonas diz, eu sabia, eu sabia que aconteceria isso, conhecendo o Senhor como eu sei, sabia que o Senhor teria misericórdia deles apesar de tudo o que eles fizeram e os perdoaria de todo mal que fizeram.
Nesse texto, podemos notar que Jonas não fugiu porque temesse aos Ninivitas, mas sim, porque não queria que eles fossem salvos.
Ele não ignorou o caráter de Deus, que é um Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade.
Jonas ficou irado por conta que os atributos de Deus tinham como alvo os ninivitas.
A paciência, misericórdia e longanimidade de Deus foi derramada e expressada sobre a vida de pessoas tão cruéi.
É incrível que quando se tratou de Deus ser bom e misericordioso com Jonas, ele achou isso algo correto e deu glória a Deus por isso, mas, quando Deus resolve colocar a cidade de Nínive como alvo de sua espera, Jonas disse que Deus errou nisso , e reclama com Deus.
É incrível que quando se tratou de Deus ser misericordioso com Jonas, o salvando e o livrando da morte, Jonas louvou a Deus por isso, mas, quando Deus foi misericordioso com os ninivitas e os salvou da destruição e perdoou os seus pecados, Jonas se irou com Deus e reclamou de sua atitude.
Quando o assunto é a minha salvação, eu me alegro, mas, quando o assunto é a salvação do outro, eu me irrito?
Jonas só fez duas orações até o final do livro, e temos um contraste nessas duas orações, pois, enquanto que na primeira oração Jonas pediu que Deus o salvasse da morte. Na sua segunda oração, temos Jonas pedindo a Deus que o matasse (V.3).
Muitas vezes chegamos a uma conclusão equivocada de que Deus é injusto, e que somos menos cuidados, amados, e as vezes chegamos a pensar que ele favorece mais ao ímpio do que ao crente, pois, quando olhamos para o ímpio, ele prospera, a empresa dele cresce, a família dele está bem de saúde, e principalmente financeiramente, e ai, concluímos como nos tempo de Malaquias, é melhor está contra Deus do que do lado d'ele, porque parece aos nossos olhos que ele favorece mais o lado deles do que o nosso.
Esse equivoco as vezes nos faz pensar que está tudo bem, e que cada um ta seguindo o seu camiho como deve ser e que eu tenho que correr atrás do meu porque ninguém vai pensar em mim.
Podemoa, talvez, não pensar no outro e até despreza-lo por achar que Deus não nos vê ou que as pessoas, em geral, não merecem a misericórdia de Deus.
Talvez é por isso que não vamos.
A resposta de Deus
A resposta de Deus
O Senhor lhe respondeu: “Você tem alguma razão para essa fúria?”
Jonas saiu e sentou-se num lugar a leste da cidade. Ali, construiu para si um abrigo, sentou-se à sua sombra e esperou para ver o que aconteceria com a cidade.
Deus responde a Jonas com uma pergunta e Deus diz: é razoável a tua ira?
Ou seja, é certo você ficar irado por conta que eu perdoei e abençoei aqueles que você não gosta e que não quer o bem sobre eles?
E Jonas não responde nada. Ele apenas saiu da cidade de Nínive, se assentou ao leste da cidade, montou ali um abrigo e sentou-se à sombra a espera do que aconteceria com a cidade de Nínive. Mas, o que se passa na cabeça do profeta neste momento?
O pastor Augusto Nicodemos comenta que: Talvez Jonas pensasse assim: “Deus já mudou de ideia uma vez: ele disse que destruiria Nínive e não o fez. Quem sabe que ele não pensa melhor, percebe que estou certo e faz o que ele deve ter feito desde o começo!”. É possível que Jonas, ao ouvir a pergunta de Deus, tenha percebido erroneamente um lampejo de esperança, achando que Deus talvez fosse avaliar o pensamento do profeta e finalmente decidir o que faria.”
Então o Senhor Deus fez crescer uma planta sobre Jonas, para dar sombra à sua cabeça e livrá-lo do calor, o que deu grande alegria a Jonas.
Mesmo depois de Jonas armar uma tenda, como ele estava em uma região de temperaturas extremamente altas, o calor era escaldante e em uma região semidesértica, e onde se localizava em poucas áreas. E aqui temos Deus fazendo crescer uma planta com folhas grandes o suficiente para proteger Jonas do calor insuportável do sol da cidade.
Mas, se atente ao fato de que Jonas é pela primeira e única vez encontrado no livro, sorridente, alegre. O texto diz que o fato daquela planta nascer sobre Jonas para lhe trazer sombra, lhe deu grande alegria.
Quando os marinheiros foram salvos, ou mesmo quando Jonas foi resgatado da morte no mar, e até quando Deus salvou uma cidade inteira por meio da pregação mesmo que mal feita e que sem boa vontade de Jonas, o profeta não se alegrou por isso. Mas, quando Jonas foi beneficiado por meio da planta, ele se alegrou e muito por isso.
Assim somos nós, né mesmo? Felizes ficamos quando as benção são sobre nós, mas, quando a benção é para o outro, nós o julgamos não merecedor da dádiva de Deus (recado: você não merece, por isso é graça). Se a benção é para mim, então, a alegria é extrema, mas, se a benção é para alguém que não é na minha visão uma boa pessoa, então, fico irado e chamo Deus até de injustiça.
Contudo, por mais que a alegria do profeta fosse notória, essa alegria não durou muito, até que...
Mas na madrugada do dia seguinte, Deus mandou uma lagarta atacar a planta e ela secou-se. Ao nascer do sol, Deus trouxe um vento oriental muito quente, e o sol bateu na cabeça de Jonas, ao ponto de ele quase desmaiar. Com isso ele desejou morrer, e disse: “Para mim seria melhor morrer do que viver”.
Um vento muito conhecido nessa região, e todos tem o chamado de siroco, é um vento quente que traz consigo partículas de areia, e quando ele passa, a temperatura sobe ao extremo, e logo pela manhã, Jonas pode experimentar esse siroco, e o sol estava sobre sua cabeça, já que a planta havia sido comida por uma lagarta.
Diante disso, Jonas clama pela morte mais uma vez, talvez pelo desconforto físico e ao fundo ouvindo os gritos das ninivitas de alegria, porque a cidade não havia sido destruída por Deus.
Descobri aqui o profeta que quer que tudo aconteça segundo o que ele planeja e deseja. Mas, que Deus trata com ele tudo isso.
Deus pergunta a Jonas novamente:
Jonas, é razoável a tua ira por causa da planta?
Jonas responde: “é justo que eu me ire a ponto de desejar morrer”
Jonas talvez quisesse dizer: Eu estava de boa na minha cidade, e tudo estava indo bem, até que o Senhor me chamou para essa missão, eu tentei fugir, tentei até morrer afogado, mas o Senhor me livrou da morte, passei três dias dentro de um grande peixe, depois fui vomitado pelo peixe, e estou até agora fedendo a vomito, e ainda assim, o Senhor insistiu que eu vinhesse aqui, e preguei por um dia todo percorrendo toda essa cidade, e preguei para um povo que deveria ir pro inferno, mas, ainda depois de tudo que eles fizeram, o Senhor os perdoou e os salvou. Mas, não parou por ai, ainda o Senhor me alegrou com uma planta e logo depois a tirou de mim. Então, diante disso, não sei porque estou vivo, não tem porque existe.
Deus então questiona Jonas:
Mas o Senhor lhe disse: “Você tem pena dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu. Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?”
Deus faz uma pergunta final, a fim de ensinar a Jonas como a sua ira, sua tristeza e vontade de morrer era incoerente.
Deus mostra que a preocupação de Jonas com a planta é egoísta, pois, ele sentiu tristeza e ira porque a planta foi destruída, e ao mesmo tempo sentiu ira por conta que o povo era salvo.
Embora estivesse feliz em apenas conseguir uma planta para descansar sobre ele, não conseguiu se alegrar com a salvação de mais de cento e vinte mil pessoas.
Esse livro todo fala sobre o amor e misericórdia de Deus por todos os povos, sem exceção.
Conclusão
Conclusão
Deus sabe amar os piores homens com perfeito amor, até o ponto de dar o Seu único Filho para salvá-los e nós esquecemos de compartilhar isso.
É nosso o ministério de reconciliar pessoas com Deus através do evangelho de Cristo e leva-las a experimentar o amor de Deus
Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,
Deus tem prazer, e alegria em nos dá a salvação por meio de Jesus, e a Bíblia diz que quando alguém á salvo, tem festa no céu.
Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se.
Portanto, Não busque a sua vontade, mas a de Deus
porque “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: “Como são belos os pés dos que anunciam boas novas!”
No entanto, nem todos os israelitas aceitaram as boas novas. Pois Isaías diz: “Senhor, quem creu em nossa mensagem?”Conseqüentemente, a fé vem por se ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo.