Provérbios 12:13-16

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Mais uma vez o livro de Provérbios vai explorar o assunto do uso dos lábios.
O caráter moral de uma pessoa determina o efeito das próprias palavras em relação a ele mesmo.
Língua, uma armadilha perigosa
A língua é como um chicote que açoita as costas dos maus. É um veneno que mata os ímpios. É um fogo que destrói os escarnecedores. É uma rede que prende os pés dos perversos. Aqueles que mentem para se livrar de suas transgressões acabam caindo numa armadilha mortal. Aqueles que desandam a boca para falar impropérios acabam se enlaçando nas próprias cordas de seus pecados. A língua dos maus é o ventre no qual a angústia é gestada. No ventre, esse filho bastardo se desenvolve como um monstro e, quando nasce, destrói aqueles que o criaram. A transgressão da língua é uma espécie de autofagia. Quem peca com a língua cava um abismo para seus próprios pés.
Aqui podemos lembrar daquele velho ditado popular: O feitiço virou sobre o feiticeiro.
12:13 Com frequência, o ímpio não consegue manter a consistência de suas histórias e acaba tropeçando nas próprias palavras. O mentiroso, a fim de persistir em suas mentiras, tem de contar outras mentiras. Para isso, precisa ter memória excelente, do contrário os relatos não combinarão entre si.
Supremo colocou muitas armadilhas, na constituição das coisas, para a detecção e punição dos malfeitores: os perversos estão continuamente caindo nelas e sofrendo. A própria língua do mentiroso o trai: em alguns de seus movimentos, antes que ele perceba, ela toca a mola que traz o golpe vingador. É instrutivo observar com essa visão o progresso de um julgamento criminal. Na vacilação e queda de uma falsa testemunha, você deve ver e reverenciar a justiça de Deus. A primeira mentira deve ser defendida por uma segunda, e esta por uma terceira. À medida que a linha de suas defesas cresce em comprimento, ela cresce em fraqueza. Seu medo e trabalho aumentam a cada passo. Ele é compelido a cada pergunta a considerar como é a verdade e imitá-la em mentiras. Em pouco tempo, quando ele está cruzando seu próprio caminho, ele cai em uma mentira que ele havia deixado e esquecido lá; ele cai e se debate, como uma fera em uma armadilha. Quando um homem não é verdadeiro, o grande trabalho de sua vida deve ser fazer-se parecer verdadeiro; mas se um homem for verdadeiro, ele não precisa se preocupar com as aparências. Ele pode seguir em frente e pisar com ousadia; seu passo será seguro. As questões são tão arranjadas, na constituição do mundo, que o curso reto da verdade é seguro e fácil; o caminho tortuoso da falsidade é difícil e atormentador. Aqui está a evidência perene de que o Deus da providência é sábio e verdadeiro. Ao fazer das mentiras uma armadilha para capturar mentirosos, o Autor do nosso ser proclama, mesmo nas vozes da natureza, que ele “requer a verdade nas partes interiores”. Todo o trabalho dos vigaristas para disfarçar sua falsidade, de modo a fazê-la parecer verdade, é a homenagem involuntária de Satanás ao Deus verdadeiro. É considerado uma glória ao Senhor quando seus inimigos fingem submissão a Ele ( Sl 81:15 ).
O livro de Provérbios nos exorta a vigiar nossas palavras (12:17-22; 15:4; 26:2). Devemos orar com o salmista: “Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis ​​à tua vista, Senhor, rocha minha e redentor meu” ( Sl 19:14 ).
Se pela transgressão dos lábios o mau se enlaça, o justo sairá da angústia. A língua do justo não o coloca no calabouço do desespero, mas lhe abre uma porta espaçosa para uma vida bem-aventurada e muito feliz. A língua do justo é portadora de boas-novas de salvação, é fonte da qual jorra água límpida que dessedenta os exaustos, é árvore de vida que produz bons frutos para alimentar os famintos.
Verso 14
Cada um se farta de bem pelo fruto da sua boca, e o que as mãos do homem fizerem ser-lhe-á retribuído.
14. A recompensa de palavras sãs é tão certa quanto a remuneração por trabalho honesto.
Do fruto da sua boca, o ser humano se beneficia. Palavras verdadeiras, boas, oportunas e sábias produzem ricos dividendos. Se a língua dos maus é um campo que produz o espinheiro da angústia, a língua dos justos é um terreno fértil no qual se colhem fartos frutos de alegria e prosperidade. Se a língua dos perversos é uma fonte contaminada da qual jorram as águas sujas da maldade, a língua dos retos é uma fonte bendita da qual fluem copiosamente rios de água viva. Quando a língua é bendita, as mãos são abençoadas, pois assim como o ser humano se farta de bem pelo fruto de sua boca, ele também é recompensado pelo trabalho de suas mãos. O trabalho honesto e diligente não fica sem retribuição. Essa retribuição brota da terra e emana do céu. Vem das pessoas e também de Deus.
Tem se fartado dos frutos benditos de sua própria boca?
12:14 As palavras boas e o bom comportamento trazem recompensas. Falar com brandura e sabedoria produz amor e respeito, além de conquistar o favor dos outros. As boas obras retornam em forma de bênçãos.
“O caminho do insensato aos seus próprios olhos parece reto, mas o sábio dá ouvidos aos conselhos.” 15
Há um ditado popular que diz: “O pior cego é aquele que não quer ver”. O insensato é assim. Ele não discerne as coisas. Há uma venda em seus olhos e um tampão em seus ouvidos. Seu coração está endurecido, e sua consciência está cauterizada. Ele coloca os pés numa estrada escorregadia e avança como se estivesse em terra firme. Envolve-se em tramas de morte e caminha despercebidamente. Esquece-se o insensato de que o diabo é um estelionatário e que o pecado é uma fraude. O diabo cega o entendimento dos incrédulos e lhes anestesia a alma. Os insensatos são corrompidos de tal forma que, além de não enxergarem os riscos de seu caminho sinuoso, ainda esses caminhos parecem retos aos seus próprios olhos. Os insensatos invertem os valores e tapam os ouvidos aos sábios conselhos. Por estarem num caminho de escuridão, nem sabem em que tropeçam. Por estarem surdos à verdade, marcham célere para a morte sem receber a oferta graciosa da vida eterna. O autoengano é o último estágio da degradação moral, pois aqueles que estão dormindo nos braços desse comodismo moral despertarão tarde demais, quando já terá passado o tempo do arrependimento e da oferta da graça.
12:15Ninguém é capaz de ensinar o insensato, pois este acha que sabe tudo e não está disposto a ouvir. O sábio, ao contrário, gosta de ouvir conselhos, pois reconhece que é impossível alguém conhecer todos os pontos de vista de determinado assunto.
“A ira do insensato num instante se conhece, mas o prudente oculta a afronta.” 16
12:16 O insensato não sabe reprimir a ira e explode ao menor sinal de provocação. O prudentesabe ignorar os insultos e praticar o domínio próprio.
O insensato é alguém destemperado emocionalmente. É um poço de amargura, um protagonista de intrigas e um provocador de contendas. Sua vida é uma ameaça aos que vivem à sua volta. Suas palavras, ações e reações são explosivas. O insensato não tem domínio próprio, mas constantes acessos de ira. Por falta de autocontrole, joga estilhaços em todos à sua volta. Por falta de discernimento, fala sem refletir e expõe as pessoas à sua volta a situações vergonhosas e constrangedoras. As palavras do insensato ferem como espada e provocam contendas entre os irmãos. O prudente, porém, não perde as estribeiras quando é afrontado. Ele não paga o mal com o mal, mas vence o mal com o bem. Ele não se destempera ao ser agredido com palavras maldosas e atitudes injustas, mas abençoa até mesmo seus inimigos. Ele não é governado pela carne, mas pelo Espírito, e o fruto do Espírito é domínio próprio. O prudente tem controle não apenas sobre suas ações, mas também sobre suas reações. Quando ferido numa face, volta a outra; quando forçado a caminhar uma milha, caminha duas; quando lhe tomam a túnica, dá também a capa. O prudente sabe que aquele que domina o seu espírito é mais forte do que aquele que conquista uma cidade.
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