Envolto em um Lençol
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Envolto em um Lençol
Envolto em um Lençol
Marcos 14: 52
Marcos 14: 52
Introdução:
A cidade de Jerusalém estava vivendo a noite mais dramática da sua história. Judas liderava a turba de sacerdotes e soldados que vão prender a Jesus. Ouvia-se pelas ruas o tropel dos cascos dos cavalos. Muitas pessoas, movidas pela curiosidade, abriram suas janelas. Outras, olharam assustadas de dentro de suas casas. Contudo, um jovem, não se conteve. Do jeito que estava, enrolado em um lençol, pulou de sua cama e infiltrou-se no meio da turba para ver aquele dramático espetáculo da prisão de Jesus. Não se apercebeu que lençol não é roupa. Não se deu conta de que estava indevidamente vestido e que poderia ser desmascarado, denunciado e exposto a um vexame.
Marcos: O Evangelho dos Milagres (A Prisão de Jesus no Getsêmani (14.43–52))
Esse jovem é mais do que uma estatística na multidão, ele é um símbolo. Representa os seguidores ocasionais, os discípulos de plantão.
Ele decidiu seguir a Jesus sem medir as consequências. Nem se apercebeu que estava apenas enrolado em um lençol, sem roupas próprias. Deu uma amnésia moral naquele moço.
Marcos: O Evangelho dos Milagres A Prisão de Jesus no Getsêmani (14.43–52)
Curiosidade, pressa e improvisação foram as misturas que fizeram daquele moço um discípulo sem compromisso.
Esse texto nos ensina algumas lições práticas.
Marcos: O Evangelho dos Milagres A Prisão de Jesus no Getsêmani (14.43–52)
Aqueles que se cobrem com um lençol são um símbolo dos seguidores de Jesus, mas sem compromisso
Ele se tornou um discípulo casual, mas não era um verdadeiro discípulo. Faltava-lhe o compromisso com Jesus. Ele era um discípulo de improviso. Seguia a Jesus movido pela curiosidade, mas não tinha aliança com ele.
Marcos: O Evangelho dos Milagres A Prisão de Jesus no Getsêmani (14.43–52)
Aqueles que se cobrem com um lençol são um símbolo daqueles que vivem a superficialidade da vida cristã
O lençol era a única cobertura que aquele jovem possuía. Era, portanto, um arranjo, uma proteção superficial. Não havia mais nada além daquilo que era aparente. Quando arrancaram-lhe o lençol, não havia mais nada para lhe proteger a vergonha.
Marcos: O Evangelho dos Milagres A Prisão de Jesus no Getsêmani (14.43–52)
Aqueles que se cobrem com um lençol são um símbolo daqueles que preferem o que dá certo em lugar do que é certo
O moço do lençol fez exatamente isso. Não era certo sair de lençol, mas naquele momento deu certo. Era noite, e como diz o ditado: “à noite, todos os gatos são pardos”. Naquela época, os homens usavam roupas compridas. O lençol enrolado no corpo, à noite, parecia-se com a vestimenta de qualquer homem naquele momento. A escuridão favorecia esse tipo de arranjo e jeitinho. O moço raciocinou: “Como ninguém sabe, nem está vendo, então eu vou fazer”. Nem sempre o que dá certo é certo. Sua ética era a ética do momento, da conveniência.
Marcos: O Evangelho dos Milagres (A Prisão de Jesus no Getsêmani (14.43–52))
Aqueles que se cobrem com um lençol são um símbolo daqueles que querem ser diferentes, mas não fazem diferença
Aquele jovem foi identificado como um seguidor de Jesus. Ele não estava no grupo que prendia a Jesus. Então, pensaram: ele é seguidor de Jesus. Mas quando lançaram mão dele, ele estava se cobrindo com um lençol e saiu correndo nu. Na verdade, ele não era um discípulo, era um carona da fé.
Marcos: O Evangelho dos Milagres (A Prisão de Jesus no Getsêmani (14.43–52))
Aqueles que se cobrem com um lençol são um símbolo daqueles que estão desprovidos de poder quando precisam se defender
O jovem precisou se defender quando foi atacado. Precisou usar as mãos. Mas eram suas mãos que faziam o lençol aderir ao seu corpo. Ao liberar as mãos, o lençol caiu. Ficou vulnerável, exposto, desprotegido, nu. O inimigo agarrou o lençol, a única coisa que o cobria. Ficou nu. Fugiu nu. Que vergonha! Ninguém pode vestir-se com um lençol sem ser exposto à vergonha na hora da batalha.