Lc 16.19-31 - 29/09/24

Rico e Lázaro (Lc 16.19-31)

Introdução

Ao mesmo tempo que Deus revela as Sua verdades a quem Ele quer revelar, a compreensão do evangelho que temos é também responsabilidade nossa que o ouvimos. Deus nos chama a viver aquilo que ouvimos (Lc 15.1-3; 16.1,14-15).

Ouvir as verdades de Deus nos coloca numa condição de responsáveis em responder (positivamente ou negativamente) ao ensino de Jesus! Não há neutralidade, mas responsabilidade: ouvir as palavras de Jesus e não cumpri-las é incredulidade! Tomemos cuidado!

Elucidação

Contexto: fariseus que, avarentos, confiavam em suas riquezas e pensavam que Deus os aprovava por serem ricos. Jesus já vinha expondo a hipocrisia em que os judeus viviam, pois eles aplicavam a Lei aplicando-a de forma equivocada em benefício próprio (Lc 16.14-18).

O equívoco dos fariseus os levava a não ver em Cristo a manifestação do evangelho do reino de Deus.

Jesus, então, por meio da parábola do homem rico e do homem pobre, quer ensinar mais princípios do Reino de Deus.

PARÁBOLA DO HOMEM RICO DO HOMEM POBRE

1. DOIS HOMENS (Lc 16.19-23).

Homem rico

Vestia-se de púrpura e linho finíssimo (trajes específicos de pessoas que tinham alguma ligação com os reis, pessoas nobres da alta sociedade);

Ele ostentava a sua vida e se alegrava com isso.

Ele não ligava para o mendigo; ele era totalmente indiferente à causa de Lázaro. Mas, isso é pecado (Tg 4.17).

Homem mendigo.

Seu nome era Lázaro (significa aquele que Deus ajuda ou Deus é minha ajuda).

Ele tinha feridas (semelhante as de Jó), as quais eram lambidas pelos cachorros. OBS: Os cachorros são mais compassivos do que o rico e seus empregados.

Vivia deitado à porta da casa do rico.

Seu desejo era alimentar-se do que sobrava da comida do rico; esse mendigo era muito pobre mesmo.

INFORMAÇÃO IMPORTANTE: OS DOIS MORREM!

O mendigo morre e "levado pelos anjos para junto de Abraão” (estar com Abraão, era para os judeus, o que pra nós é ser salvo, estar com Deus e com todos os crentes do AT, na presença do Senhor). Nada é dito sobre um enterro.

O rico também morre e “foi sepultado”, muito provavelmente com pompa. Não serviu de nada o seu enterro pois, diferente de Lázaro, esse homem rico foi para o inferno e ali sofreu tormentos. OBS: O inferno, segundo o próprio Jesus, era um lugar de “malditos”, que tinha sido “preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41).

Do inferno, o homem rico consegue ver Lázaro junto de Abraão.

Passa-se, então, ao diálogo entre o homem rico e Abraão.

2. DIÁLOGO ENTRE O RICO E ABRAÃO (Lc 16.24-31).

O homem rico grita clamando por misericórdia (v. 24).

Abraão responde dando-lhe algumas explicações (vv. 25-26).

O rico não quer que seus parentes também sejam dirigidos ao inferno e pede que Lázaro vá falar com os seus parentes (vv. 26-28).

“Eles têm Moisés e os Profetas”; “não, é necessário que os vivos levem a mensagem a eles” (vv. 29-30).

Nosso texto termina com as palavras de Abraão aos fariseus: “Se não ouvem Moisés e os Profetas, também não se deixarão convencer, mesmo que ressuscite alguém dentre os mortos (v. 31)”. O problema do coração humano não falta de evidências, mas é a incredulidade!

Conclusão

O que Jesus NÃO quer ensinar

Pobres vão para o céu e ricos vão para o inferno.

Pessoas não podem usufruir de riquezas deste mundo.

O que Jesus QUER ensinar

As coisas não são como os fariseus pensavam: as pessoas ricas são aprovasdas e abençoadas por Deus enquanto que as pobres são amaldiçoadas.

A diferença econômica não tem a ver com a verdadeira condição espiritual de uma pessoa: temos na parábola (1) uma pessoa rica que vai ao inferno provando que não vivenciava a presença de Deus aqui nesse mundo e (2) uma pessoa pobre que, por ter ido morar com Abraão, provava viver com Deus de forma correta.

A diferença religiosa (religiosidade fria e morta) também não tem a ver com a verdadeira condição espiritual da pessoa. Um “filho de Abraão” (descendente natural dele) não o coloca na condição verdadeira espiritual (Gl 3.7).

A morte não faz distinção entre ricos e pobres. APLICAÇÃO DO TEXTO E DO CONTEXTO GERAL: Todos temos que estar preparados para a morte! Reconheçamos Jesus como Deus verdadeiro e teremos uma morada eterna com o Senhor!