Reconciliação para aqueles que permanecem
Livro de Colossenses • Sermon • Submitted • Presented
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Cl 1.21-23
Cl 1.21-23
Introdução: Hendriksen disse certa vez sobre nossa condição em Cristo:
Pensamos no Juiz que não só perdoa a pena, mas também cancela a culpa do infrator, e ainda o adota como seu próprio filho. A graça traz paz. Esta é tanto um estado de reconciliação com Deus, quanto uma condição, a convicção interior de que, em conseqüência, agora tudo está bem.
William Hendriksen
A obra de Cristo na cruz muda nossa condição. Imaginar que o próprio Deus viveria conosco, sofreria a pena por nossos pecados deve sempre soar como uma benção para nós. Esse acontecimento não foi pouca coisa, nós dificilmente procuramos o sofrimento, ou, por exemplo, sair da zona de conforto. Porém, Cristo, não agiu como nós, e trouxe a reconciliação de todas as coisas em sua pessoa.
Paulo sabe disso, e olha para os seres humanos de modo específico na passagem dessa noite, e, mediante ela, podemos entender que: Cristo nos reconciliou para uma vida santa. Vamos perceber isso ao longo da passagem, primeira coisa:
1 - Antes estávamos longe de Deus
1. Após nossa exposição do hino sobre Cristo pelas duas mensagens intituladas “Quem ele é”, agora, temos uma aplicação sobre a obra de Cristo nas nossas vidas.
2. Paulo focaliza, nesse verso, nas pessoas que têm abraçado a fé, e descreve o que Cristo fez, e de como isso muda, totalmente, a condição dos crentes.
3. Note isso de modo claro “e a vós outros”, é uma clara referência aos leitores de Colossos, e se aplica a nós hoje.
4. Como já explicado à luz do verso 20, a condição de toda a criação, por conta do pecado, era de separação com Deus.
5. Aquilo que pôde ligar novamente, criador e criatura, foi a morte de Jesus.
6. Resta dúvidas? Veja como havia uma inimizade clara explicada pelo texto.
7. “Éreis estranhos”, a palavra “estranhos” descreve bem nosso passado, nós não fazíamos parte da família de Deus.
8. Ou seja, nós éramos separados como traduzido pela NVI.
9. Irmãos, algum de vocês teria tranquilidade de colocar alguém que você não conhece dentro de casa? É difícil, você não conhece essa pessoa, não sabe o que ela é capaz de fazer com você ou com os seus.
10. Mas, você e eu, éramos como essa pessoa, desconhecida, afastada da comunhão com Deus, não tínhamos proximidade, na verdade distância, não tínhamos conhecimento dele, estávamos perdidos.
11. Como já enfatizei em outra mensagem, ninguém nasce neutro, todos nascemos separados de Deus, e sofrendo as consequências do pecado.
12. Além disso, o texto também diz: “inimigos no entendimento pelas vossas obras”, ou seja, além de nascer separados, também somos inimigos.
13. Nós não desejamos Deus, nossa disposição, como aconteceu com o público de Oseias, é se voltar para o pecado, e permanecer nele.
14. Nossas obras não são boas, elas seguem nossa tendência, logo, se somos estranhos e inimigos, poderíamos por nós mesmos mudar isso? Não! Permaneceríamos no mesmo pecado.
15. Pois, como o texto explica, nossas obras eram más, fruto da nossa maldade.
16. Não somos bons, irmãos! Tudo que há de bom em nós é Cristo, por isso podemos nos alegrar por termos ele conosco.
17. Sem seu sangue, inimizade e separação seriam nossas marcas.
18. Se você ainda não agradeceu a Deus por nada hoje, aproveite para agradecer por não ser mais alguém separado dele.
19. Porém, e agora? Tudo mudou, porque...
2 - Cristo nos traz de volta a Deus
1. Note que há um tempo quando isso acontece, “agora”, isso se refere ao momento em que a pessoa confessou a Cristo como seu Senhor.
2. Antes estranhos, “porém” como dito no texto “vos reconciliou no corpo da sua carne”.
3. Ou seja, quebrou a barreira de separação com Deus, eliminou a distância, onde? No corpo de Cristo.
4. A ênfase no fato de “corpo da sua carne” é por conta que Paulo, uma vez mais, quer deixar claro que, de fato, Cristo viveu entre nós.
5. Aquele falso ensino que estava rondando os irmãos em Colossos dizia que a carne é má, logo, Deus não poderia ter encarnado.
6. Mas, se Deus encarnou, e viveu como um homem, o que isso nos diz? Que a carne é má? Não é, ela só está enferma pelo pecado. Deus não fez a humanidade com o pecado.
7. E Cristo já resolveu na Cruz. Ele nos reconciliou mediante sua morte, pagando a pena pelos nossos pecados.
8. O Deus-Homem morre por nós, em nosso lugar, ele morreu de fato, pois se isso não tivesse acontecido ainda estaríamos em dívida com o Senhor.
9. Certo, Cristo morreu por nós, isso nos reconciliou com Deus, e depois disso? Há algo a mais para ser observado?
10. Sim, note no restante do texto, “para apresentar-vos para ele”, qual a ideia, é semelhante ao sacrifício vivo dito por Paulo em Rm 12.1.
11. Somos apresentados, e somos agradáveis ao Senhor nesse momento, não como um sacrifício rejeitável, mas aceitável perante Deus.
12. Nós, agora, em Cristo, seremos apresentados ao nosso Senhor numa condição melhor, o que o fim do verso nos explica.
13. “Santos, inculpáveis e irrepreensíveis” essa tripla afirmativa explica como nossa situação mudou.
14. Não éramos santos, e sim impuros, cheios de culpas e passíveis da pior repreensão de todas.
15. Porém, mediante a morte de Cristo, desde já, somos vistos deste modo pelo Senhor.
16. E isso deve ser um imperativo, um aviso para buscarmos viver a vida santa, e vida correta diante de Deus.
17. Você não foi salvo para voltar ao pecado, mas para viver como um servo/filho de Deus.
18. No último verso, somos ainda mais elucidados pelo ponto levantado pelo verso 20, e já fica uma aplicação para cada um de nós.
19. Aqueles que estão reconciliados com Cristo vão:
3 - Permanecer na fé porque foram resgatados para viver pelo evangelho
1. Algo importante a levarmos em conta aqui, é a questão da condição dada por Paulo.
2. Isso não diz sobre a possibilidade de perder a salvação, mas enfatiza que, como salvos, precisamos permanecer caminhando com Deus.
3. A nossa permanência em Cristo é por conta de que, ao longo da Escritura, percebemos advertências como essas e elas têm o poder de sempre imprimir nos nossos pensamentos a necessidade de permanecer fiel.
4. Se somos filhos de Deus, temos que permanecer vivendo com ele, isso é claro, já tocamos no ponto de que fomos limpos do pecado, assim, não viver outra vez para o pecado.
5. Como? Não se afastando da esperança do evangelho que é a certeza da vida eterna com Deus. Cristo venceu o pecado e garantiu minha salvação, ao entender isso, devo viver como alguém que é salvo!
6. Lutando contra o pecado, procurando testemunhar a verdade da Palavra de Deus, viver uma vida digna do Senhor.
7. Não se afastando dessa esperança viva, que nós ouvimos um dia.
8. E note que Paulo cita outra vez o alcance que o evangelho está conseguindo, “toda criatura debaixo do céu”, ou seja, ele é para todos os povos.
9. Não há distinção sobre quem deve ouvir o evangelho, por isso, é nosso dever falar da palavra a qualquer pessoa que se encontra distante de Deus.
10. Como o próprio Paulo afirma “me tornei ministro”, alguém que conhece essas verdades e, agora, fala delas porque foi alcançado pela graciosa misericórdia do Senhor.
11. Pessoas que não conhecem o evangelho não seriam ministros bons, do que falariam? De que certeza? qual esperança?
12. O Evangelho deve ser pregado por aqueles que o entenderam e aceitaram pela fé, é nosso chamado de viver e proclamar as maravilhas daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz, como diz 1Pedro 2.9.
13. Somos salvos para falar, somos salvos para viver, Somos salvos para habitar com nosso Senhor em seu reino.
14. Você, como um ministro de Cristo, o que tem feito? Falado e vivido, ou tem falhado nessas áreas? Se sente que é o caso, faça uma mudança nas suas atitudes, os salvos vivem pela fé, vivem em santidade e não na prática do pecado.
Aplicação: Deus nos resgatou da maldição do pecado, e participamos da propagação do evangelho, como poderia realizar tal coisa em minha vida? Vamos pensar em algumas aplicações.
1. Você deve viver com as pessoas, não deve ser separar, porém, deve procurar testemunhar com sua vida a obra de Cristo.
2. Ao ler a Escritura, reconheça que ela sempre te recorda que você deve permanecer fiel, e isso é um modo de falar de Cristo.
3. Nos seus momentos de tristeza, ou de uma outra pessoa, recorde/fale do Deus que nos promete enxugar dos olhos todas as lágrimas (Ap 21.4), ele se compadece e cura os que sofrem.
Conclusão: Paulo nos falou de Cristo, e falou agora sobre nós. Isso nos chama a persistir em fé, batalhando e testemunhando pelo evangelho que nos salvou. Na próxima sessão ele falará um pouco sobre o mistério do evangelho, o que isso quer dizer? Pensaremos na próxima mensagem conforme a permissão do nosso Deus. Amém!