E DEUS COM MEU MODO DE VIVER?

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E DEUS COM MEU MODO DE VIVER?

INTRODUÇÃO

Você já ouviu a frase: “meu corpo, minhas regras”? Normalmente essa frase é usada por feministas para dizerem que elas podem fazer aquilo que elas querem fazer com seus corpos. Comumente a frase está mais atrelada a discursos sobre o aborto. Essa forma de pensar parte de uma esfera muito maior do que ele está atrelado, especificamente. Os homens e mulheres da nossa sociedade, desde que o mundo é mundo, acham que podem viver da forma que querem viver.
O fato é que isso é uma inverdade. Nós não decidimos por nós mesmos e todos nós daremos conta a Deus por nossas atitudes, por menores que elas sejam.
O que ocorre dentro das nossas igrejas é que essa forma de pensar está entranhada em nossas mentes. Por exemplo: vai me dizer que você nunca riu de uma piada no seu círculo de amigos que você não riria se estivesse com amigos da igreja?
Ou, de forma mais palpável, quantas vezes você já perguntou a Deus se Deus quer que você seja aquilo que você deseja e estuda tanto para ser? Ou quantas vezes você já se auto-sabotou dizendo: “Estou cansado/a, não vou a EBD/LINK/PG?”. Sendo que, na verdade, não era cansaço mas sim preguiça.
O problema é que nós não lembramos que Deus exige de nós um modo de viver dentro de todas as esferas da nossa vida que represente aquilo que cremos. Enquanto automaticamente vivemos achando que Deus não liga muito para o que eu faço nas mínimas coisas, ou sobre como eu decido minha vida, Deus quer que vivamos de modo exemplar em todas as circunstâncias.
Romanos 12.1–2 NVI
1 Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. 2 Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
No capítulo 12 de Romanos Paulo começa a falar sobre atitudes que os cristãos deveriam ter em meio a sociedade que viviam.
Especificamente nos versículos 1 e 2 Paulo fala sobre o modo de viver dos cristãos diante a realidade do século que estavam vivendo e como poderiam viver para agradar a Deus.
A mente do romano, e consequentemente do cristão que vive em Roma, muito conduzida pelas idéias de Platão, é de que existe uma espécie de separação entre o que era sagrado e o que era profano.
Paulo vai contradizer essa ideia dizendo que o nosso modo de viver deve refletir aquilo que cremos.

E DEUS COM MEU MODO DE VIVER?

DESENVOLVIMENTO

1) Viva morrendo por quem você crê.

Romanos 12.1 “1 Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.”
Perceba que Paulo etá falando a igreja de Roma porquê usa a palavra “irmãos”.
Logo de cara a gente percebe que Paulo está chamando atenção pra algo que ele quer falar. Ele diz: “rogo-lhes pelas misericórdias de Deus” como se aquilo que ele fosse falar é de uma importância tremenda.
E o que ele pede que é tão importante?
Viva morrendo. “se ofereçam em sacrifício vivo, (Deve proceder da nova vida no interior do crente)
santo (O produto da influência santificadora do Espírito Santo)
e agradável a Deus”. (não só aceitos por Deus mas muito sinceramente recebidos por aquele a quem os crentes se dedicam)
Paulo usa uma terminologia do sistema sacrificial para ensinar o povo a respeito de como deveriam proceder. No Antigo Testamento o sacrifício deveria ser de um animal perfeito e deveria agradar a Deus.
E então Paulo diz que render esta devoção é o culto racional de vocês. A palavra racional, no grego, é logikēn. A tradução mais correta pra essa palavra é lógico e não racional. Quando fazemos uma exegese nós sabemos que o sentido da palavra não se dá estritamente pela sua etimologia mas pelo contexto geral.
Mas aqui, tanto a palavra é melhor traduzida como lógica como o contexto nos dá a entender que Paulo está dizendo que este culto: o vivo, santo e agradável a Deus.
Então aqui lógica, no sentido de ser razoável, é o melhor termo aplicado.
Portanto, Paulo está afirmando que o culto razoável ou lógico que devemos dar, por causa das misericórdia de Deus, é de sermos por inteiros um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.
CORAM DEO

2) Seja o que você professa crer

Romanos 12.2 “2 Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Paulo, no versículo 1, indica o alvo e encoraja a igreja a alcançá-lo.
Porém, agora, Paulo ensina como fazer isso.
Ou seja, devemos nos apresentar diante de Deus com um culto racional/razoável/lógico que é ser um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.
Porém, na prática, como fazer isso? Sendo aquilo que cremos.
Paulo diz, em primeiro lugar, o que devemos evitar.
Não se amoldem ao padrão deste mundo”. Ou seja, não entre no molde deste mundo. Não pense igual o mundo, não haja feito o mundo age. Paulo sabe que nós vivemos rodeados de exemplos e testemunhos maus. Paulo sabe que estamos rodeados de linguagem imprópria, músicas obscenas, filmes e livros torpes, companhias de pessoas profanas e zombadoras de Deus.
Mas Paulo vai mais a fundo. Não se amoldar ao padrão deste mundo é ter cuidado com lazer e entretenimento. Quantas vezes nós deixamos de lado causas nobres como família, educação cristã, igreja, caridade, missões e evangelismo porquê estamos preocupados com o nosso tempo de descanso, lazer e entretenimento?
Paulo deseja que os seus mudem sua mentalidade sobre como deve ser vivida a vida cristã no seu mais ordinário.
Então, agora, sabemos o que não devemos fazer. Mas o que Paulo pede que façamos? “transformem-se pela renovação da sua mente ...”.
Veja o contraste: não se amolde mas transforme-se.
A questão é que Paulo não pede que se substitua uma forma de pensar pela outra. O problema com os que se deixam amoldar segundo o padrão desta presente era está bem arraigado com os pensamentos desta era.
O necessária é transformação, mudança interior, renovação de mente. Não é só do órgão que pensa e raciocina, mas é uma transformação da disposição interior, do coração, do seu ser religioso. A coisa está muito mais profunda do que meramente na mente.
Uma completa mudança daquilo que somos, que transborda nas atitudes do dia a dia, faz a gente ser capaz “de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Quando rendemos quem somos em todas as esferas da nossa vida a Deus e nos colocamos submissos a Sua Palavra, experimentamos e comprovamos a agradável e perfeita vontade de Deus para nós.
Ou seja, quando somos obedientes, experimentamos o desejo de Deus para nós: deleite e satisfação nEle.
William Hendriksen, pastor presbiteriano
Quanto mais vivemos de conformidade com essa vontade e a aprovam, mais, também, por meio dessa experiência, aprenderão a conhecer essa vontade e a alegrarem-se nesse conhecimento. Exclamarão: “Tua vontade é nosso deleite”.

CONCLUSÃO

Como você tem vivido no mundo em que você vive? A vontade de Deus é importante para você?
Qual é seu testemunho? Você vive nos locais que Deus coloca você conforme você professa crer?
A tua ética na faculdade, na escola, na família, condiz com alguém que diz ser fiel a Jesus?
Você se preocupa com o que Deus pensa das suas escolhas pessoais? Do seu futuro? Do seu trabalho? Do seu relacionamento?
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