LIÇÃO 13 - LIVRO DE ESTER - EBD

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INTRODUÇÃO
O drama dos judeus nos dias do rei Assuero estava chegando ao fim. O rei editou um decreto concedendo o direito de defesa para as comunidades judaicas de todas as províncias persas. Ester agiu como difusora de boas-novas e Mardoqueufoi engrandecido em todo o império.
O PEDIDO DE DEFESA AOS JUDEUS E A CONCESSÃO DO REI
1. A humildade de Ester e sua súplica
Assuero foi devidamente informado da gravidade do decreto redigido por Hamã e assinado com seu anel. No dia 13 do décimo segundo mês, o mês de ADAR (entre fevereiro e março de nosso calendário), os inimigos dos judeus poderiam matá-los em todas as 127 províncias do extenso Império Persa. O que poderia ser feito para evitar esse extermínio em massa? De maneira reverente e com toda humildade, Ester suplicou ao rei que revogasse sua ordem, pondo fim ao intento de Hamã. Assuero fez ver à rainha que já havia tomado as medidas que estavam ao seu alcance, como o enforcamento de Hamã, mas que não poderia revogar o decreto assinado (Et 8.7,8). Havia, ainda, um desafio para os judeus. Confiar em Deus não nos isenta de fazer a nossa parte (Js 1.3-9); 1Co 10.13
1Coríntios 10.13 (NVI)
Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo lhes providenciará um escape, para que o possam suportar.
A Humildade de Ester e Sua Súplica
Contexto - Fato: Ester, ciente do decreto que ameaçava o povo judeu, abordou o rei Assuero com humildade, suplicando pela revogação da ordem de Hamã (Ester 8:7-8).
Princípios Bíblicos
Humildade na Oração: A abordagem reverente de Ester exemplifica a importância da humildade ao buscar ajuda divina e humana (Tiago 4:10). Responsabilidade Pessoal: Confiar em Deus implica também agir conforme Sua orientação e fazer a nossa parte (Josué 1:3-9).
Aplicações Práticas
Buscar Ajuda com Humildade: Em momentos de crise, é vital se aproximar das autoridades ou de pessoas que podem ajudar com respeito e humildade (Filipenses 4:6).
Ação Conjunta com a Fé: Em situações desafiadoras, além de orar, devemos estar prontos para agir de forma prática, buscando soluções que reflitam nossa fé (Tiago 2:17).
Conclusão
A súplica de Ester ao rei Assuero ilustra como a humildade e a ação responsável são essenciais na busca por justiça e proteção, reafirmando que a fé deve ser acompanhada de ação consciente e respeitosa.
2. Segurança jurídica.
Apesar de todos os aspectos tirânicos, autoritários e excêntricos dos reis da Pérsia, como o próprio Assuero, havia um limite para suas ações: o império da lei dos medos e persas. Dario, pai de Assuero, viveu uma experiência parecida e não violou a norma. Mesmo estimando muito a Daniel, não pode livrá-lo da cova dos leões (Dn 6.8,15). Em qualquer nação, todos devem estar sujeitos às leis (Rm 13.1). Jesus deu-nos esse exemplo (Mt 22.17-21). Em países democráticos, como o Brasil, todos os aspectos da vida pública e privada são regrados por um ordenamento jurídico, sob uma Constituição, que a todos vincula. Isso é necessário para que haja previsibilidade e segurança jurídica. Nenhuma pessoa ou Poder está acima da Constituição Federal. Ninguém pode agir de modo a violá-la. As alterações constitucionais possíveis somente podem ser feitas pelo Parlamento, onde atuam os representantes eleitos pelo povo. Essa, pelo menos, é a moldura constitucional. Oremos pelas autoridades de nosso país (1Tm 2.1,2).
Segurança Jurídica
Contexto - Fato: Apesar da tirania de reis como Assuero, havia limites impostos pela lei dos medos e persas, que garantiam uma forma de segurança jurídica, como evidenciado no relato de Daniel (Daniel 6:8, 15).
Princípios Bíblicos
Submissão às Autoridades: Todos devem obedecer às leis do governo, pois são instituídas por Deus para manutenção da ordem (Romanos 13:1). Exemplo de Cristo: Jesus demonstrou a importância de respeitar as leis civis, mesmo quando as circunstâncias eram adversas (Mateus 22:17-21).
Aplicações Práticas
Respeito à Lei: Como cidadãos, é vital cumprir as leis e normas estabelecidas, promovendo uma sociedade justa (1Pedro 2:13-14). Oração pelas Autoridades: É importante orar por aqueles em posição de liderança, buscando a sabedoria divina em suas decisões (1Timóteo 2:1-2).
Conclusão
A segurança jurídica, representada pela obediência à lei, é fundamental para a estabilidade e previsibilidade em qualquer sociedade. A submissão às autoridades e a oração pelas lideranças são práticas que refletem a fé e o compromisso com a justiça.
3. O direito de defesa.
Assuero não podia revogar seu decreto, mas emitiu outro; uma espécie de contraordem, que permitia aos judeus exercerem seu direito de defesa diante de seus inimigos, no dia assinalado no decreto anterior (Et 8.8-13). O texto nos faz entenderque havia, em todo o reino, grupos sistematicamente hostis aos judeus (Et 8.11,13; 9-1,2,5). Não era, portanto, uma vingança gratuita e indiscriminada. A ordem foi enviada para todas as províncias e produziu muita alegria entre os judeus e temor em todos os povos. Muitos chegaram a se tornar judeus (Et 8.17). No dia da pretendida matança, aconteceu contrário do que esperavam os inimigos: os judeus se assenhorearam deles, inclusive ajudados pelos nobres e todos os maiorais das províncias, que haviam ouvido falar de Mardoqueu e o temiam (Et 9.1-4). Somente na cidadela de Susãforam mortos 500 homens, incluindo os dez filhos de Hamã. Setenta e cinco mil em todo o reino persa (Et 9.11-16). No dia seguinte, mais 300 mortos na cidade de Susã (Et 9.15).
O Direito de Defesa
Contexto - Fato: Assuero emitiu um novo decreto que permitia aos judeus se defenderem de seus inimigos, uma resposta necessária ao decreto anterior de Hamã (Ester 8:8-13).
Princípios Bíblicos
Direito à Defesa: A Bíblia reconhece o direito de defesa contra injustiças e agressões (Salmo 82:3-4). Justiça e Proteção: Deus é um defensor dos oprimidos, chamando Seu povo a proteger os vulneráveis (Provérbios 31:8-9).
Aplicações Práticas
Defesa Justa: Em situações de injustiça, é apropriado e bíblico buscar formas de defesa legal e justa (Lucas 3:14). Solidariedade: Apoiar aqueles que enfrentam opressão, defendendo os direitos dos necessitados na comunidade (Isaías 1:17).
Conclusão
O direito de defesa, exemplificado na história de Ester, é um princípio bíblico que deve ser respeitado. A proteção dos vulneráveis e a busca por justiça são responsabilidades de cada cidadão, refletindo a justiça divina em nossas ações.
SINOPSE I - A rainha Ester suplica humildemente a segurança jurídica para exercer o direito de defesa.
A RAINHA ESTER ESCREVE BOAS NOTÍCIAS PARA O SEU POVO
1. A comemoração dos judeus.
O dia 14 do décimo segundo mês foi de grande festa para os judeus de todo o Império Persa. O sentimento de alívio pelo grande livramento tomou conta do povo judeu e precisava ficar marcado. Mardoqueu registrou os fatos e escreveu cartas para os judeus de todas as províncias, instituindo uma festa comemorativa, a Festa de Purim. Hamã havia lançado sorte (pur) para matar os judeus no dia 13. Agora, o dia 14 seria estabelecido como um dia de festa, um feriado nacional a ser inscrito na história judaica, para comemorar o livramento que Deus dera ao povo judeu (Et 9.20-28).
2. A carta e o decreto de Ester.
Depois da primeira carta enviada por Mardoqueu, Ester e o primo escreveram uma segunda carta, confirmando a instituição da Festa de Purim, com dois dias de duração. Era a primeira vez que a rainha Ester se dirigia ao seu povo. Ao sair de sua pena, a instituição da festa estava fundamentada, agora, em um decreto real (Et 9.32). A festa entrou definitivamente no calendário judeu e é comemorada até os dias de hoje.
A Comemoração dos Judeus
Contexto - Fato: O dia 14 do mês de Adar é estabelecido como a Festa de Purim, comemorando o livramento dos judeus do plano de Hamã (Ester 9:20-28).
Princípios Bíblicos
Gratidão a Deus: A celebração é uma expressão de gratidão pelo livramento divino (Salmo 118:21). Memorial de Livramentos: É importante lembrar e comemorar as intervenções de Deus na vida do Seu povo (Deuteronômio 6:12).
Aplicações Práticas
Criar Tradições de Gratidão: Estabelecer datas ou rituais familiares para celebrar e recordar momentos de livramento e bênçãos (Salmo 126:3). Fomentar a Comunidade: Promover eventos comunitários que reforcem a união e a memória coletiva sobre a fidelidade de Deus (Hebreus 10:24-25).
Conclusão
A Festa de Purim não apenas celebra um evento histórico, mas também enfatiza a importância da gratidão e da memória coletiva na vida da comunidade de fé, incentivando práticas que fortalecem os laços e a identidade cultural.
3. A exaltação de Mardoqueu.
Assuero conhecia Mardoqueu, mas não sabia de seu parentesco com a rainha Ester até a denúncia dos malfeitos de Hamã. Ester 8.1 diz que foi naquele dia que Mardoqueu compareceu à presença do rei, “porque Ester revelou que ele era seu parente” (NAA). Assuero deu a Mardoqueu o anel que havia dado a Hamã, e Ester o pôs sobre a casa do agagita (Et 8.2). Mas ainda não era tudo. Depois da morte dos inimigos dos judeus, Assuero engrandeceu ainda mais a Mardoqueu, pondo-lhe como o segundo maior do reino; posição que era ocupada por Hamã (Et 10.3). O relato bíblico encerra com um testemunho notável de Mardoqueu: ele foi um homem público exemplar e próspero, trabalhando para o bem de todo o seu povo. O propósito de Deus é usar seus servos em todas as áreas da vida. Tudo o que fizermos deve ser feito para a glória de Deus (1Co 10.31).
A Exaltação de Mardoqueu
Contexto - Fato: Após a revelação do parentesco de Mardoqueu com Ester, o rei Assuero o exalta, dando-lhe o anel de Hamã e elevando-o a uma posição de grande autoridade no reino (Ester 8:1-2; 10:3).
Princípios Bíblicos
Reconhecimento de Méritos: Deus honra aqueles que são fiéis e justos em suas ações (Provérbios 11:25). Serviço ao Próximo: A promoção de Mardoqueu reflete o chamado de Deus para que Seus servos contribuam para o bem-estar da comunidade (Mateus 5:16).
Aplicações Práticas
Buscar Excelência em Tudo: Esforçar-se para ser exemplar em nossas responsabilidades, buscando impactar positivamente os outros (Colossenses 3:23). Trabalhar pelo Bem Comum: Envolver-se em ações que beneficiem a comunidade, refletindo o caráter de Cristo em nossas atitudes (Gálatas 6:10).
Conclusão
A exaltação de Mardoqueu ilustra como a fidelidade e o serviço ao próximo são recompensados por Deus. A vida dele serve como exemplo de integridade e de como agir para a glória de Deus em todas as áreas.
SINOPSE II - A rainha Ester emite uma carta e um decreto para os judeus exercerem o direito de defesa.
III - A MULHER É CHAMADA POR DEUS PARA SER RELEVANTE NO MUNDO
1. Uma mulher notável.
Mardoqueu e Ester exerceram um papel de altíssima relevância no Império Persa, principalmente em relação ao povo judeu. Para isso, não foi preciso disputa ou inversão de papéis. Ester chegou ao cargo de rainha sob profundo respeito, obediência e honra ao primo Mardoqueu, que lhe havia criado como filha. Na condição de rainha, soube ser humilde, prudente e muito equilibrada. A forma como se dirigia e honrava Assuero contrastava com a atitude irreverente de Vasti. A firmeza moral de Ester fez dela uma mulher notável. Ela entendeu o propósito de Deus para sua vida.
1. Uma Mulher Notável
Fato: Ester e Mardoqueu desempenharam papéis cruciais no Império Persa, com Ester exercendo sua função de rainha com humildade e respeito, em contraste com Vasti (Ester 2:15-20).
Princípios Bíblicos
Humildade e Prudência: Ester exemplifica que uma liderança eficaz se baseia em humildade e respeito (Provérbios 11:2). Identidade e Propósito: Compreender o propósito divino é fundamental para realizar um chamado significativo (Jeremias 29:11).
Aplicações Práticas
Cultivar Qualidades de Liderança: Mulheres podem desenvolver habilidades de liderança em suas comunidades, buscando modelos de humildade e respeito (Filipenses 2:3). Buscar Propósitos Maiores: Incentivar o autoexame para descobrir e agir conforme o propósito que Deus tem para cada uma (Efésios 2:10).
2. A banal “guerra dos sexos”.
Deus não entra em disputas banais, como a tal “guerra dos sexos”, que visa instilar ódio e aversãoentre homens e mulheres. O Criador nos fez macho e fêmea, com constituição e papéis distintos, os quais estão claramente revelados nas Escrituras (Gn 1.27; 2.15-18). No final, julgará a todos conforme as leis perfeitas e justas que estabeleceu. Deus não é afetado por partidarismos e ideologias sexistas. Por isso, chama homens e mulheres para serem relevantes no mundo. A mulher tem muito a contribuir no reino de Deus e no bem-estar de toda a sociedade.
2. A Banal “Guerra dos Sexos”
Fato: Deus não se envolve em disputas de gênero; Ele criou homens e mulheres com propósitos distintos e igualmente relevantes (Gênesis 1:27; 2:15-18).
Princípios Bíblicos
Criação e Igualdade: Ambos os gêneros são criados à imagem de Deus, com dignidade e valor (Gênesis 1:27). Chamado Universal: Deus convoca tanto homens quanto mulheres a contribuírem para Sua obra (Gálatas 3:28).
Aplicações Práticas
Promover a Igualdade: Combater estereótipos e promover um ambiente de respeito mútuo nas relações de gênero (Tiago 2:1). Envolvimento em Causas Sociais: Mulheres podem se engajar ativamente em causas que promovam o bem-estar social e espiritual da comunidade (Mateus 25:40).
3. O contexto cristão.
Além das mulheres da Bíblia, diversas mulheres exerceram papéis importantes em toda a história da Igreja, tais como: Catarina von Bora, Susannah Wesley, Sarah Kalley, Corrie ten Boom e Ruth Graham. No contexto assembleiano: Celina Martins Albuquerque, Lina Nystrõm, Zélia Brito, Frida Vingren, Signe Carlson, Elisabeth Nordlund, Florência Silva Pereira, Albertina Bezerra Barreto, Ruth Doris Lemos, Wanda Freire Costa, dentre tantas outras. Muitas mulheres notáveis permanecem em atuação em solo brasileiro e em todo o mundo.
SINOPSE III - A firmeza moral da rainha Ester é uma inspiração para a mulher cristã do século XXI
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