A PRISÃO DE JESUS E AS LIÇÕES DO JARDIM

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4 Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais? 5 Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o traidor, estava também com eles. 6 Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra

1. A IDA AO JARDIM

1.1 Localização do Jardim do Getsêmani

João 18:1 – "Tendo Jesus dito estas palavras, saiu juntamente com os seus discípulos para além do ribeiro Cedrom, onde havia um jardim, no qual entrou com eles."
- O Jardim do Getsêmani é identificado como um lugar ao pé do Monte das Oliveiras, próximo a Jerusalém, separado pelo ribeiro Cedrom. Getsêmani significa "prensa de azeite", indicando que era um lugar onde havia oliveiras e prensas de óleo, um cenário que simboliza a intensa pressão emocional e espiritual que Jesus enfrentaria ali. Nos Evangelhos Sinóticos, sabemos que foi no Getsêmani que Jesus orou com grande agonia (Mateus 26:36-46; Marcos 14:32-42; Lucas 22:39-46).
Mateus 26.39 “Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.”
Marcos 14.35–36 “E, adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava para que, se possível, lhe fosse poupada aquela hora. E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.”
Lucas 22.42–44 “dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua. [Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava. E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.]”
"Jesus ali estivera muitas vezes com seus discípulos" (João 18:2)
- João menciona que Jesus tinha por costume ir até aquele lugar. Isso mostra que o local era familiar para Ele e para os discípulos, reforçando a ideia de que Jesus não estava tentando evitar Seu destino. Sua onisciência e submissão à vontade do Pai são evidentes, pois Jesus escolhe um local onde facilmente poderia ser encontrado por Judas.

1.2 Os Acontecimentos no Jardim

1.2.1 A Revelação da Onisciência de Jesus

João 18:4 – "Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais?"
Onisciência de Jesus
- O verso 4 de João 18 revela claramente a onisciência de Jesus, um atributo exclusivo da divindade. Nada se ocultava da mente de Jesus. Ele sabia com precisão tudo o que estava para acontecer: Sua traição, o sofrimento, o julgamento e a morte. Não havia surpresa para Ele, mas sim uma preparação para cumprir, com plena consciência, a vontade do Pai.
Este conhecimento perfeito já havia sido demonstrado anteriormente no Evangelho de João:
João 1:42, 47-48 – Jesus conhece Pedro e Natanael antes mesmo de encontrá-los, mostrando conhecimento sobrenatural sobre quem eles eram e suas características.
João 2:24-25 – Jesus "não se confiava a eles, porque conhecia a todos; e não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem; pois ele mesmo sabia o que era a natureza humana". Jesus conhecia o interior das pessoas, suas intenções e pensamentos, algo que somente Deus poderia fazer.
João 5:6 – Ao se deparar com o paralítico em Betesda, Jesus sabia que ele estava naquela condição há muito tempo, indicando mais uma vez Sua percepção além do que era visível.
João 6:64 – Jesus sabia, desde o início, quais dos discípulos não criam e quem O trairia.
João 13:1,3 – Jesus sabia que "a sua hora havia chegado para passar deste mundo para o Pai". Ele também sabia que "o Pai havia confiado tudo às suas mãos", demonstrando Seu perfeito entendimento do propósito divino e de Sua identidade.
João 21:17 – Depois da ressurreição, Jesus pergunta a Pedro três vezes se ele O ama, e Pedro responde: "Senhor, tu sabes todas as coisas", reconhecendo assim a onisciência de Cristo.
A Resolução de Jesus
- No Getsêmani, Jesus passou por uma agonia profunda, conforme descrito nos outros evangelhos (Mateus 26:36-46; Marcos 14:32-42; Lucas 22:39-46). Ele orou ao Pai para que, se possível, o cálice do sofrimento fosse afastado, e tal foi a intensidade de Sua aflição que seu suor se tornou como gotas de sangue (Lucas 22:44). Contudo, agora, em João 18:4, vemos que essa agonia estava no passado. Jesus aparece calmo e resoluto, mostrando uma majestade sublime diante da situação. Já não havia hesitação, apenas uma firmeza impressionante diante da missão que lhe foi dada.
A Traição de Judas
- Em paralelo, os outros evangelhos fornecem mais detalhes sobre o papel de Judas nesse momento. Mateus 26:49 relata que Judas, ao se aproximar de Jesus, o saudou com as palavras: "Salve, Rabi!", e então O beijou repetidamente, o que era o sinal combinado para identificá-Lo aos soldados. A ironia aqui é evidente e profundamente amarga: Judas escolheu a noite da Páscoa, a celebração da libertação de Israel, para trair o Cordeiro de Deus. Ele fez isso em um lugar sagrado de oração, um espaço frequentemente usado pelo Mestre e Seus discípulos para devocional, e usou o beijo, um símbolo de afeição e respeito, para executar o ato mais infame da história.

1.2.2 Apresentação como Deus

João 18:6 – "Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra."
A Declaração de Jesus: “Eu Sou Ele”
- Em resposta ao questionamento dos soldados, Jesus diz: “Eu sou ele”. No grego, Ele usa "ἐγώ εἰμι" (Ego Eimi), que literalmente significa "Eu sou". Esta expressão não é um simples "sou eu" no sentido humano e casual, mas uma profunda referência à identidade divina de Cristo. Esta mesma expressão é usada por Deus em Êxodo 3:14 quando diz a Moisés: "EU SOU O QUE SOU". Ao pronunciar "Eu sou", Jesus estava, de forma implícita, reivindicando Sua identidade divina.
A Inutilidade do Beijo de Judas
- Os evangelhos sinóticos, particularmente em Mateus 26:49, mencionam o beijo de Judas como o sinal combinado para identificar Jesus aos soldados. João, no entanto, não registra o beijo em seu relato.
- A ausência do beijo no Evangelho de João talvez também tenha a intenção de destacar o contraste entre a traição de Judas e a soberania de Jesus. Judas estava ali, alinhado com os poderes das trevas, enquanto Jesus, com calma e coragem, se identificava como Aquele que estava no controle de toda a situação.
A Queda dos Soldados: “Recuaram e Caíram por Terra”
- Logo após Jesus dizer "Eu sou ele", algo notável acontece: "eles recuaram e caíram por terra" (v. 6). Esse momento nos mostra a majestade e a autoridade intrínseca de Jesus, mesmo diante de uma situação em que Ele era teoricamente a "vítima". Aqui vemos Jesus, o Rei dos reis, e Sua palavra causou um efeito tão poderoso que os soldados e os oficiais perderam o equilíbrio e caíram ao chão.
A Majestade de Sua Voz e a Expressão de Seus Olhos
- Existe uma autoridade natural em Jesus que ultrapassa o que os homens comuns poderiam expressar. O tom de Sua voz e o olhar firme expressam uma autoridade celestial.

1.2.3 A Proteção do Pastor

João 18.7–9Jesus, de novo, lhes perguntou: A quem buscais? Responderam: A Jesus, o Nazareno. Então, lhes disse Jesus: Já vos declarei que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes; para se cumprir a palavra que dissera: Não perdi nenhum dos que me deste.”
- Jesus age como o Bom Pastor (João 10:11), protegendo seus discípulos para que não fossem presos. Ele se entrega para cumprir Sua missão, mas cuida de que os seus seguidores não sejam prejudicados, cumprindo assim Sua própria palavra.
Jesus Repete a Pergunta
- Depois do episódio dramático em que os soldados e oficiais recuam e caem por terra ao ouvir Jesus declarar “Eu sou ele” (v. 6), Ele novamente faz a mesma pergunta: “A quem vocês estão procurando?”. O notável contraste aqui é a dignidade de Jesus frente à atitude desonrosa dos soldados. Eles acabaram de experimentar um momento de poder sobrenatural, ao cair diante d'Ele, e agora se encontram aturdidos e incertos. A iniciativa de Jesus em repetir a pergunta revela um controle absoluto da situação e, ao mesmo tempo, traz clareza para o que viria a seguir. Ele estava, de certa forma, conduzindo os acontecimentos. Jesus está nos dando um exemplo claro de soberania em meio ao caos. A pergunta repetida obriga os soldados a reiterar suas ordens: eles estão ali apenas para prender “Jesus, o Nazareno”. Essa repetição também reforça que Ele estava se apresentando voluntariamente, sem esconder-se e sem resistir, tal como Isaías havia profetizado sobre o Servo Sofredor: "como cordeiro foi levado ao matadouro" (Isaías 53:7).
A Pedido de Proteção: “Deixem Estes Homens Irem”
Jesus agora chega ao ponto que desejava destacar: “Se estão procurando a mim, deixem estes homens seguirem seu caminho.” Ele está garantindo que os discípulos não sejam presos ou prejudicados. Aqui vemos a figura do Bom Pastor (João 10:11), que protege Suas ovelhas, mesmo ao custo de Sua própria segurança. Ele voluntariamente se entrega, mas não permitirá que Seus discípulos sofram o mesmo destino.
- Esta ação de Jesus de proteger os discípulos foi uma manifestação de Seu cuidado amoroso e Sua compreensão das limitações deles.
“Para Que a Palavra Se Cumprisse”
João 18:9 – "[Isso aconteceu] para que a palavra que ele tinha dito se cumprisse: 'Dos que me deste, não perdi nenhum.'"
- Aqui, João cita uma declaração anterior de Jesus, conectando o evento àquilo que o próprio Jesus já havia afirmado sobre Seu cuidado para com os discípulos:
João 6:39 – "E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que ele me deu, pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia."
João 10:28 – "Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão."
João 17:12 – "Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura."
- Esses versículos se referem ao cuidado espiritual de Jesus para com os Seus.

2. A PRISÃO DO SENHOR

2.1 Jesus Perante Anás e Caifás

Flávio Josefo, um historiador judeu do século I, menciona Caifás em alguns de seus escritos, particularmente em Antiguidades Judaicas. Seus relatos fornecem um contexto histórico importante sobre a posição de Caifás e a relação com a ocupação romana.
Antiguidades Judaicas (Livro XVIII, 2, 2): Josefo menciona que Caifás foi nomeado sumo sacerdote por Valério Grato, o predecessor de Pôncio Pilatos como governador da Judeia. Isso demonstra a dependência dos sumos sacerdotes à autoridade romana.
Antiguidades Judaicas (Livro XVIII, 4, 3): Josefo também relata que Caifás foi removido do cargo em 36 d.C. por Vitélio, governador da Síria. Sua demissão estava ligada às mudanças políticas entre os romanos e os líderes judeus, refletindo a instabilidade da posição do sumo sacerdote sob o domínio romano.
“§95 Vitélio, durante uma de nossas festividades patrióticas, tomou a decisão sobre a vestimenta do sumo sacerdote, ordenando ao comandante da fortaleza que não interferisse e que permitisse o uso da vestimenta sempre que necessário. Depois de fazer isso como um gesto de favor à nação, ele removeu o sumo sacerdote José, chamado Caifás, de sua posição, e nomeou Jônatas, filho de Anás, o antigo sumo sacerdote, para ocupar o cargo. Depois disso, Vitélio partiu novamente em direção a Antioquia.”
Flavius Josephus e Benedikt Niese, “Flavii Iosephi opera recognovit Benedictvs Niese ...” (Berolini: apvd Weidmannos, 1888–).

2.1.1 As Intenções de Caifás

João 18:14 – "Ora, Caifás era quem havia declarado aos judeus ser conveniente morrer um homem pelo povo."
- Caifás, o sumo sacerdote, já tinha planejado que Jesus deveria morrer para "salvar a nação" (João 11:49-50). Sua declaração, ironicamente, torna-se profética; ele pensa em termos políticos, mas Deus transforma essa intenção no plano de redenção para todos os povos.

2.1.2 As Acusações

João 18:19 – "Então, o sumo sacerdote interrogou a Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina."
- O interrogatório era voltado para Seus discípulos e para o ensino de Jesus, talvez buscando acusá-lo de subversão política ou heresia. A liderança religiosa estava preocupada com o impacto que Jesus e Seus seguidores poderiam ter sobre a estabilidade de seu poder.
Acusação Sobre Seus Discípulos
- O sumo sacerdote Anás iniciou o interrogatório perguntando a Jesus sobre "seus discípulos". Essa pergunta revela o interesse das autoridades em entender a natureza e o impacto do movimento que Jesus estava liderando.
1. Interesse no Número e na Ameaça Representada pelos Discípulos
Interesse Político e de Controle
- Anás estava particularmente interessado em saber quantos seguidores Jesus tinha e qual era o potencial de perturbação que eles poderiam representar. O sumo sacerdote sabia que, se Jesus tivesse muitos seguidores, isso poderia ser visto como uma ameaça ao status quo religioso e à relação de poder que existia entre os líderes religiosos judeus e o domínio romano. O crescente número de discípulos preocupava as autoridades, pois indicava uma perda de controle e de influência sobre o povo.
Medo de Rebelião
- Os líderes religiosos temiam que o movimento de Jesus pudesse levar a um tipo de revolta popular. Se os seguidores de Jesus fossem muitos e estivessem dispostos a defendê-lo, isso poderia representar uma ameaça direta tanto ao Sinédrio quanto aos romanos. Atos 4:13-17 mostra a continuidade dessa preocupação após a ressurreição, quando Pedro e João começaram a pregar abertamente, e os líderes se preocupavam em como a mensagem estava se espalhando.
2. Medo de Perda de Controle Religioso
Controle Sobre o Templo e a Doutrina
- Anás, assim como Caifás, tinha um interesse especial em manter o controle religioso sobre o Templo e seus serviços. Jesus estava crescendo em popularidade, e Sua mensagem estava minando diretamente a autoridade dos principais sacerdotes e escribas. A acusação sobre Seus discípulos refletia o medo de que Jesus estivesse formando um grupo que poderia desafiar as autoridades instituídas e que representava uma ameaça ao poder centralizado dos sacerdotes.
Acusação Sobre Sua Doutrina
- A segunda acusação tinha a ver com o ensino de Jesus. Anás queria informações sobre a natureza e o conteúdo da mensagem que Jesus pregava, que estava ganhando tantos adeptos e criando tamanha comoção.
1. A Natureza Revolucionária do Ensino de Jesus
Contraposição à Tradição Judaica
- O ensino de Jesus frequentemente desafiava as tradições dos fariseus e dos escribas, criticando a hipocrisia e a corrupção dos líderes religiosos (Mateus 23:13-36). Jesus pregava sobre um reino que não era deste mundo e ensinava que os rituais externos não tinham valor sem uma transformação interna do coração. Isso era visto como uma crítica direta aos métodos pelos quais os sacerdotes exerciam sua autoridade.
Afirmação de Divindade
-Jesus havia se declarado como sendo igual a Deus (João 10:30), o que era considerado blasfêmia pelas autoridades judaicas. Essa declaração era central para o julgamento de Jesus, pois, sob a Lei Judaica, tal afirmação era passível de morte. O ensino de Jesus a respeito de Si mesmo, como Filho de Deus, era visto como uma ameaça tanto teológica quanto política.
2. Ensino Acessível e Popular
Acessibilidade ao Povo
- Jesus não ensinava apenas nas sinagogas, mas falava ao povo em lugares públicos, ensinando com autoridade, diferentemente dos escribas. Ele tornava acessíveis as verdades espirituais de forma que qualquer pessoa, independentemente de posição social, pudesse entender e abraçar a fé. Isso representava um rompimento com a estrutura de poder dos líderes religiosos, que viam sua autoridade sobre o povo ser desafiada por uma mensagem que priorizava a graça e a verdade ao invés dos rituais e da Lei.
3 . O Impacto de Seu Ensino
Transformação de Vidas
- O ensino de Jesus estava causando uma profunda transformação entre as pessoas, especialmente os marginalizados: pecadores, publicanos, prostitutas, e outros que eram rejeitados pela sociedade. Ao anunciar perdão, esperança e cura, Jesus estava criando uma comunidade de seguidores que experimentavam o amor de Deus de uma maneira nunca antes sentida. Isso enfurecia os líderes religiosos que viam sua própria influência diminuir diante do carisma e poder do ensino de Jesus.
Denúncia do Sistema Religioso Corrupto
- Jesus denunciava a hipocrisia dos líderes religiosos e a transformação do Templo em um "covil de salteadores" (Mateus 21:13). Ele desafiava diretamente o sistema que permitia a esses líderes obter lucros ilícitos por meio das práticas do Templo, como as taxas e o comércio relacionado aos sacrifícios. Este confronto direto contra as práticas do Templo tocava o coração da influência e da riqueza dos sacerdotes

2.1.3 A Defesa de Jesus

João 18:20-21 – "Eu tenho falado francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disse em oculto."
- Jesus começa Sua defesa enfatizando a natureza pública e transparente do Seu ministério. Ele não organizava encontros secretos nem fazia pregações que precisassem ser escondidas. Sua mensagem sempre foi acessível ao público, especialmente aos judeus, tanto na sinagoga quanto no templo, locais onde as pessoas se reuniam para adorar e aprender sobre Deus.
Mateus 10.27 “O que vos digo às escuras, dizei-o a plena luz; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o dos eirados.”
Tenho Falado Francamente ao Mundo
A Natureza Aberta do Ensino de Jesus
Ensinando nas Sinagogas e no Templo:
Implicação da Justiça:
Nada Disse em Oculto
Contraste com o Sinédrio
Resumo dos Estágios do Julgamento de Jesus
Julgamento Eclesiástico
Primeira Audiência Diante de Anás: João 18:19-24.
Audiência Diante de Caifás e o Sinédrio: Mateus 26:57-68; Marcos 14:53-65; Lucas 22:54,63-65.
Julgamento Formal no Sinédrio ao Amanhecer: Lucas 22:66-71; Mateus 27:1; Marcos 15:1.
Julgamento Civil
Primeira Audiência Diante de Pilatos: João 18:28-38; Mateus 27:11-14; Marcos 15:1-5; Lucas 23:1-5.
Envio a Herodes Antipas: Lucas 23:6-12.
Retorno a Pilatos e Condenação: João 18:39-19:16; Mateus 27:15-26; Marcos 15:6-15; Lucas 23:13-25.

3. DA CORAGEM À NEGAÇÃO – PEDRO

3.1 Da Coragem

João 18:10-11 – "Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?"
- Pedro, na tentativa de defender Jesus, age impulsivamente, revelando uma confiança em sua própria força, ao invés de submeter-se ao plano de Deus. Jesus repreende Pedro, mostrando que Seu propósito era beber o cálice do sofrimento, conforme Isaías 53.

3.2 A Negação de Pedro

A predição
João 13.38 “Respondeu Jesus: Darás a vida por mim? Em verdade, em verdade te digo que jamais cantará o galo antes que me negues três vezes.”
A dor da Traição
Lucas 22.61 “Então, voltando-se o Senhor, fixou os olhos em Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe dissera: Hoje, três vezes me negarás, antes de cantar o galo.”
Uma reflexão profunda
Salmo 55.12–14 “Com efeito, não é inimigo que me afronta; se o fosse, eu o suportaria; nem é o que me odeia quem se exalta contra mim, pois dele eu me esconderia; mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu íntimo amigo. Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos e íamos com a multidão à Casa de Deus.”

3.2.1 Primeira Negação

João 18:17 – "Então, a criada, encarregada da porta, perguntou a Pedro: Não és tu também um dos discípulos deste homem? Não sou, respondeu ele."
- Pedro, com medo de ser preso, nega ser discípulo de Jesus. Isso marca o início do cumprimento da profecia de Jesus, que Pedro O negaria três vezes antes do cantar do galo (João 13:38).

3.2.2 Segunda Negação

João 18:25 – "Perguntaram-lhe, pois: És tu, porventura, um dos discípulos dele? Ele negou e disse: Não sou."
- Pedro nega novamente, enquanto ele se aquecia junto com os outros. Isso mostra como Pedro, longe de Jesus, cedeu à pressão do medo.

3.2.3 Terceira Negação

João 18:26-27 – "Um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha decepado a orelha, perguntou: Não te vi eu no jardim com ele? De novo, Pedro o negou, e, no mesmo instante, cantou o galo."
- A terceira negação é a mais significativa. Pedro nega conhecer Jesus na frente de um parente de Malco, e logo depois, o galo canta. Conforme Lucas 22:61, neste momento Jesus olha para Pedro, e ele sai e chora amargamente, arrependido de sua fraqueza.
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