ACORDANDO COM O PIOR DOS PECADORES

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Texto base:

12 Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério, 13 a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade. 14 Transbordou, porém, a graça de nosso Senhor com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. 15 Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. 16 Mas, por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna. 17 Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!

1. AS NOVAS SOBRE QUEM REALMENTE SOMOS

1.1 - A contradição em nossas ações

Se amo meu cônjuge, por que acho tão fácil tratá-lo como se não o amasse?
Situações
Planejamos uma programação “perfeita”, para ambos fazerem. Mas, de repente, ela ou você diz alguma coisa, que frusta os planos iniciais, aí conflito começa.
Você passou o dia todos trabalhando e chega em casa e antes de conseguir entrar, sua esposa já lhe pede algo que tira você do seu desejado descanso, aí conflito começa.
Você se arruma toda, prepara os detalhes esperando que seu esposo perceba algo, mais ao chegar ele não nota nada. aí conflito começa
- Este é o lado desagradável do casamento: a realidade de viver diariamente com alguém num mundo caído.
Mas, o que isso revela?
O que isso indica quando percebo a minha própria malignidade?
O inimigo separou-me como objeto de sua atenção exclusiva?
1 - Constatação
- O fato de que sei o que é certo e, com freqüência, escolho fazer o contrário

1.2 - A necessidade de uma confissão

1Timóteo 1.15 “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.”
"Fiel e digna de toda aceitação" (esta mensagem é de alta prioridade).
- Ele não deu espaço para hesitação nessas palavras. Começou qualificando a afirmação de “fi el e digna de toda aceitação”. Isso é o equivalente antigo de colocar o pequeno sinal de exclamação num e-mail que você envia (significa: esta mensagem é de alta prioridade)
1Timóteo 4.8–9 “Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser. Fiel é esta palavra e digna de inteira aceitação.”
1Timóteo 3.1Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.”
2Timóteo 2.11Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também viveremos com ele;”
Tito 3.5–8 “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. Fiel é esta palavra, e quero que, no tocante a estas coisas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens.”
Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais "eu sou o principal".
A afirmação de Paulo contém duas partes:
“Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores”
- Isso nos leva ao coração do glorioso evangelho e nos prepara para a segunda parte:
“Dos quais eu sou o principal”.
- Ora, o que devemos fazer com este conhecimento? Como o apóstolo enviado aos gentios – o teólogo da fé cristã estava querendo dizer com essa afirmação?
Pôde dizer isso com franqueza?
A quem ele se comparou?
Que padrão aplicou a si mesmo?
- Não ousamos rejeitar a declaração de Paulo considerando-a um exagero efêmero ou um exercício inútil de falsa humildade. Essa afirmação é a Palavra de Deus e apresenta uma verdade profunda.

1.3 - O foco de Paulo

O foco de Paulo não era exterior, mas sim interior — o que passava em seu coração.
- Em primeiro lugar, é claro que Paulo não estava tentando comparar-se objetivamente com todas as outras pessoas, porque nem conhecia a maioria delas!
"Conheço o meu pecado.
- E o que tenho visto em meu próprio coração é tenebroso e terrível; é orgulhoso, egoísta, auto-enaltecedor e se rebela contra Deus de um modo mais consistente e regular do que já vi no coração de qualquer outra pessoa. Até onde posso perceber, eu sou o maior pecador que conheço."
Concepção do pecado
Romanos 3.9–18 “Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.”
Uma concepção correta sobre o pecado é e na natureza pecaminosa humana é fundamental;
Quanto mais perto de Deus, mais o pecado do homem é evidenciado.

1.4 - Estudo do próprio coração:

Paulo estudava o próprio coração e sabia que, dadas as circunstâncias corretas, era capaz de cometer o pior dos pecados.
Marcos 7.21–22 “Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.”
Provérbios 28.26 “O que confia no seu próprio coração é insensato, mas o que anda em sabedoria será salvo.”
Ele queria ver a Deus e a si mesmo de forma verdadeira.
- Dadas as circunstâncias corretas Paulo (Ou qualquer um de nós) podeira cometer o pior dos pecados e ter a mais ímpia das motivações.

1.5 - A confissão de Paulo

1Timóteo 1.16 “Mas, por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna.”
A confissão de Paulo a Timóteo é um exemplo impressionante de honestidade e maturidade teológica: a intensa e dolorosa consciência que Paulo tinha de sua pecaminosidade o fez magnificar a glória do Salvador.
Duas coisas ficaram mais claras para Paulo
Sua pecaminosidade à luz da santidade de Deus e a misericórdia de Deus em face do seu pecado.
Honestidade e maturidade teológica: a intensa e dolorosa consciência que Paulo tinha de sua pecaminosidade o fez magnificar a glória do Salvador!
Romanos 5.20 “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,”

2. A REALIDADE BÍBLICA DE PECADORES ALEGRES

2.1 - Pecadores alegres

1Timóteo 1.17 “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!”
"Uma forte consciência da pecaminosidade anda frequentemente lado a lado com uma grande alegria e confiança em Deus."

2.2 - Consciência e alegria

É necessário ter uma consciência sobre o pecado.
Salmo 40.11–12 “Não retenhas de mim, Senhor, as tuas misericórdias; guardem-me sempre a tua graça e a tua verdade. Não têm conta os males que me cercam; as minhas iniquidades me alcançaram, tantas, que me impedem a vista; são mais numerosas que os cabelos de minha cabeça, e o coração me desfalece.”
- A misericórdia de Deus flui a medida que há consciência de pecado.
A alegria da salvação irrompe apesar da vida em um mundo caído.
- Essa realidade é muito diferente daquela na qual geralmente estamos atolados até ao pescoço – a realidade falsa, pretensiosa, aparatosa de uma sociedade opulenta, controlada pelo desejo de conforto e obcecada por autoestima. Em vez disso, essa realidade nos conduz ao Salvador, que traz na cruz a santidade e a misericórdia de Deus.
“Muitas pessoas pensam frivolamente sobre o pecado e, por isso, pensam levianamente sobre o Salvador. O homem que se coloca diante de seu Deus, convencido e condenado, destinado à morte, é o homem que chora de alegria quando perdoado, odeia o mal que lhe foi perdoado e vive para honrar o Redentor por meio de cujo sangue ele foi purificado.”
Charles Spurgeon
Um coração que ainda luta contra o pecado pode experimentar essa alegria. (Acima)

2.3 - Percepção de perdão

As impostantes concepções
"Se, assim como Paulo, reconheço a enormidade de meu pecado, vendo a mim mesmo como o pior dos pecadores, entendo que muito me foi perdoado.
" A partir disso, a realidade bíblica começa a fazer sentido.
"Começo a ver Deus como Ele realmente é. Sua grandeza torna-se maior que meus problemas."
2 - Constatação
- O meu e o seu pecado – é extremamente horrível. É vil. É perverso. Mas, ao mesmo tempo, ele é o contexto de um acontecimento maior.
Enquanto o pecado não for amargo, Jesus não será doce
Thomas Watson

3. E O RESTANTE DE NÓS?

Salmo 66.18–20 “Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido. Entretanto, Deus me tem ouvido e me tem atendido a voz da oração. Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua graça.”

3.1 - Vida conjugal

Diante disto, como estamos compreendendo a realidade da vida conjugal?
Agimos como pecadores e cada um de nós sente que possui certas necessidades que o outro deve satisfazer.
- A tula desesperada pela satisfação de seus desejos.
Muitas vezes, fundamentamos nossa relação em modos errados de encarar a realidade.
- A realidade está ancorada nas suas percepções humanas e não na realidade bíblica sobre o homem.

3.2 - A necessidade teológica

Nossa necessidade está em nossa teologia.
- Precisamos reconhecer que algumas das expectativas que nutrimos quanto ao outro — e as perspectivas das quais surgem essas expectativas — não são bíblicas."
As atitudes exigentes e egoístas estão permeadas de pecado, e como casal, precisamos de ajuda para harmonizar nossas atitudes às Escrituras.
- A realidade do coração pecador é desprezada na maioria dos conflitos conjugais

3.3 - Reconhecimento pessoal

1Timóteo 1.15 “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.”
"Entretanto, visto que considero 1 Timóteo 1:15-16 um texto digno de confiança (posso aceitá-lo por completo) e reconheço que sou o pior dos pecadores, o meu cônjuge não é mais o meu maior problema: EU O SOU."

4. A PIOR COISA SOBRE O PECADO

Salmo 51.4 “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar.”

4.1 - A ofensa primária

"O motivo de tanta preocupação é que meu pecado não é em primeiro lugar contra mim ou o meu casamento. Todo pecado é primeiramente contra Deus." E isso muda tudo.

4.2 - Impacto do pecado

Todos estamos juntos na categoria de pecadores;
Não sou um ator neutro;
É preciso ver que o pecado ofende seriamente, em primeiro lugar, a Deus;
Todo pecado, seja com pequeno ou grande impacto sobre as pessoas, profana a santidade do Deus perfeitamente justo e santo;

5. O Pior dos Pecadores - O Melhor dos Mundos

5.1 - Conclusões

Sou um marido e pai melhor e um homem mais feliz quando reconheço ser o pior dos pecadores.
Para Paulo, a percepção de ser "o pior dos pecadores" era um sinal de autoavaliação perspicaz e uma forte consciência da santidade de Deus.

5.2 - Humildade:

A humildade destrói o orgulho e ilumina a percepção.
O caminho da humildade está aberto para todos os esposos e esposas que desejam ter "uma consideração apropriada" do que são em si mesmos perante um Deus santo.
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