Fé que nos ajuda a perseverar.
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Ageu 2.1-9.
Você e eu somos constantemente encorajados a viver para glória de Deus, e a buscarmos em Deus a felicidade e satisfação, contudo, por mais que recomecemos bem, por mais que sejamos reanimados novamente para continuar e persistir em caminhada a vontade de Deus, chega uma hora que nós desanimamos, e ficamos tristes, e até choramos e lamentamos porque já não mais estamos conseguindo perseverar com alegria e júbilo naquilo que agrada a Deus e que nos aproxima d’Ele.
O texto de hoje irá nos ensinar que e nos ajudar além da conta, e quando o nosso coração for invadido pelos mesmos sentimentos, chegando ao ponto de querer desistir. Porque geralmente é assim mesmo que acontece: você é despertado para abandonar o pecado e a velha vida, inicia a obra de reconstrução da nova vida em Deus ou mesmo a obra de Deus no mundo, mas em algum ponto você desanima, mas a mensagem de hoje irá nos encorajar a persistir em busca de nossa reconstrução.
Como vimos anteriormente no capítulo 1, Deus chama o povo a reconhecer que eles estavam o desprezando, desprezando a construção do templo de adoração, e deixando Deus de escanteio, de lado, enquanto que faziam para eles casas luxuosas, bonitas, e a casa do Senhor, o templo estava em ruínas. Mas, por meio da mensagem pregada pelo profeta, o povo tem um despertamento, onde Deus despertou o espírito de Zorobabel (governador), o espírito de Josué (sumo sacerdote) e o espírito de todo o povo, e assim eles vieram e se colocaram em trabalho na Casa do SENHOR dos Exércitos, o seu Deus.
Assim, isso aconteceu em 21 de setembro de 520 a.C.
Logo, chegamos no capítulo 2
Aqui começa a segunda mensagem de Ageu.
Fé na aliança de Deus (v.1-5)
V.1-5: “No segundo ano do rei Dario, no sétimo mês, ao vigésimo primeiro do mês, veio a palavra do Senhor por intermédio do profeta Ageu, dizendo: Fala, agora, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e ao resto do povo, dizendo: Quem dentre vós, que tenha sobrevivido, contemplou esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é ela como nada aos vossos olhos? Ora, pois, sê forte, Zorobabel, diz o Senhor, e sê forte, Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e tu, todo o povo da terra, sê forte, diz o Senhor, e trabalhai, porque eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos; segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu Espírito habita no meio de vós; não temais.”
Essa segunda mensagem veio logo após a primeira no dia 17 de Outubro de 520 a.C.
Ou seja, aproximadamente 1 mês depois, e se eu lhe disser, que aproximadamente 1 mês depois, o povo já estava desanimado, já havia perdido o entusiasmo com o novo templo, e começaram a comparar o antigo templo com esse novo. A Palavra de Deus veio à liderança (Zorobabel e Josué) e também ao povo no dia 17 de Outubro que era o último dia da Festa dos Tabernáculos. Essa era a festa mais alegre dos judeus. Era a festa das colheitas. Durante uma semana os judeus habitavam em cabanas na cidade de Jerusalém e celebravam a generosidade da providência de Deus.
Ageu foi usado por Deus de forma estratégica, no dia de ferido religioso, Ageu ergue sua voz chamando o povo a se animar.
Mas, para entendermos o desanimo do povo, vamos ler o versículo 3 e ver a sua explicação.
“Quem dentre vós, que tenha sobrevivido, contemplou esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é ela como nada aos vossos olhos?”
A construção do segundo templo produziu nos construtores sentimentos diferentes e até contraditórios.
Pois, os idosos (segundo o livro de Esdras 3.12-13) choravam e estavam tristes porque eles foram se lembrando do primeiro templho que eles conheceram a magnificência do templo anterior que fora destruído, e eles choravam ao se lembrar das glórias do templo passado e de como era menor e menos glorioso o templo atual.
A diferença entre os dois templos era enorme.
Mas, do outro lado estava os jovens, que não conheceram o templo de Salomão, que nasceram na babilônia ou mesmo em Jerusalém após o cativeiro, e eles estavam alegres com júbilo diante da obra que estava surgindo, e ali aquela obra era grandiosa e muito linda diante dos jovens.
Desse modo, temos ali uma mistura de vozes de alegria e choro que se misturaram em Jerusalém.
Deus então fala por meio de Ageu uma mensagem de encorajamento (v.4-5)
Deus repete três vezes dizendo: “Sê forte! Sê forte! Sê forte!”
É a mesma palavra que Deus falou para Salomão, e isso quando o animou e encorajava a construir o templo da primeira vez.
1Crônicas 28.10 “Agora, pois, atende a tudo, porque o Senhor te escolheu para edificares casa para o santuário; sê forte e faze a obra.”
Deus então encoraja Zorobabel, Josué e o povo. E diz: “Sê forte! Sê forte! Sê forte!”
Na língua hebraica não existe superlativo, como no português, então eles não dizem essa é você precisa ser muito forte! Mas, a maneira deles enfatizarem algo, é repetindo três vezes. “Sê forte! Sê forte! Sê forte!”
Como em Isaías diz que “Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos!”
Há momentos na vida cristã em que tanto os líderes quanto o povo de Deus precisam de encorajamento e fortalecimento, e esse encorajamento é necessário e providencial para que eles continuem perseverando.
Mas, perceba que a ordem de Deus é clara: Sê forte e trabalhai. Somente um povo fortalecido por Deus pode trabalhar para Deus.
Russell Norman Champlin diz que, infelizmente, a maioria das pessoas é forte como um touro na busca pelos prazeres, mas fraca como um verme quando chega o tempo de trabalhar para Deus.
Deus garante que eles teriam a sua presença e por isso poderiam trabalhar em paz. Ele diz que eles devem trabalhar porque eu sou convosco.
Não existe nada mais encorajador do quer trabalhar com Deus e para Deus. Não é nada pesaroso saber que o seu trabalho é para Deus e com a sua presença ao seu lado.
E Deus está conosco, e sua presença é real e certa, pois, Ele tem uma aliança conosco, e essa aliança é enfatizada por Ele no versículo 5.
Quando o tabernáculo foi consagrado por Moisés, a presença de Deus se mudou para lá.
Êxodo 40.34–38 “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo. Quando a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, os filhos de Israel caminhavam avante, em todas as suas jornadas; se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam, até ao dia em que ela se levantava. De dia, a nuvem do Senhor repousava sobre o tabernáculo, e, de noite, havia fogo nela, à vista de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.”
O Senhor havia prometido habitar no meio de seu povo. Deus é fiel à sua promessa e à sua aliança.
Mesmo quando somos infiéis, Ele permanece fiel. Deus firmou conosco uma aliança eterna de ser o nosso Deus e de sermos o seu povo.
Ele ainda afirma que o seu Espírito Santo habita no meio do povo. E por isso, eles não deviam temer.
Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos” (Zc 4.6). O povo não precisava temer as circunstâncias nem as pessoas, pois o Deus Todo-poderoso, por meio do seu Espírito estava no meio deles. Deus não nos deu Espírito de covardia, mas de poder (2Tm 1.7). Onde está o Espírito de Deus, o medo não prevalece.
Hernandes diz: Um povo habitado pelo Espírito, cheio do Espírito e movido pelo Espírito abandona o medo, triunfa sobre as dificuldades e realiza grandes obras para Deus.
A presença de Deus e a presença do seu Espírito era a manifestação de sua aliança com seu povo.
Fé na vinda prometida do Messias e Rei (v.6-9)
V.6-9: “Pois assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda uma vez, dentro em pouco, farei abalar o céu, a terra, o mar e a terra seca; farei abalar todas as nações, e as coisas preciosas de todas as nações virão, e encherei de glória esta casa, diz o Senhor dos Exércitos. Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos.”
Deus encoraja o seu povo ao confirmar que a promessa do Salvador estava de pé, e que Ele viria.
Ageu convida o povo a olhar com seus olhos para o futuro, e assim contemplar o fim dos tempos, onde Deus abalaria as nações e Jesus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores voltaria. (v.7)
Esse versículo é citado em
Hebreus 12.26–27 “aquele, cuja voz abalou, então, a terra; agora, porém, ele promete, dizendo: Ainda uma vez por todas, farei abalar não só a terra, mas também o céu. Ora, esta palavra: Ainda uma vez por todas significa a remoção dessas coisas abaladas, como tinham sido feitas, para que as coisas que não são abaladas permaneçam.”
E é aplicado à volta de Cristo no fim dos tempos.
Deus havia feito o monte Sinai estremecer quando deu a lei (Hb 12.18–21; Êx 19.16–25) e abalará as nações antes de enviar seu Filho (Mt 24.29,30).
Hoje, porém, o povo de Deus pertence a um reino que não pode ser abalado.
Hebreus 12.28 “Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor;” e os cristãos participarão da glória de Cristo, quando ele estabelecer seu reino glorioso.
E assim, todos nós, os cristãos participarão da glória de Cristo, quando ele estabelecer seu reino glorioso. E está palavra de Deus por meio de Ageu encoraja o povo de Judá, dizendo-lhe que aquele que estava no trono e governava o mundo não era o rei persa, mas o Deus vivo. O destino deles não estava nas mãos dos poderosos da terra, mas nas mãos do Deus Todo-poderoso. O Senhor mesmo iria sacudir o império persa e os demais impérios que haveriam de surgir. Os reinos do mundo entrariam em colapso, mas o reino de Deus seria estabelecido.
Deus afirma que eles iriam receber recursos, pois, de Deus é o ouro, a prata e todos os recursos.
Assim, é verdade que o povo remanescente havia recebido a promessa de contribuições do governo persa.
Esdras 1.4 “Todo aquele que restar em alguns lugares em que habita, os homens desse lugar o ajudarão com prata, ouro, bens e gado, afora as dádivas voluntárias para a Casa de Deus, a qual está em Jerusalém.”
Agora, o povo oprimido de Judá estava desanimado por falta de recursos para fazer a obra. E mesmo o pouco que tinham investiam em suas casas.
Deus, então, encoraja o povo dizendo-lhe que o problema da obra não era falta de recurso, mas a falta de fé.
Não era falta de dinheiro, mas falta de visão.
Não era falta de ouro, mas falta de obediência.
Toda a riqueza do mundo pertence a Deus. Ele é o provedor da sua própria causa. A obra de Deus, feita no tempo de Deus, em concordância com a vontade Deus, Deus então afirma que jamais terá falta dos recursos para a sua obra.
E por fim, Ageu termina no versículo 9 afirmando que a glória do primeiro templo era material; a glória do segundo pelo contrário, era uma glória espiritual. Ele afirma que o primeiro templo era grandioso em ouro e prata; já o segundo era grandioso porque nele entraria o dono de todo o ouro e de toda a prata, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores.
Assim, é importante destacar que o segundo templo construído por Zorobabel foi mais tarde embelezado por Herodes, o Grande. Durante 46 anos, esse templo recebeu todo o cuidado de uma construção/reforma grandiosa (Jo 2.19). Porém, a glória desse templo não estava em suas pedras preciosas, mas no fato de que foi nele que o Senhor Jesus, o Deus que se fez carne e habitou entre nós, entrou.
João 1.14: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.”
Herbert Wolf diz corretamente que, quando Jesus Cristo entrou no templo no século 1 da nossa era, a Casa do Senhor encheu-se de glória como nunca antes. Ali estava alguém “maior do que Salomão” (Mt 12.42).
Desse modo, chegamos a conclusão que a glória da última casa foi a presença de Jesus Cristo, o nosso Salvador.
Também destacamos que as bênçãos da era do Messias são ditas aqui em uma palavra: Paz!
Ou seja, Deus diz que “Neste lugar, Ele dará a paz”.
Como que Deus fez isso?
Pelo sangue da cruz de Cristo fomos reconciliados com Deus (Cl 1.20). Porque fomos justificados pela obra de Cristo, mediante a fé, agora temos paz com Deus (Rm 5.1) e também a paz de Deus (Fp 4.7). Essa paz não é apenas ausência de conflitos nem meramente um sentimento de bem-estar. Essa paz é relacional e experimental. Trata-se de uma paz eterna, que nos coloca em uma relação certa com Deus, com o próximo e conosco, agora e por toda a eternidade.
Concordo com Charles Feinberg quando ele diz que Deus tem o melhor reservado para o futuro. Porém, só o olho da fé pode discerni-lo.
Aplicações:
Seja corajoso, Deus é fiel a sua aliança e está contigo
A vida cristã não é fácil, as vezes nos desanimamos, e por muitos dias ficamos inertes, parados e sem saber como voltar a trabalhar, servir e reconstruir. Mas, o Senhor é a nossa força, busque n’Ele força para recomeçar. Somos infiéis na nossa vida devocional, somos infiéis nos cultos, na adoração, no serviço, e por muitas vezes deixamos de agradar a Deus fazendo a sua vontade e deixamos de colocá-lo Ele em primeiro lugar, mas, lembre-se, o caminho é recomeçar, por isso, se arrependa a volte ao caminho, Deus tem uma aliança com você, Ele te perdoa e vai te reerguer.
Olhe para o futuro com fé
Quando estiver desanimado, e desencorajado, tentando desistir, olhe para o futuro que nos espera com o Senhor na glória