Filemom

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A Tipologia de Cristo
Tema: As algemas que trazem a liberdade.
Título: A conversão de um escravo ladrão.
Introdução (Contexto):
Esta é a mais breve entre as cartas que formam a coletânea Paulina, e consiste em 335 palavras no grego original. Escrita desta epistola ocorre quando o grande apóstolo Paulo estava em viagem, viagem essa que nenhum de nós gostaríamos de fazer, pois o mesmo estava preso, sofrendo por causa do santo evangelho. Mais precisamente como descreve os Escritos de Ellen White, por conta do período chuvoso o inverno, essa viagem estava pausada, o navio alexandrino se encontrará invernado em Malta, retomada a viagem em direção a Roma o centurião chefe dos prisioneiros, faz uma parada, lançando a âncora no belo porto de Potéoli, na costa da Itália, lugar este em que havia uns poucos cristãos, e ali por um privilégio concedido pelo centurião a Paulo estes passam cerca de sete dias naquele lugar, e o apóstolo usa desse período para fortalecer a fé dos irmãos.
Aqui faço uma observação; Paulo estava preso, tinha de tudo para pensar o seguinte - Acabou, que Deus é esse que permite seus servos sofrerem a perseguição e as prisões e mortes constantes.
O que eu e você fazemos nas oportunidades que temos de pregar o evangelho?
O que temos feito para fortalecer a fé de nossos irmãos?
Paulo o prisioneiro, nas suas algemas ganhava almas para Cristo e ainda fortalecia seus irmãos nos dias de suas algemas.
Retomada a viagem a Roma, Ellen White descreve que Paulo tinha seu coração opresso pela dor de suas algemas e com muita ansiedade segue sua viagem para a então grande metrópole do mundo. Era desejo de Paulo essa visita a Roma, porém, na sua agenda não estava essa trágica condição, Paulo como grande evangelista que era tinha o desejo ardoroso em seu coração de ali conquistar muitas almas para o reino celestial, no entanto, como fazer isso? Como proclamar o evangelho acorrentado - como conquistar conversos nessa situação.
Com passos mais firmes e o coração repleto de alegria, ele continuou seu caminho. Não podia queixar-se do passado nem temer o futuro. Cadeias e aflições o esperavam, isso ele sabia; mas sabia também que lhe coubera libertar as pessoas de um cativeiro infinitamente mais terrível, e se rejubilava em seus sofrimentos por amor de Cristo.” (Atos dos Apóstolos - Cap 43).
Filemom
V 1 - Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, também nosso colaborador,
Ao Amado Filemom = Paulo então, nessa circunstância terrível, começa escrever esta carta, palavras de apreço e admiração ao seu “colaborador” (alguém que está disposto a sacrificar-se por seu líder) Filemom era o tipo de discípulo que não olhava para os desafios que lhe traziam o santo evangelho, um excelente soldado da cruz de Cristo. Filemom era o tipo de servo de Cristo que tinha em sua boca uma resposta certa ao chamado de Deus - Eis-me aqui (submisso).
Que tipo de discípulo de Jesus Cristo você é?
Que tipo de servo de Deus você é?
Será que você é aquele tipo de crente consumidor? Que ... Ou você vive uma vida de sacrifício e compaixão pelos sofredores ao seu redor, uma vida de sacrifício do eu, pensando no que fazer para Deus e não para si mesmo.
Paulo mesmo estando preso, não algemou as verdades do evangelho.” V 5 - estando ciente do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e todos os santos,
Paulo tinha convicção da conversão e do cristianismo que habitava o coração de Filemom, não tinha dúvidas e não temia no pedido que lhe faria por meio desta carta. Paulo estava ciente do “amor” que Filemom tinha a Deus e aos demais irmãos em Cristo.
1 Coríntios 13:4-7 V 4 - O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, V 5 - não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; V 6 - não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; V 7 - tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Calvino descreve apropriadamente esse elogio que Paulo faz a Filemom, diz ele - Isso inclui de forma breve toda a perfeição de um cristão. Esta consiste de duas partes: fé em Cristo e amor ao próximo. A essas duas coisas se relacionam todos os atos e obrigações de nossa vida.
O verdadeiro amor que a Bíblia apresenta, será que ele realmente faz parte do meu ser?
Está esse amor implícito no meu caráter?
V 6 - para que a comunhão da tua fé se torne eficiente no pleno conhecimento de todo bem que há em nós, para com Cristo.
Paulo neste verso enfatiza e recomenda a Filemom, que esse gesto exigido a ele, seria para que sua fé se alongasse em tamanho e se tornasse eficiente; era necessário que a solicitação do apóstolo fosse atendida. Porém, que solicitação é essa? ... Vamos chegar lá ...
O amor verdadeiro quando praticado diariamente, vai se aperfeiçoando cada vez mais.
V 7 - Pois, irmão, tive grande alegria e conforto no teu amor, porquanto o coração dos santos tem sido reanimado por teu intermédio. V 8 - Pois bem, ainda que eu sinta plena liberdade em Cristo para te ordenar o que convém, V 9 - prefiro, todavia, solicitar em nome do amor, sendo o que sou, Paulo, o velho e, agora, até prisioneiro de Cristo Jesus;
Queridos Irmãos, Filemom era o tipo de cristão que trazia alegria ao coração dos irmãos que estavam em seu redor... Será que temos assim como Filemom no passado levado alegria e conforto ao coração de nosso irmãos? ... Paulo após relembrar as virtudes de seu Irmão em Cristo faz sua solicitação mediadora...
V 10 - sim, solicito-te em favor de meu filho 'Onésimo', que gerei entre algemas. V 11 - Ele, antes, te foi inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim.
Paulo relembra o passado não esquecido por Filemom, que Onésimo foi inútil ao seu senhor por ter roubado o mesmo, ter traído sua confiança; no entanto, o presente revelava utilidade deste homem converso a Cristo, gerado entre algemas, agora um colaborador do evangelho de Cristo.
Aqui queridos podemos aprender algo precioso, o passado de alguém não significa dizer que é o presente vivido pelo converso a Jesus.
Paulo foi um intercessor.
Paulo foi um mediador.
Paulo foi um pacificador.
Paulo foi um construtor de pontes.
Temos construído pontes ou cavado abismos entre as pessoas?
Paulo poderia ter mantido Onésimo consigo em Roma, mas resolveu devolvê-lo ao seu senhor como alguém útil. O dever vem antes do prazer (v. 13,14). Paulo bem que poderia conservar Onésimo consigo, mas resolveu fazer a coisa certa, mandando-o de volta ao seu senhor.
Ser leal a Deus pode, às vezes, exigir que resolvamos fazer aquilo que não desejamos e, pela força da vontade, o que não é nossa inclinação.
Quem foi Onésimo?...
Qual seria sua reação a essa situação?
Você receberia alguém que lhe traiu a confiança?
Conseguiria oferecer esse perdão?
Independente de qual for a situação relacional, Deus espera de você um verdadeiro cristianismo, que ofereça perdão até para seus piores inimigos... V 13 - Eu queria conservá-lo comigo mesmo para, em teu lugar, me servir nas algemas que carrego por causa do evangelho; V 15 - Pois acredito que ele veio a ser afastado de ti temporariamente, a fim de que o recebas para sempre,
Paulo tem a convicção de que o afastamento ocorrido entre senhor e servo por causa do roubo, foi para conversão de Onésimo, não que o roubo tenha sido providencia divina para tal fim, mas a misericórdia de Deus em concertar os caminhos errados trilhados por seus filhos. Deus tinha um plano para a vida de Onésimo, e este agora estava a se concretizado.
V 16 - não como escravo; antes, muito acima de escravo, como irmão caríssimo, especialmente de mim e, com maior razão, de ti, quer na carne, quer no Senhor. V 17 - Se, portanto, me consideras companheiro, recebe-o, como se fosse a mim mesmo. V 18 - E, se algum dano te fez ou se te deve alguma coisa, lança tudo em minha conta. V 19 - Eu, Paulo, de próprio punho, o escrevo: Eu pagarei, para não te alegar que também tu me deves até a ti mesmo.
Por mais que Onésimo tinha traído a confiança de seu senhor, lhe causado tristeza ao coração, Paulo espera que Filemom o recebesse como um irmão caríssimo, como um cristão verdadeiramente recebe um outro cristão.
Quando Paulo diz - Lança tudo em minha conta; [...] Eu pagarei. O que isso te faz lembrar? ...
Isaías 53:3-7
V 3 - Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. V 4 - Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. V 5 - Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. V 6 - Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. V 7 - Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Conclusão (Apelo):
Em síntese, o que aprendemos hoje e aqui que Deus espera de nós e nos convida nessa hora a sermos é:
Independente de qual seja nossas circunstâncias, não existem desculpas que nos impeçam de pregar a Cristo, o santo evangelho.
Precisamos viver uma vida de sacrifício pela pregação do evangelho, para o louvor da glória de Deus.
Não podemos acorrentar as verdades do evangelho, se um dia ainda que algemados, não podemos algemar as verdades de Deus.
A humildade deve fazer parte da conduta cristã, só assim é possível que nos tornemos grandes.
Precisamos ser intercessores, pacificadores, construtores de pontes, que ligam pessoas a pessoas e pessoas a Cristo.
Precisamos estar dispostos assim como Cristo a pagar pela dívida que não é nossa.
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