3. Argumento teleológico da existência de Deus: o princípio antrópico (Rm 1.20)
EBD Adolescentes: Não tenho fé suficiente para ser ateu • Sermon • Submitted • Presented
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Introdução
Introdução
Teleológico: grego telos (plano).
O argumento é o seguinte:
O Universo, por ter uma complexidade enorme, caracteriza-se como um projeto. E todo projeto tem um projetista. Portanto, o Universo teve um Projetista.
Em outras palavras, “todo relógio implica o fato de que um relojoeiro o criou”.
O Universo é cuidadosamente adaptado para permitir a vida na Terra - uma lista de mais de cem condições improváveis e interdependentes para suportar a vida humana no meio de um Universo hostil.
Essas condições ambientais altamente precisas e interdependentes chamam-se “constantes antrópicas” e formam o chamado “princípio antrópico”. “Antrópico” vem de uma palavra grega anthropos, “homem”. Significado: o Universo é extremamente bem ajustado para permitir a existência da vida humana na Terra.
Através da história da Apollo 13 é possível perceber as constantes antrópicas.
A missão Apollo 13
A missão Apollo 13
“Houston, tivemos um problema.” 13 de abril de 1970, dois dias depois do lançamento. Inicialmente, não se sabia o que tinha ocorrido. Depois descobriram: houve uma explosão. A nave estava perdendo rapidamente oxigênio e força.
Tamanho do problema: duas das três células de oxigênio estavam inativas, e a terceira estava se esgotando rapidamente. Além disso, duas das três células de combustível falharam. E eles estavam a dois terços do caminho para a lua (faltava 5/6 da distância total para ser percorrida).
Pousar na lua foi abortado, e a missão se resumiu em salvar a vida dos três astronautas.
Constante antrópica 1: nível de oxigênio.
Constante antrópica 1: nível de oxigênio.
Oxigênio corresponde a 21% da atmosfera. Mais do que isso geraria incêndios espontâneos. Menos de 15% nos mataria por sufocamento.
Lembre-se: uma constante antrópica afeta outras.
Na Apollo 13, água e eletricidade são produzidas ao combinar-se oxigênio com hidrogênio em células de combustível. Sem oxigênio, não haveria ar, eletricidade ou energia.
Para economizar energia para a volta, os astronautas desligaram o módulo de comando e subiram para o módulo lunar. O ML foi projetado para suportar 2 homens por 40 horas, e não 3 homens por 4 dias!
Fizeram tudo o que podia para economizar recursos: passaram a beber 200ml de água por dia, desligaram todos os sistemas não essenciais. Ficaram desidratados, e a concentração, que era tão necessária, ficou bem difícil.
A melhor opção era dar uma volta na lua aproveitando sua gravidade e deixar a nave retornar em voo livre. Praticamente sem impulsão e sem navegação automática. Eles tiveram que se posicionar tendo como referências a Terra e o sol da janela da nave.
Constante antrópica 2: transparência atmosférica.
Constante antrópica 2: transparência atmosférica.
A pequena janela que os astronautas viram nos lembra da transparência da atmosfera terrestre.
A atmosfera terrestre tem o nível de transparência ideal para que passe luz solar na medida certa e, assim, dar condições para a manutenção da vida (além dessa constante antrópica, a composição da atmosfera, com níveis precisos de nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono e ozônio é, por si só, outra constante antrópica, que não iremos detalhar).
Constante antrópica 3: interação gravitacional entre a Terra e a lua.
Constante antrópica 3: interação gravitacional entre a Terra e a lua.
Ao circundar a lua, os astronautas depararam-se com a gravidade lunar. Nos lembra da interação gravitacional entre a Terra e a lua. Se fosse maior, afetaria as marés, a atmosfera e o tempo de rotação da Terra. Se fosse menor, provocaria instabilidade no clima.
Após circular a lua, os astronautas estão finalmente direcionados para a Terra. Contudo, surge outro problema: o dióxido de carbono está começando a alcançar níveis perigosos dentro da nave.
Constante antrópica 4: nível de dióxido de carbono.
Constante antrópica 4: nível de dióxido de carbono.
O Controle da Missão pede aos astronautas que desembalem filtros de ar extras criados para o módulo de comando (que foi evacuado) e verificar se eles poderiam ser usados no ML. Porém, eram de tamanho e forma diferente!
Procurando rapidamente uma solução, os engenheiros da NASA procuraram uma solução para encaixar os filtros quadrados do MC nos buracos redondos do ML apenas com materiais que poderiam ser encontrados na nave. O processo envolveu o uso de papelão, pedaços de roupa dos astronautas, sacos para acondicionamentos de materiais e fita crepe.
Os filtros funcionaram bem, dando mais tempo de vida à tripulação.
Ao se aproximarem da Terra, a tripulação volta para o módulo de comando para tentar religá-lo. Essa era a única chance deles de voltar pra casa (o ML não possuía escudo para proteção contra o calor). Não foi possível religá-lo, pois não havia força suficiente nas baterias! Astronautas e engenheiros da NASA conseguiram improvisar uma forma de ligar o MC. A nova sequência de ligação foi bem-sucedida. Dentro de instantes, a nave seria puxada pela gravidade da Terra para uma velocidade máxima de 40mil km/h (11km/s).
Constante antrópica 5: gravidade.
Constante antrópica 5: gravidade.
Se a força gravitacional fosse alterada 1 x 10 elevado a -38, o sol não existiria. Extremamente precisa!
Enquanto voltavam pra Terra, muitas dúvidas pairavam no ar: será que o escudo térmico resistiria? A nave está no ângulo de inclinação correto? As baterias do MC funcionariam durante a reentrada? Os pára-quedas funcionariam corretamente?
Pára-quedas em dois estágios: 1) desacelerar; 2) principal. Sem a abertura correta, os astronautas seriam esmagados a 480km/h.
Os pára-quedas de desaceleração abrem corretamente. A cápsula começa a frear. Os pára-quedas principais também funcionam. Houston obtém contato visual. A cápsula toca o oceano às 13h07 de 17 de abril de 1970.
O que aconteceu com a Apollo 13?
O que aconteceu com a Apollo 13?
Uma equipe depois investigou. Resumindo, descobriram que o tanque de oxigênio 2 caiu no chão de uma altura de 5cm em algum momento antes de sua instalação. Isso danificou sua fina parede, o que deu início a uma cascata de acontecimentos que culminaram com sua explosão.
Tal como aconteceu na nave, uma pequena mudança no Universo impactaria grandemente a vida na Terra.
O princípio antrópico é um dos mais fortes argumentos para a existência de Deus. Há 122 constantes antrópicas relacionados ao planeta Terra que permitem a existência da vida. Todas elas apontam para a existência de um Projetista.
Arno Penzias, ganhador do prêmio Nobel, um dos descobridores da radiação do Big Bang: “[…] as observações da ciência moderna parecem sugerir um plano por trás de tudo, ou, como alguém poderia dizer, algo sobrenatural”.
Como respondem os ateus?
Como respondem os ateus?
Alguns ateus afirmam que não existe um Projetista. Para sustentar isso, criaram uma teoria chamada de “universo múltiplo”.
De acordo com essa teoria, existe um número infinito de universos, e nós simplesmente tivemos sorte demais para estar num universo com as condições corretas. Dado um número infinito de universos, dizem esses ateus, qualquer conjunto de condições vai acontecer.
Problemas para explicar o universo múltiplo:
a. Não há evidências para isso;
b. Um número infinito de coisas finitas é logicamente impossível;
c. Mesmo que fosse possível haver outros universos, precisariam de um ajuste fino para ter início, o que leva à necessidade de um Projetista;
d. A teoria do universo múltiplo é tão ampla que qualquer coisa pode ser erroneamente justificada por ela;
e. A teoria do universo múltiplo é, por fim, uma tentativa de evitar o Projetista.
Conclusão
Conclusão
20 Porque os atributos invisíveis de Deus, isto é, o seu eterno poder e a sua divindade, claramente se reconhecem, desde a criação do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que Deus fez. Por isso, os seres humanos são indesculpáveis.
3 Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, 4 que é o homem, para que dele te lembres? E o filho do homem, para que o visites?
1 Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.
25 “Com quem vocês vão me comparar? A quem eu seria igual?”— diz o Santo. 26 Levantem os olhos para o alto e vejam. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem-contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar.
Acreditar sem observação é exatamente o que os ateus acusam os religiosos de fazer. Mas, os cientistas ateus estão crendo cegamente na hipótese do universo múltiplo, desprezando a óbvia necessidade da existência de Deus.
O problema do ateu é um problema de vontade, e não de intelecto.
Uma criação tão maravilhosa exige um criador maravilhoso!