Mateus 5.17-20 -- A respeito do homicídio

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Mateus 5.17-20

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Introdução
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OBSERVAÇÕES DO TEXTO
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Os rabinos acreditavam que o mandamento para não matar era cumprido quando não se cometia assassinato em primeiro grau, mas Jesus mostra que este mandamento é muito mais profundo do que o ato externo de homicídio.
R. C. Sproul
Cristo indica que a lei foi dada por intermédio de Moisés de forma elíptica – isto é, nem todo o conteúdo inerente ao mandamento foi expresso em palavras.
Quando há elipses na lei, isto significa que, além da proibição específica, a lei também proíbe o contexto mais amplo relacionado ao ato em questão. Assim, quando Deus diz que não devemos matar, isto consequentemente significa que nós não devemos fazer qualquer coisa que prejudique a vida do próximo.
O homicídio começa com raiva e ódio sem motivo, incluindo ofensas, calúnias e desavenças entre pessoas. É por isso que Jesus disse que ninguém escapa do peso da lei simplesmente abstendo-se do assassinato em si.
O outro aspecto da elipse é este: mesmo sem afirmá-lo, a lei ordena o contrário daquilo que proíbe e proíbe o contrário daquilo que ordena.
Certa feita, alguém disse: “Até que a comunidade cristã se manifeste contra a pena de morte, não levarei a sério seus protestos contra o aborto.”
O que essa pessoa não entendia é que o mesmo princípio rege ambas as questões. Tanto a posição contra o aborto quanto a posição a favor da pena de morte são baseadas no princípio bíblico da santidade de vida.
Deus instituiu a pena capital porque a vida do ser humano é sagrada. Se alguém mata uma pessoa de forma deliberada, maliciosa e premeditada, está assassinando uma criatura feita à imagem de Deus.
Jesus está dizendo que a lei proíbe o homicídio efetivo, mas também o homicídio em potencial. Em outras palavras, o que é proibido não é apenas a morte literal de um ser humano, mas tudo aquilo que representa sua possível destruição. No caso do aborto, segundo algumas pessoas, não há destruição de vida humana propriamente dita, mas apenas de vida humana em potencial.
Sobre esse assunto Sproul argumentava da seguinte forma:
Eu creio que se trata de uma destruição real de uma vida real. No mínimo, um embrião em crescimento está passando do estado de potencialidade para o estado de realidade, e destruí-lo é destruir uma vida em potencial. Se Jesus diz que podemos ir para o inferno por causa da destruição em potencial de uma vida real, é muito mais grave estarmos envolvidos na destruição real de uma vida em potencial.
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