6. O argumento moral da existência de Deus

EBD Adolescentes: Não tenho fé suficiente para ser ateu  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Introdução

A maioria dos seres humanos têm um senso intuitivo de que deve fazer o bem e afastar-se do mal. Por quê?
Evidência da existência de Deus. Não é uma evidência científica, mas moral.
Esse senso também é chamado de “consciência”, “lei natural”. Vamos chamá-lo de “lei moral”.
O fato de que um padrão foi escrito na mente de todos os seres humanos aponta para o Autor da lei moral.
Declaração de Independência dos EUA: “Consideramos que essas Verdades são auto-evidentes, que todos os Homens foram criados iguais, que receberam de seu Criador certos direitos inalienáveis, dentre os quais a Vida, a Liberdade e a Busca pela Felicidade”.
Sem um padrão objetivo de significado e moralidade, a vida é sem sentido e não há nada absolutamente certo ou errado.
Prof. Jay Budziszewski, da Universidade do Texas, em Austin: Todo mundo conhece certos princípios. Não existe uma terra onde o assassínio seja uma virtude e a gratidão seja um defeito”.
Todos sabemos que existem obrigações morais absolutas. Budziszewski: “aquilo que não podemos não saber”.

Como sabemos que a lei moral existe?

Oito razões:
A lei moral é inegável.
Sabemos isso por meio de nossas reações.
A lei moral é a base para os direitos humanos.
Ela é o imutável padrão de justiça.
Ela estabelece uma diferença real entre posições morais (ex.: ap. Paulo vs. hitler).
Uma vez que sabemos o que é absolutamente errado, deve haver um padrão absoluto de retidão.
A lei moral é a base para a discordância política e social.
Se não houvesse lei moral, então não precisaríamos nos desculpar por violá-la.

1. A lei moral é inegável.

A declaração do relativismo é irracional porque afirma exatamente o que tenta negar. Aqueles que negam todos os valores valorizam, todavia, seu direito de fazer essa negação. Aqui se encontra a incoerência.

2. Nossas reações nos ajudam a descobrir a lei moral.

Um professor de ética de uma grande universidade brasileira pediu um trabalho final de ética. Um dos alunos escreveu trabalho muito bem feito defendendo o relativismo moral.
O professor, após ter lido todo o trabalho, escreveu na capa: “Nota 0. Não gosto de capas azuis!” O aluno foi correndo até o professor e protestou. O professor disse: “Seu trabalho não argumentou que tudo é uma questão de gosto?” “Sim”, disse o aluno. “Então - eu não gosto de azul! Você tirou zero!”
De repente, acendeu uma luz na cabeça do aluno. Ele percebeu que, na realidade, acreditava nos absolutos morais. Pelo menos na justiça.
Para que os relativistas admitam a existência de absolutos morais, basta serem injustiçados.

3. Sem a lei moral, não existiriam direitos humanos.

Os fundadores dos EUA apelaram para o “Criador” porque acreditavam que sua lei moral era o padrão definitivo de certo e errado que justificaria a sua causa.

4. Sem a lei moral, não poderíamos conhecer a justiça ou a injustiça.

C. S. Lewis era um ateu que acreditava que toda a injustiça do mundo confirmava seu ateísmo. Veja o que ele escreveu:
“Meu argumento contra Deus era que o Universo parecia cruel e injusto demais. Mas de que modo eu tinha esta ideia de justo e injusto? Um homem não diz que uma linha está torta até que tenha alguma ideia do que seja uma linha reta. Com o que eu estava comparando este Universo quando o chamei de injusto?”
Nós somos capazes de detectar a injustiça porque existe um padrão imutável de justiça em nosso coração.

5. Sem a lei moral, não haveria como mensurar as diferenças morais.

Acreditar no relativismo moral é argumentar que não existem diferenças morais verdadeiras entre Paulo e Hitler, liberdade e escravidão, igualdade e racismo, cuidado e abuso, amor e ódio etc. Todos sabemos que essas conclusões são absurdas. Desse modo, o relativismo moral deve ser falso. Se o relativismo moral é falso, então existe uma lei moral objetiva.

6. Sem a lei moral, você não poderia saber o que é certo ou errado.

A afirmação de que algo está errado é automaticamente uma afirmação de que algo está certo.

7. Sem a lei moral, não existem bases morais para a oposição política ou social.

Muitos políticos liberais são ateus e não possuem bases morais objetivas para as posições que defendem. Sem uma lei moral, não seria errado um grupo impor sua religião à força sobre os ateus.
Em resumo, sem a lei moral, os ateus não têm bases morais para argumentar em favor de suas causas políticas.

8. Sem a lei moral, não precisaríamos nos desculpar por violá-la.

Por que dar desculpas se nenhum comportamento é verdadeiramente imoral?

A lei moral: o que dizem os darwinistas?

Edward Wilson: nosso senso moral evoluiu da mesma maneira que nós evoluímos através de milhares de gerações.
Esse argumento não se sustenta:

1. O darwinismo afirma que existe apenas o material, mas o material não possui moralidade.

Qual é o peso do ódio?
Os pensamentos humanos, a lógica e as leis morais não são coisas materiais.

2. Os darwinistas não podem explicar por que alguém deveria obedecer a qualquer “sentimento moral” biologicamente derivado.

Por que não matar ou roubar? Por que devemos cooperar com o próximo?

As ideias têm consequências

Hitler usou a teoria de Darwin como justificativa filosófica para o Holocausto em seu livro Mein Keimpf, de 1924:
“Se a natureza deseja que os indivíduos mais fracos se casem com os mais fortes, ela deseja muito menos que uma raça superior se mescle com uma inferior porque, nesses casos, todos os seus esforços para estabelecer um estágio da existência evolucionária superior, realizados durante centenas de milhares de anos, poderiam ter-se mostrado totalmente inúteis.
Mas tal preservação anda ao lado da inexorável lei de que é o mair forte e o melhor que deve triunfara e que eles têm o direito de perdurar. Quem deseja viver precisa lutar. Aquele que não deseja lutar neste mundo, onde a luta permanente é a lei da ida, não tem o direito de existir.”
O racismo e o genocídio são resultados lógicos do darwinismo! Por outro lado, o amor e o auto-sacrifício são resultados lógicos do cristianismo. As ideias têm consequências.

Resumo e conclusão:

Norman Geisler: “Se pelo menos uma coisa estiver realmente errada no aspecto moral, então Deus existe”.
Resumo:
Existe um padrão absoluto de certo e errado escrito no coração de todo ser humano.
O relativismo é falso. Não determinamos o que é certo ou errado, apenas descobrimos.
A lei moral precisa ter uma fonte mais elevada do que nós mesmos, porque é uma prescrição no coração de todas as pessoas.
A lei moral é o padrão divino de retidão. O padrão de retidão é a própria natureza de Deus.
Valores morais fundamentais são absolutos e transcendem culturas.
Os ateus não têm uma base verdadeira para o certo ou o errado. Embora eles possam acreditar em um certo ou errado, não têm uma maneira de justificar essa crença.
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