Oração em meio as provações

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Daniel 6. 6-10
Daniel nesse momento de sua vida já estava bem avançado em idade, seus dias aqui na terra logo terminariam, mas sua comunhão com Deus, apesar de tanto tempo desde o inicio, não foi algo que se perdeu. Nota-se que, ao longo do tempo, ele sempre evidenciava sua fé por meio de decisões firmes e não relutava em acreditar em Deus; mesmo que isso aos olhos humanos poderia parecer loucura.
Em outras situações ele já havia presenciado a poderosa mão do Senhor, e isso só lhe dava mais certeza de quem servia. De como Deus tinha o controle da situação, algo que é constantemente demonstrado no seu livro. Por vezes, reis imaginavam e arquitetavam planos, tinham raiva e desejam derramar todo o seu furor nas pessoas que não dobravam os joelhos a sua vontade. O capítulo três desse livro trás uma situação assim.
Daniel sabia qual Deus servia, o único e soberano sobre toda a criação. Vamos pensar um pouco sobre essa história específica que se torna uma experiência única para renovar nossa fé. Devemos lembrar que ainda que tudo ao nosso redor pareça sem sentido, mesmo que decretos tentem selar a nossa fé, lembremos que os planos de Deus estão bem além de nossa compreensão, além do controle humano. Através da vida de Daniel, podemos sempre lembrar que: As adversidades não devem ser um empecilho para nossa fé. Por meio de três porquês vamos notar essa verdade.
1 – Porque pessoas podem tentar nos atingir. Verso 4-9
1. Por volta de seus 80 anos, Daniel ainda sobressaia sobre os outros, pois o mesmo Espírito ainda é visto em sua vida.
2. Ele se destacava, e logo despertou inveja dos outros, essa afirmação pode ser encontrada no fim do verso 3.
3. “Dario pensava em estabelecê-lo em todo o reino, então...” a motivação dos seus companheiros foi, unicamente, por inveja da posição que ele alcançaria.
4. Devido a isso, minuciosamente, tentaram de algum modo derrubá-lo, achar alguma falta em suas ações. Por isso o texto diz que eles procuravam uma “ocasião”, alguma falha para tirar o prestígio que ele conseguiu.
5. No entanto, não acharam falta nele, sua fidelidade e compromisso com sua função eram elogiáveis.
6. Ele foi chamado de Fiel, certo comentarista destaca o seguinte sobre isso: “A razão pela qual os investigadores não encontraram nenhuma falta foi que qualquer pessoa poderia contar com Daniel. Sua palavra era boa; ele era honesto e um homem de integridade”.
6. Por isso, não foi sem razão que o rei Dario tinha o desejo de colocá-lo numa posição tão importante.
7. É bastante interessante, no verso 5, quando falam que não achavam ocasião para acusa-lo. Irmãos, quando professamos abertamente que somos cristãos, pessoas esperam ver isso nas nossas ações. Como Daniel demonstrou para aqueles homens, nada que eles poderiam o acusar, um trabalhador compromissado com seu dever.
8. Apesar de terem o desejo de acertar em cheio num erro do profeta, uma vontade enorme de encontrar algo, mas não achavam brecha, pois seu caráter não era falho, ele era fiel às suas responsabilidades.
9. É importante lembrarmos que nosso caráter sempre será algo observado, se ele for falho, nosso testemunho será facilmente manchado.
11. Se não havia espaço na conduta de Daniel, pela sua religião, acharam uma brecha.
12.Daniel ainda seguia a mesma fé da infância, e através disso uma lâmpada maligna acendeu na mente dos seus adversários.
13.Procuraram o rei, para baixar um decreto. Colocando o rei como aquele que deveria ser o alvo do olhar de qualquer um. (verso 6).
14.De certo modo, afagaram o ego do rei, colocando-o como o principal provedor, apagando a tendência de rogar a qualquer deus por intervenção, era a Dario que a prece deve se dirigir. (“e não a ti”) verso 7.
15.O que afetava diretamente qualquer pessoa que oferecia suplica a um deus.
16.A fidelidade de Daniel está na berlinda, ela que em tantos momentos foi um refugio para ele, agora parece ser sua morte.
17.O decreto, dos versos 8-9, avança e parece que uma corda já envolve o pescoço do idoso Daniel, e agora?
18.O rei assinou o decreto, aparentemente seus inimigos triunfam em seu plano. Chegou o momento de relutar?
19.Aquele que seria o segundo no reinado, agora tem um relógio contando o tempo que resta para o seu fim.
20. O Segundo porquê dessa noite é:
2 – Porque isso fortalece nossa perseverança. Verso 10
1. Foi para sua casa (ele não demonstra perder o controle). Mantém sua calma.
2. Se fossemos marcar de forma cronológica as ações dele, após saber o que logo viria, elas demonstrariam um prosseguimento normal de seu padrão. Ou seja, Daniel não mudou a sua rotina.
3. Seguiu o costume antigo de Israel (Orar em direção a Jerusalém), como se fosse um clamor pela providencia divina em meio a uma guerra. 1 Reis 8.44-45
4. Orava três vezes por dia. (Também era um costume) Salmos 55. 16-17
5. Daniel encarou as adversidades com fé, já haviam acontecido feitos memoráveis em outros momentos.
6. E ainda que a maré se virasse contra ele outra vez, ele permanecia fiel ao seu Deus. Pois seu Senhor sempre lhe foi fiel.
7. Ele já havia passado por um decreto de morte no capitulo 2, seus amigos no capitulo 3 passaram pela fornalha de fogo.
8. Portanto, ele sabia a quem deveria dobrar seus joelhos no momento da crise. (Não a vontade de homens)
9. Suplicava a quem podia o salvar.
10.Ele não deixou de dar graças, mesmo em meio à situação adversa.
11.Ele continuou com o mesmo padrão que tinha ou “como costumava fazer”.
12.Não se fechou isolado fazendo orações sem que alguém pudesse ver.
13.O profeta demonstra a mesma confiança que seus companheiros, por saber quem, de fato, exercia autoridade sobre qualquer rei.
14. Como vimos em Colossenses, as dificuldades nos fortalecem, como foi com o profeta.
15. Eles direcionam o nosso olhar para o Senhor, que é alguém cheio de amor e misericórdia pelos seus.
16. O ultimo porquê dessa noite pode ser visto no fim do capítulo. Que é:
3 – Porque podemos impactar quem está por perto. Verso 26-27
1. O desejo dos inimigos de Daniel se voltou contra eles mesmos, mesmo tendo passado pela cova dos leões, ele não morreu.
2. Apesar de eles cavarem uma cova para o fim dele, não notaram como o chão dos seus pés estava acabando.
3. O rei Dario percebeu quem era o verdadeiro Deus, havia alguém acima do seu poder de rei.
4. Sem querer entrar no mérito de uma conversão ou não, é notável que a sua percepção havia mudado.
5. No verso 26 ele diz que “o seu reino não será destruído”, um comentário pertinente vindo de um monarca.
6. Pois eles dependiam de várias coisas para se manter no poder, enquanto que ele reconhece que Deus não precisava disso. Seu reino é inquebrável.
7. Ele reconheceu que Deus deveria ser respeitado e temido, que era eterno.
8. A fidelidade de Daniel foi usada por Deus para testemunhar o seu poder a um rei pagão.
9. De igual modo as nossas vidas também podem ser usadas, para alcançar pessoas que ainda não confessaram a Jesus como Senhor.
10. Por isso, não há divisões em nossa vida, já que Deus nos salvou por completo, e de modo completo nos rendemos a ele.
10.Apenas ele tem poder para salvar, e por ser fiel a ele Daniel prosperou no reinado de Dario, e no depois dele.
11. E como o fim do seu livro explica, até o fim dos seus dias permaneceu na mesma condição diante do Senhor.
12. Após isso irmãos, vamos pensar em algumas aplicações:
Aplicações: Temos visto que a fidelidade de Daniel resultou em temor ao Senhor, logo, com o seu exemplo em mente, podemos aplicar o seguinte:
1- Irmãos devemos viver de modo que a única “acusação” que possam levantar contra nós seja sobre a fé que temos. Que a nossa vida lá fora exale o perfume de um crente fiel.
2 - A adversidade e a tranquilidade devem ser épocas em que, igualmente, procuramos a comunhão com o Senhor.
3 - Precisamos encarar nossa vida como um evangelismo diário, pois a nossa fidelidade a Deus será vista ou questionada.
Conclusão: Daniel foi perseguido e perseverou, e com isso, impactou uma vida que não temia a Deus. Que nas mesmas circunstâncias possamos olhar para Deus, e deixar nossas janelas abertas para a Nova Jerusalém.
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