Estudo sobre Daniel 5

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Estudo realizado em Pequeno Grupo

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Introdução

Soberba, arrogancia, blasfemia contra o Deus de Israel e posteriormente o julgamento divino sobre o rei Belsazar, sucessor do rei Nabucodonosor, marcam o quinto capitulo do livro de Daniel. O panico do soberano da Babilonia ao se deparar com a misteriosa mão escrevendo na parede em meio a um banquete com as autoridades mais importantes e as cuncubinas após a ordem de serem trazidos calices de ouro tomados do templo de Jerusalem para serem os recipientes do vinho, a indecifravel escrita que não pôde ser interpretada pelos participantes desta festa em louvor aos deuses babilonicos afrontando o verdadeiro Deus bem como pelos sabios particulares do rei com a promessa de premiar a pessoa que interpretasse com sucesso, o medo de não ter encontrado a resposta, a lembrança da rainha-mãe dos feitos de Daniel no reinado do antecesor mais ilustre da Babilonia (Nabucodonosor), a convocação de Daniel como a unica esperança para saber o significado da escrita com a promessa do rei torna-lo como uma das pessoas mais importantes do reino, Daniel como o oraculo divino acerca do que haveria de acontecer após a tradução das tres palavras, o desespero do rei em evitar o julgamento de Deus dando os presentes prmetidos a Daniel mesmo ele os rejeitando e por fim a morte de Belsazar no mesmo dia após a invasão de Dario marcam o fim do imperio Babilonico e dando inicio a mais um reinado (Medos e Persas).
Neste presente estudo iremos abordar em cinco pontos esta narrativa exemplo da soberba humana em afrontar o Deus de Israel sempre tem um fim tragico se não houver arrempendimento das suas más ações

Personagens do estudo

a. Belsazar:

É identificado ao longo do capitulo 5 de Daniel (Dn 5.2,11, 13,18) como filho de Nabucodonosor mas segundo estudiosos, Belsazar era seu neto.
Daniel identifies him as the son of Nebuchadnezzar (Dn 5:2, 11, 13, 18), though in fact he was the natural son of Nabunaid (Nabonidus). The seeming discrepancy arises from the fact that in Hebrew literature “father” may signify “ancestor” or “predecessor” and “son” may designate “descendant” or “successor in office.” Some have concluded that Belshazzar’s mother was a daughter of Nebuchadnezzar and that Belshazzar was therefore the grandson of the great Babylonian
Daniel o identifica como filho de Nabucodonosor (Dn 5:2, 11, 13, 18), embora, na verdade, ele fosse o filho natural de Nabunaid (Nabonido). A aparente discrepância decorre do fato de que, na literatura hebraica, "pai" pode significar "ancestral" ou "predecessor" e "filho" pode designar "descendente" ou "sucessor no cargo". Alguns concluíram que a mãe de Belsazar era filha de Nabucodonosor e que Belsazar era, portanto, neto do grande babilônio
Howard F. Vos, “Belshazzar”, Baker encyclopedia of the Bible (Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1988), 276.
A soberba de Belsazar promovendo uma festa para mil convidados e porteriormente a utilização de objetos sagrados tomados na invasão de Nabucodonosor a Jerusalem para serem usados como taças para o vinho consumidos por todos os presentes foi uma afronta terrivel contra Deus e que não ia ser passada em branco
A não lembrança do que ocorreu no tempo de Nabucodonosor quando ele se engrandeceu com todo o sucesso do seu reinado, o julgamento pelas suas ações, posteriormente a restauração do reinado e ter dado ações de graças ao reconhecer que há um Unico Deus era motivo de não ter agido de mesmo modo que seu antecessor

Ele não se referiu a ele como o Daniel a quem seu pai fez o chefe dos sábios, mas como Daniel a quem seu pai trouxe como exilado de Jerusalém. Ele desejava pôr Daniel em sua posição inicial. Além do mais, ele colocou um ponto de interrogação sobre a habilidade de Daniel interpretar sonhos, prefaciando-a com um “tenho ouvido” (Dn 5.14,16). É como se Belsazar estivesse registrando seu ceticismo acerca de Daniel, afirmando que havia uma diferença entre ouvir e acreditar.

A tentativa a qualquer custo de mudar o que Deus decretou em seu julgamento tentando encontrar respostas e presentar aquele que decifrasse a escrita na parede primeiro através dos seus falhos e “incompetentes” sabios e depois através do profeta Daniel descrevendo a tradução este como oraculo do julgameno divino mostra que pelos seus proprios esforços não poderia escapar desta sentença que será executada pelo imperio dos medos através do rei Dario

b. Deus

Representado de forma antropocentrica por meio da escrita de uma mão sobre uma das paredes do palacio de Belsazar
A tradução das tres palavras era a mensagem que Deus iria tratar com Belsazar contra suas terriveis ações e não arrependimento do seu orgulho desenfreado
A representação divina na forma de dedos não está somente presente neste capitulo de Daniel mas estão presentes por exemplo:
Êxodo 8.19 ARA
Então, disseram os magos a Faraó: Isto é o dedo de Deus. Porém o coração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, como o Senhor tinha dito.
Êxodo 31.18 ARA
E, tendo acabado de falar com ele no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus.
Deuteronômio 9.10 ARA
Deu-me o Senhor as duas tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus; e, nelas, estavam todas as palavras segundo o Senhor havia falado convosco no monte, do meio do fogo, estando reunido todo o povo.
Salmo 8.3 ARA
Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste,
Mas quem conhece a Bíblia suspeitaria que estes são os dedos de Deus, visto que, anteriormente, na história da redenção, os magos do Egito descreveram o julgamento de pragas de Deus como “o dedo de Deus” (Êx 8.19). Mais tarde, “as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, [foram] escritas pelo dedo de Deus” (Êx 31.18; Dt 9.10; cf. Sl 8.3).
Greidanus, Sidney. Pregando Cristo a partir de Daniel (Portuguese Edition) (p. 169). Editora Cultura Cristã. Edição do Kindle.

c. Sabios

Os sabios eram aqueles em que tinham a missão de dar resposta aos reis como representantes religiosos. A presença destes personagens está presente desde os livros de Genesis e Exodo.
Gênesis 41.8 ARA
De manhã, achando-se ele de espírito perturbado, mandou chamar todos os magos do Egito e todos os seus sábios e lhes contou os sonhos; mas ninguém havia que lhos interpretasse.
Gênesis 41.37–39 ARA
O conselho foi agradável a Faraó e a todos os seus oficiais. Disse Faraó aos seus oficiais: Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o Espírito de Deus? Depois, disse Faraó a José: Visto que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão ajuizado e sábio como tu.
Êxodo 8.7 ARA
Então, os magos fizeram o mesmo com suas ciências ocultas e fizeram aparecer rãs sobre a terra do Egito.
Êxodo 8.19 ARA
Então, disseram os magos a Faraó: Isto é o dedo de Deus. Porém o coração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, como o Senhor tinha dito.
No livro de Daniel a partir dos capitulos que antecedem o deste estudo é mostrado que eram incapazes de transmitir a mensagem do verdadeiro Deus
Daniel 2.8 ARA
Tornou o rei e disse: Bem percebo que quereis ganhar tempo, porque vedes que o que eu disse está resolvido,
Daniel 2.10 ARA
Responderam os caldeus na presença do rei e disseram: Não há mortal sobre a terra que possa revelar o que o rei exige; pois jamais houve rei, por grande e poderoso que tivesse sido, que exigisse semelhante coisa de algum mago, encantador ou caldeu.
Daniel 4.18 ARA
Isto vi eu, rei Nabucodonosor, em sonhos. Tu, pois, ó Beltessazar, dize a interpretação, porquanto todos os sábios do meu reino não me puderam fazer saber a interpretação, mas tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos.
No capitulo 5 de Daniel é enfatizado novamente que não podiam ter a resposta para a visão da escrita na parede

d. Ranha-mãe

Esta personagem entra na narrativa do capitulo 5 para relembrar a Belsazae os feitos que Daniel realizou no tempo de Nabucodosor.
Estudos declaram que devido a concubinas serem esposas do rei e que estavam presentes na celebração do banquete a unica possibilidade é que seria a mãe de Nabucodonosor, portanto seria a avó de Belsazar.
O fato de ter comparecido no salão de festa sem ter sido convocada era sinal que era uma pessoa importante e que tinha muito prestigio na aristocracia babilonica

e. Daniel

Daniel nesta narrativa é o oraculo divino para trazer a interpretação da mensagem escrita na parede que em sua tradução revelou o julgamento divino para Belsazar.
A primeira menção deste personagem no seu livro mostra que era um dos trazidos cativos do dominio babilonico em Jerusalem (Dn 1.6) e foi dado um novo nome (Dn 1.7). A historia de Daniel na Babilonia pode ser desenvolvida em alguns acontecimentos importantes:
Recusa dos alimentos (Dn 1.8)
Nabucodonosor o considera como um grande sabio (Dn 1.20)
Intercessão de Daniel (Dn 2.13, 14)
Primeira revelação de sonho - A estatua mista (Dn 2.26-49)
Segunda revelação de sonho - Julamento divino a Nabucodosonor e sua restauração (Dn 4)
A narrativa deste livro revela que Daniel exerceu suas atividades de grande imprtancia até o reinado do rei Ciro (Dn 1.21)

f. Dario

Rei dos Medos e Persas mencionado de maneira introdutoria como o meio de julgamento divino a Belsazar e seu reino (Babilonia)

Tema 1 - Um enorme banquete, uma mão misteriosa aparece e o terror abraça o rei (Dn 5.1-6)

1. Um banquete para zombar o Deus de Israel

Daniel 5.1–4 ARA
O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil. Enquanto Belsazar bebia e apreciava o vinho, mandou trazer os utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tirara do templo, que estava em Jerusalém, para que neles bebessem o rei e os seus grandes, as suas mulheres e concubinas. Então, trouxeram os utensílios de ouro, que foram tirados do templo da Casa de Deus que estava em Jerusalém, e beberam neles o rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas. Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra.

2. Mão de Deus escreve na parece e a alegria dar lugar ao medo do rei e seus convidados

Daniel 5.5–6 ARA
No mesmo instante, apareceram uns dedos de mão de homem e escreviam, defronte do candeeiro, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via os dedos que estavam escrevendo. Então, se mudou o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos batiam um no outro.

Tema 2 - A busca por uma interpretação, sábios são chamados, uma rainha do nada aparece (Dn 5.7-12)

a. Convocação dos sabios mas o rei fica sem resposta

Daniel 5.7–9 ARA
O rei ordenou, em voz alta, que se introduzissem os encantadores, os caldeus e os feiticeiros; falou o rei e disse aos sábios da Babilônia: Qualquer que ler esta escritura e me declarar a sua interpretação será vestido de púrpura, trará uma cadeia de ouro ao pescoço e será o terceiro no meu reino. Então, entraram todos os sábios do rei; mas não puderam ler a escritura, nem fazer saber ao rei a sua interpretação. Com isto, se perturbou muito o rei Belsazar, e mudou-se-lhe o semblante; e os seus grandes estavam sobressaltados.

b. A rainha-mãe entra em cena e lembra que há alguem que pode desvendar o misterio

Daniel 5.10–12 ARA
A rainha-mãe, por causa do que havia acontecido ao rei e aos seus grandes, entrou na casa do banquete e disse: Ó rei, vive eternamente! Não te turbem os teus pensamentos, nem se mude o teu semblante. Há no teu reino um homem que tem o espírito dos deuses santos; nos dias de teu pai, se achou nele luz, e inteligência, e sabedoria como a sabedoria dos deuses; teu pai, o rei Nabucodonosor, sim, teu pai, ó rei, o constituiu chefe dos magos, dos encantadores, dos caldeus e dos feiticeiros, porquanto espírito excelente, conhecimento e inteligência, interpretação de sonhos, declaração de enigmas e solução de casos difíceis se acharam neste Daniel, a quem o rei pusera o nome de Beltessazar; chame-se, pois, a Daniel, e ele dará a interpretação.

Tema 3 - Daniel diante do rei e uma “recompensa” (Dn 5.13-29)

a. Discurso de Belsazar

Daniel 5.13–16 ARA
Então, Daniel foi introduzido à presença do rei. Falou o rei e disse a Daniel: És tu aquele Daniel, dos cativos de Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá? Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito dos deuses está em ti, e que em ti se acham luz, inteligência e excelente sabedoria. Acabam de ser introduzidos à minha presença os sábios e os encantadores, para lerem esta escritura e me fazerem saber a sua interpretação; mas não puderam dar a interpretação destas palavras. Eu, porém, tenho ouvido dizer de ti que podes dar interpretações e solucionar casos difíceis; agora, se puderes ler esta escritura e fazer-me saber a sua interpretação, serás vestido de púrpura, terás cadeia de ouro ao pescoço e serás o terceiro no meu reino.

b. Resposta de Daniel

Daniel 5.17–23 ARA
Então, respondeu Daniel e disse na presença do rei: Os teus presentes fiquem contigo, e dá os teus prêmios a outrem; todavia, lerei ao rei a escritura e lhe farei saber a interpretação. Ó rei! Deus, o Altíssimo, deu a Nabucodonosor, teu pai, o reino e grandeza, glória e majestade. Por causa da grandeza que lhe deu, povos, nações e homens de todas as línguas tremiam e temiam diante dele; matava a quem queria e a quem queria deixava com vida; a quem queria exaltava e a quem queria abatia. Quando, porém, o seu coração se elevou, e o seu espírito se tornou soberbo e arrogante, foi derribado do seu trono real, e passou dele a sua glória. Foi expulso dentre os filhos dos homens, o seu coração foi feito semelhante ao dos animais, e a sua morada foi com os jumentos monteses; deram-lhe a comer erva como aos bois, e do orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele. Tu, Belsazar, que és seu filho, não humilhaste o teu coração, ainda que sabias tudo isto. E te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos os utensílios da casa dele perante ti, e tu, e os teus grandes, e as tuas mulheres, e as tuas concubinas bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste.

c. A interpretação da escritura na parede e a tradução das tres palavras

Daniel 5.24–28 ARA
Então, da parte dele foi enviada aquela mão que traçou esta escritura. Esta, pois, é a escritura que se traçou: Mene, Mene, Tequel e Parsim. Esta é a interpretação daquilo: Mene: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele. Tequel: Pesado foste na balança e achado em falta. Peres: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas.

d. Tentativa em recompensar Daniel

Daniel 5.29 ARA
Então, mandou Belsazar que vestissem Daniel de púrpura, e lhe pusessem cadeia de ouro ao pescoço, e proclamassem que passaria a ser o terceiro no governo do seu reino.

Tema 4 - Cumprimento da profecia na mesma noite e um novo rei (Dn 5.30-31)

Daniel 5.30–31 ARA
Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus. E Dario, o medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino.

Conclusão

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