[ESTUDO] Justificação pela fé! | Romanos 5.1-2

Estudo - Reforma Protestante  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Introdução!

Apresentação!
Gabriel Domingues | Seu irmão em Cristo | Casado com a Priscila | Pai da Antonella | Pastor da IB Central de Realengo.
Agradeço a Deus por essa oportunidade, estar aqui com vocês é uma grande alegria.
Pr. Vinicius e toda a liderança são queridos nossos a quem temos um carinho muito especial.
Fico feliz como vocês tem se desenvolvido para a Glória de Deus.
Posso parafrasear o Ap. Paulo quando ele diz a Igreja de Éfeso (Efésios 1.15-16):
Ephesians 1:15–16 NAA
Por isso, também eu, tendo ouvido a respeito da fé que vocês têm no Senhor Jesus e do amor para com todos os santos, não cesso de dar graças por vocês, mencionando-os nas minhas orações.
Tenho algumas missões aqui nessa noite, mas a principal e que tudo vai se derivar é a exposição das escrituras a qual amamos muito.
Falar sobre a JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ. Um conceito muito importante para a vida cristã.
Um conceito que mal compreendido pode levar a heresias e também a viver a vida de uma forma inadequada.
Assim como aconteceu na Reforma Protestante, eu quero te convidar a olhar para a Palavra de Deus e somente a Palavra de Deus.
Utilizamos de comentários bíblicos, frases e até mesmo temos referências de pregadores que são bençãos em nossa vida… mas a Bíblia está superior a tudo isso. Homens são falho, mas a Bíblia não.
Sobre qualquer assunto o ponto de partida sempre deve ser a Palavra de Deus.
Justificação pela fé, devemos olhar o que a Palavra de Deus nos ensina.
Vida cristã, devemos olhar o que a Palavra de Deus nos ensina.
Relacionamentos, devemos olhar o que a Palavra de Deus nos ensina.
Cremos na inerrância da Palavra de Deus e também na sua infalibilidade, ou seja… A Bíblia não erra e a Bíblia não falha.
Crendo nisso, nós vamos fazer a leitura do TEXTO que vai nos ensinar sobre a JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ e as BENÇÃOS QUE EMANAM DESTA JUSTIFICAÇÃO.
Ler o texto: Romanos 5.1-2.
Para falar de Justificação eu não poderia usar outra carta, senão ROMANOS.
Ap. Paulo faz uma bela exposição aqui, em sua carta aos Romanos, do que é JUSTIFICAÇÃO.
Paulo, de uma forma muito sistemática, nos apresenta aqui esse tema tão relevante para a Igreja.
De Romanos 1-3.20 Ap. Paulo vai trata a NECESSIDADE que o homem tem de ser JUSTIFICADO.
Mostrando assim que a necessidade moral dos homens é a JUSTIÇA diante de Deus, sob cujo julgamento nos mostra que somos culpados, sendo assim, necesitamos de uma JUSTIFICAÇÃO diante de DEUS.
Já de Romanos 3.21-4.25 Paulo vai falar sobre o MEIO DA JUSTIFICAÇÃO.
Nos ensinando que o MEIO para a JUSTIFICAÇÃO é o Evangelho de Jesus Cristo.
O princípio que nos leva a sermos JUSTIFICADOS é a FÉ em JESUS CRISTO e exclusivamente por ela que somos JUSTIFICADOS.
Já no texto que lemos (Romanos 5.1-2) o Ap. Paulo vai apresentar algumas bençãos da JUSTIFICAÇÃO.
Nós iremos caminhar nesse sentido, falando sobre a JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ na PALAVRA DE DEUS e carinhosamente também olhando para um movimento que marcou o mundo: A REFORMA PROTESTANTE.
Dando um breve resumo da HISTÓRIA DA REFORMA vamos ver que existiu o impulso central no entendimento da JUSTIFICAÇÃO a luz da Palavra de Deus.
Antes de conhecer a HISTÓRIA DA REFORMA e as BENÇÃOS DA JUSTIFICAÇÃO, precisamos definir o que é JUSTIFICAÇÃO.
A palavra JUSTIFICAÇÃO significa “declarar justo, inocentar, trata como justo”.
Daqui já podemos ter uma boa ideia do que isso significa para nós.
Essa é a doutrina cristã sobre como os cristãos são declarados JUSTOS diante de Deus por meio da fé em JESUS CRISTO.
Gosto de uma definição de R.C SPROUL sobre a Justificação.
Ele vai dizer que: A JUSTIFICAÇÃO é o ensino bíblico sobre como os cristãos são declarados justos diante de Deus mesmo que não sejam realmente JUSTOS em si mesmos.
Essa palavra pressupõe a culpa do homem por causa do seu pecado e a sua solução por meio do ato declaratório de Deus.
Deus declara ISENTO de culpa, não INOCENTE, aqueles que confiam na expiação de Jesus Cristo pelo pecado.
Em outras palavras, os cristãos são considerados JUSTOS por DEUS não com base nas suas boas obras, mas por causa do que JESUS CRISTO alcançou para nós e que recebemos pela fé.
A JUSTIFICAÇÃO responde uma das perguntas centrais do homem: Como eu sendo um pecador posso ter comunhão com Deus? SOMENTE PELA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ.
Sabendo o que é a JUSTIFICAÇÃO, nós vamos partir para um breve resumo da história da REFORMA PROTESTANTE.

A reforma protestante!

A reforma protestante aconteceu em 1517 (século 16) através de Martinho Lutero.
Mas antes de falar da REFORMA PROTESTANTE nós precisamos visitar pelo menos 1 ou 2 séculos para trás.
Durante os séculos 14 e 15 surgiram alguns movimentos de protesto contra alguns ensinos na Igreja Medieval.
Um desses movimentos foi encabeçado por John Wycliff na Inglaterra.
Ele era contra algumas coisas que estavam acontecendo na Igreja. As superstições (relíquias, peregrinações, veneração dos santos), bem como a transubstanciação, o purgatório, as indulgências, o celibato clerical e as pretensões papais.
Para combater essas irregularidades da Igreja da época, John Wycliff e aqueles que caminhavam com ele tinham a bíblia como regra de fé e conduta.
A Bíblia precisa ser pregada e falada em nossos púlpitos e principalmente vivida em nossas ações do dia a dia.
Muito influenciado por Wycliff, na história aparece também Jan Hus. Esse lutou e defendeu que JESUS CRISTO é o CABEÇA DA IGREJA e não o PAPA.
Hus também insistia na autoridade suprema da Palavra de Deus.
Outro também conhecido que lutou ANTES DA REFORMA PROTESTANTE em si foi Jerônimo Savonarola. Esse pregava contra a imoralidade na sociedade e na igreja, inclusive no papado.
Essa era a realidade pré-reforma. Durante a história da Igreja sempre existiu aqueles que lutavam para a volta a escritura e ao ensino apostólico.
Se eu falasse que isso aconteceu alguns poucos anos atrás creio que você também acreditaria. Como nós temos visto esses ensinos heréticos no meio do Povo.
Por isso devemos permanecer com a Palavra de Deus e lutar pelos ensinamentos bíblicos.
Devemos sempre valorizar esses tipos de encontro que nos reúnem em volta da Palavra de Deus.
Respirando também uma insatisfação com ensinos heréticos surge um tal de MARTINHO LUTERO. Um jovem inconformado com o sistema.
Martinho Lutero vem de um lar religioso. O maior desejo de Martinho Lutero não era ser um reformador e nem causar confusão, mas o seu desejo era abrir os olhos da Igreja para voltar para os ensinos bíblicos.
Lutero desejava seguir a carreira jurídica, mas ao se deparar com a morte em 1505 em uma tempestade, resolveu não mais seguir a carreira jurídica, mas se dedicar a vida religiosa.
Em 1512 se tornou professor da Universidade de Wittenberg, onde passou a ministrar cursos sobre vários livros da bíblia, INCLUSIVE O DE ROMANOS.
Esse conhecimento lhe deu entendimento acerca da JUSTIÇA DE DEUS.
Em seu tempo o problema maior da Igreja era a venda de indulgências.
A venda de indulgência era como se fosse uma venda de perdão. Era um papel que vendiam como uma autorização para a SALVAÇÃO.
Uma frase muito conhecida da época era: Tão logo uma moeda na caixa cai, a alma do purgatório sai.
É nesse contexto, é nesse estado que estava a Igreja no tempo de Martinho Lutero. Ele, um professor que ministrava o curso da carta do Ap. Paulo aos Romanos lê e estuda o texto de Romanos 1.17 e vê que esse ensino da Igreja de cobrar a salvação era um ensino contrário as escrituras.
É nesse contexto que Martinho Lutero prepara as 95 teses e afixa a porta da igreja de Wittenberg.
Lutero não desejava romper com a Igreja, mas o seu desejo era construir uma discussão saudável e apresentar argumentos sólidos (95 teses) de o que estava sendo ensinado era errado.
Lutero não desejava nada mais do que a Igreja se voltasse para o ensino bíblico.
Lutero tinha o desejo de ver uma Igreja buscando todo o seu amparo única e exclusivamente na Palavra de Deus.
Esse movimento não é exclusivo de Lutero, vimos que nos séculos anteriores isso aconteceu, vamos ver que isso aconteceu também com queridos que vieram depois de Lutero e isso deve permanecer até os dias de hoje.
Devemos ser cristãos saudáveis a ponto de saber o que é heresia e combate-las. Não permitindo que ela entre em nossas igrejas.
A reforma protestante se desencadeia pela leitura da Palavra de Deus. LEIA A BÍBLIA. Não negocie os princípios da nossa fé.
Quando Martinho Lutero leu a bíblia ele entendeu que a SALVAÇÃO NÃO SE COMPRA, pois nós somos JUSTIFICADOS MEDIANTE A FÉ.

A justificação na reforma protestante!

O entendimento do que é a justificação foi o que motivou Lutero a combater a venda da salvação.
Lutero tem uma frase que resume muito bem o que ele entende por JUSTIFICAÇÃO.
Se o artigo de justificação for perdido uma vez, então toda a verdadeira doutrina cristã está perdida.
Martinho Lutero
Ele sabe que uma compreensão errada da JUSTIFICAÇÃO pode desencadear em ensinos heréticos.
A má compreensão da Palavra de Deus leva ao surgimento das heresias.
Cuidado com pessoas que desejam te levar a fazer uma campanha para a salvação.
Um carnê para comprar uma mansão no céu. Tantas quintas-feiras para garantir um lugar no céu. Isso não existe e naõ pode te salvar.
Lutero lutou justamente contra esse falso ensino. A salvação não depende da sua campanha, mas depende da sua fé em JESUS CRISTO.
Era justamente a ideia de que o que torna o homem JUSTO diante de DEUS não são as suas boas obras, nem o seu dinheiro… nada do que possa fazer. A salvação é apenas pela obra redentora de Cristo Jesus.
Lutero aprende com a PALAVRA DE DEUS e é nesse sentido que nós vamos seguir.
Apesar também de ser influenciado por ensinos de Agostinho sobre a JUSTIFICAÇÃO, Lutero tem por base do seu entendimento a PALAVRA DE DEUS.
Tudo o que trata e sabe de Justificação é lendo a Palavra de Deus, principalmente nas cartas do Ap. Paulo aos Romanos e Gálatas.
PAUSA

A justificação na Bíblia e em nossa Teologia Batista!

Falamos um pouco da REFORMA PROTESTANTE, mas como disse, essa REFORMA SE DEU quando as pessoas não olharam para a doutrina dos homens, mas para a PALAVRA DE DEUS.
Usamos muitas referencias bíblicas até agora, mas de fato, neste momento quero expor para os irmãos a JUSTIFICAÇÃO na PALAVRA DE DEUS.
Usando o texto que lemos de ROMANOS 5.1-2.
Ap. Paulo de uma forma muito clara entende que a JUSTIFICAÇÃO é algo que já aconteceu.
Ele vai dizer no início do v.1 “Justificados, pois, mediante a fé...
O fato da JUSTIFICAÇÃO já ter acontecido não me fala que eu sou JUSTIFICADO.
Porque a nossa JUSTIFICAÇÃO é somente pela FÉ em JESUS CRISTO.
A JUSTIFICAÇÃO não é algo que se refere a um longo tempo, isso dentro da teologia é chamado de SANTIFICAÇÃO.
A justificação já aconteceu, o que preciso fazer é recebe-la pela FÉ.
Todos aqueles que creem em JESUS CRISTO, no ato da sua conversão a Cristo são considerados JUSTIFICADOS diante de Deus.
Desde o momento em que colocam a sua fé nele, Deus os declara JUSTOS de uma vez por todas.
O que muitas vezes as pessoas confundem é o processo de SANTIFICAÇÃO.
JUSTIFICAÇÃO é uma coisa, santificação é outra.
Somos salvos por Jesus Cristo, pela sua obra redentora e por isso buscamos a santificação dia após dia.
John MacArthur, um grande pastor americano diz que:
Quando Deus declara alguém justo, inevitavelmente ele trará também a santificação. “E aos que justificou, a estes também glorificou” (Rm 8.30). Quando a justificação ocorre, o processo de santificação começa. A graça sempre abrange ambas.
John F. MacArthur
Todos os que entendem que a JUSTIFICAÇÃO é mediante a FÉ EM JESUS são levados a viver em busca da santificação.
O nosso destino no julgamento final era a CONDENAÇÃO ETERNA (Romanos 3.23), mas Deus nos redimiu pelo sangue de Cristo e com isso somos declarados JUSTOS com DEUS mediante a fé que temos em JESUS CRISTO.
Hernandes Dias Lopes fala algo que eu concordo muito referente a fé. Ele vai dizer que “A fé é a mão estendida de um mendigo a tomar posse do presente de um Rei.
O que tinha que fazer, DEUS JÁ FEZ. O que nós devemos saber é que a JUSTIFICAÇÃO é um ato de DEUS para nós e já foi realizado em JESUS CRISTO.
A JUSTIFICAÇÃO nos faz perceber algumas BENÇÃOS.
A justificação pela fé nos faz perceber alguns efeitos colaterais.
Quando percebemos esses efeitos nos alegramos.
A primeira benção da JUSTIFICAÇÃO é o que Paulo nos apresenta como PAZ COM DEUS.

As bençãos da justificação!

Temos paz com Deus!

A realidade é que quase todos os seres humanos buscam a PAZ.
É quase que uma obsessão universal a busca pela paz.
Buscamos paz em nosso trabalho, paz em nossos relacionamentos, buscamos paz em nossa vizinhança: DESEJAMOS A PAZ.
Não é especificamente dessa paz que o Ap. Paulo está falando.
É algo mais direcionado uma RECONCILIAÇÃO DO HOMEM COM DEUS.
Ap. Paulo está fazendo aqui uma alusão a palavra hebraica SHALOM.
Que fala de uma paz que traz consigo senso de bem estar e tranquilidade.
Nos 2 testamentos o SHALOM está intimamente ligado e é quase um sinônimo da salvação divina.
A realidade é que precisamos fazer a diferenciação da PAZ que o mundo da e a PAZ COM DEUS.
Quando temos paz neste mundo, podemos nos alegrar por um tempo determinado, mas é algo que nunca perdura.
Em um momento estamos em paz e em outro guerreando.
Precisamos saber que a PAZ em nosso mundo é FRÁGIL.
A 2ª Guerra Mundial foi seguida por muitos e muitos anos de uma guerra fria.
Quando achamos que estamos em paz, vemos pessoas novamente se agitando para ataques e uma nova guerra se inicia.
É triste ver tudo o que está acontecendo na Ucrania x Russia e Israel x Irã. Tudo bem que esses são sinais do fim dos tempos, mas a verdade é que ninguém deseja viver em uma guerra.
Existe um contraste muito grande entre a PAZ que experimentamos em nosso mundo e a PAZ sobre qual Paulo está escrevendo aqui em Romanos 5.1-2.
Paulo está escrevendo sobre o fim da pior de todas as guerras possíveis. A GUERRA DO HOMEM CONTRA DEUS.
De fato vejo muitas pessoas se preocupando com as guerras humanas enquanto a sua vida está ditando uma guerra com Deus.
Só teremos uma paz nesse mundo quando os homens voltarem os seus olhos para JESUS e aceitarem a reconciliação com Deus.
Se isso não acontecer, essas guerras continuarão a existir.
Muitas vezes o novo testamento descreve a condição NATURAL do homem como INIMIGOS de DEUS.
A nossa natureza considera DEUS o nosso inimigo.
Após a queda original nos tornamos INIMIGOS DE DEUS. Alvos da ira de Deus.
O motivo central do Evangelho é nos apresentar uma reconciliação. O ingrediente necessário para uma reconciliação é a desavença.
O homem está em guerra com Deus até que JESUS vem selar a paz.
Jesus é o nosso reconciliador. Ele faz o meio de campo e nos apresenta até Deus.
Necessitamos da reconciliação. Precisamos colocar um fim nessa guerra e o que nos traz tudo isso é o EVANGELHO.
Quando somos JUSTIFICADOS PELA FÉ, DEUS nos vê cobertos pela retidão e JUSTIÇA de Jesus Cristo.
Não mais a nossa justiça inaceitável, agora recebemos por fé a JUSTIÇA DO FILHO DE DEUS.
Com isso, não existe mais guerra com Deus para aqueles que tem JESUS CRISTO no seu coração.
Pare de guerrear contra o Senhor, aceite Jesus no seu coração e viva em PAZ COM DEUS.
A próxima benção que a JUSTIFICAÇÃO TRAZ É O ACESSO AO PAI.

Acesso ao Pai!

O termo “ACESSO” utilizado por Paulo no v.2 revela mais uma benção da JUSTIFICAÇÃO!
Nós, em Cristo, obtivemos ACESSO a Deus.
A base dessa benção é a justamente a JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ EM JESUS.
Só temos acesso a DEUS por meio de JESUS CRISTO.
Quando olhamos para a criação podemos ver que o homem desfrutava de um acesso ILIMITADO a Deus.
Adão e Eva estavam em plena comunicação com o Senhor até que essa comunicação é quebrada pela desobediência.
Se eles se apressavam para estar com o seu Criador, depois da desobediência o que eles fizeram foi se esconder. O homem ficou dominado pelo senso de vergonha.
O profeta Isaías vai dizer que:
Isaiah 59:2 NAA
2 Mas as iniquidades de vocês fazem separação entre vocês e o seu Deus; e os pecados que vocês cometem o levam a esconder o seu rosto de vocês, para não ouvir os seus pedidos.
A realidade é que se o nosso pecado não for coberto pelo sangue de Cristo, ficamos como Adão e Eva fugindo da presença do Senhor.
Mas Jesus vem e nos leva NOVAMENTE a esse acesso.
William Barclay diz que a palavra grega usada por Paulo aqui “prosagoge” e podemos ver um tríplice significado.
Primeiro significa uma INTRODUÇÃO de alguém a presença do REI.
Tudo a ver conosco. Pecadores são reconduzidos a presença de Deus por meio de Jesus Cristo.
Segundo é a APROXIMAÇÃO DO ADORADOR A DEUS. Jesus é quem abre essa porta e nos permite novamente adorar o Senhor diante dEle mesmo.
Terceiro lugar, significa a chegada ao porto seguro.
Podemos ter certeza que Jesus abriu o caminho do céu, o acesso a presença do Pai.
A nossa JUSTIFICAÇÃO não diz respeito apenas ao perdão ou a paz com Deus.
A nossa justificação não diz a respeito apenas de escaparmos do julgamento da ira divina.
A nossa justificação fala que antigamente não tínhamos acesso a presença de Deus, mas através de Jesus Cristo, agora temos acesso.
Agora nós temos o privilégio de viver no Palácio do Rei desfrutando dos privilégios de filho.
John Stott vai dizer que: Nosso relacionamento com Deus, ao qual a justificação nos levou, não é esporádico, mas contínuo; não é precário, mas seguro.
Quando aceitamos a Jesus Cristo fazemos parte da família real.
Jesus é o único que pode nos conduzir até a presença de Deus.
A última benção da justificação que veremos é a ESPERANÇA DA GLÓRIA DE DEUS.

Esperança da glória de Deus!

A palavra grega ELPIS que nos foi traduzida como ESPERANÇA é uma benção que Deus confere a toda pessoa justificada pela fé.
É uma esperança diferente do que muitas vezes entendemos por esperança nesse mundo, assim como a paz que tratamos.
A nossa ESPERANÇA DA GLORIA DE DEUS não é como nossas expectativas comuns do dia a dia em relação ao cotidiano, mas é uma expectativa alegre e confiante que tem a base nas promessas de Deus.
Se alguém me perguntar: VOCÊ ACHA QUE O FLAMENGO VAI SER CAMPEÃO DA COPA DO BRASIL?
Vou dizer: não sei, tenho esperança que sim.
Essa esperança expressa um desejo de que certas coisas aconteçam, mas não temos certeza nenhuma se realmente vai acontecer.
Usamos a palavra esperança aqui para descrever uma vontade ou desejo que algo aconteça.
Esse não é um conceito bíblico de esperança. Hebreus 6.19 vai dizer que a esperança é a “âncora da alma”.
Temos estabilidade em nossa vida pois estamos com a nossa esperança ANCORADA em Deus.
A nossa esperança é viva, como Pedro diz em 1Pedro 1.3.
A ESPERANÇA DA GLORIA DE DEUS nos faz olhar para o futuro brilhante que temos em Deus. A glória do fim dos tempos.
É nessa que nós temos esperança.
Nós temos a esperança na salvação que ele preparou para todos aqueles que colocam nele a sua confiança.
Eu encerro com uma metáfora usada pelo grande teólogo de Princeton, Charles Hodge, que faz um contraste entre uma Âncora e uma teia de aranha.
Ele diz que a esperança não é uma teia de aranha porque podemos ver a aranha tecer sua teia. Podemos ficar maravilhados com a glória dessa obra da natureza, impressionados de ver o quão eficiente a teia pode ser para pegar moscas e insetos que garantirão as refeições da aranha, mas podemos pegar um pano e jogá-lo contra a teia e o pano a destruirá. Não há nenhuma substância de peso numa teia de aranha. Ela é leve, delicada. Não podemos fazer isto com uma âncora. Esperança não é uma teia de aranha. É a estabilidade sólida que ancora a alma.
A nossa esperança não pode estar nesse mundo, pois a esperança deste mundo é como uma teia que pode se desfazer.
A nossa esperança está em Deus e em tudo aquilo que Ele nos prometeu.
Para os seus filhos ele promete a eternidade.
Coloque a sua Esperança em Deus e se prepare para a eternidade.
Vivemos aqui ansiando para viver com o nosso Deus em quem temos acesso através de Jesus Cristo.

Conclusão!

Para a nossa conclusão: Já que estamos próximos ao dia 31/10 que comemora os 507 anos da reforma protestante, pode estar percorrendo a sua mente a pergunta: nos dias de hoje precisamos de uma REFORMA?
Não vou dizer nem que sim e nem que não, o que precisamos é a cada dia igrejas saudáveis e cristocêntricas.
Igrejas centradas na Palavra de Deus e não em ensinamentos de homens.
Igreja que deseja viver os ensinamentos da Palavra de Deus.
Igrejas que ensinem que a JUSTIFICAÇÃO DO HOMEM É PELA FÉ EM JESUS CRISTO, e somente por JESUS CRISTO.
O desejo dessa noite é que saiamos daqui sabendo que a nossa JUSTIFICAÇÃO é PELA FÉ que colocamos em Cristo.
Essa fé nos faz ter PAZ COM DEUS, ACESSO A DEUS e ESPERANÇA DA GLÓRIA DE DEUS.
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