O GOVERNO CRISTÃO EVANGÉLICO ELEIÇÃO DE OFICIAIS

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INTRODUÇÃO
Nesta lição, observaremos o caráter bíblico e teológico da eleição dos oficiais, além de analisar a prática eclesiástica da ICEB em relação à eleição de oficiais.
1. ESCOLHA DE OFICIAIS NO A.T.
Desde a constituição do povo da antiga aliança, Deus estabeleceu uma representatividade por meio de homens comuns para liderar e representá-los ante Deus e a socie-dade. O Conselho de Anciãos era uma instituição fundamental em Israel. A Bíblia os denomina como "anciãos de Israel" ou " anciãos dos filhos de Israel" (Bx 3.16, 18; 429;
12.21), também chamados anciãos do povo" (Ex 19.7) e "anciãos da congregação", ou seja, a congregação de Israel (Lv 4.15). Uma passagem especialmente significativa é Números 11.16-17, 24-25, que narra como Deus designou 70 anciãos para serem auxiliares diretos de Moisés na tarefa de "levar a carga do povo". Eram supervisores. Estavam associados aos anciãos a sabedoria, a maturidade e o discernimento (IRs 12.6-13).
Esse conselho de oficiais é mencionado cerca de 100 vezes no Antigo Testamento.
O papel fundamental de liderança fica evidente em sua participação ativa em cada evento decisivo da história de Israel. Deus reconheceu o seu papel de liderança enviando Moisés primeiramente a eles para anunciar a libertação do cativeiro (Êx 3.16). O governo, por meio de anciãos, era particularmente apropriado para uma sociedade patriarcal, orientada para a família, como era o caso de Israel, e continuou a existir depois que Moisés e Josué concluíram a tarefa de introduzir o povo na Terra Prometida.
Quando Israel se fixou em Canaã, cada cidade, cada tribo e a nação como um todo tinha um conselho de anciãos (Dt 19.12; 21.3,6,19; Sl 107.32; Ez 8.1). Como líderes da comunidade, eles deviam proteger o povo, exercer disciplina, fazer cumprir a lei de Deus e administrar a justiça. Segundo a lei mosaica e a prática tradicional, os anciãos exerciam ampla autoridade em questões civis, domésticas e religiosas. A função dos anciãos como um corpo judicial é descrita nas seções legislativas do A.T. de modo especial, o livro de Deuteronômio apresenta muitas situações específicas que exigiam o julgamento e a orientação dos anciãos (Dt 21.19; 22.15-18). Os anciãos deviam conhecer a lei, responsabilizar-se com os sacerdotes por comunicá-la ao povo e assegurar que ela fosse obedecida (Dt 27.1-8; 29.10; 31.9-11). Entre outras funções, eles serviam como testemunhas (Rt 4.2,9,11).
Os anciãos participaram de alguns dos acontecimentos mais marcantes da história de Israel, como a conquista de Canaã (J6 7.6; 8.10,33), a unção de Davi como rei de Israel
(25m 5.3) a reforma de Josias (2Rs 23.1) e a reconstruga dos muros e do templo de
Jerusalém (Ba S. 5,9; 6.7,14). Eles estavam entre várias categorias de líderes, como os chefes, juízes e oficiais Js 23.2; 24.1). Por suas ligações com os sacerdotes, também eram denominados anciãos dos sacerdotes" (2Rs 19.2; 1s 37.2; Jr 19.1).
II. ESCOLHA DE OFICIAIS NO N.T.
Quando se trata do ministério na igreja primitiva, precisamos, em primeiro lugar, considerar a escolha dos doze apóstolos, ministros sobre os quais recaiu a autoridade e a responsabilidade de edificar a Igreja (Ef 2.20). De acordo com Mateus 4.18-22;
10.1-15; At 9.1-30, os doze e Paulo foram chamados pessoalmente e diretamente pelas palavras de Jesus e receberam o comissionamento de expandir o Reino por meio da Igreja e seus ofícios (Mt 16.13-20; Ef 2.20).
1. ATOS 1.15-26
Nos casos dos presbíteros e diáconos, não aconteceu um chamado direto, pessoal ou por revelação. O texto bíblico relata que houve necessidade de substituir Judas no apostolado. Foi instalada uma assembleia com toda a igreja. Pedro, com autoridade, moderou a reunião, explicando as razões daquele evento e a necessidade de escolher alguém para continuar o testemunho apostólico. Os membros propuseram dois nomes para a escolha: José e Matias. Para a escolha, os irmãos seguiram critérios e ordem.
No texto, não há evidência de escolha episcopal por parte de Pedro, nem padrão de sucessão e nem mesmo uma escolha anárquica, onde os membros escolhem sem nenhum padrão de autoridade e hierarquia. A eleição acontece seguindo uma ordem; os irmãos apresentam os nomes ao Senhor, e de forma misteriosa e única um dos nomes é eleito pelo "lançar sortes".
2. ATOS 6.1-7
Neste texto, encontramos outra necessidade. Os gregos se queixaram de injustiça na distribuição dos recursos. Então, o colegiado apostólico convocou outra assembleia.
A decisão foi que os membros elegessem sete irmãos para o diaconato (servir às mesas).
Os apóstolos estabeleceram critérios para os candidatos. Após, o texto diz claramente que dos membros da igreja, elegeram 7 homens, os quais foram apresentados e orde-nados com a imposição de mãos. Diferentemente de At 1.15-26, aqui não houve sortes, mas participação democrática de todos os membros, legítima eleição eclesiástica, que seguiu critérios, indicações e eleição.
3. ATOS 14.19-28
Paulo, em sua primeira viagem missionária, chegou a várias cidades, pregando e plantando igrejas. O texto desse parágrafo relata que o apóstolo fortalecia a alma dos discípulos, exortava-os e mostrava que pelo sofrimento importa-nos entrar no Reino.
Além de ensinar o evangelho, o texto revela que o apóstolo e Barnabé promoviam a eleição de presbíteros. Essa era a prática dos apóstolos. O mesmo podemos afirmar com base em Tito 1.5. Tito deveria moderar eleições seguindo os critérios prescritos em cada cidade para que houvesse ordem na igreja local.
II. ELEIÇÃO DE OFICIAIS NA ICEB
Nesta seção é importante transcrever a regulamentação da ICEB para a eleição:
No Cạp. 2, Art. 2,5 3° do Estatuto diz que: as igrejas filiadas à ICEB elegerão pastores exclusivamente do quadro ministerial da ICEB, os quais possuem direitos, deveres e disciplina que estão regulamentados no Regimento da ICEB, no Regimento do Departamento Ministerial, na Diretriz de Ação Ministerial e no Código de Ética do Ministro
Cristão Evangélico".
No Regimento Interno está regulamentado que compete à igreja local: "Eleger pastores, presbíteros, diáconos e representantes conciliares" - Cap. 1, Art. 9, Seção III. No modelo de Estatuto apresentado às igrejas está como se segue: Título II "Dos Membros";
Art. 6, Seção II "Dos Membros Elegíveis". No $ 3°, regulamenta critérios para que os membros da igreja sejam elegíveis para a Mesa Administrativa, Conselho Espiritual ou Junta Diaconal. O Cap. 1 do mesmo Estatuto Modelo, trata da assembleia e que esta é o órgão máximo para a eleição das funções regulamentadas acima.
Normalmente a eleição dos presbíteros e diáconos é regida pelo estatuto da igreja loca.
Como cada igreja tem seu próprio estatuto, vamos dar aqui uma ideia geral de como isso deve ser feito.
1. É normal que se estabeleça o número de oficiais ideais para cada igreja, em função do número de membros. Normalmente se considera um presbítero e um diacono para cada 50 membros. Isso deve ser considerado respeitando as carcterísticas específicas de cada igreja.
2. Na igreja existem os presbíteros e diáconos ativos (que estão exer oncias eletros dato) e em disponibilidade (que não estão exercendo mandato). Os fciaisos dos Pela primeira vez são ordenados, ou consagrados pela imposição das mãos dos Pastores e presbíteros presentes no culto público da igreja local, e é ministaco pelo pastor da igreja; o presbíteros e diáconos consagrados não perdem sero sera de oficial, mesmo que ale seiam eleitos. O diácono que se tornar Presbitero será consagrado novamente, da mesma maneira que o Presbítero ou Diácono que se tornar pastor, o será.
O conselho espiritual, preferencialmente deve ser formado pelo pastor, que sempre é seu presidente, e pelos demais presbíteros ativos; a junta diaconal, preferencialmente deve ser formada pelo pastor que sempre é seu presidente, o vice-presidente da igreja e os diáconos ativos; a mesa administrativa, em geral é formada pelo pastor, os presbíteros e os diáconos ativos.
4. O processo de eleição, obedecendo ao Estatuto local, pode começar com oração por toda igreja, pedindo que o Senhor mostre à vontade Dele para cada irmão que vai votar; em seguida divulgar à igreja (membros) sobre como escolher os oficiais conforme qualificação bíblica (cujos textos são apresentados nas lições desta revis-ta); depois a igreja pode sugerir nomes ao Conselho Espiritual (CE) que examina e confirma ou não; o CE divulga à igreja os nomes escolhidos e consultados, e os leva à Assembleia para Eleição.
CONCLUSÃO
A esses irmãos Deus deu a qualificação e honra do governo de Sua igreja. Por isso, em suas atribuições presidenciais são dignos de honra e obediência de todos nós, ministros e membros das igrejas locais. Nosso amor, oração e cuidado por esses irmãos os fortalece, anima e encoraja para o exercício de um ministério tão complexo e difícil, mas essencial aos propósitos de Deus.
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