O poder transformador da tristeza segundo Deus: Motivos que causaram a tristeza.
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2 Coríntios 7.2-4
2 Coríntios 7.2-4
Introdução:
O que fazer quando alguém nos magoa? É algo difícil de ser pensar, e bem desagradável relembrar que isso já deve ter acontecido em sua vida. Não é bom sofrer injustiça, não é bom ser magoado, não é bom passar por acusações sem ter qualquer fundamento. Quantos já não foram condenados em circunstâncias injustas, enquanto outros foram absolvidos mesmo na multidão de provas.
A segunda carta canônica de Paulo aos Coríntios foi escrita por volta do ano 51 d.C, e foi motivada pelo que Paulo viu e ouviu na sua segunda visita à cidade. Visita esta mencionada no primeiro verso do segundo capítulo de 2 Coríntios. O apostolo recebeu bastante rejeição de parte de alguns irmãos, e, é provável que tenha recebido afrontas da parte de alguns indisciplinados. Após sua segunda visita à cidade, ele escreveu uma carta, não preservada, conforme 2.4, na qual descreve e é bastante duro há tudo que presenciou enquanto esteve esses poucos dias da sua segunda visita. Essa carta, mesmo sem conhecermos o seu exato conteúdo, é chamada de “carta severa”.
Paulo sofreu afrontas, e ouviu bastante daquilo que não gostaria, se os coríntios ficaram tristes com o conteúdo da “carta severa” imagine como ficou o apostolo para ter que a escrever. Dentro da vida cristã isso é possível de acontecer, como ele, não estamos imunes a falta de consideração das pessoas. Mas, estas, futuramente, podem sofrer as consequências daquilo que plantaram, assim, pensando nos versos 2-4 do capítulo sete desta carta, podemos destacar a seguinte ideia: A tristeza teve sua raiz nas atitudes anteriores. Vamos dividir essa ideia em duas palavras, a primeira, que representa a atitude errada dos coríntios é:
1 - Injustiça (Verso 2)
1. Quando observamos o princípio do verso 2, Paulo roga que os irmãos em Coríntios o acolham em seu coração.
2. Ele retoma, nesse verso, a mesma ideia que ele havia iniciado nos versos 11-13 do capítulo anterior.
3. Paulo lá indica que o seu coração se abria para receber os coríntios, e, de modo justo, os coríntios deveriam também abrir os seus.
4. A ideia de conceder um lugar em seu coração é uma metáfora para a necessidade desses irmãos serem amigáveis com Paulo.
5. Retribuir o amor que o apostolo tinha para com eles.
6. Paulo os chama de filhos, apesar de serem rebeldes, ainda os ama.
7. Entendemos que havia uma ruptura nessa relação na parte dos coríntios.
8. E, como acontece bastante atualmente ainda, o fato de serem advertidos pelos seus erros os deixaram ainda menos amigáveis com Paulo.
9. Imagine um amigo que, ao receber uma crítica construtiva, inicialmente se sente ferido e triste. É assim que os coríntios se sentiram. A visita de Paulo os deixou desfavoráveis ao apostolo.
10. Antes da tristeza ter encontrado guarida em seus corações, eles causaram bastante tristeza em Paulo.
11. Sua visita, apenas mencionada nessa carta, não trouxe alegria ao perceber a condição precária que alguns ainda viviam nessa igreja.
12. Era necessário advertência, nem mesmo respeito demonstraram pelo seu Pai na fé.
13. Os Coríntios foram bastante injustos ao não darem espaço em seus corações para alguém que não tinha amor fingido por eles, conforme 2 Co 6.6.
14. A produção da tristeza muitas vezes tem uma grande participação nossa.
15. Podemos ser injustos com uma pessoa, como aconteceu aqui, ao não aceitarmos a repreensão das nossas ações.
16. Paulo continua falando sobre sua condição diante deles nos próximos versos.
17. E ele retornará um tópico anteriormente citado no capítulo dois da carta.
18. A primeira coisa que ele diz é que: A ninguém tratou com injustiça.
19. A ideia dessa palavra é de que Paulo não buscou ser injusto, ser falso, prejudicar com falsidade eles.
20. Paulo procurou ser correto e justo com todos os irmãos, suas ações, desde o início da relação com eles, não foram marcadas por dano da parte do apostolo.
21. Uma segunda coisa: A ninguém corrompemos.
22. Isso envolve a parte espiritual, Paulo não procurou, por meio das suas advertências e demais atitudes, corromper a moral dos irmãos.
23. O seu objetivo não foi levar os irmãos a pecarem, causar uma tristeza incentivando-os a pecar.
24. Mas a refletirem sobre suas erros, e corrigir aquilo que estava errado diante de Deus.
25. Por último, ele diz que: Ninguém explorou.
26. Isso significa que Paulo não agiu com ganância e, assim, procurou explorar a boa vontade dos irmãos.
27. Irmãos, desde esse tempo pastor já era acusado de roubar.
28. Paulo não fez isso, não procurou tirar vantagem da sua posição diante deles para arrancar seu dinheiro. Ainda que alguns estivessem fazendo isso desde àquele tempo.
29. Paulo repete essa mesma defesa em 2Coríntios 12.17 “Porventura eu os explorei por meio de alguém que lhes enviei?”
30. Não! Paulo estava sendo acusado por alguns ali disso, mas ele sempre agiu de modo integro perante esses irmãos.
31. Nunca enviou qualquer pessoa com o desejo de saciar sua ganância, logo, os irmãos foram injustos com ele…
32. Permitindo que acusações infundadas ganhassem terreno na igreja, fazendo com que Paulo relembre sua inocência perante os irmãos.
33. Igualmente, do seu apostolado nos primeiros sete capítulos dessa carta.
34. A injustiça sempre causará tristeza, principalmente, naqueles que sempre mantiveram uma vida integra.
35. E, quando a inocência é comprovada, causa vergonha em que levantou falso testemunho, e feriu o nono mandamento.
36. Mas, apesar de tristeza causada pelo falso testemunho, a verdade e o perdão podem restaurar uma relação quebrada.
37. Paulo indica sua inocência, e apesar de qualquer coisa que já aconteceu, sua inocência é mais um motivo para os irmãos mudarem seu comportamento com ele.
38. Aplicação: Se você se sente injustiçado em sua comunidade ou em seu círculo social é importante não permitir que esse ressentimento controle suas ações. Pratique o perdão diariamente, talvez até meditando em uma passagem bíblica como Efésios 4:32, que nos lembra a perdoar como fomos perdoados.
39. Se você foi o propagador da injustiça, sofra o dano e reconheça seu erro, rogando ao Senhor que o coração de quem você feriu se abra uma outra vez para você. Se você feriu alguém por amor, rogue que o Senhor trabalhe no coração de quem você advertiu para que ele entenda a razão do que você fez.
40. Os erros causam tristezas, afastam e quebram relações, mas o perdão é o caminho para que elas sejam restauradas.
41. Além da injustiça, há um outro motivo ocasionou a tristeza nos coríntios, que é:
2 - Ingratidão (Verso 3-4)
1. Por que Paulo escreveu sua defesa pessoal? Foi para condenar os coríntios?
2. Para piorar ainda mais a relação que já estava quebrada?
3. Não! O objetivo de Paulo não foi esse, mas serviu como o pano de fundo do que aconteceu anteriormente.
4. Paulo não procurava trazer mágoas do passado, e, com elas proferir um juízo condenatório.
5. Não era esse o seu ponto aqui:
6. Ele desejou expressar sua sinceridade com os irmãos que é demonstrada na sua integra relação com eles.
7. No entanto, apesar disso, a integridade do apóstolo não o livrou da ingratidão e da desconfiança desses irmãos.
8. Porém, Paulo os tinha gravado em seu coração, o amor, apesar de todo o passado, não havia mudado.
9. Ele continuava os considerando seus amados filhos.
10. O lugar deles no coração de Paulo ainda estava lá, ele relembra sua conduta para destacar que o mesmo amor que o impulsionou a ser sincero com eles, ainda estava vivo.
11. A tal ponto que estaria lutando com os irmãos na vida ou estaria com eles na morte.
12. O erro dos irmãos, sua ingratidão mediante a integridade de Paulo não minou o amor dele.
13. O grande problema é que esse amor tinha virado de mão única, a desconfiança sem razão ficou entre eles.
14. E, como a serpente, alguém tinha colocado coisas que afastaram a comunidade e seu pai espiritual.
15. Irmãos, pessoas mal intencionadas ainda existem hoje, e tantos vivem plantando mentiras para acabar com amizades, casamentos e até prejudicar o amor de pais com filhos.
16. Apesar de demonstrarmos afeto, a outra parte ainda pode ser influenciada a não acreditar nisso.
17. Basta observar quantos filhos não duvidam do amor de seus pais por qualquer motivo.
18. Filhos, se seu pai/mãe não te deu algo é porque ele realmente não pode ou não seria sábio lhe dar.
19. Isso não indica que o ama menos, basta parar um pouco e pensar o quanto ele já fez por você desde seus primeiros meses.
20. E, como a filhos pequenos, Paulo estava cuidando com todo o cuidado deles, e não recebeu a consideração devida e nem foi defendido das acusações que recebeu.
21. Porém, com seu coração bem aberto de afeição por seus filhos, ele diz no verso 4.
22. Que grande é a franqueza para com eles, ou seja, Paulo confiava no que Deus faria com a repreensão que ele deixou aos irmãos.
23. Se pessoas foram erradas conosco é necessário confrontar para que haja mudança.
24. Assim a mudança acontece, o passado fica para trás, a página de desavenças será virada.
25. Paulo fica feliz por eles, e se gloria no poder de Deus, o qual pode trazer mudança e levará os irmãos a se arrependerem.
26. Confrontar a ingratidão de alguém não é fácil, mas é bem melhor do que ficar reclamando dela para quem está ao seu lado.
27. Apenas reclamar não trará qualquer mudança, e a sua tristeza só aumentará.
28. Pensar em não machucar alguém é um erro nosso, se alguém falha na conduta com os demais, e está em pecado diante de Deus, o caminho é acordá-la ainda que a tristeza aconteça.
29. Paulo estava feliz pelos irmãos, e a causa exata disso ficará mais clara nos próximos versos e em nossas próximas mensagens. Por isso, o próximo verso se inicia com um “porque”.
30. Pensando em cada um de nós é fato que passamos por aflições, mas a restauração que Deus proporciona as pessoas anteriormente afastadas, causa alegria mesmo nas tribulações.
31. O final do verso 4 abe o terreno para as consequências da “carta severa” há uma explicação logo mais. Será que os irmãos atenderam à advertência de seu pai? Isso veremos amanhã, segundo a permissão do Senhor.
32. Aplicação: Não permita que a mágoa te traga ainda mais tribulação, perdoe quem lhe ofendeu e rogue que o Senhor o converta ou o traga de volta para si. Não esqueça que a reaproximação trará alegria, e te dará um amigo para chorar nos momentos difíceis.
Conclusão:
Coríntios sofreram, mas, o seu sofrimento foi fruto do próprio erro que plantaram. Deus permite que pessoas nos advirtam, não para nos entristecer sem propósito, mas para repensarmos o erro do passado. Nossos erros devem ser revistos, é necessário refletir sobre a tristeza que causamos nos outros, e de como falhamos diante do nosso Deus. Que isso nos faça refletir sobre nossas atitudes, pois a própria da permissão de Deus não é que tenhamos remorso, mas, arrependimento e reencontro com ele. Que nosso Senhor traga restauração de relacionamentos para sua glória nossas noites. Que Deus nos abençoe e possamos gravar em nossos corações as próximas mensagens.