JONAS E O DISCIPULADO DE DEUS

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Após 2817 anos, o povo de Deus parece repetir muito dos passos do profeta e precisamos sempre relembrar a forma como o Senhor tratou o coração do seu discípulo. Aprender com o ensino, disciplina e misericórdia de Deus nos ajuda a crescer e alcançar uma vida que reflete a imagem de Cristo neste mundo.

Notes
Transcript

Introdução

O próprio livro de Jonas é uma ilustração pronta sobre quão obstinado é o coração do homem que busca justiça em seu próprio entendimento. Quando lemos a narrativa o que mais surpreende não é o grande peixe engolir um homem, e depois de três dias cuspi-lo na praia, o fato mais impressionante é ver a história de um profeta que estava fugindo de uma ordem de Deus.
Após 2817 anos, o povo de Deus parece repetir muito dos passos do profeta e precisamos sempre relembrar a forma como o Senhor tratou o coração do seu discípulo. Aprender com o ensino, disciplina e misericórdia de Deus nos ajuda a crescer e alcançar uma vida que reflete a imagem de Cristo neste mundo.

Texto Bíblico

Jonas 1.1 “A palavra do Senhor veio a Jonas, filho de Amitai, dizendo:”

Entendendo o Texto

Existe um contraste interessante entre o livro de Jonas e o dos demais profetas, enquanto a maioria deles narra os discursos direcionados pela mensagem que Deus revelou aos profetas, Jonas conta a experiência vivida por ele mesmo. Ao mesmo tempo o livro começa com O Senhor falando com Jonas e dando a ele uma missão.
Jonas, filho de Amitai, teve seu ministério aproximadamente entre 793-753 a.C. durante o reinado de Jeroboão II no reino do norte. Foi contemporâneo de Oseias e Amós. Seu nome significa “pomba”, e ele era nativo de Gate-Hefer. Em outra passagem no livro de 2 Reis, o profeta é citado como aquele que profetizou a restauração política e econômica do reino do Norte, nos primeiros anos de Jeroboão II. Um contraste a seus compatriotas que nada tinham a falar senão críticas ao Reino do Norte.
2Reis 14.25 “Restabeleceu os limites de Israel, desde a entrada de Hamate até o mar da Arabá, segundo a palavra do Senhor, Deus de Israel, anunciada por meio de seu servo Jonas, filho de Amitai, o profeta, que era de Gate-Hefer.”
Sua cidade natal era Gate-Hefer, um vilarejo da tribo de Zebulom, atual Galileia. Uma cidade pequena próximo a Nazaré, a partir dela começa sua jornada até Jope onde partiu para Társis, aproximadamente 3000km. Nínive ficava a 800km na direção contrária a tomada pelo profeta.
Naum 3.1-7 “Ai da cidade sanguinária, toda cheia de mentiras e de roubo e que não solta a sua presa! Eis o estalo dos açoites, o estrondo das rodas, o galope dos cavalos e os carros que vão saltando! Os cavaleiros que esporeiam, as espadas brilhantes, as lanças reluzentes, uma multidão de feridos, massa de cadáveres, mortos sem fim — chegam a tropeçar sobre os mortos. Tudo isso por causa da grande prostituição da bela e encantadora prostituta, da mestra de feitiçarias, que seduzia as nações com a sua prostituição e os povos, com as suas feitiçarias. “Eis que eu estou contra você”, diz o Senhor dos Exércitos. “Levantarei as abas de sua saia sobre o seu rosto, e mostrarei às nações a sua nudez, e aos reinos, as suas vergonhas. Vou jogar sujeira sobre você, tratá-la com desprezo e transformá-la em espetáculo. Todos os que a virem fugirão de você e dirão: ‘Nínive está destruída!’ Quem terá compaixão dela? De onde buscarei quem a console?””
Nínive era uma cidade assíria que ficava nas proximidades do rio Tigre. No período do reinado do rei Senaqueribe, Nínive se tornou capital da Assíria. Esse povo carregava algumas marcas de comportamento, eram conhecidos por serem muito idólatras, por serem cruéis, arrogantes, desonestos e sem escrúpulos. Os ninivitas eram muito materialistas e tinham um desejo insaciável por poder e domínio. E para satisfazer esse estilo de vida impiedoso, eles recorriam às guerras.
O profeta Jonas viveu numa época em que Nínive estava em seus dias de glória e contava com a temida máquina de guerra assíria. Mas conforme nós lemos no texto bíblico, Deus enviou o seu profeta àquela cidade para pregar aos ninivitas, pois a malícia daquele povo era muito grande (Jonas 1.2). Apesar da resistência do profeta o povo se arrependeu e experimentou da Graça de Deus. Mas a geração que se arrependeu de sua maldade passou, e tão logo os ninivitas estavam novamente no caminho do erro e da impiedade. Então pouco depois, os profetas Naum e Sofonias proclamaram a vingança irreversível do Senhor contra os ninivitas.
Assim, a majestosa e grande cidade de Nínive caiu em 612 a.C. Com o tempo, as ruínas da cidade foram abandonadas, de modo que em menos de dois séculos de sua destruição, o local onde viviam os ninivitas estava tão desolado que era difícil reconhecer que ali havia existido uma grande cidade um dia.
O livro navega sobre as desventuras de um profeta que aparentemente se comporta como um ‘anti-herói’, frustrado com a decisão de Deus, ele busca seu próprio caminho. Em sua jornada o profeta vê Deus agir apesar de sua indiferença, e um grupo de marinheiros passam a temer Yahwhe “o Deus do céu, que fez o mar e a terraJn 1.9. Imaginando que morreria no mar, ele é salvo por Deus e no processo é disciplinado pelo Senhor, e reconhece a origem da salvação “Ao SENHOR pertence a salvação!Jn 2.9.
Agora com o compromisso missional alinhado o profeta parte a Nínive e cumpre seu chamado com determinação questionável, mas o resultado e um surpreendente arrependimento generalizado “Os ninivitas creram em Deus.Jn 3.5. Sua resposta é um desabafo pessoal com o Senhor:
Jonas 4.2–3 “Ele orou ao Senhor e disse: — Ah! Senhor! Não foi isso que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que tu és Deus bondoso e compassivo, tardio em irar-se e grande em misericórdia, e que mudas de ideia quanto ao mal que anunciaste. Agora, Senhor, peço que me tires a vida, porque para mim é melhor morrer do que viver.”
O Senhor responde ensinando a Jonas que sua frustração por coisas que ele não criou e pelas quais não era responsável deveria fazê-lo cônscio da terna misericórdia de Deus por Suas criaturas (4.11) e torná-lo submisso ao soberano plano divino de estender salvação àqueles a quem Ele escolheu demonstrar misericórdia.

Conclusão

O livro desse profeta menor aparentemente tinha em vista um público maior, o povo de Israel, que era cínico e espiritualmente insensível. O senhor é soberano sobre todas as nações e pode salvar aqueles que se arrependem, sejam israelitas sejam ninivitas, e quem se recusa a arrepender-se terá que enfrentar a ira de Deus.
Diante todos esses pontos da história o livro de Jonas parece ser uma introdução ao verso de João 3.16Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” . A nós, cumpre a tarefa de, rendidos aos pés da cruz, cumprir a missão de fazer discípulos e anunciar o Evangelho apesar da nossa vontade.

Aplicação

Diante a narrativa apresentada, quero apresentar três aplicações importantes para nossa vida como discípulos de Deus:
Jonas X Amós
Patriotismo X Salvação dos "inimigos"
Minha vontade X Vontade de Deus
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