Disciplina

Marcas de uma igreja saudável  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Introdução

MARCA SEIS - Disciplina Bíblica na Igreja
Quem ao ser disciplinado consegue no primeiro momento receber a disciplina com um ato de amor e cuidado?
Quantas vezes fomos corrigidos e agradecemos pela correção e disciplina?
A maneira como respondemos estas questões nos mostram o quanto desconhecemos e desconsideramos o assunto da disciplina Bíblica em nossos dias.
Devemos viver para Cristo segundo nós mesmos? Ou temos obrigações uns para com os outros?
As nossas obrigações recíprocas envolvem somente encorajar os outros de maneira positiva?
Ou talvez incluam uma responsabilidade de falar honestamente sobre as faltas, erros, afastamento das Escrituras e pecados específicos?
As nossas responsabilidades para com Deus também incluem, às vezes, o tornar públicas essas questões?
Um dos aspectos vitais de uma igreja saudável é a disciplina da igreja.
Ao abordarmos este assunto, devemos fazer a nós mesmos algumas perguntas:
1. Toda disciplina é negativa?
2. O que significa “disciplina eclesiástica”?
3. O que a Bíblia fala sobre a disciplina eclesiástica?
4. Por que devemos praticar a disciplina eclesiástica?
5. O que acontecerá, se não a praticarmos?

Toda disciplina é negativa?

A disciplina eclesiástica parece ser um tema negativo — eu admito.
Quando ouvimos sobre disciplina tendemos a pensar em correção ou espancamento. Pensamos em nossos pais, quando éramos pequenos.
Todos nós, sem hesitação, admitimos nossa necessidade de disciplina. Nenhum de nós é um projeto perfeito, concluído.
Precisamos ser inspirados, nutridos ou curados; podemos necessitar de correção, disciplina ou quebrantamento.
Não importando qual seja o método de cura, admitamos, pelo menos, nossa necessidade de disciplina.
Não imaginemos, nem presumamos que somos tão justos como deveríamos ser, como se Deus já houvesse acabado sua obra em nós.
Uma vez que admitamos isso, observemos que muito da disciplina é positiva ou, como é tradicionalmente chamada, é “formativa”.
Exemplos de “disciplina formativa” são o tronco que ajuda a árvore a crescer na direção certa, o aparelho ortodôntico, o pneu step do carro, por assim dizer.
São os comentários repetidos sobre manter sua boca fechada, quando está comendo, ou as exortações regulares de ser criterioso em suas palavras.
São as coisas que estão moldando as pessoas, à medida que elas crescem emocional, física, mental e espiritualmente.
Todos estes são exemplos da mudança básica que ocorre em nossos relacionamentos, em nossas famílias e em nossas igrejas.
Somos ensinados por meio de livros, na escola, e de sermões, cultos e aulas, na igreja. Tudo isso faz parte da disciplina.
Portanto, a disciplina não é um assunto negativo.

O que é a disciplina eclesiástica?

Quando ouvimos a expressão “disciplina eclesiástica”, podemos nos tornar defensivos, e dizer: “Jesus não disse: ‘Não julgueis, para que não sejais julgados’?”
Em Mateus 7.1, é certo que Jesus proibiu o julgar em um sentido, e precisamos considerar isso.
Mas, por enquanto, observe que, se lermos aquele mesmo evangelho de Mateus, veremos que Jesus nos chamou a repreender os outros por causa de seus pecados e repreendê-los até publicamente (Mt 18.15–17; cf. Lc 17.3).
Independentemente de qual seja o significado das palavras de Jesus em Mateus 7.1, Ele não pretendia excluir aquele tipo de julgar que ordenou em Mateus 18.
Lembre-se de que Deus mesmo é um Juiz e, numa escala menor, Ele tenciona que outros também julguem.
Ele deu ao Estado a responsabilidade de julgar (Rm 13.1–7). Em várias passagens bíblicas, somos exortados a julgar a nós mesmos (1 Co 11.28; 2 Co 13.5; Hb 4.2; 2 Pe 1.5–10).
Somos também instruídos a julgar uns aos outros na igreja (mas não da maneira final como Deus julga).
As palavras de Jesus, em Mateus 18, as de Paulo, em 1Coríntios 5–6, e outras passagens, nos mostram, com certeza, que a igreja tem de exercer julgamento dentro de si mesma.
Se você pensar um pouco sobre isso, perceberá que não é surpreendente que nós, como igreja, devemos ser instruídos a julgar.
Afinal de contas, se não podemos dizer como um cristão não deve viver, também não podemos dizer como ele deve viver.
Se desejamos ver nossas igrejas crescendo, temos de tornar mais difícil o ser membro da igreja e nos tornar melhores no excluir pessoas.
Precisamos ser capazes de mostrar que há uma distinção entre a igreja e o mundo — e isto é o que significa ser um cristão.
Se alguém reivindica ser cristão e se recusa a viver como um cristão deve viver, precisamos seguir o que Paulo disse e, para a glória de Deus e o bem daquela pessoa, excluí-la da membresia da igreja.
A primeira situação em que devemos refletir esse tipo de disciplina é na maneira como recebemos novos membros.
Em 1 Coríntios 5, quando lidava com uma situação difícil na igreja de Corinto, Paulo fez uma admissão que precisamos considerar. Nos versículos 9 e 10, ele disse:
1 Corinthians 5:9–10 NVI
9 Já lhes disse por carta que vocês não devem associar-se com pessoas imorais. 10 Com isso não me refiro aos imorais deste mundo, nem aos avarentos, aos ladrões ou aos idólatras. Se assim fosse, vocês precisariam sair deste mundo.
Observe que Paulo fez, em sua mente, uma distinção entre a igreja e o mundo.
Nós, cristãos, fazemos essa mesma distinção? Admitimos que a igreja é diferente do mundo?
Não estamos admitindo que a igreja esteja cheia de pessoas perfeitas, e o mundo, repleto de pecadores, e sim que há um tipo de diferença entre a vida dos que estão na igreja e a vida dos que estão no mundo.
Ser membro de uma igreja local significa refletir (no melhor que podemos dizer) a verdadeira integração no corpo de Cristo.
Portanto, quando falamos sobre novos membros, temos de considerar se as pessoas que estão sob avaliação são conhecidas como pessoas que vivem de um modo que honra a Cristo.
Entendemos a seriedade do compromisso que fazemos com elas, quando se unem à igreja?
Nós lhes comunicamos a seriedade do compromisso que estão fazendo conosco?
Se formos mais cuidadosos no que diz respeito a como reconhecer e receber novos membros, teremos menos ocasiões de praticar posteriormente a disciplina corretiva da igreja.
Agora, prossigamos para a pergunta 3.

O que a bíblia diz sobre a disciplina eclesiástica?

Existem muitas passagens bíblicas que tratam de disciplina e que poderíamos considerar.
Permita-me chamar sua atenção para algumas dessas passagens a começar pela passagem principal:
Deus mesmo nos disciplina e, conforme veremos, nos ordena a fazer o mesmo uns aos outros.
A igreja local tem a responsabilidade e competência especiais em relação a isso.
Matthew 18:15–17 NVI
15 “Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão. 16 Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas’. 17 Se ele se recusar a ouvi-los, conte à igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano.
Em Mateus 18, temos uma das duas passagens (juntamente com 1 Coríntios 5) mais citadas em discussões sobre a disciplina eclesiástica.
Qual a sua reação quando alguém peca contra você?
Apresenta-lhe imediatamente sua queixa e nunca mais fala com ele?
Ou apenas cria ressentimento em seu coração?
De acordo com Jesus, essa é a maneira como lidamos com discordâncias e dificuldades com os nossos irmãos em Cristo.
E isso é exatamente o que fizeram os primeiros cristãos, conforme vemos nas epístolas de Paulo.
1 Corinthians 5:1–11 NVI
1 Por toda parte se ouve que há imoralidade entre vocês, imoralidade que não ocorre nem entre os pagãos, ao ponto de um de vocês possuir a mulher de seu pai. 2 E vocês estão orgulhosos! Não deviam, porém, estar cheios de tristeza e expulsar da comunhão aquele que fez isso? 3 Apesar de eu não estar presente fisicamente, estou com vocês em espírito. E já condenei aquele que fez isso, como se estivesse presente. 4 Quando vocês estiverem reunidos em nome de nosso Senhor Jesus, estando eu com vocês em espírito, estando presente também o poder de nosso Senhor Jesus Cristo, 5 entreguem esse homem a Satanás, para que o corpo seja destruído, e seu espírito seja salvo no dia do Senhor. 6 O orgulho de vocês não é bom. Vocês não sabem que um pouco de fermento faz toda a massa ficar fermentada? 7 Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. 8 Por isso, celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento, os pães da sinceridade e da verdade. 9 Já lhes disse por carta que vocês não devem associar-se com pessoas imorais. 10 Com isso não me refiro aos imorais deste mundo, nem aos avarentos, aos ladrões ou aos idólatras. Se assim fosse, vocês precisariam sair deste mundo. 11 Mas agora estou lhes escrevendo que não devem associar-se com qualquer que, dizendo-se irmão, seja imoral, avarento, idólatra, caluniador, alcoólatra ou ladrão. Com tais pessoas vocês nem devem comer.
Esta é a passagem mais extensa sobre o assunto. Aparentemente, havia alguém na igreja de Corinto que andava em um estilo de vida imoral.
Por que Paulo disse tudo isso? Será porque ele odiava esse homem? Não.
Paulo o disse porque esse homem estava profundamente enganado.
Pensava que poderia ser um cristão e, ao mesmo tempo, desobedecer deliberadamente ao Senhor.
Ou talvez imaginasse — e a igreja lhe permitiu pensar assim — que não havia nada errado em possuir a esposa de seu pai.
Paulo mostrou que esse homem estava enganado e que, para ajudar verdadeiramente a alguém iludido e glorificar a Deus, você tem de mostrar-lhe a falsidade de sua confissão de fé, à luz da maneira como ele está vivendo.
Em outros trechos de suas epístolas, Paulo nos dá mais esclarecimentos quanto ao modo como deve ocorrer essa confrontação em amor.
Galatians 6:1 NVI
1 Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado.
Este versículo acrescenta um elemento importante à nossa filosofia de disciplina eclesiástica.
Deus se interessa em que entendamos a sua verdade e que a pratiquemos em nosso viver.
Ele se interessa especialmente em que vivamos juntos como cristãos. Todas as situações mencionadas nestas passagens são, de conformidade com a Bíblia, áreas legítimas de nosso interesse — áreas em que nós, como igreja, devemos exercer disciplina.
Você observou quão sérias eram as conseqüências que Paulo ordenou nestas descrições da disciplina eclesiástica?
“Para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou… (1 Co 5.2); “Seja… entregue a Satanás” (1 Co 5.3, 5); “Não vos associásseis com… esse tal” (1 Co 5.9, 11); “Que vos aparteis…” (2 Ts 3.6); “Notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado” (2 Ts 3.14–15); “Entreguei a Satanás” (1 Tm 1.20); “Repreende-os na presença de todos” (1 Tm 5.20); “Foge também destes” (2 Tm 3.5); “Evita o homem faccioso” (Tt 3.10).
O que Jesus mesmo disse sobre a pessoa que se recusa a ouvir à igreja?
“E, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano” (Mt 18.17).
Isto é o que a Bíblia diz sobre a disciplina na igreja.

Por que devemos praticar a disciplina eclesiástica?

Como sabemos que estamos cumprindo esse propósito?
Como sabemos que as coisas estão indo bem em sua igreja?
Não será fácil para nós sermos fiéis nesta questão de disciplina eclesiástica, quando tantas igrejas são infiéis neste assunto.
É bastante difícil tentar restabelecer uma cultura de membresia significativa em uma igreja.
Não vejo outra maneira de sermos fiéis ao que Jesus ensinou.
Precisamos tentar, rogando ao Espírito de Deus, que nos dê sabedoria e amor suficientes.
Sejamos honestos. O estado das igrejas não é bom.
Ainda que o número de membros de algumas igrejas pareça estar bem, quando começamos a indagar o que representam esses números de membros, achamos problemas.
Alan Redpath disse, a respeito da membresia de uma igreja típica dos Estados Unidos, que 5% não existem, 10% não podem ser achados, 25% não a freqüentam, 50% aparecem no domingo, 70% não assiste à reunião de oração, 90% não realizam o culto doméstico e 95% nunca compartilharam o evangelho com os outros.
É claro que há razões por que não devemos praticar a disciplina eclesiástica. Não devemos praticá-la para sermos vingativos.
Paulo instrui aos cristãos de Roma:
Romans 12:19 NVI
19 Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: “Minha é a vingança; eu retribuirei”, diz o Senhor.
A disciplina corretiva na igreja jamais deve ter a intenção de ser a declaração final sobre o destino eterno da pessoa.
Não sabemos isso. Esse pronunciamento não nos cabe. Está além de nossa competência.
Devemos praticar a disciplina na igreja porque, com humildade e amor, queremos ver o bem se evidenciando.
Algumas igrejas pedem que seus membros entrem em aliança para promoverem não somente a santidade pessoal, mas também a santidade de seus irmãos e irmãs em Cristo.
Devemos aplicar a disciplina visando pelos menos alguns resultados.

1. Para o bem da pessoa disciplinada

O homem em Corinto (1 Co 5.1–5) estava perdido no pecado, pensando que Deus aprovava o caso que ele tinha com a esposa de seu pai.
As pessoas das igrejas da Galácia imaginavam que era correto o fato de estarem confiando em suas próprias obras, e não somente em Cristo (ver Gl 6.1).
Alexandre e Himeneu (1 Tm 1.20) pensavam que tudo estava bem ao blasfemarem de Deus.
Mas nenhuma dessas pessoas estava em uma boa situação diante de Deus.
Motivados por amor às pessoas, desejamos ver a disciplina sendo exercida na igreja.
Não queremos que nossas igrejas encorajem os hipócritas que têm o coração endurecido, confirmado e iludido em seus pecados.
Não queremos viver esse tipo de vida, individualmente ou como igreja.

2. Para o bem de outros cristãos, quando vêem o perigo do pecado

Paulo disse a Timóteo que, se um líder pecar, ele deve ser repreendido publicamente (1 Tm 5.20).
Isso não significa que toda vez que eu, como pastor, fizer uma coisa errada, os membros de minha igreja devem se levantar, no culto público, e dizer que estou errado”.
Significa que, havendo um pecado sério (especialmente um pecado do qual ainda não houve arrependimento), ele deve ser trazido a público, para que os outros sejam advertidos ao verem a natureza grave do pecado.

3. Para a saúde da igreja como um todo

Paulo argumenta com os outros crentes de Corinto, dizendo que eles não deviam se vangloriar de sustentarem aquela tolerância ao pecado na igreja (1 Co 5.6–8).
Ele perguntou retoricamente:
1 Corinthians 5:6–8 NVI
6 O orgulho de vocês não é bom. Vocês não sabem que um pouco de fermento faz toda a massa ficar fermentada? 7 Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. 8 Por isso, celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento, os pães da sinceridade e da verdade.
É claro que nada disso significa que a disciplina deva ser a questão central da igreja.
A disciplina não é a questão central da igreja, assim como os remédios não são a questão central da vida saudável.
Há épocas em que precisamos nos gastar, por força de necessidade, no exercício da disciplina; mas, no geral, a disciplina deve ser algo que nos permite levar adiante a nossa tarefa principal.
A disciplina não é, em si mesma, a tarefa principal.

4. Para o testemunho coletivo da igreja

(Ver Mateus 5.16; João 13.34–35; 1 Coríntios 5.1; 1 Pedro 2.12.)
A disciplina na igreja é um poderoso instrumento na evangelização.
As pessoas observam que nossas vidas são diferentes, em especial quando há uma comunidade de pessoas — não de pessoas perfeitas, mas de pessoas cujas vidas são marcadas pelo amar verdadeiramente a Deus e uns aos outros.
Quando as igrejas são vistas se conformando com o mundo, isso torna mais difícil a tarefa de evangelização.
Alguém disse, nos tornamos tão semelhantes aos incrédulos, que eles não têm qualquer pergunta a fazer-nos.
Que vivamos de tal modo que as pessoas sejam construtivamente curiosas.
Finalmente, a razão mais convincente para praticarmos a disciplina na igreja é:

5. Para a glória de Deus, quando refletimos a sua santidade

Essa é a razão por que vivemos! Nós, seres humanos, fomos criados para portar a imagem de Deus, transmitir seu caráter à sua criação (Gn 1.27).
Por isso, em todo o Antigo Testamento, quando Deus formou um povo para levar em si mesmo sua imagem, Ele os instruiu em santidade, para que o caráter deles se aproximasse melhor do caráter do próprio Deus (ver Lv 11.44a; 19.2).
Essa era a base para a correção e até exclusão na época do Antigo Testamento, quando Deus formou um povo para Si mesmo.
É também a base para formar a igreja do Novo Testamento (ver 2 Co 6.14–7.1).
Espera-se que os cristãos sejam santos, não por causa de nossa própria reputação, mas por causa da reputação de Deus.
Temos de ser luz do mundo, de modo que as pessoas, ao verem nossas boas obras, glorifiquem a Deus (Mt 5.16).
Pedro disse a mesma coisa:
1 Peter 2:12 NVI
12 Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, mesmo que eles os acusem de praticarem o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a Deus no dia da sua intervenção.
Se levamos o nome de Deus, a quem mais devemos ser semelhantes? Paulo escreveu à igreja em Corinto:
Titus 2:14 NVI
14 Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras.
Desde o início, o Senhor Jesus instruiu seus discípulos a ensinarem as pessoas a obedecerem ao que Ele havia dito (Mt 28.19–20).
Deus terá um povo santo que reflete seu caráter.
A figura da igreja, no final do livro de Apocalipse, é a de uma noiva gloriosa que reflete o caráter do próprio Cristo.
Nossas vidas são a vitrine que expõe o caráter de Deus no mundo.
Não podemos determinar o que os outros pensarão a respeito de nós, e sabemos que devemos esperar tão forte desaprovação, que seremos até perseguidos por causa da justiça.
Mas, quanto depender de nós, temos de viver de um modo que recomende o evangelho aos outros.
Temos a responsabilidade de viver de uma maneira que traga louvor e glória para Deus, e não ignomínia e vergonha.
Não podemos viver a vida cristã sozinhos.
Ser membro de uma igreja precisa ter significado, não por causa de nosso orgulho pessoal, e sim por causa do nome de Deus.
A disciplina bíblica na igreja é uma marca de uma igreja saudável.

O que acontecerá se não praticarmos a disciplina na igreja?

Temos de perguntar a nós mesmos o que significa ser uma igreja, se a nossa igreja não pratica a disciplina eclesiástica.
Como você percebe, esta é uma pergunta sobre a natureza de nossas igrejas.
Greg Wills disse que para muitos cristãos do passado “uma igreja sem disciplina dificilmente seria considerada uma igreja”.
John Dagg escreveu: “Quando a disciplina deixa uma igreja, Cristo a acompanha”.
Matthew 18:20 NVI
20 Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles”.
Se não podemos dizer o que algo não é, também não podemos dizer o que ele é.
Precisamos viver de um modo que confirme nossa profissão de fé.
Precisamos amar uns aos outros e aqueles que estão fora de nossa igreja, os quais são afetados pelo nosso testemunho.
Também precisamos amar a Deus, que é santo, que nos chama, não para tomarmos em vão seu nome, mas sim para sermos santos como Ele é santo.
Esse é um tremendo privilégio e uma grande responsabilidade.
Se quisermos ver nossas igrejas saudáveis, temos de nos preocupar ativamente uns com os outros, até ao ponto de confrontação.
SDG
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