Gloria in Excelsis Deo - O Cântico dos Anjos

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TEXTO BASE

Luke 2:8–20 ARA
8 Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. 9 E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. 10 O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: 11 é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. 12 E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. 13 E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: 14 Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem. 15 E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer. 16 Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura. 17 E, vendo-o, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino. 18 Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores. 19 Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração. 20 Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.

INTRODUÇÃO

Pregação Cristocêntrica Apresentar o Tema da Mensagem

O pregador pode começar com uma pergunta que provoque reflexão, uma história, uma citação, uma declaração engraçada ou uma variedade de outros recursos, sob a condição de que, ao chegar ao fim da introdução, o pensamento central da mente dos ouvintes seja o tema do sermão.

COMO É O ANÚNCIO DE UMA GRAVIDEZ OU NASCIMENTO DE UMA CRIANÇA NOS NOSSOS DIAS? Redes sociais, pessoas que amamos… O nascimento de Jesus foi anunciado primeiro a pastores de ovelhas, isolados do mundo religioso e politico romano.

SOBRE O CONTEXTO GERAL DE LUCAS

Lucas: Jesus, o Homem Perfeito Introdução: Introdução ao Evangelho de Lucas

Robert Gundry diz que o Evangelho de Lucas não é apenas o mais volumoso dos evangelhos sinóticos, mas também o livro mais volumoso de todo o Novo Testamento. Anthony Lee Ash tem razão ao dizer que Lucas é geralmente encarado como uma obra-prima literária entre os livros do Novo Testamento. Aqui encontramos a língua grega mais refinada do Novo Testamento.2 Lucas é o melhor relato que temos sobre a vida de Jesus registrado nas Escrituras. Charles Childers acrescenta que o Evangelho de Lucas tem sido chamado de “o mais belo livro do mundo” e, juntamente com Atos dos Apóstolos, é considerado “o mais ambicioso empreendimento literário da igreja na antiguidade”. Van Oosterzee chega a dizer que Lucas, o terceiro Evangelho, é a coroa dos Evangelhos sinóticos.4

Lucas é singular quanto ao seu conteúdo e estilo. Mateus apresenta Jesus como Rei; Marcos apresenta-o como Servo; Lucas apresenta Jesus como Homem perfeito; e João apresenta-o como Filho de Deus.

SOBRE O CONTEXTO IMEDIATO DE LUCAS 2

Luke 2:1–6 ARA
1 Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se. 2 Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria. 3 Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. 4 José também subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, para a Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, 5 a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. 6 Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias,

SOBRE A CIDADE DE BELÉM

Resumo dos Principais Pontos sobre "Bethlehem of Judah"
1. Localização e Nome: Situada cerca de 10 kilometros ao sul de Jerusalém, em uma área montanhosa rodeada por vales férteis. Nome antigo: "Beith Lechem" (Casa do Pão) em hebraico, embora alguns estudiosos sugiram ligação com o deus mesopotâmico Lahmu.Também chamada de "Efrata" (ou Efratá), um nome associado a clãs tribais, especialmente os Efrateus/Efraimitas.
2. Relevância Bíblica: Hometown de Davi: Conhecida como a "Cidade de Davi", foi o local de nascimento do rei Davi e um importante marco na sua genealogia. Profecia Messiânica: Destacada em Miqueias 5:2 como o local de nascimento do Messias, associado a Jesus Cristo.
3. Eventos Bíblicos Significativos: Sepultamento de Raquel: Local onde Raquel foi enterrada (Gênesis 35:19). História de Rute: Contexto principal do livro de Rute, apontando para a linhagem de Davi (Rute 4:17–22). Unção de Davi: Onde o profeta Samuel ungiu Davi como rei (1 Samuel 16:4–13). Garrison Filisteu: Local onde três guerreiros de Davi buscaram água durante um cerco filisteu (2Samuel 23:13–17). Nascimento de Jesus: Local onde Jesus nasceu, conforme os Evangelhos de Mateus e Lucas (Mateus 2:1; Lucas 2:4–7).
4. Outros Fatos Bíblicos: Juiz Ibzã: Possível origem de Ibzã (Juízes 12:8–10).Levitas e Concubinas: História envolvendo um levita e sua concubina (Juízes 17–19).Fortificação por Reoboão: Uma das cidades fortificadas pelo neto de Davi, Reoboão (2 Crônicas 11:5–12).Retorno do Exílio: Alguns exilados que retornaram a Israel eram de Belém (Esdras 2:21; Neemias 7:26).Infanticídio de Herodes: Cena do massacre das crianças menores de dois anos (Mateus 2:16).
5. Conclusão: Bethlehem of Judah é pequena em tamanho, mas de grande relevância na história bíblica, sendo central em narrativas que vão desde os patriarcas até a vida de Jesus, conectando promessas messiânicas e eventos históricos significativos.

SOBRE ANJOS

Anjos são seres inteligentes, morais e espirituais criados por Deus que o adoram e realizam sua vontade.

As Escrituras indicam que, como outras criaturas, anjos foram criados por Deus. Todavia, não explica quando esta criação ocorreu. A Bíblia se refere a anjos por um número de termos, tais como “hostes,” “filhos de Deus,” “santos” e “espíritos”. Anjos são seres inteligentes que possuem grande poder. Suas funções principais, conforme reveladas nas Escrituras, são se envolver na adoração de Deus no céu e realizar seus propósitos na terra. Deus comissiona anjos para proteger seu povo, livrá-los do perigo, transmitir mensagens divinas e encorajar os crentes.

O número exato de anjos é desconhecido, mas João no Apocalipse fala de ver um vasto número: “miríades de miríades, e milhares de milhares” (Apoc 5:11). O número de anjos está também fixado já que (aparentemente) eles não procriam. Além disso, as Escrituras indicam que os anjos são organizados de acordo com uma hierarquia, com Miguel nomeado como o “arcanjo” e, portanto, aparentemente, o principal líder dos anjos. As Escrituras também atestam vários tipos de anjos como “querubim” e “serafim,” nenhum dos quais é explicado.

Como uma ordem diferente de seres do que a humanidade, os anjos não foram corrompidos pela queda de Adão. Em vez disso, eles são sem pecado e santos, totalmente obedientes à vontade do Senhor. Embora sejam invisíveis, os anjos às vezes se manifestam na Terra e interagem com os humanos. Os anjos desempenharam um papel importante na história da redenção, aparecendo frequentemente em momentos significativos - como o nascimento de Cristo, a ressurreição, e a ascensão.

Hebreus 1.14 “14 Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?”
Hebreus 13.2 “2 Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos.”
Isaías 6.2–3 “2 Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. 3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.”
2Reis 19.35 “35 Então, naquela mesma noite, saiu o Anjo do Senhor e feriu, no arraial dos assírios, cento e oitenta e cinco mil; e, quando se levantaram os restantes pela manhã, eis que todos estes eram cadáveres.”
Salmo 103.20–21 “20 Bendizei ao Senhor, todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra. 21 Bendizei ao Senhor, todos os seus exércitos, vós, ministros seus, que fazeis a sua vontade.”

AFIRMAÇÃO TEOLÓGICA: Glórias a Deus nas maiores alturas pois Ele se revela aos humildes.

Luke 2:13–14 ARA
13 E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: 14 Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.

GLÓRIA A DEUS NAS MAIORES ALTURAS

Meditações no Evangelho de Lucas Os Anjos Anunciam o Nascimento de Jesus aos Pastores (Leia Lucas 2.8–20)

Devese tributar o mais alto grau de louvor a Deus por causa da vinda de seu Filho Jesus a este mundo. Sua vida e sua morte na cruz glorificariam os atributos de Deus (justiça, santidade, misericórdia e sabedoria) como nunca antes. A Criação glorificou a Deus, mas não tanto quanto a redenção.

Dicionário Teológico do Novo Testamento, Volumes I & II (A. O Uso Grego de Dóxa)
A. O uso grego de dóxa
1. Esse termo significa “opinião”, como a. o que eu penso; b. o que outros pensam de mim. Como a. ele pode implicar em expectativa ou uma opinião ou princípio filosófico, embora ele também possa ser uma mera conjectura. Como b. ele normalmente denota um bom nome ou boa reputação, embora um objetivo desfavorável possa mudar isso. Dóxa como um nome tem sido vinculado algumas vezes à luz ou brilho (cf. a LXX e o NT), mas muito provavelmente significa alguém que goza de boa reputação.
Dicionário Teológico do Novo Testamento, Volumes I & II (F. O Uso de Dóxa no NT, II)
1. dóxa como o modo de ser divino. Embora o termo denote “reputação” ou “poder”, seu uso principal no NT é moldado pelo AT. Ele, portanto, se torna um termo bíblico e não grego. Embora as nuanças englobem a honra divina, esplendor, poder ou brilho, aquilo que sempre se expressa é o modo de ser divino, mas com ênfases variadas no elemento visível da manifestação (cf. Lc 2.9; 9.31–32; At 22.11; Ap 15.8; 21.23). No NT, novamente, dar glória a Deus significa reconhecer (At 12.23) ou exaltar (Lc 2.14) aquilo que já é uma realidade. As doxologias do NT, portanto, pressupõem um estin (Gl 1.5; 1Pe 4.11). Uma peculiaridade em João é a quase ingênua justaposição do uso para glória de Deus e do uso para honra ou louvor que podem ser dados, tanto por Deus como pelos homens (12.41, 43).

PAZ NA TERRA ENTRE OS HOMENS, A QUEM ELE QUER BEM

Meditações no Evangelho de Lucas Os Anjos Anunciam o Nascimento de Jesus aos Pastores (Leia Lucas 2.8–20)

“Paz na terra”, também diz o hino. É chegada à terra a paz de Deus, que ultrapassa todo o entendimento; a perfeita paz estabelecida entre o Deus santo e o homem pecador; a paz que Jesus comprou com seu próprio sangue — oferecida gratuitamente a toda a humanidade; a paz que, sendo recebida no coração, leva os homens a viver em paz uns com os outros e que um dia encherá o mundo inteiro.

O hino termina falando em “paz entre os homens, a quem ele quer bem”. Esse é o tempo em que a bondade e o amor de Deus para com os homens culpados devem tornar-se totalmente conhecidos. Seu poder foi visto na Criação; e sua justiça, no Dilúvio. Mas sua misericórdia ficou para ser completamente revelada no nascimento e na expiação de Jesus Cristo.

Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong (1515 ειρηνη eirene)
1515 ειρηνη eirene
provavelmente do verbo primário eiro (juntar); TDNT - 2:400,207; n f
1) estado de tranqüilidade nacional
1a) ausência da devastação e destruição da guerra
2) paz entre os indivíduos, i.e. harmonia, concórdia
3) segurança, seguridade, prosperidade, felicidade (pois paz e harmonia fazem e mantêm as coisas seguras e prósperas)
4) da paz do Messias
4a) o caminho que leva à paz (salvação)
5) do cristianismo, o estado tranqüilo de uma alma que tem certeza da sua salvação através de Cristo, e por esta razão nada temendo de Deus e contente com porção terrena, de qualquer que seja a classe
6) o estado de bem-aventurança de homens justos e retos depois da morte

A. O conceito grego de eirḗnē. Para os gregos eirḗnē denota, primariamente, um estado, não um relacionamento ou atitude. É o oposto de pólemos (“guerra”). Está ligado a tratados de paz ou acordos de paz. Também é o oposto de distúrbio. No negativo, pode denotar uma atitude pacífica, ou seja, a ausência de sentimentos hostis. Na era de Augusto ela transmitia o sentido de redenção, mas também implicava, na realidade cotidiana, a segurança legal da pax Romana.

Romanos 5.1 “1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;”
A Pax Romana ("Paz Romana" em latim) foi um período de relativa estabilidade e prosperidade que ocorreu no Império Romano, durando aproximadamente do ano 27 a.C. a 180 d.C. Esse intervalo começou com o reinado de Otaviano Augusto, o primeiro imperador de Roma, e terminou com a morte do imperador Marco Aurélio.

Características principais da Pax Romana:

Estabilidade Política:
O governo imperial centralizado substituiu as frequentes guerras civis da República Romana.A sucessão de imperadores, embora às vezes tumultuada, manteve uma administração relativamente contínua.
Expansão Territorial e Segurança:
Durante esse período, o Império atingiu sua maior extensão territorial.As fronteiras eram protegidas por legiões romanas bem organizadas, o que reduziu significativamente as invasões externas.
Prosperidade Econômica:
O comércio floresceu devido à segurança das rotas terrestres e marítimas.A economia foi impulsionada pela construção de infraestruturas, como estradas, aquedutos e portos.
Cultura e Integração:
Houve uma unificação cultural e jurídica dentro do império, promovendo a romanização das regiões conquistadas.Esse período foi marcado por grandes avanços na engenharia, arquitetura e literatura.
Legislação e Administração:
O sistema de leis romanas foi amplamente desenvolvido e aplicado em todo o império.Governadores provinciais ajudavam a administrar os territórios sob supervisão direta de Roma.
Embora tenha sido um período de estabilidade interna, a Pax Romana não significou ausência de guerras, mas sim a redução de conflitos internos e a consolidação do poder romano. A estabilidade alcançada nesse período foi essencial para o desenvolvimento de muitas das bases culturais, jurídicas e administrativas que ainda influenciam o mundo moderno.
João 14.27 “27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”

SENTENÇA DE TRANSIÇÃO:

ARGUMENTAÇÃO

PONTO 1: Deus se revela aos humildes

Luke 2:8–9 ARA
8 Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. 9 E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.

EXPLICA

Quem eram os pastores?
Lucas: Jesus, o Homem Perfeito A Proclamação (2.8–20)

Os pastores são os primeiros a serem informados da grande efeméride. Pastores não desfrutavam de boa reputação naqueles dias. Não eram considerados fidedignos e não lhes era permitido dar testemunho nos tribunais. Pertenciam a uma classe desprezada. Os fariseus os caracterizavam como ladrões e enganadores, igualados aos publicanos e pecadores. Os pastores eram considerados plebe que desconhece a lei. Eram privados da honra dos direitos civis. Mas Deus vira a mesa e fere a soberba dos grandes da terra, enviando o anjo para dar a melhor e maior notícia do mundo, de primeira mão, não aos reis, nem mesmo aos escribas e sacerdotes, mas aos pastores

Evangelho de Lucas - Comentário Expositivo do Novo Testamento Grant Osborne Pastores Guiados pelos Anjos para Adorar (2.8–14)

Os pastores “vigiando seus rebanhos à noite” é uma imagem idílica do povo de Deus vivendo suas vidas regulares. Eles se tornam o ponto focal da glória messiânica de Deus revelada à humanidade. A mensagem é que os oprimidos serão elevados (1.51–53). Os pastores precisariam se revezar para se manterem vigilantes contra ladrões e predadores, por isso essa imagem se encaixa bem na cena original. Deus escolhe os pastores humildes para serem as primeiras testemunhas não só do nascimento do Messias, mas também da celebração do mundo angelical em seu nascimento. Isso é paralelo à sua escolha de mulheres como as primeiras testemunhas da ressurreição (24.1–8).

Lucas 2.8–15: Os Pastores e os Anjos

Os pastores cumprem sua tarefa de cuidar. HUGH LATIMER: Vamos considerar o seguinte: a quem o nascimento de Cristo foi anunciado em primeiro lugar? Aos bispos ou aos grandes senhores que estavam em Belém naquele momento? Ou às moças de saias elegantes, anáguas e joias caras? Não, não. Eles tinham tantos motivos para se vestir e se enfeitar com acessórios finos que eram incapazes de encontrar tempo para ouvir sobre o nascimento de Jesus. Suas mentes estavam tão ocupadas com outras coisas que não podiam ouvir sobre o assunto. Assim, esse grande acontecimento foi revelado primeiro aos pastores durante a noite, enquanto todas as outras pessoas dormiam. Foi nesse momento que ouviram com alegria as boas notícias do Salvador do mundo, pois esses pastores estavam cuidando de suas ovelhas à noite e protegendo-as dos lobos, raposas e outros animais selvagens. As ovelhas daquela região têm filhotes duas vezes por ano, então era preciso que o pastor as protegesse. Observamos que esses homens eram muito cuidadosos e dedicados, pois não sabemos ao certo se essas ovelhas eram suas ou se eles eram apenas servos – a segunda opção é a mais provável – e seus mestres lhes confiaram o cuidado das mesmas. Se esses pastores tivessem sido desonestos, quando receberam de seus mestres a tarefa de cuidar das ovelhas, prefeririam passar a noite toda bebendo em um bar, como alguns de nossos empregados fazem nos dias atuais. Nesse caso os anjos não teriam aparecido para eles para contar com grande alegria as boas-novas. (…)

Como já afirmamos, esses pastores vigiam durante a noite inteira, pois são atentos à sua função. Agem de acordo com a sua vocação e protegem as ovelhas. Não andam sem rumo desperdiçando seu tempo em tolices ou perseguições vãs, negligenciando suas responsabilidades e seu chamado. Não, não é isso o que fazem. Todos podem aprender com esses pastores a cumprir seus deveres e atender seu chamado. Eu gostaria que todo o clero – os párocos, vigários, bispos e todas as pessoas espirituais – aprendesse essa lição com os pobres pastores: ser fiel a seus rebanhos e estar sempre presente entre suas ovelhas, cuidando profundamente das mesmas. Não podem vagar por aí em busca de seu próprio prazer, e sim permanecer em seus territórios, alimentar seus animais com a Palavra de Deus e cultivar a hospitalidade, fornecendo assim alimento para a alma e para o corpo. UM SERMÃO SOBRE O DIA DO EVANGELISTA SÃO JOÃO (1552).

Evangelho de Lucas 10. Somente mensageiros vindos da eternidade são capazes de anunciar essa grande façanha de Deus e cantar para sua adoração. - Lc 2.8–14

As revelações de Deus na aparição de seu anjo, revelações que no geral eram dadas somente aos eleitos da velha aliança, a saber, aos profetas em si, e também apenas a alguns indivíduos, são agora concedidas a um grupo inteiro de pobres pastores que à noite cuidam dos rebanhos no campo. São pastores os que pela primeira vez ouvem acerca da encarnação de Deus da boca do anjo.

A classe dos pastores de ovelhas é muito desprezada na literatura rabínica. Os fariseus os caracterizavam como ladrões e enganadores, igualados aos publicanos e pecadores. Os pastores eram considerados plebe que desconhece a lei. Os tribunais não admitiam pastores como testemunhas. Eram privados da honra dos direitos civis.

Um ditado rabínico dizia: “Nenhuma classe no mundo é tão desprezível quanto a classe dos pastores.”

É desses pastores, que cuidavam do rebanho nas cercanias de Belém, que a história do Natal fala agora.

Sobre os mesmos campos em que no passado Davi pastoreava os rebanhos do pai, e sob o mesmo céu estrelado, sob o qual Davi se edificava (Sl 8), os pastores talvez entoassem os salmos de Davi, fortalecendo assim o seu anseio pelo filho de Davi. Deve ser plausível a suposição de que aqui em Belém aquela expectativa estava particularmente viva, pelo menos entre aqueles que esperavam pela redenção.

ILUSTRA

HOMENS COMUNS E HUMILHADOS
Quem era Teófilo? Lucas 1.1–4 “1 Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, 2 conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra, 3 igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, 4 para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído.”
Quem era João no deserto? Lucas 3.1–2 “1 No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judeia, Herodes, tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe, tetrarca da região da Itureia e Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene, 2 sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto.”
Quem eram os magos do oriente? Mateus 2.1 “1 Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém.”
Quem eram mulheres na ressurreição? Lucas 24.1–8 “1 Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado. 2 E encontraram a pedra removida do sepulcro; 3 mas, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus. 4 Aconteceu que, perplexas a esse respeito, apareceram-lhes dois varões com vestes resplandecentes. 5 Estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes falaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive? 6 Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galileia, 7 quando disse: Importa que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia. 8 Então, se lembraram das suas palavras.”

APLICA

Evangelho de Lucas - Comentário Expositivo do Novo Testamento Grant Osborne Pastores Guiados pelos Anjos para Adorar (2.8–14)

Jesus é o rei humilde que vem especialmente para elevar os humildes e exaltá-los

Lucas 1.51–53 “51 Agiu com o seu braço valorosamente; dispersou os que, no coração, alimentavam pensamentos soberbos. 52 Derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes. 53 Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos.”
1. Os que confiam em si mesmos não conseguem enxergar a glória de Deus.
2. Deus não se impressiona com riqueza ou posição social.
3. Aqueles que se reconhecem necessitados de Deus encontram graça e favor.
4. Deus satisfaz os que anseiam por Ele, enquanto os que confiam nas riquezas permanecem vazios.
5. Para nós hoje: Deus ainda se revela aos que têm o coração humilde e disposto a ouvi-Lo. Ao reconhecermos nossa necessidade de Cristo, experimentamos a verdadeira paz, alegria e propósito. Assim como os pastores, João, as mulheres e até os magos, somos chamados a nos aproximar d'Ele com reverência e confiança.
6. Humildade provada no cotidiano: (1) A verdadeira humildade não se demonstra apenas na oração ou adoração, mas na convivência diária com os outros. (2) Nossas ações em situações cotidianas revelam o espírito que nos domina, especialmente em momentos inesperados.
Mateus 5.3 “3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.”
Mateus 23.12 “12 Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.”
Filipenses 2.8–9 “8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. 9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome,”
Romanos 12.16 “16 Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos.”
Filipenses 2.3 “3 Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.”

CONCLUSÃO

O QUE SER? Pobre de espírito

O QUE SABER? Jesus é o rei humilde que vem especialmente para elevar os humildes e exaltá-los.

O QUE FAZER? Busque em Deus esse lugar de humildade

O orgulho alimenta a lembrança da ofensa - a humildade as esquece tanto quanto as perdoa. (Robert C. Chapman)
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