JESUS, A ALEGRIA DO NATAL (Lucas 2.10-11)
O NT é “o livro mais cheio de ânimo, divertido e alegre do mundo” (J. Denney, Studies in Theology [London, 1895], p. 171). É um livro que contém razoável variedade de palavras com o sentido de alegria, palavras que nele ocorrem em um total de 325 vezes. Ali estão, por exemplo, a alegria exultante (agalliasis — e.g. At 2.46); o otimismo, que é o bom humor da fé (euthymein, ter bom ânimo — At 27.22,25); Paulo podendo exultar em Deus por causa da morte de Cristo (kauchasthai, jactar-se — Rm 5.11); e, nas bem-aventuranças, Jesus declarando felizes aqueles que demonstram determinadas características (makarios, bem-aventurados, felizes — Mt 5.3–11; Lc 6.20–22). A raiz mais comum para alegria no NT, contudo, é aquela que expressa alegria interior (chara, alegria; chairein, regozijar-se). Ela ocorre 146 vezes, do total dos 326 casos mencionados. Afinal, a mensagem predominante em todo o NT é a de “boas-novas de grande alegria, que são para todo o povo” (Lc 2.10).
1.13. As proclamações dos anjos, que frequentemente incluíam nomes de pessoas, também precederam alguns dos grandes nascimentos do Antigo Testamento (p. ex., Gn 16.11; 17.19; Is 7.14). Era comum na Antiguidade que casais estéreis pedissem aos deuses que lhes dessem filhos.
1.30. “Não temas” (cf. 1.13) também era expressão comum nas revelações do Antigo Testamento (p. ex., Js 1.9; Jz 6.23; Jr 1.8; Dn 10.12; cf. Gn 15.1). Maria, aqui, passa a integrar a lista dos personagens bíblicos que acharam graça diante de Deus (Gn 6.8; 19.16,19; Êx 33.13).
