Estudo Bíblico
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Transcript
SLIDE 1
IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ
PLANEJAMENTO PASTORAL – ESTUDO BÍBLICO
DEZEMBRO/2024
Rev. Mateus Lages
Tema: Fonte de esperança - a surpreendente verdade do Natal
Dia 18/12 - Uma espada na alma
Saudação
Leitura bíblica - Lc 2.25-35
Hino 237 - Jesus nasceu
Oração inicial
Irmãos, até aqui temos visto muitos assuntos que fundamentam a surpreendente verdade do Natal: 1) a humanidade não pode salvar a si mesma; 2)estamos perdidos, tão incapazes de nos salvar, que nada menos que a morte do Filho de Deus poderia nos salvar; 3) o ser humano luta contra isso, porque ainda há um pequeno Herodes cada um de nós, desejando ser o rei no reino que pertence a Cristo.
Para hoje, aprendendo pelo tema uma espada na alma, veremos como esse é um texto de natal, quando os pais de jesus o levaram ao templo ara ser circuncidado no oitavo dia.
SLIDE 2
No templo havia um senhor de idade, Simeão, que esperava pelo Messias. Quando a família passou por ele, o Espírito Santo o moveu a perceber a verdadeira identidade de Jesus. Ele então pegou o bebê nos braços e disse: nunc dimittis, que literalmente significa “despede o teu servo”. Hoje tem sido traduzido por: Agora, Senhor, deixa o teu servo partir em paz, de acordo com tua palavra, pois meus olhos viram a tua salvacão. A música que ouvimos logo no início do estudo de hoje é uma de milheres de composições neste trecho bíblico. Em português também temos a versão de Marcos Telles, que ouviremos ao final do estudo de hoje. No musical de Natal um momento glorioso, apresentado ano passado, que está gravado no canal da igreja, temos uma parte encenada que conta esse momento e uma música de Simeão com a participação da profetisa Ana, relatada no trecho seguinte (Lc 2.36-38).
A nunc dimittis está contida em Lc 2.29-33, mas Simeão não disse somente isso. Lucas nos revela que, depois que Maria e José ouviram perplexos essas palavras iniciais, Simeão olhou bem nos olhos de Maria e acrescentou: Lucas 2.34–35. Contudo, este trecho não foi musicado e acaba sendo mais desconhecido, de todo modo, também contém uma parte significativa que deveria ser até mesmo mais enfatizada, já que as comemorações natalinas enfatizam somente a festa e as luzes, ou “paz na terra”, quando, biblicamente, notamos um outro tema natalino sendo desprezado, porque é chocante.
Tim Keller trata esse tema perguntando: como o cirurgião deixa seu corpo em paz se houver um tumor no seu interior? Derramando seu sangue, cortanto você para poder abri-lo, pois esse é o único caminho para o restabelecimento de sua saúde. É necessário fazer a pessoa se sentir pior antes que consiga se sentir melhor.
Jesus, sabendo disso, anunciou em Mateus 10.34 “— Não pensem que eu vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.” Não no sentido de incitar a violência, mas no sentido de fazer-nos entender que sua exigência de plena obediência sempre gerará conflitos.
Este bebê, conforme profecia de Simeão, receberá oposição e isso causará conflitos contra ele e todos os que o apoiarem. Jesus, em seu ensino, afirma em João 3.19–20 “A condenação é esta: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal detesta a luz e não se aproxima da luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.”
Ou seja, muitos amam as trevas em lugar da luz e odeiam a luz porque as expõe como de fato são.
Isso quer dizer, que toda vez que um cristão se posicionar neste mundo, sofrerá retalhação. O único adolescente que não fica com as garotas sofrerá humilhações. O único homem que não fala palavrão, sofrerá retalhações. A única mulher que não expõe as falhas do marido e dos filhos, sofrerá críticas. Honestidade e transparência no emprego, esforço nos estudos, dedicação especial à família, são comportamentos excelentes, que tem sido criticados neste mundo.
Isso quer dizer que não precisamos ser Jesus para deixar as pessoas indignadas quando são expostas pelo que são. Basta levar uma vida honesta e correta para desmascarar fofoca no trabalho, etc.
TIm Keller conclui dizendo: A manjedoura de natal significa que, se viver como Jesus, não haverá lugar para você em muitas estalagens.
É a convicção de que Jesus não é apenas um deus, mas o Deus, que coloca os cristãos numa rota de colisão contra o mundo.
Nossa experiência tem mostrado como os não cristãos não temem a represália divina, mas cada vez mais nossa cultura vê os cristãos como uma ameaça para ordem social, ou seja, as crenças do cristão tradicional são encaradas como perigosamente intolerantes. E isso se dá porque o ser humano sem Deus se vê como alguém com autonomia para controlar a própria vida, mas a Bíblia diz o contrário, que aquele que não se sujeita a Deus como governante de sua vida, está sujeito a ser entregue por Deus a si mesmo como um meio de condenação imediata: Rm 1.18-20.
Qualquer atentado contra esse falso governo sobre a própria vida deixa os seres humanos loucos, de modo que desde os tempos de Jesus, todo aquele que se identifique com Jesus e não esconda essa ligação recebam contra si muitas reclamações ou ofensas. E isso não nos dá liberdade para responder na mesma moeda, pois, embora a fé em Jesus tenha trazido conflitos contra nós, também faz de nós pacificadores. Esse é o desafio que temos neste Natal.
SLIDE 3
CONCLUSÃO/APLICAÇÃO
Concluindo, aprendemos hoje sobre o tema fonte de esperança, uma espada na alma, reconhecendo todo benefício da salvação envolve paz com Deus e conflito com seres humanos, com os quais, embora tenhamos conflitos, não somos chamados para encerrar a harmonia.
Lembremos de Maria como um modelo de abnegação a serviço de Cristo. Tal como sua vida foi de intenso sofrimento por amor a Jesus, haverá em nossa vida um conflito interior, do qual abrimos mão muitas vezes, mas que exigem dedicação e constante confronto.
Antes de qualquer luta pública, existe luta interna. Contra o nosso eu. Quem ainda não lutou contra si, precisa fazer isso urgentemente. Leiamos juntos Cl 3 a primeira parte do verso 5: “Portanto, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena:”
Por fim, Keller cita Ryle, no livro Santidade, que em outras palavras, escreve um capítulo sobre o preço, ou seja, sobre o quanto custa seguir a Cristo. E ali ele indaga: “Há milhares de homens e mulheres que vão às igrejas todo domingo e se dizem cristãos. Seus nomens constam do registro batismal. São considerados cristãos durante toda a vida. Casam-se em uma cerimônia cristã. São enterrados como cristãos. Mas você nunca vê nenhuma “luta” relacionadqa com a religião deles. De contendas, esforços, conflitos, abnegação, vigílias e guerras espirituais, eles não sabem literalmente nada. Esse cristianismo […] nõ é o cristianismo da Bíblia. Nào é a religião que o Senhor Jesus fundou e seus apóstlols pregaram. O verdadeiro cristianismo é “uma luta”.
Hino 243 - Noite de paz
ORAÇÃO FINAL