As trombetas do Apocalipse (Ap 8.1,2 - 11.15-19).
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Intrudução:
Intrudução:
Na Bíblia, trombetas possuem significados variados e simbólicos. Ex:
a) Convocação divina, alerta da presença de Deus (Ex 19.13-19);
b) Comunicar eventos importantes e chamar ao arrependimento (Lv 25.9); e
c) Sinal de guerra e de vitória (Js 6.5).
O tema do justo julgamento de Deus apresentado com ênfase nos três ciclos de sete julgamentos: dos selos, trombetas e taças. Eles avançaram em um padrão de intensificação progressiva de um quarto do mundo (os selos - Ap 6.8) a um terço (as trombetas - Ap 9.18 ) para afetar o mundo inteiro (as taças - Ap 16.1).
Tanto o sétimo selo quanto a sétima trombeta são intercalados dos seis primeiros por um interlúdio. Para mostrar como o sétimo de cada um deles está intimamente relacionado com os julgamentos que se seguem. Os julgamentos dos selos são preliminares e preparam os julgamentos das trombetas e taças. Com a quebra deste último selo o pergaminho está agora completamente aberto, e o caminho está agora completo para os eventos inaugurais que encerrarão este mundo e iniciarão a eternidade
Primeira trombeta (Ap 8.7).
Primeira trombeta (Ap 8.7).
“granizo e fogo misturados com sangue” - aparecem no céu e depois são lançados à terra, repetindo a ação do anjo que lançou o incensário na terra, no versículo 5. Alude à sétima praga egípcia (Ex 9.13–35), na qual Deus enviou granizo misturado com relâmpagos e trovões. Sangue e fogo frequentemente aparecem em passagens que tratam de julgamento (Ez 38.22).
Segunda trombeta (Ap 8.8,9).
Segunda trombeta (Ap 8.8,9).
“Um terço das águas oceânicas se transforma em sangue” - alude à primeira praga egípcia, que afetou o Nilo, porém, intensificada (Ex 7.14–21). Um terço de toda a vida marinha e os navios também são destruídos. Lembrando, que o contexto político-histórico de João e seus leitores era o romano e, as vias marítimas eram chamadas de sangue vital de Roma, pois quase todo o comércio e alimentos vinham de navios; é parcial (um terço), permitindo a possibilidade de arrependimento e restabelecimento.
Terceira trombeta (Ap 8.10,11).
Terceira trombeta (Ap 8.10,11).
Um meteoro ardente cai sobre um terço das “fontes de água”. Água é uma metáfora para o dom da vida/provisão de Deus - para os fíeis até em solo selo (Is 41.18). Esta estrela tem um nome: “Absinto” - outra alusão ao AT - um arbusto de sabor amargo que era um símbolo de um triste fim (Pv 5.4) e de julgamento e morte (Jr 9.15). A água venenosa, um símbolo bíblico usado para o julgamento do pecado (Jr 23.15). Uma inversão do milagre de Mara (Ex 15.23) quando Moisés atirou uma peça de madeira na água amarga, tornando-a doce.
Quarta trombeta (Ap 8.12).
Quarta trombeta (Ap 8.12).
Alude à nona praga egípcia (Ex 10.21–23) na qual Yahweh enviou trevas sobre o Egito por três dias. Deus atinge os “luminares” celestes (no grego, ele as “aflige”). Ao contrário do evento do êxodo, esta praga é parcial, durando um terço de cada dia e de cada noite. A escuridão é um importante símbolo apocalíptico: “um dia de trevas e escuridão” Jl 2.2 (também Sf 1.15); Jesus descreve a punição eterna não apenas como Geena, mas como “escuridão, onde haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 8.12; 22.13; 25.30) e retrata os fenômenos cósmicos em sua Segunda Vinda como “o sol escurecerá, e a lua não dará sua luz”.
Quinta e sexta trombeta (Ap 8.13)
Quinta e sexta trombeta (Ap 8.13)
Os quatro primeiros dirigidos à natureza, estes 3 últimos às pessoas. Os três últimos julgamentos são mais intensos - acompanhados de “AI”. Os três usos de “ai” (8.13; 9.12; 11.14) mostram que cada um deles é um “oráculo de ai” como os textos proféticos do Antigo Testamento.
a) Quinta (Ap 9.1-4) - primeiro “AI”.
a) Quinta (Ap 9.1-4) - primeiro “AI”.
Uma invasão de gafanhoto-escorpiões (demônios) das profundezas do inferno (o Abismo) que torturam os homens (impios) durante cinco meses. Algumas observações: - É difícil identificar se este anjo cadente é um anjo bom ou um anjo caído; - os demônios se voltam contra seu próprio povo e demonstram desprezo total e crueldade incomparável, torturando seus próprios adoradores; - Deus está em completo controle e orquestra todo o evento. Ao fazer isso, ele prova mais uma vez sua justiça e a necessidade da destruição do mal.
b) Sexta (Ap 9.13-16) - segundo “AI”.
b) Sexta (Ap 9.13-16) - segundo “AI”.
É a primeira vez o mesmo ano que toca a trombeta do evento. Ele, “libera os quatro anjos” de destruição. Há alguma conexão com os quatro anjos que retêm a destruição do cap. 7 (Ap 7.1). Lá as forças destrutivas são reprimidas; aqui elas são liberadas. O fato de que estes “anjos” estão “presos” favorece a visão de que eles são de fato demoníacos e líderes da cavalaria demoníaca (200 milhões). O Eufrates era um símbolo da invasão estrangeira, já que os invasores do Antigo Testamento o atravessaram para atacar Israel – os assírios, os babilônios e os persas. Em Apocalipse capítulo 16 (v. 12), o Eufrates está seco para que os “reis do Oriente” possam invadir.
Mais uma vez, outra ênfase na soberania divina, Deus é quem preparou estes anjos “para esta mesma hora e dia e mês e ano”. A vontade predestinada de Deus escolheu este ponto específico do tempo —semelhante a Gálatas 4.4, “a plenitude do tempo” para que a encarnação ocorresse — para iniciar este evento crucial do tempo final.
O objetivo também é claro: matar um terço da humanidade - nos números de hoje em dia, seria mais de dois bilhões de mortos, um número inconcebível; o propósito também é redentor, para dar um aviso ao “resto da humanidade não morta” (Ap 9.20) de que eles devem se acertar com Deus, caso contrário, já sabem o que irá lhes sobrevir. Deus após liberar os anjos da morte limita o número de mortos a um terço para dar ao restante da humanidade uma oportunidade de arrepender-se e recorrer a Cristo para a salvação.