A LUZ DO NATAL
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1 Mas para a terra que estava aflita não continuará a escuridão. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali, mas, nos últimos tempos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios. 2 O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte resplandeceu-lhes a luz. 3 Tu, Senhor, tens multiplicado este povo e aumentaste a sua alegria; eles se alegram diante de ti, como se alegram no tempo da colheita e como exultam quando repartem os despojos. 4 Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia da vitória sobre os midianitas. 5 Porque toda bota com que o guerreiro anda no tumulto da batalha e toda roupa revolvida em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo. 6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: “Maravilhoso Conselheiro”, “Deus Forte”, “Pai da Eternidade”, “Príncipe da Paz”. 7 Ele estenderá o seu governo, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e para o firmar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
O natal como uma das épocas mais lindas e favoritas de muitas pessoas;
Em meio a tudo o que falamos acerca desta época, há um fato que comemoramos que deve se sobressair sobre todas as coisas
Embora Jesus não tenha de fato nascido em Dezembro, ao longo da história escolhemos esta data para celebrar/refletir o nascimento de Cristo.
Natal é acima de tudo as reflexões que fazemos acerca do nascimento de nosso salvador;
Natal é acima de tudo a vinda de uma “luz” que brilha no meio de uma sociedade em trevas.
Sem dúvida uma das coisas mais belas do Natal são as luzes - época em que a cidades e as casas ficam cheias de luzes.
Reflexão: A luz que de fato transforma a nossa vida, que traz brilho, luz que dissipa as trevas.
O texto lido trata sobre isso: Um povo que estava em trevas e em escuridão, e que agora tem a oportunidade de ver grande luz. (v 2)
A PROMESSA DE LUZ A UM POVO EM TREVAS/ESCURIDÃO (v. 1-2)
A PROMESSA DE LUZ A UM POVO EM TREVAS/ESCURIDÃO (v. 1-2)
1 Mas para a terra que estava aflita não continuará a escuridão. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali, mas, nos últimos tempos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios. 2 O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte resplandeceu-lhes a luz.
Para que nós compreendamos o texto e entendamos que trevas e luz são essas que o texto se refere, precisamos compreender o que que está acontecendo na história neste momento:
Isaías é um profeta levantado por Deus no período do rei Uzias (742 a.C.) para levar uma mensagem de arrependimento a Judá. A mensagem de Isaías condena a idolatria, hipocrisia, o culto mentiroso, as injustiças socias/opressão aos mais pobres. Mas sobretudo, Isaías é levantado para condenar Judá por confiar mais em homens do que em Deus (confiar mais nas nações do que em Deus).
Por volta de 735 a.C. a Assíria (Tiglate-Peieser) se torna uma nação poderosa que começa a se expandir entre as nações (invadir as nações, tomar as nações), e ela começa a chegar perto da região de Israel e de Judá.
Em meio a esse acontecimento Judá tem que tomar uma decisão: ser a favor ou ser contra a Assíria.
A questão é que Israel sabe que Judá está pensando em se juntar a Assíria e isso poderia trazer problemas para Israel. Por isso Israel se junta com a Síria para derrotarem Judá, e esse fato chega ao conhecimento do rei Acaz de Judá (7.1-2).
Judá agora fica tentada a clamar pela ajuda da Assíria.
Em meio aos temores de Judá, Deus envia Isaías com uma mensagem maravilhosa: “Não se preocupem, Israel e Síria não vão destruir vocês, eu estarei com vocês, eis que eu enviarei o “Emanuel” (7.14), - O que Deus está dizendo a Judá é que eles não precisavam confiar na Assíria, porque eles poderiam confiar nEle - ao invés de ser pró-assíria ou anti-assíria eles deveriam ser pró-Deus.
A mensagem de Deus para o povo era também de aviso: Se vocês confiarem na Assíria, a Assíria ira destruir vocês, não só porque eles virão, porque eu usarei a Assíria para castigar vocês (7.17-8.8)
Judá age como nós: Por vezes as promessas de Deus não nos são suficiente, nós queremos dar o nosso jeito.
2Rs 16.7-9, relatando que Judá paga pela ajuda da Assíria.
Em meio a um tempo de escuridão, Judá tenta ajeitar sua própria luz - tenta confiar em seus próprios meios, confiar nas nações, no meio político e não confiar em Deus.
Aquilo que Deus avisava sobre o que aconteceria com Judá, de fato acontece, posteriormente
A assíria impõe cargas sobre o povo de Judá, A assíria impõe que Judá adorasse os seus deuses;
Por conta da desobediência aquele povo tem períodos de trevas/escuridão - angustia, aflição, tristezas.
Em meio ao Juízo de Deus, encontramos misericórdia
Mesmo que Deus permitisse a Assíria subjugar Judá, Deus pela sua misericórdia traria Luz ao povo que estava em trevas.
A luz é a revelação do próprio Deus em Cristo - é o anuncio do Emanuel, é o anuncio do nascimento de Jesus
A luz tem a ver com o nascimento de um menino que terá um reino perfeito (v. 6).
IMPLICAÇÃO
IMPLICAÇÃO
A luz do natal demonstra que nós não podemos confiar nos nossos próprios meios;
Confiar em nossos próprios meios e na nossa própria justiça nos leva não a luz, mas as trevas.
O homem não pode salvar a si mesmo, essa é a mensagem do natal” - Tim Keller
Somos chamados a nesse tempo negar o nosso orgulho, a nossa confiança em nós mesmos, e viver confiança e dependência do Senhor em Cristo, porque ele é a nossa luz.
As bençãos da luz:
1. A LUZ TRAZ ALEGRIA (v. 3)
1. A LUZ TRAZ ALEGRIA (v. 3)
3 Tu, Senhor, tens multiplicado este povo e aumentaste a sua alegria; eles se alegram diante de ti, como se alegram no tempo da colheita e como exultam quando repartem os despojos.
A alegria tratada no texto é uma alegria que está multiplicada para toda a nação;
A melhor ideia do texto não é que o povo foi multiplicado, mas que a alegria do povo foi multiplicada.
A ideia não é tanto de multiplicação de pessoas, mas de multiplicação da alegria da nação.
Quando a luz de Deus, que é Jesus, resplandece, a alegria toma de conta.
Porque ao olhar para Cristo, nós encontramos motivos reais e eternos para nos alegrarmos:
Ao olhar para Cristo nós percebemos que as trevas que nos condenam são dissipadas;
Ao olhar para Cristo nós percebemos que a desesperança e o desespero da condenação dão lugar a esperança da salvação.
Em Cristo nós encontramos a plena Alegria. - “Jesus o motivo da nossa alegria”.
Duas coisas no verso 3:
1 - A alegria retratada no texto é comparada aos tempos de colheita, e ao compartilhar dos despojos pós guerra.
Trata-se de uma alegria exultante de vitória, bençãos.
Pensa na vez que você recebeu algo extraordinário, viveu algo extraordinário que você não conseguia se conter
É essa alegria que o texto está dizendo que a luz do natal, que é Jesus, nos traz.
O autor está tentando retratar os momentos de maiores alegria do povo, para expressar a alegria da salvação e da presença de Deus.
2 - Um dos fatores importantes desta alegria, é que esta alegria possui um lugar - diante do Senhor.
É uma alegria que está no próprio Jesus, é sabermos nos alegrarmos com Jesus.
Implicações
Implicações
O natal é tempo de alegria não por presentes, não pela beleza dos enfeites, não pela comunhão com a família, mas é alegria porque a nossa fonte de alegria nasceu.
2. A LUZ TRAZ LIBERTAÇÃO
2. A LUZ TRAZ LIBERTAÇÃO
4 Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia da vitória sobre os midianitas. 5 Porque toda bota com que o guerreiro anda no tumulto da batalha e toda roupa revolvida em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo.
Isaías vai dizer três motivos para o povo se alegrar;
Esses três motivos iniciam-se com os “porques” (v. 4, 5, 6).
Analisar os dois motivos tratando sobre libertação, e o outro motivo acerca do governo do Senhor.
Os dois primeiros motivos da alegria tem a ver com libertação/liberdade.
Isaías diz que há três coisas que são quebradas por Deus (v. 4):
O jugo que pesa; - [instrumento que unia os bois para eles trabalharem lado a lado, e puxar as carroças]
A vara que que fere; [castigo e dor]
O cetro que oprime; [castigo, dor].
Todo o contexto de julgamento, opressão e sofrimento são as trevas pelas quais o povo de Judá estava passando.
Contudo, o povo poderia se alegrar porque tudo aquilo que causava a opressão, a dor, e a falta de alegria estavam sendo quebrados pela presença de Deus.
Deus agiria por meio de Cristo para que essas trevas se dissipassem trazendo um novo reino de justiça e paz.
Por isso no verso 5 a imagem de uma guerra que se acaba: Não é que Deus estava acabando somente com a opressão, a dor e a falta de alegria, mas também aquilo que era utilizado como instrumento de maldade, opressão dor e castigo ao seu povo, agora o Senhor quebra.
É preciso compreender que as trevas as quais o Senhor destrói não é somente as trevas da Assíria.
[Envolve isso: É uma promessa de que toda a opressão social, econômica, religiosa que o povo estava vivendo o Senhor iria tirar].
Precisamos entender que as trevas que a luz destrói, estão ligadas também a destruição dos motivos pelos quais Judá estava naquela condição.
[Deus iria destruir não somente as trevas em si, mas a força geradora, o que os levava a viver o jugo pesado, a vara que estava ferindo, o cetro que estava oprimindo].
Por que o povo estava vivendo aquilo?
Judá vivenciava toda a opressão da Assíria porque decidiram se voltar contra o Senhor, sendo idolatras e apostatas. Confiando mais em si em nações vizinhas, do que no Senhor.
O povo estava naquela condição porque eles pecaram contra Deus.
O ponto principal do texto é: eles poderiam se alegrar porque Deus por meio do nascimento de Jesus iria libertá-los tanto do peso que eles estavam tendo como do motivo que os levava aquele peso.
As escrituras demonstram Jesus como um libertador (Jo 8.32, 36).
A libertação referida neste texto encontra-se tanto em relação a opressão/trevas como aquilo que leva a opressão/trevas.
Essa reflexão precisa ser feita com muito cuidado e cautela para que não venhamos recorrer a extremos.
Tais extremos seria entender a libertação que Cristo nos dá somente como uma libertação política e social, ou achar que Cristo não está interessado nestas questões e a única libertação traz é da alma.
Por meio de Jesus há uma libertação em termos sociais, econômicos, políticos.
No ministério de Jesus encontramos isso: pessoas desassistidas sendo assistidas, pessoas que eram consideradas impuras sendo tocadas por Jesus, o evangelho pregado aos pobres é um dos pontos importantes do ministério de Jesus.
Contudo, todo o problema político e social e as opressões que ocorrem no mundo, ocorrem por conta de um problema maior: o problema do pecado.
O pecado é tudo aquilo que perverte o padrão de Deus, sobretudo o seu padrão de Justiça.
Por conta do pecado, o ser humano concede espaço ao orgulho, soberba e indiferença o que permite que as mazelas sociais ocorram e que permite que a alegria também seja minada.
Assim, a libertação de Cristo compreende a fonte do problema: o pecado.
As trevas que Cristo dissipa, ao nascer, é sobretudo as trevas do pecado.
IMPLICAÇÕES:
IMPLICAÇÕES:
Saber que em Cristo há liberdade deve nos levar a um compromisso pessoal de santificação, de luta contra o pecado.
Ao olhar para Cristo devemos percebemos que o pecado não tem mais poder sobre nós, não somos mais escravos do pecados, somos filhos de Deus, a nossa vida não é mais guiada e conduzida pelo pecado.
Precisamos olhar com atenção e carinho para tudo o que acontece ao nosso redor e que ocorre por meio do pecado: injustiças, confusões, problemas, pobreza, desigualdade.
Cristo é uma mensagem de esperança ao mundo dizendo que ele liberta o ser humano de tudo isso, não por um fim em si mesmo, mas porque ele trata a fonte - Ele trata o coração.
Somos chamados um compromisso de anunciar a liberdade e a esperança que há em Cristo.
3. A LUZ TRAZ UM GOVERNO ETERNO E PERFEITO
3. A LUZ TRAZ UM GOVERNO ETERNO E PERFEITO
6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: “Maravilhoso Conselheiro”, “Deus Forte”, “Pai da Eternidade”, “Príncipe da Paz”. 7 Ele estenderá o seu governo, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e para o firmar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.
Um menino nos nasceu:
Por que a importância do nascimento de um menino? [poderia se falar acerca de alguém que chegará].
Dois motivos:
1. Para mostrar que Deus atuaria na própria história, ele se encarnaria. O rei esperado seria alguém plenamente divino, mas também plenamente ser humano, ele nasceu.
2. Para contrastar os meios de governo humano/atitude humana: Enquanto os governos humanos e pessoas se desenvolvem cheio de arrogância, guerra, opressão, coerção, corrupção, fome de poder, O rei do reis, aquele que traz o governo eterno sobre seus ombros, nasce como um menino, sem arrogância, sem orgulho.
Mesmo ele nascendo assim, ele detem um reino perfeito:
Final do verso 6 nos diz sobre como será o nome do dono desse governo - Quem é o rei que nasce no natal!
Quem é o menino que nasceu?
Maravilhoso conselheiro: Literalmente: Maravilha de um conselheiro. Ele é um rei plenamente sábio, nele habita a sabedoria. Não são conselhos meramente humanos, mas conselhos eternos. Os ensinamentos de Cristo são maravilhosos, pois são verdadeira sabedoria. Por isso podemos recorrer a Cristo para encontrar sabedoria.
Deus forte: Deus poderoso. Embora o menino venha ao mundo como ser humano, ele não deixa de ser Deus poderoso. Cl 1.15
15 Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.
Pai da eternidade: A obra dele em relação ao Pai é uma obra eterna. Porque Jesus nasceu nós podemos nos achegar a Deus pai eternamente.
Príncipe da paz: Ele é um rei pacífico, um rei que vem em paz e que estabelece a paz - tanto a paz no coração como paz nos relacionamentos, e ele não faz isso por meio de repressão brutal, mas por meio da transformação do coração.
Por isso o texto diz que esse reino será estabelecido com juízo e justiça: com condenação ao pecado, mas com misericórdia para aqueles que negam a sua própria justiça e confiam em Jesus.
Há uma convicção disso: O Zelo do Senhor dos Exércitos fará isso: por causa do cuidado de Deus com o seu povo isso acontecerá.
Jesus nasce e traz um reino que a gente desfruta, porque o Senhor Deus cuida de nós.
Jesus é a prova do cuidado de Deus sobre nós.
E é em Jesus que nós saímos de um reino de escuridão, para um reino de luz
13 Ele nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, 14 em quem temos a redenção, a remissão dos pecados.
IMPLICAÇÕES:
IMPLICAÇÕES:
A luz de Jesus ilumina a nossa vida em tempos tão difíceis e de escuridão no nosso meio político-social (sabemos os desafios que estamos vivendo na nossa nação).
O reino de Jesus faz um contraste muito grande com os governos humanos, que por melhores ou piores que sejam, sempre terão características de injustiça e serão falhos em seus julgamentos.
De modo diferente, o governo de Cristo é plenamente justo e correto em seus juízos.
Tal como Judá, somos chamados a não confiar nas nações e modelos políticos terrenos, não confiar na nossa própria sabedoria e bondade, confiarmos sempre no nosso rei que nasceu, e que tem um reino perfeito e eterno.
Cuidado para não exercer confiança em modelos políticos: Não achemos que a solução da nossa nação está do outro lado político; Todo governo humano e terreno é injusto e falho.
Cuidado para não viver uma vida guiada pela própria sabedoria: “eu sei o que é certo”, “eu sou bom/eu tenho boas obras”.
Somente o O reino de Deus é de plena sabedoria, é divino, é eterno e de paz.
E temos acesso a esse reino porque Jesus nasceu.
APLICAÇÕES:
APLICAÇÕES:
1 - Jesus é demonstrado como a luz que traz sentido, alegria, justiça, sabedoria, cuidado e eternidade. Em sua humanidade encontramos alguém que se compadece de nós - ele nasceu - em sua divindade encontramos alguém que cuida de nós com poder e glória e que merece toda a honra e glória para todo o Sempre. - (Neste natal decida honrar e glorificar aquele que é digno acima de todas as coisas)
2 - O nascimento de Cristo anuncia que há um reino de Justiça e juízo no mundo agora. Esse reino de justiça e juízo condena o pecado. Esse reino anuncia que todos aqueles que estão distantes do menino nasceu morrerão e sofrerão a condenação do Senhor, porque é um reino de Justiça e juízo. Esse reino anuncia que há libertação do pecado pela graça e pela fé em Cristo.
3 - O tema desta poesia messiânica é a esperança. O ser humano que se encontra em agonia do pecado e das consequências do pecado, encontra agora em Cristo alegria e libertação. - Em Jesus encontramos salvação e libertação, e por isso podemos viver a luz de Cristo.