SERVOS DE DEUS

A JUSTIÇA DE DEUS EM CRISTO JESUS  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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O sermão "Servos de Deus" aborda a dualidade da servidão espiritual, enfatizando que todos são escravos de algo: ou do pecado, que leva à morte, ou de Deus, que traz vida eterna. Jesus ensina que não é possível servir a dois senhores, e Paulo, em Romanos 6, destaca que, após a conversão, os crentes são libertados do domínio do pecado e se tornam servos de Deus, obrigando-se a obedecer a Ele. A obediência a Deus é essencial e deve ser uma escolha consciente, pois a verdadeira liberdade em Cristo é liberdade do pecado, não para pecar. O sermão conclui que a salvação traz a responsabilidade de viver em santidade, e que a obediência à Palavra de Deus é fundamental para os servos de Deus, que devem evitar tanto o legalismo quanto a libertinagem, compreendendo que a graça de Deus é o que os capacita a viver de acordo com Sua vontade.

Notes
Transcript

SERVOS DE DEUS

Introdução:Jesus respondeu: "Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado” (Jo 8.34). De fato, todo aquele que obedece ao pecado é escravo do pecado. Jesus diz mais: “‘Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro’” (Mt 6.24). De fato, ninguém pode obedecer a dois senhores; ou obedece ao pecado como seu servo ou obedece a Deus como Seu servo. E o fato é: os servos do pecado obedecem ao pecado; os servos de Deus obedecem somente a Deus.
Lição: Os Servos De Deus Obedecem Somente A Deus.
Texto: Romanos 6.15-23.
Diante da tensão vivida pelo crente entre a certeza da salvação e o pecado que ainda o aflige, Paulo mostrou, em 6.1-14, que “o pecado não tem mais domínio sobre o crente”, e isso por conta de três fatores: (1) O batismo em Cristo, que significa a morte para o pecado; (2) a união com Cristo, que anula o poder do pecado; e (3) a graça de Cristo, que destrói o reino do pecado. Assim, aqueles que são salvos em Cristo não são mais dominados, reinados, escravizados, servos do pecado. Paulo, agora, mostra que, ao serem libertados do pecado, ou seja, não serem mais servos do pecado, os crentes passaram a ser servos (escravos) de Deus; antes escravos do pecado, agora escravos de Deus. No passado, os crentes, por serem servos do pecado, obedeciam somente ao pecado; agora, por terem sido feitos servos de Deus, obedecem exclusivamente a Deus.
Dessa forma, os servos de Deus obedecem somente a Deus. A argumentação de Paulo é baseada em quatro fundamentos: lógica, condição, obrigação e consequência.
Lógica (15-16).
A lógica do ignorante.
15 E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!
Como disse William MacDonald: “A graça representa liberdade para servir ao Senhor, e não para pecar contra ele.”
A lógica da escravidão.
16 Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?
A submissão fazia parte da estrutura da instituição da escravidão (Pohl Adolf). Naquela época, havia escravos capturados em guerra, comprados no mercado e voluntários. A lógica da escravidão é: A quem a pessoa obedece, desse mesmo ela é escrava.
A reflexão que precisamos fazer é: Somos escravos do pecado ou da obediência? Se for do pecado, o fim é a morte; se for da obediência, o fim é fazer o que Deus quer. Na dualidade da vida, existem apenas dois senhores: o pecado e Deus. Não existe meio termo: ou é escravo do pecado ou é escravo de Deus. A obediência diz muito sobre a quem servimos.
O crente que se recusa obedecer a Deus indica que ainda é servo do pecado, porque os servos de Deus obedecem somente a Deus.
Condição (17-18).
A antiga condição.
17a Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado
Nessa condição, por graça de Deus, ouvimos e cremos no evangelho: “17b contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues;” Na conversão, o crente decidiu obedecer ao evangelho que lhe foi apresentado. Ou seja, na conversão, ele decidiu, de livre e espontânea vontade, se submeter à doutrina que lhe foi exposta e, por isso, deve obedecer a Deus. Se não obedecer a Deus, então é porque ainda está sendo escravo do pecado.
A nova condição.
18 e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.”
Na nova condição, o cristão foi libertado do pecado. Ser libertado do pecado não significa viver sem pecar, mas, como disse Livingstone: “Um cristão ainda é capaz de pecar, mas não é mais escravo do pecado. Essa pessoa pertence a Deus.”
Na nova condição, o crente foi escravizado para fazer o que Deus quer (justiça). Quem está nessa condição obedece a Deus. A nossa condição em Cristo é ser escravos de Deus e, assim, obedecer somente a Deus.
Obrigação (19).
Antes, a nossa obrigação era para com o pecado.
19a Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade
Paulo fala, com uma ilustração (ex. escravidão), de uma forma que possam compreender por causa das limitações de compreensão devido à carne. Ou melhor dizendo, essa ilustração (sobre a escravidão) é para melhor compreensão deles. Falar de escravidão foi a forma de Paulo ilustrar a obrigação que temos de obedecer a Deus.
Antes da conversão, a pessoa apresenta os seus membros (corpo) para serem escravos da impureza e da vida em desrespeito à Lei de Deus, o que o leva a mais e mais transgressões. Como escravo do pecado, o ser humano está obrigado a fazer o que o pecado quer.
Agora, a nossa obrigação é para com Deus.
19b assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.”
Paulo dá uma ordem: “oferecei”. Essa é a obrigação do crente: Oferecer os membros do corpo para servir à justiça (fazer a vontade de Deus), e o resultado é a santificação (consagração).
Para viver em santidade é necessário fazer o que Deus quer; e para fazer o que Deus quer, é necessário obediência, e para isso é necessário se entregar por completo. Os servos de Deus têm a obrigação de obedecer somente a Deus.
Consequência (20-23).
A consequência de viver na escravidão do pecado.
Quando servíamos ao pecado, estávamos livres do domínio da justiça.
20 Quando vocês eram escravos do pecado, estavam livres da justiça.”
O homem não pode servir a dois senhores: ou está sob o domínio do pecado ou está sob o domínio de Deus. Dessa forma, Paulo quer dizer que, quando o homem é escravo do pecado, ele está sob o domínio do pecado e livre do domínio da justiça (fazer a vontade de Deus). Ou seja, a pessoa está presa ao pecado e é incapaz de fazer a vontade de Deus.
A consequência de servir ao pecado foi frutos que levam à vergonha e à morte.
21 Que fruto colheram então das coisas das quais agora vocês se envergonham? O fim delas é a morte!
O sentimento do verdadeiro crente, quanto aos frutos do pecado, é de vergonha.
A consequência de viver na escravidão de Deus.
22 Mas agora que vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus, o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna.”
Livres do domínio do pecado e tendo sido feitos escravos de Deus, damos frutos que contribuem/são para nossa santificação. E o fim disso é a vida eterna. Resumindo: O crente tem uma vida santa no presente e uma vida eterna no futuro.
Resumo da consequência: “23 Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” O contraste é nítido: dois senhores: pecado e Deus; dois sistemas: salário e dom; dois resultados: morte e vida eterna. A morte é o salário do pecado que o homem merece receber; a vida eterna é um presente gratuito de Deus que o homem não merece. Um é a condição de todo ser humano: pecar contra Deus, ter a remuneração pelo pecado e receber o pagamento do pecado; o outro é fruto da graça de Deus no homem: obedecer a Deus, receber o presente gratuito de Deus e ter a vida eterna em Cristo Jesus.
Cristo é “nosso Senhor”; isso é um lembrete de Paulo a Quem nós servimos. Obedecer a Deus traz consequências benéficas para nossa vida: santidade e vida eterna.
Contextualização:
O crente vive uma liberdade que não significa, nada mais nada menos, do que uma escravidão ao pecado. A nossa liberdade é do pecado, não de Deus. Fazer a nossa própria vontade ou seguir pensamentos humanos é obedecer ao pecado. Obedecemos a Deus quando fazemos Sua vontade revelada na Bíblia. Uma vez, o Ms. Doka disse, em uma pregação na igreja de Saboeiro: “Não querer conversa com a Bíblia é não querer conversa com Deus.” Isso é a mesma coisa que dizer: não obedecer à Bíblia é não obedecer a Deus.
Os crentes precisam entender quem eles são e o que é a Bíblia; eles são servos de Deus que obedecem somente a Ele, e a Bíblia é palavra de Deus que revela o que Deus quer de nós.
Lições:
Não podemos negar a tentação do pecado, mas podemos dizer não a ele porque estamos livres dele.
Não podemos viver dividido; ou somos servos do pecado ou servos de Deus.
Não faça da sua liberdade em Cristo uma escravidão ao pecado.
Conclusão: O que Paulo mostra em todo capítulo 6 é: Quem foi justificado dos seus pecados pela a fé em Cristo Jesus (ou seja, é salvo) não está mais sobre o domínio do pecado e obedece somente a Deus. Ter a certeza da salvação não significa viver do jeito que quiser, mas estar livre do pecado e fazer exclusivamente a vontade de Deus. Agora, o crente precisa ter muito cuidado contra o legalismo (o cuidado de cumprir minuciosamente a lei) e a libertinagem. Como diz Douglas Moo: “A liberdade do crente ‘do pecado’ não significa liberdade ‘para pecar’.” Significa liberdade para obedecer a Deus. E é por isso que os servos de Deus obedecem somente a Deus.
Tradução literal: 15 Quem portanto? Pequemos porque não somos sob a lei, mas sob a graça? Não se aconteceu. 16 Não sabeis que, a quem, apresenteis vós mesmos escravos em obediência, escravos sois a quem obedeceis, se do pecado para a morte ou da obediência para a justiça? 17 Mas, a graça de Deus, escravos éreis do pecado que obedecestes e de um coração em quem, estivestes entregados, na forma de ensino, 18 e sendo libertados do pecado fostes escravizados a justiça 19 (digo homem por causa da fraqueza da vossa carne). Porque assim como apresentates os vossos membros escravos, na impureza e na iniquidade, para iniquidade, assim agora apresentai os vossos membros escravos, na justiça, para santificação. 20 Porque, quando escravos éreis do pecado, livres estáveis na justiça. 21 Pois que fruto tendes, então? Nos que agora estais envergonhados, porque o fim deles é a morte. 22 Mas agora fostes libertados do pecado e fostes escravizados a Deus tenhais o vosso fruto para santificação, e o fim é a vida eterna. 23 Porque os salários do pecado são a morte, e o dom de Deus é a vida terna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Minha tradução interpretativa: 15 Que assim pois pequemos, já que não estamos mais debaixo da Lei, e sim da graça? De maneira nenhuma! 16 Não sabeis que, a quem se fazeis escravos para obediência, desse mesmo que obedeceis sois escravos, seja do pecado para morte ou da obediência para justiça? 17 Porém, graças a Deus que antes éreis escravos do pecado, mas obedecestes de coração ao padrão de ensino pelo qual fostes entregados, 18 agora, estando libertados do pecado, fostes escravizados a justiça 19 (digo isso como homem por causa da fraqueza da vossa carne). Porque, assim como apresentastes os vossos membros para serem escravos da impureza e da vida em desrespeito à Lei para a transgressão, tanto assim, agora mesmo, apresentai os vossos membros para serem escravos da justiça para a santificação. 20 Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis livres quanto a justiça. 21 Afinal de contas, nesse tempo, que fruto possuís? Coisas pelos quais agora mesmo estais envergonhados, porque o fim delas será a morte. 22 Por outro lado, agora, tendo sido libertados do pecado e tendo sido escravizados a Deus possuís o fruto de vossa santificação, e o fim será a vida eterna. 23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
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