O Filho do homem é o Senhor da igreja

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Tema: O Filho do homem é o Senhor da igreja
Ocasião: Sermão IPSU 29.12.24
Texto: Mateus 16.13-20
Mateus 16.13–20 (NAA)
13 Indo Jesus para a região de Cesareia de Filipe, perguntou a seus discípulos:
— Quem os outros dizem que é o Filho do Homem?
14 E eles responderam:
— Uns dizem que é João Batista; outros dizem que é Elias; e outros dizem que é Jeremias ou um dos profetas.
15 Ao que Jesus perguntou:
— E vocês, quem dizem que eu sou?
16 Respondendo, Simão Pedro disse:
— O senhor é o Cristo, o Filho do Deus vivo.
17 Então Jesus lhe afirmou:
— Bem-aventurado é você, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que revelaram isso a você, mas meu Pai, que está nos céus. 18 Também eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 Eu lhe darei as chaves do Reino dos Céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus; e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus.
20 Então Jesus ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo.
Introdução e Contexto
Algo fundamental da existência humana é saber quem nós somos (IDENTIDADE) e e a razão de existirmos (PROPÓSITO). O texto de hoje vai falar exatamente sobre isso.
De forma Breve, o evangelho segundo Mateus está centrado sobre o estabelecimento do Reino Messiânico, em que, os eventos e ensinos do ministério público e particular de Jesus são registrados para comprovar que de fato Jesus é o Messias prometido.
A passagem de Mateus 16.13-20 (Mc 4:1–9; Lc 8:4–8), esta sitauda no momento em que Jesus começa a preparar seus discipulos, de forma mais enfática, acerca da sua morte expiatória.
Para esse omento com seus discípulos ele escolhe um local mais oportuno.
Segundo estudiosos, Cesareia de Felipe, estava em um local que proporciona um ambiente de de quietude, e privacidade. O local era propício para que Jesus tivesse um tempo de oração e para que pudesse instruir melhor seus discípulos.
Para entender melhor o contexto podemos dividir o capítulo 16 em cinco partes:
Parte 1 – Jesus é desafiado pelos fariseus e saduceus (v. 1–4)
Parte 2 – Jesus adverte os discípulos contra o fermento dos fariseus (v. 5–12)
Parte 3 – Jesus é devidamente reconhecido como o Cristo (v. 13–20)
Parte 4 – Jesus identifica a sua morte como necessária (v. 21–23)
Parte 5 – Jesus apresenta o preço do discipulado (v. 24 a 27)
Olhando novamente para a passagem, o ensino de Jesus é fundamental para que seus discípulos possam compreender, de forma mais profunda, duas coisas essenciais: a) Quem é Jesus? b) O que Ele vai fazer?.
não só os apóstolos, mas todos nós devemos estar seguros dessas duas verdades. Cada ser humano precisa tê-las plenamente esclarecidas na mente. Esse conhecimento determina a nossa salvação.
Proposição
Mediante esta compreesão, observamos que a passagem nos dá firmes fundamentes que comprovam o fato de que: Jesus Cristo é o Senhor da igreja. A igreja pertence a Cristo somente.
O texto nos mostra que:
1. Ele tem autoridade. “o Filho do homem” (v. 13-14)
2. Ele é o propósito e razão de tudo. “Filho do Deus vivo” (15-17)
3. Ele garante o triunfo da igreja (18-20)
Argumentação:

I. Quem é Jesus? SUA IDENTIDADE (v.13-16)

a)“Quem diz o povo ser o Filho do homem?” (v.13).
Jesus inicia o diálogo com seus discípulos com a seguinte pergunta: “Quem diz o povo ser o Filho do homem?” (v.13).
A resposta dos discipulos a esta pergunta revela que a maioria das pessoas que conheciam Jesus não o reconheciam como “O Messias prometido”, mas que não havia uma harmonia acerca de quem realmente era Jesus e o que ele veio fazer.
As pesssoas veem Jesus de maneiras diferentes, baseadas em suas próprias expectativas e compreensões.
b) Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. (v.14)
Alguns achavam ser ele João Batista ressuscitado dos mortos (Rei Herodes ouviu falar dele Mc 6.14-15); ou que era Elias, a quem os Judeus esperavam, segundo a má interpretação de Malaquias 4.5, por isso viam Jesus como precursor do Messias que ainda viria.
Nenhum destes grupos declarou Jesus como o Messias de forma aberta e clara.
O que fica claro para nós diante desses versos que é possível estar próximo de Jesus e se seus discípulos entender em partes sobre o título messiânico de Cristo sem ter completa convicção do alcance de sua obra.
A identidade de Jesus é um ministério revelado gradualmente aos que o seguem.
O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois para ele são loucura 1Co 2.14
1 Corinthians 2:14 ARA
14 Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
A exemplo disso temos Pedro, que também possuía conceitos errôneos sobre a totalidade da obra messiânica, mesmo reconhecendo a Cristo como o Cristo “Filho de Deus” (v.16) ainda assim apresentou dificuldades em entender a necessidade do sofrimento e morte de Jesus (v. 21-23).
Você já parou pra pensar que a sua visão sobre a pessoa e a obra de Jesus pode estar equivocada?
Na sua pergunta, Jesus usa a expressão “Filho do homem”, que a forma como Cristo denomina a si mesmo nos evangelhos.
Para Ladd, Teólogo bíblico; o termo “Filho do Homem” é aquele apresentado em Daniel 7.13, que atribui a Jesus o tom de divindade como aquele que traz o reino aos santos afligidos sobre a terra.
No entanto, a resposta de que os discípulos apresentam a Cristo a sua pergunta sobre “Que opiniões o povo em Geral tinha dele?”, demonstra que o povo estava confuso acerca de quem de fato era Cristo.
Assim como uma pessoa com dificuldades visuais, muitos viam Jesus como um homem de Deus, um grande profeta ou um líder influente, mas não conseguiam ver mais adiante, pois estavam míopes para enxergar a totalidade da obra de Cristo. Só quem pode corrigir essa deficiência visual são as lentes do Espírito Santo.
O que poucos naquela época sabiam é que Jesus era de fato o Filho do homem que tem autoridade e poder sobre todas as coisas assim como em Mateus 9.6
Mateus 9.6 (NAA)
6 Mas isto é para que vocês saibam que o Filho do Homem tem autoridade sobre a terra para perdoar pecados.
Então disse ao paralítico: — Levante-se, pegue o seu leito e vá para casa.
c) E vocês, quem dizem que eu sou? (v.15)
No texto original, a palavra traduzida por “vós” (ARA) ou “vocês” (NAA), é apresentada de forma enfática.
Precisamos ter em mente que essa pergunta é dirigida a todos os seus discípulos, e não a um só deles. Portanto, quando Pedro, um dos doze, responde a pergunta, ele exerce o papel de porta-voz dos Doze.
d) O senhor é o Cristo, o Filho do Deus vivo. (v.16)
A declaração de que Jesus é “o Filho do Deus vivo”, implica em um só sentido, que Jesus era, é, sempre será verdadeiramente Filho desse Deus que é o único Deus vivo, atuante e soberano, em contraste com os demais Deuses pagãos, e que também é a única fonte de vida para todos os crentes.
Jesus estava bem ciente de que essa confissão de Pedro não era resultado apenas de um impulso do momento, mas o reconhecimento genuíno de quem de fato era Jesus para os seus discípulos amados.

III. O que ele vai fazer? SEU PROPÓSITO (v.17-20)

a) Bem-aventurado é você, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que revelaram isso a você… (v.17)
Ninguém pode identificar Jesus como filho de Deus a não ser pelo poder do Espírito Santo. Só o Espírito Santo pode nos revelar a verdade sobre Cristo. Só Ele pode nos revelar a pessoa de Cristo…
Ao chamar Pedro de “Simão Barjonas”, que significa “Simão, filho de Jonas”, Jesus, demonstra que Pedro era simplesmente um homem filho de outro homem, ou seja, ele por si só não teria a capacidade de produzir algo de bom.
E ainda enfatiza que não foi “carne e sangue”, ou seja, não foi sua intuição e intelecto que o fizeram enxergar a sublime verdade que acabara de proferir de maneira tão gloriosa.
b) você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. (v.18)
Jesus responde a Pedro usando um jogo de palavras entre “Pedro” (Petros, um filamento de pedra ) e “pedra” (petra, alicerce ou fundação sólida) que só pode ser percebido no texto original (grego).
Esse versículo possui suas complexidades e há muitas discussões acerca deste verso ao longo da história da igreja.
A igreja católica acredita que o texto de Mateus 16. 18 é base para a crença da infalibilidade papal. Infalibilidade Papal é o dogma católico que afirma que o papa está sempre correto em suas deliberações.
O sentido da passagem depende da interpretação das palavras “pedra”, “edificarei” e “igreja”.
Muitos para fugir do erro do papado, colocam Cristo como a “pedra” ao qual a igreja será edificada, mas a construção do texto não permite essa interpretação, pois Jesus está dizendo: “Tu és Rocha, e sobre ESTA rocha, edificarei minha igreja”. O que é dito, é que de fato Jesus edificará a sua igreja sobre Pedro. Porém, o que é preciso ser entendido, não é que Jesus irá edificar a sua Igreja sobre a pessoa instável e deficiente de Pedro.
As pessoas se esquecem que o centro dessa passagem não é o apóstolo Pedro, mas Jesus e sua obra.
Pedro assim como os demais discipulos são apenas instrumentos de Jesus.
Cristo é o edificador e proprietário da Igreja, e para edificar a sua igreja Jesus, faz uso não somente de Pedro, mas de todos os demais e apóstolos e consequentemente todos os que professam que Cristo é o Filho do Deus vivo.
Não devemos ter dúvidas: é sobre Cristo que a Igreja está edificada. O próprio Pedro afirma, em 1Pedro 2.4–8, que Jesus é a pedra preciosa. E Paulo também diz que ninguém pode lançar outro fundamento além daquele que já foi lançado, que é Jesus Cristo, pois Ele é a pedra angular (1Co 3.10–12; Ef 2.20–22).
Em segundo lugar;
A palavra inferno usada aqui é hades, ou o sheol do Antigo Testamento, o mundo invisível dos mortos. É muito importante sabermos que as portas da morte não prevalecerão contra a Igreja, e isso tem um significado muito importante: o inferno não pode resistir ao avanço da Igreja na proclamação do evangelho de Deus, na sinalização do reino de Deus...
c) Eu lhe darei as chaves do Reino dos Céus… (v.19)
O que significa Jesus ter dado as chaves do reino dos céus a Pedro?
O evangelho é a chave que liga ou desliga o homem do céu.
não somente Pedro, mas também os apóstolos e todos aqueles que anunciam que Cristo é o Filho do Deus vivo, tem em suas mãos as chaves dos céus, que é o evangelho e por intermédio dele é operado a graça ou o juízo de Deus. Por meio da pregação do evangelho, Pedro assim como toda a igreja, estava abrindo as portas para uns (At 2.38, 39; 3.16–20; 4.12; 10.34–43) e fechando-as para outros (3.23)
É a proclamação do evangelho que inclui ou exclui homens. E a Pedro, como proclamador do evangelho, é dado autoridade para ligar e desligar, porque o céu agiu primeiro (At 18.9,10)
d) ordenou aos discípulos que não dissessem… (v.20)
Cristo adverte a seus discípulos para que fiquem em silêncio enquanto ao que acabara de ser revelado acerca de Jesus, pois quando finalmente chegar o momento de declarar publicamente aos líderes e autoridades religiosas judaicas, ele mesmo é quem fará (Mt 26.63,64).
Os discípulos deveriam aguardar o momento certo em que Jesus se revelaria como o Cristo, “o Filho do Deus vivo”
Temos de conhecer quem é Jesus e o que Ele fez por nós CONCLUSÃO
Somente aqueles o Pai se revelar através do Espírito Santo é que poderão reconhecer quem de fato é Jesus. Pois, não é por meio da razão, intelecto e intuição humana, mas pela graça e a misericórdia de Deus que aos homens é revelado que Cristo é de fato “o Filho do Deus vivo''. A visão de muitos sobre a pessoa de Cristo é míope e embaçada, eles não podem ver com clareza a extensão do reino divino, a não ser que as lentes do Espírito os ajudem a enxergar tais verdades.
A igreja não pertence aos homens, Jesus Cristo é o senhor da igreja. Ele não divide a sua noiva com mais ninguém. A igreja não pertence a Pedro e nem seus sucessores, o papa não exerce o ofício de sumo sacerdote dos homens, mas Cristo é quem exerce, pois ele é o único digno de exercer os ofícios de profeta, sacerdote e Rei supremo, pois ele é o Leão da tribo de Judá, O Glorioso Redentor, Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;
Aplicações
Saber quem você é em Jesus e qual o seu propósito deve resuluar em:
Alegria e Gratidão
Comunhão
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