Provérbios 14:5-9
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Transcript
O rei de Israel era também o supremo tribunal do país. Assim, Salomão julgou muitos casos durante sua vida — talvez o mais famoso seja aquele da disputa de duas mães por uma criança (1Rs 3.16-28). Por isso, certamente ouviu testemunhas de todo tipo ao longo do seu encargo real. Assim, ele dividiu a postura dos homens em duas.
A testemunha verdadeira não mente, não adultera os fatos nem se deixa subornar por vantagens inconfessas. Jesus foi condenado pelo Sinédrio judaico porque os próprios juízes contrataram testemunhas falsas para acusá-lo.
Nossas palavras devem ser “sim, sim” e “não, não”. O que passa disso é inspirado pelo maligno. A mentira procede do maligno e promove seus interesses. Por isso, a falsa testemunha se desboca em mentiras, conspirando contra a verdade. A mentira pode enganar alguns, mas não a todos. A mentira pode ter recompensas imediatas, mas sofrerá as consequências de um vexame eterno. Os mentirosos não herdaram o reino de Deus.
No que diz respeito a todas as relações entre pessoas neste mundo, uma coisa é necessária:
Não podemos interagir, ter comunhão ou negociar com essas pessoas sem alguma medida de confiança. Essa confiança vem das nossas percepções dos outros, baseadas nas nossas próprias experiências anteriores com eles e nos relatos de outras pessoas, se conhecemos e consideramos confiáveis. E o mais importante, em todas as relações, precisamos ser nós próprios de confiança e precisamos da capacidade de avaliar a fiabilidade dos outros.
Em todos os relacionamentos, nós mesmos precisamos ser confiáveis e precisamos ter a capacidade de avaliar a confiar habilidade dos outros. Uma testemunha confiável e fidedigna, não mentira. Ela se absterá de exagerar os aspectos negativos ou minimizar os positivos da avaliação dos outros quando fizerem seus relatórios ou se referirem a eles.
“mas a falsa se desboca em mentiras.”
Para homens assim, a moral e a verdade não os constrange. Tranquilamente eles torcem a verdade para benefício pessoal ou de pessoas a quem querem ajudar. O malefício dos inocentes também não os preocupa. Quando abrem a boca inevitavelmente causam destruição. Assim, se a testemunha falsa for malsucedida, prejudicará a si mesma. Mas, se for bem-sucedida, prejudicará a muitos. No final, a mentira sempre causa destruição. Infelizmente, conhecemos mais gente assim do que gostaríamos. A pergunta agora é: que tipo de testemunha é você?
Verso 6
“O escarnecedor procura a sabedoria e não a encontra, mas para o prudente o conhecimento é fácil.”
A postura da pessoa em relação à sabedoria determina quão facilmente ele a obterá.
Nossa época conheceu e conhece grandes nomes ligados à ciência. Mesmo entre as crianças nas escolas, alguns desses grandes homens são bastante conhecidos pelo que estudaram e contribuíram para o conhecimento da humanidade. Embora sabendo tanto, boa parte deles rende a existência de tudo que conhecemos a uma absurda sequência de acasos baseados em “fatos” que nunca foram nem serão jamais comprovados. Segundo a maioria deles, uma massa de gás, que não se sabe de onde veio, explodiu por uma razão desconhecida e deu origem ao universo como conhecemos. Na Terra, substâncias inorgânicas foram unidas por raios e radiação que não podem ser comprovados para formar substâncias orgânicas simples, as quais, quase com uma inteligência superior, foram se modificando até chegar à perfeição que é constante tema de programas de televisão sobre as maravilhas da vida.
A pergunta é: por que homens tão estudados seriam tão supersticiosos e místicos em uma área tão importante para a ciência? A resposta é dada pelo rei Salomão há três milênios. Ele se refere ao “zombador” — que não é exatamente um piadista, mas aquele que despreza a Deus e zomba de tudo que as Escrituras e a fé defendem — como alguém que também se dedica ao pensamento e à busca da verdade. Porém, por desprezar o criador da verdade e de toda existência, ele “busca sabedoria e nada encontra”. Por isso, ainda que sejam homens extremamente capacitados, suas conclusões são risíveis, sem fundamento e constituem o oposto de todo o processo científica que defendem. É apenas uma religião da incredulidade, do ateísmo e da zombaria. O resultado final é somente ignorância.
Há muitas pessoas cultas que são tolas, enquanto há indivíduos que, mesmo não tendo perlustrado os bancos de uma universidade, são sábios. Sabedoria não se aprende na academia, mas aprende-se aos pés do Senhor. O temor ao Senhor é o princípio da sabedoria. É por isso que o escarnecedor procura a sabedoria e não a encontra: porque o escarnecedor jamais procura Deus. Ele não conhece a Palavra de Deus nem se deleita na lei de Deus.
Seu prazer está no pecado, e não na santidade. A sabedoria não habita na casa da insensatez.
Ele é orgulhoso demais para aceitar a correção em suas perspectivas básicas sobre si mesmo, o pecado, a justiça e o Deus a quem ele moralmente deve prestar contas.
Se este é o mundo de Deus e toda a verdade é a verdade de Deus. Então, o verdadeiro conhecimento sempre, inevitavelmente revelará de Deus. Como então explicar os tolos, os “sábios”? Que embarcam na busca do conhecimento nas suas universidades e centros de pesquisa. Sejam eles cientistas, artistas, grandes escritores ou filósofos, todos eles abrirão um caminho através da densa floresta da realidade, buscando a verdadeira sabedoria.
Quando chegam a uma clareira? Olham para cima e para o seu horror, ficam Face A Face com a verdade, Deus. Rapidamente voltam a floresta para abrir outro caminho, através do estudo, da investigação e do trabalho artístico. Apenas para chegar a mais uma clareira que usa a ponta de volta para Deus.
Não verdadeiro sentido estes homens sábios. Nunca chegam a sabedoria. Enquanto isto, o homem cuja mente é renovada pelo espírito de Deus se deleita num verdadeiro conhecimento dele em sua palavra na clareira aberta da floresta. A palavra do conhecimento é altamente acessível aos corações ouvidos abertos para receber.
A sabedoria é mais do que uma percepção diante das realidades e dos desafios da vida. A sabedoria é uma pessoa. Jesus é a nossa sabedoria. Aqueles que conhecem Jesus e vivem em sua presença e para o louvor da sua glória alcançam o verdadeiro sentido da vida.
Verso 7. “Foge da presença do homem insensato, porque nele não divisarás lábios de conhecimento.”
A associação com tolos não traz recompensa nem crescimento em sabedoria.
O sábio rei de Israel tinha um discurso bem diferente do que vemos hoje. Nesse texto, o assunto é tão sério que ele não se contenta em comparar o sábio e o tolo para que seu leitor, por meio do bom senso, seja encorajado a buscar a sabedoria. Nesse caso, a busca pelo ensino dos ímpios é tão danosa que Salomão dá uma ordem: “Mantenha-se longe do tolo”. Isso nos lembra a ordem de Tiago “resistam ao diabo” (Tg 4.7).
A razão dada pelo rei sábio é que ninguém “achará conhecimento” nas palavras dos tolos. Não importa como eles se pareçam. Quando se afastam de Deus e das verdades reveladas nas Escrituras, o que têm a oferecer é marcado pelo engano, desvio, rebeldia e falsidade.
Assim como não podemos colher figos de espinheiros nem bons frutos de uma árvore má, também não podemos encontrar conhecimento na presença do insensato. A orientação de Deus não é filtrar aquilo que o tolo fala, mas fugir de sua presença. A única forma de nos livrarmos da influência maléfica das palavras do tolo é nos mantermos longe dele. O primeiro degrau da felicidade é nos afastarmos do conselho dos ímpios, do caminho dos pecadores e da roda dos escarnecedores.
Só depois, encontraremos deleite na meditação da Palavra de Deus. Não podemos permanecer em más companhias e ao mesmo tempo deleitar-nos na presença de Deus. Não podemos viver no pecado e ao mesmo tempo ter prazer na leitura da Bíblia.
Verso 8
“A sabedoria do prudente é entender o seu próprio caminho, mas a estultícia dos insensatos é enganadora.”
O grande reformador João Calvino diz na introdução das Institutas da religião cristã que nós só podemos conhecer Deus porque ele se revelou a nós. Isso é um fato acima de questionamento. Também é uma verdade incontroversa que não podemos conhecer a nós mesmos, a não ser pelas lentes da sabedoria. O pecado nos tornou seres ambíguos, contraditórios e paradoxais. Somos seres em conflito. Conflito com Deus, com o próximo, com nós mesmos e com a natureza. Há uma esquizofrenia instalada em nosso peito. O bem que queremos fazer, esse não fazemos; mas o mal que não queremos, esse praticamos. O prudente, portanto, é aquele que busca entender o seu próprio caminho, e isso à luz da Palavra de Deus, pela iluminação do Espírito Santo.
erta vez, desenhei uma tirinha em que o pastor, de púlpito, dizia que as ovelhas deviam parar de ouvir os sermões como se fossem apenas para os outros e não para elas mesmas. Dito isso, um rapaz que o ouvia pensa o seguinte: “O pastor está coberto de razão. Tenho de reconhecer”. Então, olhando adiante, o jovem conclui: “Aquele irmão no banco da frente é desse jeito”. No final das contas, o jovem não aprendeu nada e o pastor falou ao vento.
Salomão se preocupava com essa atitude, que é marca da “insensatez”, por ser ela “enganosa”. O que ele aconselha é que o “homem prudente” busque agir com “sabedoria” a fim de “discernir o seu caminho”. Ao que tudo indica, o rei sábio associa à sabedoria aquele escrutínio íntimo que leva uma pessoa a avaliar não apenas suas ações, mas a motivação delas. Isso porque as ações podem ser mascaradas. Alguém pode fazer algo movido por desejos ruins, mas fazê-lo de tal modo que pareça ser bom, enganando as pessoas ao redor e mentindo ao próprio coração.
O sábio, para fugir disso, não mente nem para os outros e nem para si mesmo. Honestamente, ele se coloca diante do espelho da Palavra de Deus e se avalia com sinceridade, assumindo seus erros e buscando correção e mudança. Ele não tem dois rostos, mas apenas aquele que pertence ao pecador arrependido dos seus pecados e desejoso de viver de modo fiel ao seu Senhor. Esse não faz propagandas, nem se autopromove. Ao contrário, ele sabe onde erra e não quer permanecer assim. Ouve os sermões com o coração aberto. Pede ajuda quando preciso. Se o que as pessoas vêm não é uma imagem perfeita, madura é sua intenção de ser o melhor servo de Deus que ele, sob a dependência da graça de Deus, puder ser. É um sábio!
Verso 9
“Os loucos zombam do pecado, mas entre os retos há boa vontade.”
O pecado não é realmente uma grande coisa para o touro.
Em contrapartida. O justo leva o pecado a Sério. Não ignoramos o seu próprio pecado. Nem o empurrão para debaixo do tapete ou minimizam seu caráter maligno. É precisamente porque não zombou do pecado e por que compreendem a gravidade dos seus crimes? Que há Esperança para eles!
Esse versículo resume bem o evangelho de Jesus Cristo. Outras belas imagens relacionadas são encontradas no novo testamento, como fariseu e o publicano em Lucas 18. E a pecadora que lavou os pés de Jesus com suas lágrimas, Lucas capítulo 7. O publicano só podia bater no peito e gritar, ó Deus, tem Piedade de mim, pecador. Segundo Jesus, aquele homem foi para casa justificado.
Sobre a mulher pecadora, Jesus explica. Perdoados lhe são os seus muitos pecados. Porque ela muito amou. Mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. Que ironia que é pecadora seja a justa de provérbios.
O caráter moral do indivíduo determina como ele reage ao pecado e suas consequências.
Só os tolos pecam e não se importam. Só os insensatos zombam da ideia de reparar o pecado cometido. Entre os retos, porém, há coração quebrantado, arrependimento e boa vontade. Os retos são aqueles que reconhecem seus pecados, os confessam e os deixam. Eles sentem tristeza pelo pecado, e não apenas pelas consequências do pecado. Os retos são aqueles que encontram o favor de Deus, recebem seu perdão e ficam livres da culpa. Os retos abominam as coisas que Deus abomina, afastam-se daquilo que Deus repudia e buscam o que Deus ama. Os retos fogem do pecado para Deus, enquanto os tolos fogem de Deus para o pecado.