Proclame o Dia do Juízo Final

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Joel 2.28-3.21.
Nos versículos anteriores vimos o profeta Joel terminando o anúncio da promessa de que o próprio Deus habitará no meio do seu povo, e que isso seria perceptível através das bênçãos materiais como cereal, frutos, vinho e azeite. E assim a chuva traria consigo as bênçãos que provava a presença do Deus Todo poderoso em meio ao seu povo. Contudo, agora o profeta deixa de lado as bençãos citadas que seriam materiais e físicas, e agora vai falar sobre as bênçãos espirituais e eternas de Deus para o seu povo.
E é bom destacar que as bênçãos para o povo sempre vem acompanhadas de julgamento e destruição para aqueles que não buscam o SENHOR.
2.28-32
V.28-29 - Deus diz que vai além de dar bens materiais, Ele irá abençoar o seu povo arrependido com o derramamento do seu Espírito.
Deus então está afirmando que vai restaurar o povo tanto fisicamente como fisicamente.
Assim, Deus dá a restauração completa do seu povo.
A promessa é que Deus iria derramar o seu Espírito sobre toda carne, ou seja, sobre as pessoas, sem distinção de sexo masculino ou feminino, homem ou mulher, idosos ou crianças, adultos ou jovens, todos. E essa profecia de Joel se cumpriu no dia de Pentecostes, como Pedro disse.
Atualmente, ainda hoje o SENHOR continua fazendo isso, a cada conversão nós podemos ver o derramar do Espírito Santo de Deus, pois toda vez que uma pessoa se arrepender, ela nasce de novo e o SENHOR vem morar nela por meio do seu Espírito Santo.
Mas, na segunda vinda de Jesus será o momento quando essa profecia se cumprirá plenamente. Não em etapas, mas de maneira plena.
Não podemos deixar de perceber que antes do Pentecostes os discípulos estavam com as portas trancadas de medo; depois do Pentecostes eles foram presos por falta de medo. O problema da igreja não são as ameaças externas, é a fraqueza interna. Não é a falta de poder econômico e político, mas a falta do poder do Espírito Santo.
Temos aqui nos versículos 28 e 29 a afirmação de que o Espírito de Deus é derramado sobre todos aqueles que se convertem ao Senhor, em todas as raças, povos, tribos, línguas e nações. Essa bênção não é apenas para os judeus; é também para os gentios. Além disso onde o Espírito é derramado, os jovens recebem discernimento e compreensão das verdades de Deus ditas em sua Palavra. Desse modo o Espírito de Deus não tem preconceito de idade e nem sexo, tanto homens como mulheres, os idosos podem ser cheios do Espírito e sonhar grandes sonhos para Deus, enquanto o jovem pode ter grandes visões da obra de Deus. O velho pode ter vigor e o jovem discernimento e sabedoria. Onde o Espírito de Deus opera, velhos e jovens têm a mesma linguagem, o mesmo ideal, a mesma paixão e o mesmo propósito de alcançar pessoas para glória de Deus com o Evangelho de Cristo. E ainda mais, o Espírito será derramado sobre o rico e o pobre, sobre os servos e sobre os senhores.
V. 30-32 - E Joel profetiza sobre grandes obras de Deus que Ele promete
Joel está vendo o derramar do Espírito e o Dia do juízo, onde Deus mostrará sinais no céu e na terra, e isso é o prenúncio do julgamento de Deus às nações O apóstolo João, exilado na Ilha de Patmos, fez referência oitocentos anos depois de Joel a esses mesmos fenômenos: “Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue” (Ap 6.12). O derramamento do Espírito aponta para o juízo de Deus às nações. Esse será um grande e terrível Dia do Senhor. Seus efeitos serão percebidos na terra e no céu. As colunas do universo serão abaladas. Os astros não darão sua claridade. Os homens não terão onde se esconder da presença daquele que se assenta no trono nem encontrarão qualquer lugar de refúgio. (v.30-31)
Joel então destaca que todo aquele que naquele Grande Dia invocar o nome do SENHOR, esse será salvo.
O pentecostes foi um evento de salvação, e por isso Pedro compreendeu que esta profecia estava tendo o seu cumprimento naquele dia. Mas, não somente ali, Paulo cita também este texto em Romanos 10.13 “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”
Desse modo, a salvação em Cristo, quando é recebida pela fé, ela é estendida a todos os povos e em todos os lugares e de todos os tempos, e isso foi nos dias de Joel, foi nos dias de Pedro, nos dias de Paulo, nos dias de João, e nos dias que vivemos, e até que Cristo volte, todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo.
Nós precisamos hoje clamar, orar pedindo um reavivamento, uma operação mais profunda do Espírito em seu povo que leva à confissão de pecados, ao arrependimento, ao perdão e à união.
Todo aquele que crer em Jesus Cristo, todo o que se arrepender dos seus pecados, e assim crer que Jesus morreu por Ele e pagou os seus pecados sua divida com Deus será zerada e apagada, e assim serão salvos por meio de sua fé em Cristo Jesus.
Este dia do SENHOR está vindo, por isso arrependam-se, chorem pelos seus pecados, busquem o SENHOR, invoquem o nome do SENHOR, convertam-se, e assim o SENHOR irá abençoá-los materialmente, mais muito mais do que isso, Ele vai derramar o Espírito sobre vocês e poderão assim invocar o seu nome e serão salvos.
3.1-21
Aqui temos a descrição do Dia em que o SENHOR irá castigar os seus inimigos.
Joel vai descrever usando as imagens daquela época e isso se referindo o futuro, e as nações que ele vai citar aqui são nações que eram inimigas da nação de Israel que invadiram a nação de Deus e que assim maltrataram e buscaram destruir o povo de Deus, e elas estão aqui representando os inimigos de Deus que serão castigadas no Grande e terrível Dia do SENHOR.
Então preste, dê a devida atenção aos símbolos que Joel vai usar para se referir ao grande Dia em que Cristo colocará todos os seus inimigos em castigo e serão assim destruídos.
V.1-8 - Naqueles dias, naquele tempo, ou seja, no Grande e terrível Dia do SENHOR. Deus irá libertar o seu povo das mãos dos gentios, e todos irão ali se reunir diante do SENHOR, todas as nações, tribos e raças estarão diante d’Ele e o SENHOR derramará o seu juízo contra essas nações por causa do seu povo, e isso acontecerá no vale de Josafá, que também Joel chama de vale da decisão que significa “O SENHOR julga”.
Quais os crimes que essas nações cometeram contra o povo de Deus?
Eles espalharam Israel (v.2b) repartiram a terra que pertencia ao povo de Deus (v.2c) venderam o povo de Deus à escravidão, desprezando povo ao ponto de lançar sortes sobre eles e trataram o povo como sendo mercadoria barata, até as crianças foram desprezadas e vendidas, ao ponto de meninos terem sido trocados por meretrizes para sua diversão carnal e vendendo meninas por vinho, para se embebedarem (v.3-4).
Além disso, eles roubaram o ouro, a prata, as joias e colocaram em seus templos, e isso tiraram do templo de Deus. Perceba que esses invasores não se contentaram em apenas roubar a Casa de Deus, mas também levaram esses tesouros do templo para seus templos pagãos, profanando, assim, esses objetos, o culto e o próprio Deus (Dn 1.2). E como se não bastasse eles ainda venderam os israelitas como escravos para os gregos e para os Edomitas (descendentes de Esaú) (v.5-6)
Não há povo que tenha sofrido tanto nas mãos de outros homens como os judeus. Faraó tentou afogar o povo de Israel, mas, em vez disso, seu exército foi afogado por Deus. Balaão tentou amaldiçoar os hebreus, mas Deus transformou sua maldição numa bênção. Os assírios e babilônios capturaram os judeus e os levaram para o exílio, mas esses dois reinos poderosos não existem mais, enquanto os judeus ainda estão em nosso meio. Hamã tentou exterminar os judeus, mas ele e seus filhos acabaram enforcados. Nabucudonosor colocou três judeus numa fornalha de fogo, mas descobriu que Deus estava com eles e os livrou.
O povo de Deus ao longo dos séculos tem sido perseguido pelo mundo. Os discípulos de Cristo foram perseguidos e tiveram de fugir de cidade em cidade. Os cristãos primitivos foram banidos e dispersos pelos antros da terra. Os cristãos foram espoliados de seus bens, presos, torturados e mortos com brutal crueldade. Porém, esses crimes jamais ficarão impunes.
E Deus então afirma que se essas nações querem vingança contra Deus e seu povo, eles terão sobre eles o julgamento de Deus, pois Ele virá com sua vingança sobre seus inimigos. (v.4; 7-8)
Deus afirma claramente, tudo que vocês fizeram contra o meu povo, eu os julgarei e os castigarei por isso. Assim Deus iria usar a própria nação de Israel para punir os inimigos, de modo que o que plantaram, isso eles irão colher.
V.9-13 - Deus chama as nações para guerra final. Essa é uma guerra universal. É interessante, pois Joel está sendo irônico, pois é um chamado as nações para vir para guerra que eles já etão derrotados. Pois é contra o SENHOR. (v.9)
Deus convoca os valentes, homens de guerra para virem guerrear, mas a palavra aqui para homens é a palavra enos que significa fraco. E ainda o profeta continua mandando eles transformarem suas ferramentas de agricultura em espadas e lanças, e também o homem fraco diga: sou forte!
Nos tempos do Antigo Testamento um homem que se considerasse fraco deveria ficar em casa, não deveria ir pra guerra, assim o profeta está sendo irônico, dizendo que até mesmo os fracos virão guerrear dizendo que são fortes. Ou seja eles vão buscar encorajamento em si mesmos para guerrear. (v.10)
Mas essa guerra não será de igual para igual, será uma guerra dos fracos se achando fortes contra o Deus todo poderoso que durante toda vida eles disseram: esse Deus não existe, esse Deus de vocês onde está?
Eles verão então naquele Dia o terrível juízo de Deus.
Essa guerra será no vale da decisão, ou seja é o lugar onde os ímpios não serão convertidos, mas ali sofrerão a ira santa de Deus que será derramada, Deus irá tomar a decisão naquele dia e não os ímpios. E o final do versículo indica a ideia de Joel chamando o SENHOR para convocar os anjos para vir congregar as nações para que se juntem para o juízo. (v.11)
Deus é quem estará assentado para julgar as nações. (v.12)
As nações virão para guerrear, mas na verdade em vez disso eles virão para um massacre,onde elas serão condenadas, julgadas e destruídas.
Eles queriam usar suas ferramentas de colheita para guerrear, mas apenas vão colher o que plantaram, pois a sua maldade chegou ao fim, e o lagar está cheio. e tudo está transbordando, agora basta eles proverem do cálice da ira de Deus.
Chegou o dia que o SENHOR dirá: Basta, não permitirei mais nenhuma morte, nenhum palavrão, nenhum adultério, nenhum abuso, nenhuma injustiça, basta!
E assim os ímpios serão pisados como as uvas maduras num lagar. O Dia do Juízo é comparado como uma lagar, onde os ímpios serão esmagados por causa de sua grande maldade (Ap 14.17–20). E o profeta Joel traz duas ideias aqui de que a colheita está madura e os tanques transbordando, e isso indicam o grau de maldade pelo qual as nações serão julgadas.
V.14-17 - Joel vê uma multidão ali a espera no vale, e ali ninguém poderá escapar, pois o sol e a lua vão escurecer, as estrelas terão seu esplendor retirado, toda a terra estará em trevas.
Matthew Henry diz que a glória e o brilho dos astros do firmamento serão eclipsados pelo brilho maior da glória do grande Juiz que aparecerá.
Esse último Dia será o Dia que a voz se ouvirá em todo mundo e essa voz vem do SENHOR, Ele rugirá como um Leão, e a terra e os céus vão tremer.
Assim não haverá mais refúgio nesse dia, o único refúgio será para os que já estarão com seu no escrito no livro da vida, aqueles que são seu povo. E desse modo esses poderão encontrar refúgio no SENHOR e assim diz Deus por meio de Joel que irão saber que eu sou o SENHOR, vosso Deus, que habito em Sião, meu santo monte; e Jerusalém será santa; estranhos não passarão mais por ela. Nenhum inimigo estará no paraíso.
João diz que o próprio Senhor será o santuário em (Ap 21.22).
Mas ainda hoje Deus habita em nós (1Co 6.19), mas no último Dia então, nós habitaremos em Deus.
Apocalipse 21.22 “Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.”
V.18-21 - Aqui é uma descrição sobre o novo céu e nova terra. Deus restaurará toda a criação, e tudo aquilo que o povo estava passando agora com escassez, terão em abundância e sem falta no paraíso. Deus termina dizendo ainda que fará justiça a seu povo (v.19-20).
“O Egito se tornará em desolação, e Edom se fará um deserto abandonado, por causa da violência que fizeram aos filhos de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente, Judá, porém, será habitada para sempre, e Jerusalém, de geração em geração”.
O Egito e Edom são aqui um símbolo de todas as nações hostis e de todos os inimigos do povo de Deus. Enquanto o povo de Deus é poupado, liberto e glorificado; os seus inimigos são desamparados. Enquanto o povo de Deus habitará seguro numa terra que jorra vinho e leite; seus inimigos viverão em total desolação.
Deus purifica graciosamente o seu povo (v.21).
“Eu expiarei o sangue dos que não foram expiados, porque o SENHOR habitará em Sião”.
O povo de Deus é aquele cujos pecados foram expiados. O povo de Deus é aquele que foi lavado no sangue do Cordeiro. Eles não entrarão na Sião celestial por seus méritos, mas por conta que entraram pela porta da graça.
A igreja glorificada não é formada por esta ou aquela denominação, mas por todos aqueles que foram comprados e lavados no sangue de Jesus. O profeta Zacarias diz que “naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a impureza” (Zc 13.1). O profeta Ezequiel descreve essa purificação.
Tomar-vos-ei de entre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis (Ez 36.24–27).
Essa expressão: “eu expiarei o sangue dos que não foram expiados” é entendida, também, por alguns eruditos, como a aplicação da vingança justa de Deus contra os inimigos que perseguiram e mataram o povo de Deus (Ap 6.10,11). Calvino já entende que esse texto fala acerca da purificação da maldade do próprio povo de Deus, a fim de que ele possa brilhar em sua presença.
Aplicações:
Até que Cristo venha é dia de invocar o seu nome. (v.28-32)
Enquanto Cristo não volta, é dia de invocar, é dia de confissão, é dia de perdão, é dia de salvação. Antes que chegue o terrível Dia do SENHOR, as pessoas podem ser alcançadas e o Espírito do SENHOR será derramado sobre todo aquele que invocar o seu nome.
Deus retribuirá segundo as obras de cada um. (v.1-8)
Deus está no seu alto e sublime trono, Ele está olhando para todos os povos, todas as tribos e nações, e cada ser humano irá comparecer diante d’Ele, e assim irá julgar vivos e mortos, e cada um será condenado segundo o que fizeram.
Deus mesmo disse que haverá menos rigor sobre Tiro e Sidom do que em Corazim e Betsaida.
O Deus justo em salvar e em condenar
Aprendemos com este livro que o SENHOR realiza sua justiça em salvar os perdidos que creem e condenando também os perdidos que o rejeitam até o fim.
No último dia devemos ser encontramos do lado de Deus nesta guerra, pois se pensarmos que no último dia poderemos se tornar amigos d’Ele, estaremos eternamente perdidos e enganados.
Proclame as pessoas o juízo de Deus e apresente Jesus a eles
Não deixe de falar de Jesus aos perdidos, pois o Dia do SENHOR vem sem demora.
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