Santificação

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Texto Básico: 2 Coríntios 7.1 Texto Áureo: Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. (Hebreus 12.14) Objetivo da Lição: Ao término da lição, o aluno deverá conhecer a doutrina da santificação e suas particularidades, distingui-la de outras doutrinas bíblicas e avaliar o seu próprio crescimento em santidade. Leituras Diárias:
· Domingo: Levítico 20.7-8 · Segunda: Josué 3.5 · Terça: 1 Coríntios 6.9-11 · Quarta: João 17.17 · Quinta: 1 Tessalonicenses 5.23-24 · Sexta: 1 Pedro 1.1-2 · Sábado: 1 Pedro 1.13-25
INTRODUÇÃO:
Na lição anterior, estudamos sobre a mudança que ocorre na condição dos crentes através da justificação e da adoção. Agora estudaremos como que essa mudança se torna real ou palpável na vida deles neste mundo. A Bíblia chama essa doutrina de Santificação, isto é, a maneira pela qual Deus nos santifica e evidencia a ocorrência da justificação. São os efeitos dessa santificação que fazem com que o crente esteja comprometido com a vida prática piedosa, pela qual glorifica a Deus neste mundo.
Essa é uma área da vida cristã que precisa ser enfatizada numa época em que muitos cristãos estão, cada vez mais, procurando se adequar ao mundo. Estudaremos esse importante tema da santificação, com base na exposição bíblica que faz o puritano congregacional William Ames, no cap. 29 da obra A Essência da Teologia Sagrada.
I - DEFININDO A SANTIFICAÇÃO
De antemão, a santificação é uma mudança real de estado que altera a essência da natureza caída do homem. Sobre isso, Paulo afirma: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (2 Co. 5.17). Essa mudança, contudo, não é uma alteração relativa e, sim, uma alteração real e progressiva que, inclusive, permite diferentes graus quanto ao início, progresso e perfeição final. O mesmo apóstolo afirma que “o nosso homem interior se renova de dia em dia” (2 Co. 4.16).
Essa mudança na essência da natureza do ser humano promove o que é justo e bom, viabilizando o que é proveitoso e honrado, levando-nos à realidade futura da glorificação, tal como Paulo assevera em Romanos 6.22: “Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna”.
Assim, William Ames (2023, p.183) define a santificação como sendo “a verdadeira mudança do homem, do estado de imundície do pecado para a pureza da imagem de Deus”. Isso envolve um movimento de abandono da velha natureza caída em pecado e a apropriação da nova natureza, criada segundo Deus, isto é, conforme o modelo original, anterior à queda do homem: “no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.” (Ef. 4.22–24). Nessa passagem, o apóstolo usa verbos que comparam esse processo com o ato de tirar a roupa suja (despojar), tomar um banho( renovar) e vestir uma roupa limpa (revestir).
Essa mudança se refere à remoção da imundície, da corrupção ou mancha do pecado, pela qual cada cristão é estimulado a já se aperfeiçoar na prática da santidade: “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus” (2 Co. 7.1). A santificação se inicia na regeneração, progride na presente peregrinação e se consuma na glória da vida vindoura. Essa esperança do futuro glorioso se constitui no cristão como um estímulo para uma vida de purificação, razão pela qual o apóstolo João ensina que os filhos de Deus, possuídos dessa esperança, já se purificam no tempo presente (1 Jo. 3.1-3).
É nesse sentido que a Confissão de Fé Congregacional (cap. XIV, seção I) afirma: “Cremos e confessamos que todos os que são unidos a Cristo, eficazmente chamados e regenerados, e possuindo um novo coração e um novo espírito, criados neles em virtude da morte e da ressurreição de Cristo, são, além disso, santificados genuína e pessoalmente, pela mesma virtude, por Sua Palavra e Seu Espírito neles habitando; o domínio de todo o corpo do pecado é destruído e suas diversas concupiscências mais e mais enfraquecidas e mortificadas; e eles mesmos são mais e mais vivificados e fortalecidos em todas as graças salvíficas para a prática da genuína santidade, sem a qual ninguém verá ao Senhor”.
II - DISTINÇÕES ENTRE A SANTIFICAÇÃO E OUTRAS DOUTRINAS
Frequentemente, pessoas confundem a doutrina da santificação com outros ensinos das Escrituras. A seguir, estabelecemos algumas distinções importantes:
2.1 A santificação é diferente da justificação. Por esta, o crente é liberto da culpa do pecado, enquanto que “pela santificação, o crente é liberto da imundície e mancha do pecado, e a pureza da imagem de Deus lhe é restaurada” (Ames, 2023, p.184);
2.2 A santificação é diferente da regeneração. Há um aspecto da santificação que está ligado à regeneração, isto é, a separação do uso comum e a consagração para uso especial. Num sentido mais restrito dessa lição, porém, a santificação deve ser entendida como a mudança do crente mediante a qual lhe são comunicadas a justiça e a santidade (2 Ts. 2.13). O próprio Deus já testemunhava através dos profetas que a santidade é um dom inerente à graça. O profeta Ezequiel, por exemplo, declara: “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” (Ez. 36.26–27; cf. Jr. 31.33). É nesta distinção que os teólogos sistemáticos costumam diferenciar a santificação posicional da santificação processual, sendo a primeira a posição que obtemos em Cristo, dando-nos uma nova natureza e nos tratando como santos; a segunda, por sua vez, envolve o processo de santificação que nos acompanha desde a conversão até a glorificação. Por essa razão, Paulo refere-se a uma igreja com sérios pecados, como a de Corinto, denominando seus membros de “santificados em Cristo”, ao mesmo tempo em que eles são “chamados para ser santos” (1 Co. 1.2).
2.3 A santificação é diferente da mudança decorrente da fé e do arrependimento. No chamado à fé e ao arrependimento, estes exercícios são ações exclusivas de Deus. Ames (2023, p.184) explica que a mudança que ocorre na fé “não é considerada como uma qualidade inerente ao homem, mas uma qualidade exclusiva de Cristo. O arrependimento também não é considerado uma mudança de disposição no homem, mas uma mudança do propósito e da intenção de sua mente.” Entretanto, no caso da santificação, estamos falando de uma mudança real no homem, em suas qualidades e disposições, de maneira que os resultados se tornam perceptíveis a terceiros: o que mentia, não mente mais, antes fala a verdade com o próximo, por se julgar membro do mesmo corpo; o indivíduo que furtava, não furta mais, antes trabalha para ajudar ao próximo; e, assim, sucessivamente, conforme descreve a Palavra de Deus (Ef. 4.25-32).
III - PARTICULARIDADES DA SANTIFICAÇÃO
Nesta seção, veremos algumas especificidades da doutrina da santificação, no que tange à sua abrangência, objetivo, graus, partes constituintes e seu limite neste tempo.
3.1 A Abrangência da Santificação
Essa santificação envolve o homem “todo” e não apenas uma “parte” dele, embora o homem não seja mudado em todo o seu ser repentinamente. É este o sentido da extensão descritiva de Paulo ao escrever aos cristãos de Tessalônica: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts. 5.23, grifo nosso). Desde a conversão, o salvo é transformado interiormente e habilitado a crescer em santidade até alcançar o seu alvo pleno. Por essa razão, há tanto ordens claras na Escritura Sagrada para que nos santifiquemos (Lv. 11.44; 1Pe. 1.14-16; Hb. 12.14), como promessas da santidade plena, no reino eterno (Ef. 4.13; 1Ts. 4.17; Fp. 3.20-21; 1Co. 15.54) .
De todo modo, essa santificação começa na alma e, somente depois, a partir dela, abrange todo o corpo do indivíduo. Ames (2023) explica que depois de envolver a alma, a santificação se relaciona com a vontade, alcançando as outras faculdades do homem. É nesse sentido que, frequentemente, a Escritura destaca o elemento interior como sendo central nesse processo: “O Senhor, teu Deus, circuncidará o teu coração e o coração de tua descendência, para amares o Senhor, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas” (Dt. 30.6 ) Ou: “Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus” (Rm. 2.29).
3.2 O Objetivo da Santificação
No que tange ao seu objetivo, a santificação visa alcançar a pureza da imagem de Deus, com a qual o homem foi criado e que foi distorcida pela queda e rebelião. Essa imagem de Deus é moldada ou recriada em conhecimento, retidão e santidade (Ef. 4.24). Desse modo, os cristãos passam a andar em novidade de vida (Rm. 6.4), são designados como nova criatura (2Co. 5.17; Gl. 6.15) e são coparticipantes da natureza divina (2Pe.1.4). Ames (2023) dá três importantes explicações dessas designações de “nova criatura” e da participação na “natureza divina”: a) Significa que essa natureza não é produzida pelos princípios humanos, como se fosse aprendida ou gerada pela inteligência dos homens, mas é comunicada aos crentes, por Deus ao nos chamar pelo Evangelho; b) Revela que a nova disposição natural dos salvos é diferente da anterior; e c) Demonstra que Deus é o modelo perfeito a ser seguido pelos crentes.
3.3 Os Dois Graus na Santificação
A Bíblia estabelece dois graus nessa santificação, um deles tem a ver com essa vida terrena (infância) e outro com a vida futura (perfeição):
a) A idade da infância: Frequentemente a Escritura designa a nossa experiência na santificação nessa vida como sendo uma infância, demonstrando que ainda há muito em que crescermos (1Co. 13.11-12; Ef. 4.14; 1Pe. 1.14). Há, de fato, vários níveis de santificação nesta vida e, quando os crentes são comparados com outros, ou mesmo com fases de sua própria experiência, alguns são designados como bebês, crianças, ou homens amadurecidos (Hb. 5.13-14). Mas, conforme explica Ames (2023, p.186), “o mais elevado grau que alcançamos nesta vida é apenas o começo da santidade que é prometida, a qual ansiosamente aguardamos”.
b) A idade adulta ou perfeita: Essa é a fase final desejada por todo crente e aponta para a vida vindoura, na qual todos os salvos alcançarão plena maturidade (1Co. 13.11; Ef. 4.15; Fp. 3.12), uma vez que não haverá mais necessidade de movimento ou progresso para a santificação, tendo em vista que os salvos encontrarão descanso e perfeição para parecerem com o seu redentor. Em razão dessa distinção, Ames (2023, p.186) explica: “[…] nesta vida, desfrutamos de santificação e não de santidade; e, na vida futura, desfrutaremos de santidade, e não de santificação”.
3.4 As duas partes da santificação
Há duas partes em relação à obra da santificação nos cristãos, a mortificação e a vivificação, conforme Paulo ensina em Romanos 8.5–6: “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz.”
a) A Mortificação: Esta é a primeira parte da santificação, pela qual o pecado é enfraquecido. Um cristão é alguém que admite sua morte para o pecado, e trabalha conscientemente para fazer morrer os efeitos do velho homem em sua vida: “porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. […] Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria” (Cl. 3.3,5). Assim, o resultado dessa mortificação é que os santificados são habilitados a negarem o mundo e a si mesmos, conforme ensinado pelo Senhor Jesus (Lc. 9.23) e demonstrado na experiência dos primeiros crentes que estavam dispostos até a darem suas próprias vidas (Gl. 6.14). Portanto, o pecado que permanece nos crentes é diferente do que existe nos não crentes, uma vez que, nesses, a natureza pecaminosa reina e prevalece, enquanto que naqueles o pecado está enfraquecido, subjugado e mortificado.
b) A Vivificação: se, por um lado, estamos mortos para o pecado, por outro, estamos vivificados, sendo revestidos do “novo homem”, pela qual a imagem original é restaurada (Ef. 4.24; Cl. 3.10). Assim, o crente é chamado a se transformar pela renovação da sua mente (Rm.12.2). Como resultado da vivificação, os santificados vivem unidos fortemente a Cristo e comprometidos com Ele, a ponto de se darem ao Senhor (2Co. 8.5).
Há três causas relacionadas à mortificação e à vivificação, a saber:
• A causa meritória e exemplar: a nossa união com Cristo em sua morte e em sua ressurreição. O fato de estarmos unidos a Cristo em sua morte, sofrida em nosso lugar, faz com que nosso velho homem esteja morto para o pecado, pelo qual Ele morreu, o que também nos oferece o exemplo para mortificarmos nossos pecados (Rm. 6.5-6); porém, nossa união com Ele também nos identifica quanto à sua ressurreição, o que nos faz viver em novidade de vida (Rm. 6.8-12; Cl. 3.1)
• A causa principal e efetiva: a pessoa bendita do Espírito Santo, que nos comunica a eficácia da morte e da ressurreição de Cristo. O homem por si só não poderia mortificar os feitos do pecado. Por isso, Paulo afirma: “[…] se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis” (Rm. 8.13). Semelhantemente, tal como o Espírito Santo ressucitou a Cristo, a sua habitação nos crentes também vivifica o corpo mortal de cada um deles (Rm. 8.11).
• A causa administrativa: a própria fé. A fé salvífica não é uma mera credulidade passageira, mas uma confiança autêntica e total que promove a entrega e obediência do cristão ao Senhor.(Rm. 6.17). Por essa fé, o crente passa agora a viver e ter Cristo em sua vida, vivendo nele (Gl. 2.20).
3.5 O limite da Santificação nesse tempo
Na idade da infância, a santificação é imperfeita ou incompleta, pois os crentes estão sob um duplo aspecto: o do pecado e o da graça. Nesse sentido, a santificação perfeita não pode ser desfrutada nessa peregrinação, mas está reservada para o mundo vindouro. O apóstolo João assevera que “se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (1Jo. 1.8).
Na Bíblia, o pecado - a parte corrompida do homem - é designada com expressões como “velho homem, homem exterior, membros e corpo do pecado”, enquanto a graça - a parte renovada - como “novo homem, o espírito, a mente”, entre outras expressões. A relação entre esses dois elementos opostos que coexistem no cristão produzem duas coisas:
a) Uma guerra espiritual interior, conforme Paulo aponta ao dizer que “[…] a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer” (Gl. 5.17);
b) A necessidade de uma renovação diária do arrependimento, tal como enfatizou Lutero em sua 1ª Tese: “Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos...., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento.”
A Confissão de Fé Congregacional (cap. XIV, seção III) comenta esse conflito experimentado pelos cristãos e admite a vitória final dos salvos: “Nessa guerra, ainda que a corrupção restante prevaleça, e muito, por algum tempo (Rm. 7.15,18,22-23), por meio do suprimento contínuo de forças por parte do Espírito santificador de Cristo, a parte regenerada vence (Rm. 6.14; 1Jo. 5.4) e, assim, os santos crescem na graça, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus (2Co. 3.18; 7.1; Ef. 4.15-16; 2Pe. 3.18)”.
A expressão carne na Bíblia designa a concupiscência que ainda permanece no regenerado. Ela se refere aos apetites naturais e automáticos do corpo, às emoções, como também às faculdades da vontade e da razão (1Ts. 5.23). A carne é a razão da existência do pecado nos cristãos regenerados, conforme Paulo expressa em Romanos 7. Por isso, mesmo as melhores obras dos santos ainda estão contaminadas com essa corrupção, necessitando de remissão. Obviamente, essas boas obras não são pecado em si, mas, devido a existência da carne, encontram-se contaminadas pelo pecado (Is.64.6). Entretanto, ainda assim, essas obras dos crentes são aceitas por Deus (2Co. 8.1-12; Hb. 6.10) para serem recompensadas devido à justificação (1Co. 3.12-15). É isso que claramente afirma a Confissão de Fé Congregacional da Aliança, no cap. XVII, seção VI: “Entretanto, sendo a pessoa do crente aceita por meio de Cristo, suas obras são também aceitas nEle, não como se fossem, nesta vida, perfeitamente inculpáveis e irrepreensíveis à vista de Deus, mas porque Ele, contemplando-as em Seu Filho, agrada-se de aceitar e recompensar aquilo que é feito com sinceridade, ainda que seja acompanhado de muitas fraquezas e imperfeições”.
É preciso enfatizar que o conflito que existe entre a consciência e a vontade nos pecadores impenitentes não equivale à guerra que existe entre a carne e o Espírito nos verdadeiros cristãos. Ames (2023, p.188) explica que enquanto que nos crentes esse conflito é produto da luta entre a velha e a nova natureza, nos ímpios é um conflito “da carne que teme o castigo contra a carne que deseja o pecado”.
CONCLUSÃO
A santificação é uma obra que Deus está operando nos verdadeiros cristãos. Não somos salvos porque nos santificamos, mas ninguém será salvo sem a santificação (Hb. 12.14), visto que Deus permanece operando nos salvos sua obra de santificação. Não contribuímos em nada para a nossa salvação, visto ser ela uma total obra de Deus. Entretanto, no que tange à santificação, essa é uma obra de Deus, com a qual cooperamos, em total dependência d’Ele, relacionando perfeitamente a soberania de Deus e a nossa responsabilidade. Somos chamados a efetuar, mas Deus é quem opera em nós tanto o querer como o realizar (Fp. 2.12,13).
Ao tomarmos ciência de toda essa informação somos chamados ao dever de militarmos contra o nosso velho homem e buscarmos as coisas do alto, mortificando a carne e nos revestindo do novo homem, criado segundo Deus em verdadeira justiça e santidade, procedentes da verdade (Ef. 4.24).
PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:
1) À luz do que estudamos, o que explica tanta confusão e escândalo no movimento evangélico atual?
2) A mudança real que é operada pelo Espírito Santo na santificação dos salvos tem sido perceptível às pessoas com quem convivemos?
3) Com qual seriedade temos levado a sério a luta entre a carne e o espírito em nosso interior?
4) Quais áreas de nossa vida ainda precisam ser alcançadas pela mortificação e vivificação da santificação?
REFERÊNCIAS:
ALIANÇA DAS IGREJAS EVANGÉLICAS CONGREGACIONAIS DO BRASIL. Bíblia Sagrada Aliança Congregacional e Confissão de Fé Congregacional. Recife: Editora Aliança, 2017.
AMES, William. A essência da teologia sagrada. Recife: Aliança Editora, 2023.
LUTERO, Martinho. As 95 teses de Martinho Lutero. Disponível em: https://www.monergismo.com/textos/credos/lutero_teses.htm Acesso em: 18 jan.2025.
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