As águas de Deus (Ez 47.1-12)

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Contexto: O profeta Exequiel iniciou o seu ministério, estando Judá (Reino do Sul) já no exílio. Ele foi levado para a Babilônia na segunda deportação (597) e cinco anos depois recebe o chamado profético (Ez 1.1), antes da destruição de Jerusalém e do Templo (586). Ele viu a Glória de Deus (a Shekinah - nuvem, que simbolizava a presença divina) afastar-se gradativamente de Jerusalém: - da arca da aliança para a porta de entrada (Ez 9.3); - do centro de Jerusalém para o Monte das Oliveiras [ao Leste] (Ez 11.23). Por essa razão, a cidade e o templo cairam, porque sem Presença de Deus, todos somos vulneraveis. Porém, por Sua graça e misericordia, a Sua Presença (a Glória) retorna percorrendo o mesmo caminho ao templo (Ez 43.2,4,5).
Do Templo cheio da Glória de Deus começa a fluir uma Fonte de Água Viva.
Gostaria de fazer algumas notas:

1 - A Origem das Águas (Ez 47.1)

“eis que água saia de debaixo do limiar do templo”
“do lado sul do altar”
a) Sem dúvidas, as águas brotam da parte mais profunda do Templo: o Santo do Santos” (o lugar da presença de YHWH). O Templo está renovado e purificado e YHWH está resente. Para o Israel fiel, Deus está presente nas tribulações (Sl 46.1-4);
b) João, no exílio em Patmos, à semelhança de Ezequiel, também teve uma visão do rio da água da vida que sai do trono de Deus e do Cordeiro (Ap 22.1);
c) No evangelho, João desenvolve a visão de Ezequiel. Jesus diz à mulher samaritana que a água que Ele dá se torna uma fonte de água viva (Jo 4.14). [“uma fonte a jorrar...”]. Ainda, no último dia da Festa dos Tabernáculos, Jesus se poe de pé e chama os sedentos a virem beber dele (Jo 7.38) - João acrescenta uma nota: “Isso Ele disse a respeito do Espírito...” (Jo 7.39).
A habitação do Espírito Santo no coração dos crentes, que foi realizada no Pentecostes, tranforma cada crente num templo em miniatura.

2 - O crescimento das águas (“borbulhava”, Ez 47.2 - “me dava pelos tornozelos”, Ez 47.3 - “me dava pelos joelhos” - “me dava pela cintura”, Ez 47.4 - “e era uma rio que eu não podia atravessar, porque as águas tinham crescido”, Ez 47.5).

As águas começam como um “filete” (aparentemente insignificante) - assim, é a obra do Espírito Santo - começa pequenina (como a semente de mostarda) mas, vai crescendo, vai cresecendo, à medida que o profeta avança ao longo das àguas (É PRECISO AVANÇAR!) - as poucas águas vão se tornar um rio, porque estão jorrando à partir da FONTE: a PRESENÇA DE DEUS.

3 - O Poder vivificador do rio (Ez 47.7-12).

“Por onde esse rio passar terão vida” (v.9)
“tudo viverá por onde quer que esse rio passar” (v.9)
a) as “abundantes árvores do v.7 são agora mais precisamente difinidas como “árvores frutiferas” no v.12 (suas folhas não murcham e dão fruto o tempo todo”) - “produzirão frutos novos todos os meses porque são regados pelas águas que saem do santuário”;
d) mesmo o Mar Morto não consegue resistir ao poder vivificante, proveniente da Presença de DEUS. A vida e a fecundidade são evidentes em sua Presença. O Rio de Deus só fornece água abundante, pura, que refrigera a alma, mas também “cura” a água morta e contaminada.

Conclusão:

Deus tem o poder de transformar o ordinário em extraordinário; o natural em sobrenatural;
Deus faz brotar vida onde poderia haver estagnação e morte;
Meus caros irmãos, não se conforme com uma vida seca, mirrada, influtifera, esteril, improdutiva...JESUS NOS ESCOLHEU PARA FRUTIFICAR!

Lembram do bordão de Arão: na Presença de Deus “brotou, florescer e produziu amêndoas”.

O galho seco ao estar na presença de Deus frutificou;
Entrou seco, saiu verde (VERDIFICADO);
Entrou morto, saiu vivo (VIVIFICADO);
Anoiteceu infrutífero, amanheceu com brotos, flores e amêndoas.
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