BUSCANDO AS COISAS EXCELENTES

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INTRODUÇÃO
Qual é o propósito ou o alvo da sua vida?
Muitas vezes, nós temos vivido a vida aqui sem ter se que um propósito ou um alvo.
Mas precisamos mudar de rota. Precisamos entender que é necessário que tenhamos um propósito certo.
E infelizmente o propósito certo, biblicamente falando, talvez não seja o propósito que nós queremos.
Talvez estejamos buscando dinheiro para nos sentirmos melhores que nossos irmãos; talvez buscamos dinheiro para suprir o nosso ego; talvez estamos buscando coisas como objetivo de vida simplesmente para esfregar na cara daqueles que duvidaram de nós.
Vejam, o apóstolo Paulo nos instrui qiue a busca por uma vida santa e pelas coisas excelentes devem ser o propósito de vida dos crentes em Cristo.
O nosso propósito de vida deve ser glorificar a Deus e gozá-lo para sempre (Pergunta 1, CFM).
2. CONTEXTUALIZAÇÃO
Carta escrita pelo apóstolo Paulo, no final do primeiro século, enquanto estava preso.
A Igreja de Filipos foi plantada após uma visão que o apóstolo tem, relatada em Atos, 16, onde vê um homem macedônio pedindo ajuda.
Paulo decide ir Filipos – cidade colônia do império romano – onde encontram-se três personagens centrais: a vendedora de púrpura; a jovem escrava demente usada por seus donos com fins de lucro; e o carcereiro romano. É interessante destacar que, pelos estudiosos, os três possuíam nacionalidades diferentes. E não só a nacionalidade era distinta, mas as classes sociais também – uma comerciante de uma das mercadorias mais custosas, uma escrava e um trabalhador da sociedade civil – onde classe alta, média e baixa se encontram na universalidade do evangelho de Cristo.
Deus realiza obras nessa viagem do apóstolo (Lídia e sua família convertidos, jovem adivinhadora curada, carcereiro convertido, etc) e uma igreja é plantada.
Essa igreja se torna uma forte congregação, inclusive financeiramente – sendo financiadora do apóstolo e da igreja em Tessalônica.
Nesse contexto, o apóstolo, que estava preso e aguardando tão somente a morte, envia a carta à igreja em Filipos como agradecimento pelas ofertas, como alento aqueles que sofriam perseguições e problemas e como apelo para manterem a unidade da igreja.
A parte que lemos, nos traz uma introdução à carta, reafirmando que Paulo e Timóteo eram servos ou escravos de Cristo.
Paulo reafirma a defesa do evangelho de Cristo e ressalta que as algemas em suas mãos não impediriam que o evangelho fosse propagado.
E, por fim, instiga os irmãos de Filipos a buscarem as coisas excelentes, a fim de um crescimento e amadurecimento espiritual e para a glória de Deus, em Jesus.
I. PAULO ORA PELO QUE É EXCELENTE
Filipenses, 1.9
Vejam que Paulo não pede a Deus que a Igreja mantenha-se bem financeiramente, que eles tenham sucesso na carreira profissional, que eles casem, que eles viagem, etc. Paulo foca sua oração e súplica naquilo que é verdadeiramente excelente. Paulo queria que o irmãos filipenses desfrutassem do que há de melhor.
Porém, para Deus, o que há de melhor, muitas vezes, não é o que nós achamos que é o melhor.
Um erro que nós cometemos diariamente é dar foco nas coisas passageiras, efêmeras, transitórias da vida.
Quando nós buscamos as coisas excelentes, o próprio Deus nos faz gozar daquilo que há de melhor. Eu encontro sucesso no casamento, no trabalho, na carreira profissional, etc.
Deus não quer que vivamos uma vida rasa. Deus quer que experimentemos o melhor. E o melhor é crescer e amadurecer espiritualmente, na busca intencional e contínua pelo que é excelente.
Não podemos mantermo inertes.
Vejam, na nossa caminhada cristã, não podemos mantermo-nos inertes ou estagnados. Precisamos crescer.
Você é alguém diferente de quando começou a caminhada na fé? Você amadureceu espiritualmente?
Nós não receberemos amadurecimento espiritual de forma “mágica"; não é num estalar de dedos do Thanos; é necessário que busquemos as coisas excelentes para que cresçamos e alcancemos essa excelência.
A revista nos traz três ensinos básicos:
Paulo enfatiza o amor. É preciso que o amor da Igreja aumente mais e mais. O amor referido não é emocional ou sentimental, mas é um amor verdadeiro, a decisão de amar. Paulo combate o sentimentalismo barato, incitando que nós amemos de verdade. Aquele amor que não se corrompe, que não se degenera, que não espera nada em troca, que não é apático. Nós conseguimos observar isso quando o crescimento no amor é acompanhado de “pleno conhecimento” e “toda a percepção". A palavra utilizada para conhecimento é ἐπίγνωσις -εως, ἡ; (epignōsis), subs. conhecimento; reconhecimento. Tem a ver com o “gnosis” - consciência. O povo precisa ter um conhecimento sadio e maduro do evangelho acompanhado de uma vivência santa. A palavra utilizada para percepção é αἴσθησις -εως, ἡ; (aisthēsis), subs. compreensão; percepção. Tem a ver com discernimento. Precisamos discernir que o amor requerido por Deus é integral, abrangendo nossa vida integralmente. O amor que nós buscamos deve nos fazer crescer em pleno conhecimento e em toda a percepção, ou seja, nossa consciência deve estar em crescer no amor e crescer no amor em todos os âmbitos de nossa vida;
Paulo enfatiza a busca pelo que é melhor (para aprovardes as coisas excelentes). A visão de Paulo não é simplismente escolhermos o que é mais benéfico, mais caro ou mais ostentador, mas sim escolher olhando para a glorificação de Deus. E aí nos cabe um questionamento: “minhas escolhas diárias são para a glória de Deus ou para mero deleite?". A palavra utilizada para “excelentes” ou “melhor” é διαφέρω (diapherō), vb. ser mais digno do que. fut.ati. διοίσω; aor.ati. Tem a ver com buscar o que é mais digno, mais importante, superior. Ou seja, buscar algo que está sob a vontade de Deus;
Paulo enfatiza que há necessidade do desenvolvimento da vida cristã em devoção, santidade e disciplina.
Esses três ensinos devem nos fazer refletir sobre a maneira como vivemos e, principalmente, quais os propósitos da nossa vida.
Deus espera que os crentes busquem a plenitude espiritual - à perfeita varonilidade de Cristo, como Paulo diz aos Efésios.
Todo cristão tem um propósito (glória de Deus) e devemos viver intencional e conscientemente até esse propósito.
II. ORAÇÃO COM UMA VISÃO DE LONGO ALCANCE
Nos versículos 10-11, Paulo ora para que o povo viva uma vida irreprensível.
Não há desculpas para vivermos de qualquer jeito; não podemos viver desleixados.
Há um chamado para vivermos uma vida condizente à vontade de Deus.
Temos duas expressões importantes aqui:
“Cheios do fruto de justiça” - Paulo queria uma igreja praticante da Palavra e atuante na sociedade para trazer a justiça de Deus no mundo. O crente que vive uma vida regada ao fruto do Espírito, transforma o ambiente em que está inserido;
“Até ao Dia de Cristo Jesus” - a expectativa do crente deve ser a consumação de todas as coisas em Cristo, lembrando que a Igreja é um posto avançado do céu na terra que demonstra ao mundo a perfeição do próprio Deus.
Mas viver uma vida condizente à vontade de Deus é extremamente difícil, porque somos pecadores. E o que pode fazer com que nós vivamos uma vida diferente, à luz das Escrituras e sob a vontade de Deus? Um avivamento.
A oração do apóstolo é no sentido de Deus avivar a Igreja de Filipos para viverem efetivamente a vida de Cristo.
Quando Deus aviva a Igreja, não sobra espaço para autopromoção ou ostentação; não sobra espaço para coisas vãs e fúteis; avivamento faz com que homens e mulheres vivam uma vida santa e essa vivência, de forma intencional, causa um impacto gigantesco na sociedade e no mundo.
A oração de Paulo é com uma visão de longo alcance, pois visa que o próprio Deus avive a sua obra (traga um avivamento genuíno à Igreja), a fim de a Igreja seja um posto avançado do céu na Terra e transforme a sociedade pelo poder do Espírito Santo.
III. A ORAÇÃO DE PAULO NÃO É IDÓLATRA, MAS LOUVA A DEUS
Até mesmo as benção de Deus, podem se tornar idolatria.
Citar exemplo do Wesley em devocional.
A busca pelas coisas excelentes não deve nos levar à idolatria, como acontece com muitas igrejas e muitos irmãos. O dom, a palavra, o talento, a ação de Deus em nós, etc acabam se tornando um altar de idolatria. Subvertemos a ação de Deus e começamos a dar valor ao presente que Ele mesmo nos deu.
A busca pela excelência é uma ação do próprio Deus em nós, visando a glória de Cristo e quando deixamos o perfeccionismo humano se apoderar dessa busca, nos tornamos como os fariseus.
Para não nos tornarmos fariseus, Paulo acrescenta que é “para glória e louvor de Deus".
Ou seja, o amadurecimento espiritual, a vida santa, a coisa excelente, o avivamento, etc, nada disso são para exaltação do homem, mas pra louvor e glória de Deus.
Se o noso crescimento espiritual ou o avivamento da Igreja se tornam fonte de glória para o homem, estamos no caminho errado.
O foco do cristão é a glória de Deus em Cristo Jesus.
3. CONCLUSÃO
Qual é o propósito ou o alvo da sua vida?
A busca pelas coisas excelentes deve ser o alvo e o propósito dos crentes em Cristo.
Para alcança isso, devemos nos enquadrar naquilo que Paulo instrui os filipenses.
Buscar um aperfeiçoamento segundo Jesus, demonstrando em nossa vida os frutos de justiça que são próprios de um caráter transformado, com apenas um alvo, que é a glória de Deus em Cristo.
O desafio é mudarmos os planos e propósitos da nossa vida para esse propósito lindo da glória de Deus e provar da plenitude dEle.
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