Casamento: Jéssica & Juliano

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IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ
PLANEJAMENTO PASTORAL – CASAMENTO
FEVEREIRO/2024
Rev. Mateus Lages
Tema: A prioridade do amor 1Coríntios 13
Dia 15/02, 16h30, em Reserva Maranhão, Salto de Pirapora/SP

Saudação

Apresentação: Aos que não me conhecem, sou primo do noivo e também pastor na Igreja presbiteriana.
Agradecimento: Quero agradecê-los pelo convite de conduzi-los neste Culto ao Senhor, que celebra o matrimônio, a união entre marido e esposa, como Deus fez e nos contou no relato da criação em Gênesis 2.
Saudação aos pais dos noivos, que representam a alegria de todos os demais familiares.
Saudação aos convidados , que celebram a amizade e as boas lembranças com o casal.

Chamada à adoração

Leitura bíblica: Salmos 34.1-3
Aqui Davi usa 5 palavras para louvar a Deus: bendirei, louvor, glóriar-se-á, engradecei e exaltemos. Ele faz isso por causa da bondade do Senhor e pelos benefícios de pertencer a ele. Neste mesmo sentido vamos fazer nós!
Oração de adoração
Cântico: Tu és soberano

Chamada à confissão e ação de graças

Leitura bíblica: 1Pedro 2.1-10
O texto bíblico é muito claro, mas vale a ênfase de que não existe solo neutro. De um lado está Cristo e a vida em santidade. Do outro lado está o mundo e uma vida de pecado. Por isso, é sempre importante lembrarmos que ninguém pode ser indiferente em relaçÃo a Cristo. Ou o adoramos ou o rejeitamos. Vamos adorá-lo confessando nossos pecados e crendo em sua imensa graça e acessível perdão.
Oração de confissão e ação de graças
Hino: 394 - Perfeito amor

Palavra de edificação

Leitura bíblica: 1Coríntios 13
Tema: A prioridade do amor
Desde João Calvino, no século 16, entende-se que a parte B de 1Co 12.31 é a introdução ao capítulo 13: 1Coríntios 12.31 “E eu passo a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente.” E, com essa introdução, Paulo ensina que se queremos ser espirituais, precisamos também ser práticos na dedicação ao outro. O contexto anterior, capítulos 10 a 12, trata de manifestações espirituais extraordinárias, mas que também eram vazias, porque não mantinham unida na Igreja, que se reunia na cidade de Corinto. Tanto que o momento principal para a reunião, que era a celebração da Santa Ceia, estava contaminada com esse egoísmo prático, que visa o próprio bem e o próprio interesse até no relacionamento com Deus. Paulo faz essa crítica no capítulo 10 e explica como deve ser a celebração da Santa Ceia no capítulo 11, priorizando a comunhão da Igreja entre si e com Deus em Cristo.
Agora, o que Paulo ensina aqui é um eco do que ele prioriza em outro lugar: que o amor é o alvo de tudo [1Tm 1.5], e “o vínculo da perfeição” [Cl 3.14]; fundamentando a santidade na prática do amor. E, de fato, o que mais Deus pede de nós no conteúdo da segunda tábua da lei, que Jesus resume dizendo: amarás ao teu próximo como a ti mesmo (Mt 22.39)?
Todos os dias são novas oportunidades para aprendermos sobre o amor, e, penso eu, no casamento, isso ficará mais evidente para vocês. Duas pessoas diferentes, pelo simples fato de serem homem e mulher, mas também diferentes em sua criação, visão de mundo, ideais e sonhos, que resolvem reunir suas vontades, tem tudo para dar errado. Mas quando se entende que o que fará que dar certo, não será a realização dos próprios desejos, mas o interesse mútuo pela realização mútua, terá tudo para dar certo.
Algo que permitirá isso é a manutenção da memória. O trecho central do capítulo que lemos, afirma na NAA: 1Coríntios 13.4–7 “O amor é paciente e bondoso. O amor não arde em ciúmes, não se envaidece, não é orgulhoso, não se conduz de forma inconveniente, não busca os seus interesses, não se irrita, não se ressente do mal. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Como bem sabemos, o amor é um verbo. Exige uma ação. Deus nos amou e entregou o seu santo Filho por amor de nós, anteriormente, inimigos. Por isso, dizer “eu te amo”, sem gestos de amor é vazio. Aquela frase: “O que você faz fala tão alto, que me impede de ouvir o que você diz se torna uma realidade ainda mais perceptível neste caso. É preciso seguir amando como vocês têm feito até aqui.
O Juliano, permanecendo paciente, preocupado e cuidadoso com a Jéssica. A Jéssica, permanecendo atenciosa, carinhosa e atenta às necessidades do Juliano. Ambos, facilmente percebendo a razão dessa união, que é o amor pelo outro, não o amor do outro por si. A Jéssica não está se casando porque o Juliano a ama, nem o Juliano se casando por causa do amor da Jéssica, mas por causa do próprio amor pelo outro e o reconhecimento da necessidade confirmar este elo.
Interessante pensar que temos neste texto a paciência citada pela Jéssica, e a bondade citada pelo Juliano. Jonathan Edwards tem um livro com mais de 200 páginas sobre este capítulo, e sobre esses dois termos diz que: “a paciência, que diz respeito ao mal ou injúria recebida de outros, e a benignidade, que diz respeito ao bem que se deve fazer aos outros.” A paciência, então, é um sinal da presença do Espírito Santo, conforme o fruto do Espírito citado em Gl 5, e significa retardar qualquer desejo de retribuir mal com mal. E a bondade, que também é um fruto do Espírito, demonstra o caráter de Deus, ao qual devemos imitar, no sentido de ter sido bondoso conosco mesmo sem merecermos.
Agora, chamo a tenção de todos os presentes. Pensem comigo: como seria a propaganda de um sentimento ruim. Por exemplo, o sofrimento por uma pancada: “Olha a dor aí, quem quer!? Baratinho, baratinho!” Quem de nós compraria? Mesmo prometendo os cuidados integrais da Jéssica, imagino que o Juliano não desejará comprar.
Diante disso, quero dizer que o amor, assim como todo tipo de produto que se chega a nós em todas as áreas da nossa vida, no fim das contas, resulta em propostas que nos oferecem resultados semelhantes. Porém, a fé cristã inova no anúncio sobre o amor cristão, atrelado a satisfação, a alegria, a bondade e perspectiva sobre o futuro. Anuncia que por causa de Jesus Cristo, mesmo diante dos momentos mais difíceis, teremos paz.
Por fim, um dos versículos mais conhecidos da Bíblia afirma: João 3.16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Com isso, quero advertir ao casal, que se lembre sempre de Jesus no dia-a-dia do matrimônio de vocês. Manter na memória que lá em 2009 houve um primeiro contato, uma foto da Jéssica tirada pelo Juliano, quando nem se conheciam ainda. E que a partir de 2013, aí sim, com mais encontros, mais conversas, mais interesses, mais conhecimento… enfim, coisas que tornaram o amor uma prática, são importantes. Lembrar disso será importante. Mas mais importante do que lembrar da história de vocês, é lembrar da história de amor de Jesus por nós. Somos chamados a doar a nossa vida como uma oferta de amor, desistir das coisas de menino, assumir responsabilidades.
De modo que a fé e a esperança sejam manifestos, se tornem visíveis numa prática denominada “amor”. É importante refletir nisso, porque o falso comportamento paciente e bondoso, machuca. Machuca como o ruído de um címbalo (1) bem ao lado do ouvido, estridente, incômodo e, com o passar do tempo, intolerável. Por isso, sejamos todos sempre genuínos na fé e na esperança, para que também sejamos no amor. Confiando plena e totalmente em Jesus, em seu amor, para que o nosso serviço ao próximo seja paciente, benigno e forte.
Que Deus os ajude! Que vocês contem com todos aqui presentes. Pais e irmãos, amigos. Não caminhem sós.
Para selar este momento, quero chamar a atenção de todos para a entrada das alianças.

Entrada das alianças

Leitura bíblica: Gênesis 9.8–17
Aliança envolve compromisso e responsabilidade. O primeiro a nos fazer entender esse sentido de aliança foi Deus. Ele fez uma aliança com a humanidade, tendo como representante Noé, dizendo que tem um compromisso e uma responsabilidade, que envolve o cumprimento de sua promessas. Com base neste ato divino, fazem hoje os votos, ou promessas, um ao outro, na presença de Deus e das testemunhas, Jéssica e Juliano.
Votos
Eu recebo você, NOME, para ser minha esposa / marido, e eu prometo diante de Deus e dessas testemunhas, ser amoroso(a) e fiel na abundância e na necessidade, na alegria e na tristeza, na doença e na saúde, enquanto Deus nos permitir viver.
Queridos, Jéssica e Juliano, o casamento não é um modo de alcançar objetivos pessoais, mas a união de duas pessoas imperfeitas para criar um espaço de estabilidade, amor e consolo. Que ao olhar para a sua aliança, Jéssica e Juliano, recordem que não estão sós.

Oração final e bênção

- Beijo do casal

Como ministro do Evangelho de Cristo, eu os declaro casados.
Marido, pode beijar sua esposa!
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