A igreja que oferece esperança

Introdução

A história do capitulo 3 é fundamentada no que acontece na porta do templo - a cura do coxo.

A bíblia é uma história de esperança.

O Evangelho nada mais é do que as Boas Novas de Deus para o mundo

“A esperança bíblica não é um desejo incerto, mas uma expectativa segura baseada nas promessas de Deus.” — John Piper

"A esperança é como um farol para a alma, iluminando o caminho através das tempestades da vida." Charles Spurgeon

Martinho Lutero (1483-1546) "Mesmo que eu soubesse que o mundo acabaria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira hoje."

Dietrich Bonhoeffer (1906-1945) "A esperança é o ouvir as melodias do futuro. A fé é a coragem de dançá-las hoje."

1 - Esperança para Pedro

“Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona” (v. 1). Uma das coisas que me salta à vista ao ler esse texto é a parceria que ali se formara. Pedro, aquele que havia traído Jesus há poucas semanas, agora ia lado a lado com seu companheiro João, o qual sabemos que permaneceu com Jesus durante a experiência dolorosa da execução, pois estava ao pé da cruz quando Jesus pediu que ele cuidasse de Maria, sua mãe.

Como se vê, aquele que fugiu agora trabalha com aquele que permaneceu leal a Jesus na hora de sua morte.

2 - Esperança para o coxo

Parece óbvio ver o que Deus fez com o coxo, trazendo esperança para alguém que até então não a tinha.

John Wesley (1703-1791) "A esperança cristã é a expectativa confiante das bênçãos que Deus prometeu."

O coxo precisava ser levado até a porta do templo

Uma vida sem esperança é uma vida sem sentido.

Mas a coxeadura desse homem era congênita. Nasceu coxo. Nenhuma vez em toda a sua vida havia se levantado sobre seus próprios pés sem ajuda. Jamais em sua vida teve a experiência de caminhar pela rua, a qual muitas vezes não damos o devido valor. Esse homem nunca ficou de pé, andou, correu ou pulou.

Josefo conta-nos, em termos vívidos, como era o segundo templo que fora construído por Herodes. Era uma das maravilhas do mundo antigo. Todas as portas e portões dentro do complexo do templo eram enormes e bonitas, mas esse portão em particular era chamado de Porta Formosa ou a Bela Porta, porque, embora fosse feita de bronze no seu interior, era completamente coberta de prata e ouro. Era um pórtico de majestosa opulência. Próximo a esse símbolo de riqueza era deixado esse pobre mendigo, de forma que as pessoas que por ali andavam e por ele passavam, entrando através da Porta Formosa para o pátio interior dos judeus, pudessem ser movidos de compaixão por sua condição deplorável e lhe dar uma esmola

Um dos documentos preservados do 2° século, o livreto chamado Didache, ou “O ensino dos apóstolos”, nos dá um sumário do dever e obrigação cristãos, bem como a obediência, e a mais enfatizada no Didache é a doação generosa de esmolas

A primeira reação na maioria das vezes que vemos pedintes ou pessoas em situação de rua é desviar o olhar. Pedro e João pedem: Olhe para nós! O verso 5 inclusive mostra que ele os olhava atentamente e esperando receber alguma coisa.

Nos Atos dos Apóstolos os milagres de Jesus renovam-se. Os apóstolos fazem praticamente os mesmos sinais que Jesus fez.

Há uma insistência na pobreza dos apóstolos. A sua força está em Deus e não no dinheiro.

A cura de Deus não é algo superficial, mas algo profundo, duradouro e visível.

3 - Esperança para a igreja

Séculos mais tarde, o grande teólogo Tomás de Aquino visitou Roma e teve uma audiência com o Papa Inocêncio II. Aquino estava um tanto surpreso com a opulência do Vaticano naquele dia. Isso aconteceu antes da construção da Basílica de São Pedro, mas mesmo assim era uma sede gloriosa para a igreja, repleta de riquezas, e o papa estava um tanto orgulhoso das riquezas da igreja, e disse a Aquino: “Já não podemos dizer, ‘Não temos prata nem ouro’ ”. Tomás olhou para o papa e disse, “Talvez seja por isso que não podemos mais dizer, ‘Levanta-te e anda’ ”