Do Impossível ao “sim” de Deus
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Introdução
Introdução
Introdução: A Confiança na Aliança de Deus
Imagine que você assinou um contrato muito importante — talvez para comprar uma casa — mas esse contrato é diferente: ele não depende de você cumprir sua parte, apenas da fidelidade de quem prometeu. Como você se sentiria? Seguro? Inseguro? Tudo depende de quem está do outro lado. Todos nós ficamos mais confortáveis em acordos onde tenhamos uma participação mais ativa, que de alguma forma a gente tenha o controle.
Vivemos em um mundo de promessas frágeis. Por isso um contrato unilateral nos deixa tão desconfiados. Vivemos em dias que as pessoas não querem mais assumir nenhum tipo de aliança ou instituição. Alianças são quebradas, confiança é traída, e nós mesmos, às vezes, prometemos mais do que podemos entregar. Pensando na aliança do casamento, quando nos votos há uma promessa de fidelidade incondicional, uma parceria na saúde ou na doença, na pobreza ou na prosperidade. Porém, é muito comum vermos pessoas desistindo dessa aliança porque o outro perdeu a saúde, ou por conta de uma crise financeira. Nossa dificuldade em confiar em um pacto unilateral, em ultima análise, é que vemos no outro a nossa própria incapacidade de sustentar um compromisso. Mas o que acontece quando Deus é quem faz a promessa? Gênesis 17 nos apresenta um Deus pactual — soberano, fiel e comprometido com Seu povo. Ele não apenas promete; Ele estabelece uma aliança inquebrantável, selada com sinais visíveis que atravessam gerações até chegarem a nós em Cristo.
Antes de nos aprofundarmos no texto, olhemos o contexto. Em Gênesis 16, Abrão e Sarai, impacientes com a demora da promessa de um herdeiro, tentaram “ajudar” Deus. Sarai deu sua serva Agar a Abrão, e nasceu Ismael. O resultado? Conflito e dor, mostrando que esforços humanos não podem forçar o plano de Deus. Treze anos depois, em Gênesis 17, Deus reaparece, não para condenar, mas para reafirmar Sua promessa e dar um sinal tangível: a circuncisão. Hoje, veremos como essa aliança aponta para Cristo e para os sinais da nova aliança — o batismo e a Ceia do Senhor — que nos conectam ao mesmo Deus fiel.
Tim Keller dizia que o evangelho nos liberta da ilusão de que podemos nos salvar sozinhos. Gênesis 17 é um retrato disso: Deus toma a iniciativa, define os termos e cumpre Sua palavra.
1 Quando Abrão atingiu a idade de noventa e nove anos, o Senhor apareceu a ele e disse:
— Eu sou o Deus Todo-Poderoso; ande na minha presença e seja perfeito. 2 Farei uma aliança entre mim e você e darei a você uma descendência muito numerosa.
3 Abrão se prostrou com o rosto em terra e Deus lhe falou:
4 — Quanto a mim, esta é a minha aliança com você: você será pai de muitas nações. 5 O seu nome não será mais Abrão, e sim Abraão, porque eu o constituí pai de muitas nações. 6 Farei com que você seja extraordinariamente fecundo. De você farei surgir nações, e reis procederão de você. 7 Estabelecerei uma aliança entre mim e você e a sua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o seu Deus e o Deus da sua descendência. 8 Darei a você e à sua descendência a terra onde agora você é estrangeiro, toda a terra de Canaã, como propriedade perpétua, e serei o Deus deles.
1. O Deus que se Revela e se Compromete (Gênesis 17:1-8)
1. O Deus que se Revela e se Compromete (Gênesis 17:1-8)
Deus aparece a Abrão e se apresenta como "Deus Todo-Poderoso" (El Shaddai). Esse nome enfatiza a soberania e a suficiência de Deus para cumprir Suas promessas, independentemente das circunstâncias. Deus não está apenas reafirmando a promessa anterior, mas está estabelecendo um compromisso pactual com Abrão, agora chamado Abraão.
Deus aparece a Abrão, agora com 99 anos, e Se apresenta como “El Shaddai” — o Deus Todo-Poderoso. Esse nome declara Sua soberania e suficiência para cumprir promessas, mesmo quando tudo parece impossível. Aqui, Ele renova Sua aliança com Abrão, mudando seu nome para Abraão (“pai de uma multidão”) e prometendo uma descendência numerosa e uma terra.
Diferente dos pactos humanos, onde as partes negociam, esta aliança é unilateral em sua origem. Deus diz: “Eu serei o seu Deus, e vocês serão o meu povo” (v. 7). Em Gênesis 15, Ele já havia sinalizado que carregaria o custo dessa fidelidade sozinho, um prenúncio da cruz. A mudança de nome de Abrão para Abraão e de Sarai para Sara reforça isso: Deus redefine a identidade deles à luz de Sua promessa, apontando para a nova identidade que recebemos em Cristo (2 Coríntios 5:17).
Essa aliança não termina com Abraão. Ela aponta para a nova aliança em Jesus, selada com sinais ainda mais profundos: o batismo, que nos marca como filhos de Deus (Gálatas 3:26-27), e a Ceia do Senhor, que nos lembra o sacrifício que sustenta nosso lugar na aliança (Lucas 22:20).
26 Pois todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; 27 porque todos vocês que foram batizados em Cristo de Cristo se revestiram. 28 Assim sendo, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vocês são um em Cristo Jesus. 29 E, se vocês são de Cristo, são também descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.
20 Do mesmo modo, depois da ceia, pegou o cálice, dizendo:
— Este cálice é a nova aliança no meu sangue derramado por vocês.
Aplicação:
Aplicação:
Quantas vezes definimos quem somos pelo que fazemos ou pelo que falhamos em fazer? Abraão tinha Ismael como prova de sua tentativa fracassada, mas Deus disse: “Você é quem Eu digo que é.” Hoje, o batismo declara que somos lavados e pertencemos a Cristo, não por mérito, mas por graça. A Ceia renova essa certeza, mostrando que Deus Se comprometeu conosco na cruz.
Onde você está tentando “ajudar” Deus — com ansiedade, controle ou esforço próprio? A aliança nos chama a descansar n’Ele. Na próxima Ceia, ao segurar o pão e o cálice, lembre-se: sua identidade está segura no Deus que nunca falha.
9 Deus disse ainda a Abraão:
— Guarde a minha aliança, você e a sua descendência no decurso das suas gerações. 10 Esta é a aliança que vocês guardarão entre mim e vocês e a sua descendência: todos do sexo masculino que estão no meio de vocês deverão ser circuncidados. 11 Vocês devem circuncidar a carne do prepúcio e isso servirá como sinal de aliança entre mim e vocês. 12 O menino que tem oito dias será circuncidado entre vocês. Todos do sexo masculino nas suas gerações devem ser circuncidados, também o escravo nascido em casa e o comprado de qualquer estrangeiro, que não for da sua linhagem. 13 Deve ser circuncidado o que nasceu em sua casa e o que você comprou com dinheiro. A minha aliança estará na carne de vocês e será aliança perpétua. 14 O incircunciso, que não tiver sido circuncidado na carne do prepúcio, deve ser eliminado do meio do seu povo, pois quebrou a minha aliança.
2. A Circuncisão: Um Sinal da Aliança (Gênesis 17:9-14)
2. A Circuncisão: Um Sinal da Aliança (Gênesis 17:9-14)
Deus institui a circuncisão como o sinal visível da aliança com Abraão. Ele ordena que todo homem em sua casa — desde bebês de oito dias até servos comprados — carregue essa marca na carne (v. 10-12). Não era um detalhe opcional ou um costume cultural passageiro; era um mandamento divino carregado de significado. A circuncisão ia além de um ritual físico: era um símbolo poderoso de separação do mundo e de santidade para Deus, distinguindo o povo da aliança das nações ao redor. Mais profundamente, apontava para uma realidade espiritual — a necessidade de um coração transformado, como Moisés diria séculos depois em Deuteronômio 30:6: “O Senhor, teu Deus, circuncidará o teu coração e o coração da tua descendência, para amares o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração.”
Esse sinal tinha um peso sério. Rejeitá-lo era rejeitar a própria aliança (v. 14). Quem não se submetesse seria “eliminado do povo”, não apenas como punição, mas como uma declaração de que pertencer a Deus exige uma resposta visível e concreta. No mundo antigo, alianças entre reis e vassalos frequentemente incluíam sinais externos — selos, marcas ou juramentos — para mostrar lealdade. Aqui, Deus usa a circuncisão como um selo físico que dizia: “Vocês são meus, e eu sou seu Deus.” Mas o verdadeiro alvo de Deus não era apenas a carne; era o interior. A circuncisão expunha a insuficiência humana: ela marcava o corpo, mas não podia mudar o coração. Por isso, os profetas, como Jeremias (Jeremias 4:4), chamavam Israel a “circuncidar o coração”, reconhecendo que a obediência externa sem transformação interna era vazia.
Essa tensão revela que a circuncisão era temporária, um sinal que apontava para algo maior e mais completo. No Novo Testamento, ela encontra seu cumprimento em Cristo. Paulo explica em Colossenses 2:11-12 que os crentes em Jesus passam por uma “circuncisão feita sem mãos” — não um corte na carne, mas uma obra sobrenatural do Espírito que nos une à morte e ressurreição de Cristo. O batismo é o sinal externo dessa realidade: ao sermos imersos, morremos com Ele para o pecado e ressuscitamos para uma nova vida (Romanos 6:4). A circuncisão era um símbolo de separação; o batismo é o selo da regeneração, mostrando que fomos lavados e feitos novos.
Mas a conexão não para aí. A circuncisão também prefigurava a obra redentora de Cristo de forma surpreendente. Em Gênesis 17, ela é dada antes que Isaque nasça, como um sinal de que a promessa de Deus precede e capacita nossa obediência. Da mesma forma, Cristo, o verdadeiro descendente da promessa (Gálatas 3:16), foi “cortado” na cruz — um sacrifício ultimate que removeu a barreira do pecado e abriu o caminho para a transformação do coração que a circuncisão apenas simbolizava. Timothy Keller frequentemente apontava que os sinais do Antigo Testamento são sombras que ganham substância em Jesus. A circuncisão era um eco distante da cruz, onde o sangue de Cristo selou a nova aliança e tornou possível a verdadeira santidade.
A Ceia do Senhor, instituída por Cristo (Lucas 22:19-20), é o sinal contínuo da nova aliança, um memorial do sangue derramado por nós. Enquanto a circuncisão marcava o corpo, o batismo e a Ceia marcam nossa vida inteira como pertencentes a Deus.
Os sinais da aliança não são extraordinários; eles nos conectam à realidade da graça e nos chamam a viver de acordo com ela. São provas visíveis do compromisso de Deus e do nosso com Ele.
Aplicação
Aplicação
Assim como a circuncisão era um selo visível de que Abraão e seu povo pertenciam a Deus, o batismo e a Ceia do Senhor são os sinais vivos de que nós pertencemos a Cristo. O batismo não é apenas um evento passado ou um rito público; é uma declaração radical de que fomos arrancados do domínio do pecado e transplantados para o reino do Filho amado de Deus (Colossenses 1:13). Ele proclama que nossa antiga identidade — definida por nossas falhas, nosso orgulho ou nossa busca por validação — foi sepultada com Cristo e substituída por uma nova vida que carrega o nome d’Ele. A Ceia, por sua vez, não é um simples memorial; é um encontro renovador com o sacrifício de Jesus, o pão partido e o sangue derramado que nos lembram que nossa santidade não é algo que fabricamos, mas algo que recebemos d’Ele — um dom que nos sustenta enquanto peregrinamos neste mundo.
Mas aqui está o desafio: sua vida reflete essa pertença? Não se trata de perfeição, mas de direção. A circuncisão exigia um corte físico; o evangelho exige um corte espiritual mais profundo. O que precisa ser ‘circuncidado’ no seu coração hoje? Talvez seja um pecado que você tolera porque parece pequeno, mas que silenciosamente rouba sua alegria em Deus. Talvez seja uma mágoa antiga que você segura como um troféu de justiça própria, mas que envenena sua paz. Ou talvez seja a autossuficiência — a tentação de viver como se você pudesse sustentar sua própria salvação, em vez de descansar na obra consumada de Cristo. O batismo te diz: ‘Você já foi separado para Deus; essa luta não define mais quem você é.’ A Ceia te dá forças para soltar essas coisas, porque ao provar o pão e o vinho, você é lembrado de que Jesus já carregou o peso que você insiste em carregar.
Então, aqui está um convite prático e profundo: na próxima vez que você se aproximar da mesa do Senhor ou refletir sobre seu batismo, não deixe que seja apenas um momento sentimental. Faça disso um ponto de rendição. Traga à mente algo específico que precisa ser ‘cortado’ — nomeie-o diante de Deus em silêncio — e peça ao Espírito Santo que use esses sinais para reacender sua fé e coragem. O batismo te marcou como propriedade de Cristo; a Ceia te nutre para viver como tal. Que esses sinais não sejam apenas símbolos, mas catalisadores de uma vida que testemunha ao mundo o poder transformador do nosso Deus pactual."
15 Deus disse a Abraão:
— A Sarai, sua mulher, você não chamará mais de Sarai, porém de Sara. 16 Eu a abençoarei e darei a você um filho que nascerá dela. Sim, eu a abençoarei, e ela se tornará nações; reis de povos procederão dela.
17 Então Abraão se prostrou com o rosto em terra, e riu, dizendo consigo mesmo: “Pode nascer um filho a um homem de cem anos? E será que Sara, com os seus noventa anos, ainda poderá dar à luz?”
18 Então Abraão disse para Deus:
— Quem dera que Ismael vivesse sob a tua bênção!
19 Deus lhe respondeu:
— Na verdade, Sara, a sua mulher, lhe dará um filho, e você o chamará de Isaque. Estabelecerei com ele a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência. 20 Quanto a Ismael, eu ouvi o pedido que você me fez: vou abençoá-lo, farei com que seja fecundo e o multiplicarei extraordinariamente; ele será pai de doze príncipes, e dele farei uma grande nação. 21 Mas a minha aliança eu estabelecerei com Isaque, o filho que Sara dará à luz para você, neste mesmo tempo, daqui a um ano.
22 Quando acabou de falar com Abraão, Deus se retirou dele, elevando-se.
3. Um Deus que Cumpre o Impossível (Gênesis 17:15-22)
3. Um Deus que Cumpre o Impossível (Gênesis 17:15-22)
Deus agora volta Seu olhar para Sara, renomeada e com 90 anos, prometendo que ela, uma mulher estéril e idosa, dará à luz um filho. Abraão ri (v. 17) — não uma risada de zombaria pura, mas de assombro diante do absurdo humano da situação. Ele não está rejeitando Deus; está lutando para reconciliar a promessa com a realidade que seus olhos veem. E Deus, em graça soberana, não o repreende, mas reafirma a promessa, nomeando o filho como Isaque — “riso” — um nome que transformará a incredulidade de Abraão em alegria redentora. Ismael, nascido do esforço humano de Abrão e Sarai para “ajudar” Deus (v. 20), recebe uma bênção, mas Isaque será o canal da aliança, o filho milagroso que carrega a promessa.
Esse contraste entre Ismael e Isaque é mais que uma narrativa familiar; é uma janela para o coração do evangelho. Ismael representa a justiça própria — o impulso humano de fabricar bênçãos com nossas mãos, como se pudéssemos acelerar ou merecer o plano de Deus. Isaque encarna a graça soberana — um dom que vem inteiramente de Deus, contra todas as probabilidades naturais. Paulo usa essa imagem em Gálatas 4:22-31 para mostrar que nossa salvação não vem de obras, mas da fé na promessa divina. E Isaque é apenas um prenúncio de Cristo, o verdadeiro descendente de Abraão (Gálatas 3:16), cujo nascimento milagroso e sacrifício redentor cumprem a aliança para todas as nações.
A espera de Abraão — 25 anos desde a promessa inicial em Gênesis 12 — sublinha outro aspecto crucial: Deus opera em Seu tempo, não no nosso. O silêncio de treze anos entre Gênesis 16 e 17 não foi abandono, mas preparação. A promessa parecia morta, como o ventre de Sara, mas Deus a ressuscitou no momento exato, mostrando que Seu poder transcende a lógica humana. O batismo nos conecta diretamente a esse milagre supremo: ao sermos mergulhados, participamos da morte e ressurreição de Cristo (Romanos 6:4), o maior “impossível” que Deus realizou. A Ceia do Senhor nos sustenta nessa espera contínua, pois ao comer o pão e beber o cálice, “anunciamos a morte do Senhor até que Ele venha” (1 Coríntios 11:26). Esses sinais não são meros rituais; são âncoras que nos ligam ao Deus que faz o impossível, celebrando Sua fidelidade passada enquanto aguardamos Sua volta futura.
Aplicação:
Você já riu de uma promessa de Deus — não por cinismo, mas porque ela parecia grande demais para sua vida pequena? Talvez você esteja esperando há anos por algo que Deus colocou em seu coração: a restauração de um relacionamento despedaçado, a cura de uma ferida que não cicatriza, um novo começo após um fracasso que ainda te define. Gênesis 17 nos confronta com uma escolha: vamos confiar no Deus que transforma riso de incredulidade em riso de redenção? Abraão esperou 25 anos; Sara carregou a esterilidade como um fardo por décadas. Mas o tempo de Deus não é atraso; é o palco onde Ele exibe Sua glória.
O batismo te lembra que o impossível já aconteceu em você. Quando você foi imerso, Deus declarou que o milagre da salvação, mais improvável que um filho nascer de um ventre morto, tornou-se seu. A Ceia te sustenta na espera pelo que ainda não veio, porque cada gole do cálice é um eco da cruz, onde Jesus provou que nenhuma promessa de Deus é grande demais para Ele cumprir. Mas confiar não é passivo; é uma entrega ativa. Onde você está tentando “gerar um Ismael” — forçar soluções com suas mãos em vez de esperar pelo “Isaque” de Deus? Talvez seja o controle que você exerce sobre o futuro, o desespero que te leva a compromissos menores, ou a dúvida que te faz questionar se Deus realmente fala sério.
Aqui está um convite mais profundo: na próxima vez que você participar da Ceia ou lembrar do seu batismo, não passe por isso como rotina. Pare. Pergunte a si mesmo: “O que estou segurando que preciso entregar ao tempo de Deus?” Nomeie essa espera específica — apresente em oração — e peça ao Espírito Santo que transforme sua impaciência em confiança. O batismo te assegura que Deus já fez o impossível por você; a Ceia te dá força para esperar o “riso” que Ele prometeu. Que esses sinais sejam um lembrete vivo de que o Deus da aliança nunca falha — e que Sua fidelidade vale cada momento de espera.
Conclusão: O Deus da Aliança em Cristo
Conclusão: O Deus da Aliança em Cristo
Gênesis 17 não é apenas uma história antiga sobre Abraão; é a nossa história, porque revela o coração do Deus que sempre teve um plano. No início, Ele criou tudo perfeito — um mundo em harmonia com Ele (Criação). Mas nós caímos, escolhemos nosso caminho, e o pecado quebrou essa relação, deixando-nos perdidos e incapazes de nos salvar (Queda). Mesmo assim, Deus não desistiu. Ele fez uma aliança com Abraão, prometendo um povo e uma bênção que alcançaria todas as nações, um plano que se cumpriu em Jesus Cristo (Redenção). Na cruz, Cristo selou essa nova aliança com Seu sangue, morrendo por nossas falhas e ressuscitando para nos dar vida. E Ele voltará um dia, trazendo a restauração completa de todas as coisas, onde viveremos com Ele para sempre (Glorificação). Essa é a grande história de Deus — e você está nela.
Para você que já segue Jesus, olhe para Gênesis 17 e veja o Deus que nunca quebra Suas promessas. O batismo te lembra que você foi lavado e incluído nessa aliança — o impossível da sua salvação já foi feito. A Ceia te chama de volta ao coração de Cristo, nutrindo sua fé enquanto você espera o dia em que Ele completará o que começou em você (Filipenses 1:6). Talvez hoje sua esperança esteja cansada, sua espera longa demais. Mas o mesmo Deus que deu Isaque a Sara, contra todas as apostas, está trabalhando em você. Confie n’Ele novamente — Ele é fiel.
E se você ainda não conhece esse Deus, ouça isso: a aliança de Gênesis 17 é um convite para você também. Jesus, o verdadeiro descendente prometido (Gálatas 3:16), abriu o caminho. Ele carregou o peso do seu pecado na cruz, oferecendo perdão e um novo começo que você nunca poderia conquistar sozinho. O batismo e a Ceia são sinais de uma promessa que pode ser sua — não por esforço, mas pela fé. Hoje pode ser o dia em que você diz “sim” ao Deus que te chama para casa.
Para todos nós, esses sinais da Nova Aliança gritam uma verdade: Deus é o fiador da aliança, e em Cristo, todas as Suas promessas são “sim” e “amém” (2 Coríntios 1:20).
Então, viva como povo d’Ele. Celebre na mesa do Senhor. E espere com esperança, porque o Deus pactual que transformou Abraão está transformando você — e um dia, Ele voltará para nos levar à glória.
Onde você está nessa história hoje? Se você é cristão, traga suas dúvidas e cansaço a Jesus agora, e deixe esses sinais renovarem sua fé. Se você ainda está de fora, dê um passo — fale com Deus, peça que Ele te mostre Cristo. Em silêncio, todos nós, vamos nos achegar ao Deus da aliança que nunca desiste de nós.