Jonas 4.1-5

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Texto: Jonas 4
Título: “QUANDO O SENHOR MANIFESTA MISERICÓRDIA PARA COM O PECADOR, O QUE É REVELADO NO CORAÇÃO DE ALGUNS SERVOS?”

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Introdução
Você que viveu entre os anos 90 e 2000, deve lembrar do programa de tv que se tornou um clássico. Programa intitulado: “Você Decide.”
Era um programa onde histórias eram contadas, mas os finais possíveis eram concluídos com a participação do tele-espectador. Este deveria ligar e escolher um final possível. O mais votado, seria escolhido como definitivo.
Na teoria, é como se você escolhesse o futuro de alguém, ou determinasse a história de tal pessoa. Bom, alguém já disse que a “voz do povo é a voz de Deus” e acreditaram nisso.
Quando os homens percebem que a vida não é assim. Que Deus é soberano e "tem misericórdia e se compadece de quem quiser”, como disse a Moisés (Ex 33.19), a visão deles muda, e muita verdade é manifestada.
Veja o caso de Jonas. Fugiu de Deus, foi capturado por Ele, a beira da morte clamou pela sua vida, e estava testemunhando o Senhor mudar uma nação que ele não queria. Se fosse colocada nas mãos dele escolher o futuro de Nínive, mesmo após a misericórdia do Senhor tê-lo alcançado, qual você pensa que seria o fim escolhido por ele?
Se Jonas estivesse assistindo a história de Nínive sendo contada e pudesse fazer uma ligação para escolher entre a misericórdia do Senhor ou a destruição da mesma, que opção você imagina que ele tomaria?
Bem, seria diferente com você? Envolvendo aqueles que o rodeiam? Com aqueles que o tomam como alvo de zombaria ou chacotas? Com aqueles que constantemente o desrespeitam etc. Talvez você já tenha sido muito humilhado em sua vida, e um pessoa, ou várias foram esses ninivitas em sua vida.
Se você estivesse assistindo a história deles, ou da pessoa, e pudesse escolher o final, qual optaria? Ser misericordioso ou não? Como a realidade é diferente, e você não escolhe, mas Deus que determina todas as coisas, como você reagirá, ou reagiu a quebra de expectativa (aquela frustração escondida) diante do resultado gracioso do Senhor, transformando a vida deste pecador?
Bom, deste modo, refletiremos nesta noite, partindo do seguinte questionamento (PROPOSIÇÃO): "QUANDO O SENHOR MANIFESTA A MISERICÓRDIA PARA COM O PECADOR, O QUE É REVELADO NO CORAÇÃO DE ALGUNS SERVOS?”
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OBSERVAÇÕES DO TEXTO
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“QUANDO O SENHOR MANIFESTA A MISERICÓRDIA PARA COM PECADORES, O QUE É REVELADO NO CORAÇÃO DE ALGUNS SERVOS?”
Em primeiro lugar é revelado:
1ª QUE HÁ DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS:
A misericórdia do Senhor fora manifestada ao profeta, quando ele necessitou. Porque ele poderia receber a misericórdia e os Ninivitas não?
O Senhor iniciou sua aliança com estes homens: Abraão, Isaque e Jacó, mas não significa que governava somente sobre eles. Claro que o movimento evangelístico no AT é diferente do NT ou o da atualidade, entretanto, o Senhor privava sua misericórdia somente para eles?
Claro que não! Considere as leis que abrangiam os estrangeiros, por exemplo, e figuras veterotestamentárias que foram alvos da graça do Senhor. Os que se aproximaram do Senhor receberam misericórdia!
Jonas havia esquecido a lei de Deus? Porque não usar a lei que se aplicava dentro da sociedade política de Israel, aos estrangeiros, como um princípio aqui? Pois Jonas continuava sendo um hebreu e profeta do Senhor, no meio de estrangeiros (para ele) que deveriam se arrepender.
Mas Jonas, ficou profundamente descontente e furioso. Ele como profeto do Senhor, aquele que deveria ter o coração próximo ao coração do Eterno, expressando sua lei moral. Este preferiu ir contra a vontade do próprio Senhor a quem servia.
MAS COMO UM SERVO DEVE SER?
Bem, Jonas deveria ser misericordioso, longânimo e tardio em irar-se, assim como o seu Deus. Conhecendo seu Deus, ele já deveria saber como testemunhar.
Mas no NT o Senhor nos ensina como um servo deve ser. Em Mt 5.7 está escrito: “Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia.”
E mais, no mesmo sermão, ao dirigir-se ao Pai em oração, quem ora deve declarar as seguintes palavras: “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.” (Mt 6.12)
Ensinando que a misericórdia faz parte das virtudes éticas de um servo do Senhor. Portanto, caso você viva amargurado, ou com inveja de alguém, confesse ao Senhor, abandone esse pecado e seja misericordioso. Não pense que a misericórdia é exclusivamente sua.
Mas há um complemento, por isso, em segundo lugar é revelado que:
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2ª HÁ CONFUSÃO TEOLÓGICA:
Observe a oração de Jonas nos versículos 2-3.
Há uma expressão histórica que ensina o seguinte: “Aquilo que oramos, é aquilo que cremos e assim como cremos oramos”.
Jonas, está profundamente irritado com Deus. E quando ora, revela o que crê sobre o Senhor. Ele sabe que Deus é “clemente, misericordioso, tardio em irar-se e grande em benignidade”.
E o que isso o levou a fazer? Bem, ele orou antes pedindo misericórdia e o Senhor o atendeu (Jonas 2). Acredito que sua oração e arrependimento foram verdadeiros. O Senhor o respondeu positivamente.
Entretanto, ele deve ter criado alguma ideia que possivelmente o levou a crer que o Senhor não seria misericordioso para com os ninivitas. Talvez pensasse que os ninivitas eram tão cruéis e tão orgulhosos que não se arrependeriam. Porém, aconteceu o contrário, como lemos: todo o povo se humilhou diante do Senhor.
Mas, você percebe que mesmo conhecendo o Senhor, sabendo que Deus ama a santidade, pureza, justiça, tanto quanto ama a vida, a misericórdia e graça, sem aguentar o que Deus havia feito diante de seus olhos, ele pede o absurdo: “Mata-me!” Esta é a segunda oração de Jonas.
Parafraseando, ele estava declarando: “Mata-me! Pois não consigo olhar para o resultado da tua misericórdia! Desde o início, sabia que você não seria diferente do que é, por isso fugi! Por isso te imploro: Mata-me!”
Um personagem que é muito parecido com Jonas, é o filho mais velho na parábola do Pai que tem dois filhos, em Lucas 15. O filho mais velho não esperava que o Pai redimisse o filho mais novo que voltou para casa. Mas parece que ele confundiu as verdades teológicas. Conhecia seu Pai, mas não conhecendo.
Na parábola o Pai é tanto justo como justificador. Ele aplicou-lhe a justiça, trocando-lhe as vestes por uma que não lhe pertencia e justificando-o, declarando-lhe filho novamente. Percebam então, duas figuras muito parecidas.
MAS COMO UM SERVO DEVE SER?
Um servo deve ficar feliz com o que o Senhor faz na vida de pecadores, de ímpios. Assim como fazem os personagens nas três parábolas em Lucas 15.
O Pastor encontra a ovelha perdida e faz festa, convidando vizinhos. A Mulher que encontra a dracma perdida, faz festa e convida os vizinhos. Do mesmo modo, o Pai que redime seu filho que voltou a viver, faz festa e convida a todos.
Um servo deve viver o que crê. Se ele conhece o Senhor e portanto crê que ele é misericordioso e alegra-se com os pecadores arrependidos, este também deve alegrar-se festejar com eles.
Passemos então ao último ponto, onde é revelado:
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3ª FALTA DE TEMOR AO SENHOR:
O profeta Jonas ora e Deus responde.
No versículo 4, Deus pergunta: “Você tem alguma razão para essa fúria?”
Ele deveria responder ao Senhor. Como um servo, um profeta que trata diretamente com o Eterno. Mas o que ele escolhe fazer? Dar as costas.
Ele ficou em silêncio. Mas não foi somente isso. Quando o Senhor o questiona, ele dá as costas e afasta-se de onde o Senhor havia feito sua obra. Ele afasta-se da cidade, dos ninivitas e prefere ficar sozinho.
Mas o fato de afastar-se dentre eles não revelava somente o “não querer vê-los”, tendo em vista que estava frente a uma grande obra do Eterno. Deste modo, o afastar-se dali revelava que ele não queria contemplar o que o Senhor havia feito. Obra da qual ele havia participado.
Parece até que ele tinha alguma esperança de que algo mudasse. Pois ele se afastou, construiu um abrigo para si e ali ficou. Provavelmente não queria ser servido pelos ninivitas, e esperou para ver o que poderia vir a acontecer na cidade. Será que o Senhor poderia voltar atrás?
Bem, o profeta parece não lembrar o que o Senhor havia feito no Egito, quando para elevar sua glória, endureceu o coração de Faraó. Deus não brinca de “supresa”, suas obras são muito claras, e por isso o profeta testemunhara todo o povo arrependido.
Quem moveu o coração destes homens, mulheres, adultos, crianças e idosos? Quem quebrantou o coração das pessoas mais perversas naquela época? O Eterno! O Senhor Deus!
Onde estava então o temor do profeta? A reverência frente a uma grandiosa obra feita no coração dos mais corruptos? Não estava ali, agora o profeta lhe dera as costas. Sendo irreverente até mesmo com a própria vida, que fora um presente que o Eterno lhe deu.
MAS COMO UM SERVO DEVE SER?
Um servo deve ser diferente daquele homem que tivera sua grande dívida perdoada.
Aquele servo impiedoso, em Mateus 18, foi alvo de grande paciência e perdão, e não agiu na medida que fora abençoado, para com aquele que necessitava. O que aconteceu depois? Ele não ficou sem juízo, o Senhor o chamou e declarando que ele era um servo mal, o julgou. Pois este homem em primeira estância ofendeu aquele que o havia perdoado.
Portanto, um servo honra o seu Senhor, honrando-o respeitosamente em temor, sendo testemunha do que recebera d’Ele e que muitos outros também receberão.
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CONCLUSÃO:
Amados, pensando um pouco melhor, que final você escolheria para aquele que tanto lhe feriu? E se o Senhor escolheu algo diferente para ele?
Se você então testemunhar a misericórdia do Senhor manifestada sobre essa pessoa, ou pessoas, o que está no seu coração seria revelado. Não há como esconder.
O que nós veríamos? Que comportamento testemunharíamos? Ou, que comportamentos, você guardaria em seu coração para ninguém ver?
Justiça e misericórdia? Ou dois pesos e duas medidas? Confusão entre quem Deus realmente é, e quem você deseja que Ele seja? Falta de respeito frente os grandes feitos do Senhor? Ou temor reverente, pois você sabe que é tão carente de Jesus quanto o pior dos ímpios?
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