2. Justificação (Rm 3.21-26)
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Introdução
Introdução
Você já se sentiu culpado por algo que fez e desejou ser declarado inocente? Imagine estar diante de Deus e ouvir as palavras: 'Você está livre de toda culpa!' É exatamente isso que a doutrina da justificação ensina.
Antes de mais nada, é preciso entender que a justificação é um conceito explícito na Bíblia. Não é invenção de teólogos. A carta aos Romanos está repleta de textos que falam da justificação.
O que é a justificação? (Grudem): “Justificação é um ato instantâneo e legal da parte de Deus pelo qual ele (1) considera nossos pecados perdoados e a justiça de Cristo como pertencente a nós; e (2) declara-nos justos aos olhos Dele.
Veja a maravilha do evangelho: Deus enviou Seu Filho unigênito para morrer na cruz por nós. Quem Nele crê recebe o perdão dos pecados, mas não apenas isso; recebe também a declaração de que é justo, inocente diante de Deus. Mas essa justiça não é própria nossa; vem do próprio Senhor Jesus para todo o que crê. A ideia precisa por traz do termo “justo” é “justificado”, “inocentado”.
Johann Alsted, teólogo alemão do século XVII “a doutrina da justificação pela fé é o artigo pelo qual a igreja se mantém de pé ou cai”.
Agora que compreendemos o que é a justificação, vamos explorar juntos algumas verdades bíblicas fundamentais que revelam a profundidade desse ato gracioso de Deus.
A primeira verdade: Deus nos declara justos.
A primeira verdade: Deus nos declara justos.
É um ato forense. Em outras palavras, é uma posição legal diante do tribunal de Deus.
Deus “declara justo” aquele que crê. Nunca “torna justo”. Deus não nos torna perfeitos, mas nos declara justificados. Nosso aperfeiçoamento se dá através do processo de santificação. A justificação nos diz que somos inocentados diante de Deus.
Por isso, Deus nos livra da condenação.
Por isso, Deus nos livra da condenação.
Após uma longa discussão sobre a justificação somente pela fé, Paulo em sua carta aos Romanos conclui seu ensino sobre a justificação da seguinte maneira:
1 Agora, pois, já não existe nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus.
Ou seja, todo aquele que foi justificado por Deus não pagará absolutamente nenhuma penalidade por seus pecados. A pena já foi paga. Jesus bradou na cruz: “Está consumado!” “A dívida foi quitada!” Jesus cravou nossa conta impagável na cruz! A Ele toda a honra e glória.
Se Deus nos declara justos, Ele o faz com base em quê? Como um Deus santo pode olhar para pecadores e chamá-los de inocentes? Isso nos leva à segunda verdade: Deus nos imputa a justiça de Cristo.
A segunda verdade: Deus nos imputa a justiça de Cristo.
A segunda verdade: Deus nos imputa a justiça de Cristo.
Isso significa que Deus considera a justiça de Cristo como nossa.
5 Mas, para quem não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça. 6 E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado aquele a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras.
Deus, o Justo Juiz, não apenas nos perdoa, mas nos considera como justos diante Dele.
Que notícia maravilhosa! Mas precisamos compreender algo ainda mais profundo: não há nada em nós que mereça essa justificação. Isso nos leva à terceira verdade: Deus nos justifica por Sua graça.
A terceira verdade: Deus nos justifica por Sua graça, e não por causa de algum mérito em nós.
A terceira verdade: Deus nos justifica por Sua graça, e não por causa de algum mérito em nós.
Ninguém é capaz de se tornar justo diante de Deus, e Paulo explica o motivo em Rm 3.23-24.
23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, 24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.
“Justificados por sua graça”. “graça” significa um “favor imerecido”. É um presente. Como somos completamente incapazes de merecer o favor de Deus, só há uma maneira pela qual poderíamos ser considerados justos: se o próprio Deus nos desse a salvação pela graça, totalmente à parte das nossas obras.
Se essa justificação é um presente da graça de Deus, a questão agora é: como podemos recebê-la? A resposta é simples, mas profunda: Deus nos justifica por meio da fé em Jesus Cristo.
A quarta verdade: Deus nos justifica por meio de nossa fé em Jesus.
A quarta verdade: Deus nos justifica por meio de nossa fé em Jesus.
O cap. 4 inteiro de Romanos nos mostra que somos justificados pela fé, e não por obras.
Através da fé em Jesus nós somos justificados.
Podemos resumir essa verdade da seguinte maneira: a justificação não é conquistada, mas é recebida de Deus. Vamos relembrar as quatro verdades sobre a justificação que aprendemos até aqui.
Relembrando:
Relembrando:
Em primeiro lugar, Deus nos declara justos e nos livra de toda condenação;
Continuando, Deus nos imputa a justiça de Cristo;
Em seguida, Deus nos justifica por Sua graça;
Por fim, Deus nos justifica através da fé em Jesus Cristo.
Se essas verdades são tão profundas e transformadoras, elas devem impactar a maneira como vivemos. Como a doutrina da justificação transforma nossa vida prática? Vamos considerar três aplicações para quem já crê em Cristo.
Aplicações práticas da doutrina da justificação:
Aplicações práticas da doutrina da justificação:
1. Para os crentes:
1. Para os crentes:
A. Tenha plena convicção de sua salvação.
A. Tenha plena convicção de sua salvação.
Nossa posição diante de Deus está segura para sempre porque é baseada na obra em Cristo, e não em nossa performance. A obra salvadora de Cristo é que nos salva!
Certa vez, alguém perguntou ao pr. Russel Shedd:
— Posso ter certeza da minha salvação?
— Depende. Depende de quem te salvou. Se for você, não! Se foi Cristo, com certeza!
B. Liberte-se do peso do legalismo para ser salvo.
B. Liberte-se do peso do legalismo para ser salvo.
1 Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Por isso, permaneçam firmes e não se submetam, de novo, a jugo de escravidão.
Não precisamos trabalhar para ganhar o favor de Deus; já somos aceitos em Cristo.
Jesus convoca a multidão esgotada: “venham a mim todos os cansados e sobrecarregados, e eu os aliviarei”.
C. Dê toda glória a Deus.
C. Dê toda glória a Deus.
A doutrina da justificação esmaga o nosso orgulho. Tudo o que temos em Cristo é um presente imerecido.
27 Onde fica, então, o orgulho? Foi totalmente excluído. Por meio de que lei? A lei das obras? Não! Pelo contrário, por meio da lei da fé. 28 Concluímos, pois, que o ser humano é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.
Mas e aqueles que ainda não foram justificados? Qual é a sua esperança diante de um Deus santo? Se você ainda não entregou sua vida a Cristo, essas verdades também falam diretamente a você.
2. Para os não crentes:
2. Para os não crentes:
A. Reconheça sua necessidade.
A. Reconheça sua necessidade.
Todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3:23).
B. Creia em Cristo.
B. Creia em Cristo.
A única forma de ser aceito diante de Deus é confiar na obra de Cristo (Jo 3:16).
C. Receba a justificação agora mesmo.
C. Receba a justificação agora mesmo.
Não há condenação para os que estão em Cristo (Rm 8:1).
Para ilustrar de forma clara essa maravilhosa verdade da justificação, quero compartilhar uma história que exemplifica o que Cristo fez por nós.
[Ilustração: O Manto do Rei]
Havia um jovem pobre que vivia às margens de um grande reino. Sua roupa era velha, suja e rasgada, e seu trabalho era recolher lixo para sobreviver. Todos que passavam por ele o desprezavam. Ele sabia que, com sua aparência e condição, jamais poderia entrar no palácio do rei.
Um dia, um decreto foi anunciado em todo o reino: "O rei está preparando uma grande festa no palácio e convida qualquer pessoa para participar. Todos são bem-vindos!".
O coração do jovem se encheu de esperança, mas ao olhar para si mesmo, desanimou. "Como posso me apresentar diante do rei assim?", pensou. Ainda assim, decidiu tentar.
Quando chegou aos portões do palácio, os guardas o barraram imediatamente.
— "Você não pode entrar assim! Olhe para suas roupas imundas!" — disseram com desdém.
Desesperado, o jovem estava prestes a voltar quando, de repente, a porta principal se abriu, e o próprio príncipe do reino apareceu. Com um olhar de compaixão, ele se aproximou do jovem e, sem dizer uma palavra, tirou seu próprio manto real – um manto limpo, puro e reluzente – e o colocou sobre os ombros daquele pobre rapaz.
— "Agora você pode entrar" — disse o príncipe com um sorriso. — "Quando meu pai olhar para você, verá o meu manto e o aceitará como se fosse eu."
O jovem, ainda sem acreditar, foi conduzido até a presença do rei. E, ao vê-lo vestido com o manto do príncipe, o rei o recebeu com alegria e declarou diante de todos:
— "Este é meu convidado, meu filho amado! Ele é bem-vindo à minha mesa!"
Apelo
Apelo
Você está tentando se aproximar de Deus com suas próprias "vestes" ou já aceitou o manto da justiça de Cristo?
Se você já recebeu a Jesus como Senhor e Salvador, já foi declarado justo diante de Deus. Quero te fazer uma pergunta: Como isso transforma sua maneira de viver hoje? Você está vivendo como alguém que foi libertado da culpa e chamado a refletir a justiça de Cristo no mundo?
Se você ainda não experimentou a justificação por meio da fé em Jesus: pare de tentar se aproximar de Deus com suas próprias "vestes", sua própria justiça. Pare de tentar salvar a si mesmo com seus esforços. Hoje, Jesus, o Príncipe da Paz oferece esse manto, o manto da Justiça, gratuitamente – basta recebê-Lo pela fé.