INTRODUÇÃO (Ap.1)
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Tema: A Revelação Apocalíptica
Série : Exposição de Apocalipse
Autor: Ricardo Moreira
Local: 18ª Igreja Presbiteriana Renovada de Goiânia
Data: 16/03/2025
Texto chave: Apocalipse 1
1. INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Nós vamos tratar hoje do Livro da Revelação de Jesus Cristo.
O livro de Apocalipse, conhecido na tradição cristã como "A Revelação de Jesus Cristo", último da Bíblia, é uma obra singular, repleta de simbolismo e teologia profunda.
Seu objetivo central transcende a simples descrição de eventos futuros: ele busca incutir nos leitores uma viva esperança e uma atitude de adoração constante, independentemente das circunstâncias vividas.
Foi escrito, num dos períodos de maior perseguição para os cristãos.
Além disso, o livro está permeado por expressões correlatas, como "glorificar" (doxázō), "louvar" (aineō), "dar graças" (eucharistéō), "honrar" (timáō) e "servir a Deus" (latréuō). A frequência com que a adoração é mencionada – 24 vezes neste livro, em contraste com 35 ocorrências em todo o Novo Testamento – destaca a centralidade desse tema na mensagem apocalíptica.
A mensagem de João, portanto, não é apenas um convite à contemplação, mas um imperativo de adoração que desafia os crentes a reconhecerem a glória de Deus, mesmo em meio ao sofrimento e à incerteza.
Em suma, o texto de apocalipse traz a seguinte mensagem aos leitores:
“Adorem, pois o nosso Cristo está em seu trono governando tudo e todos, não é Roma quem governa, é Cristo quem governa”
Uma abordagem correta do Apocalipse exige atenção ao seu contexto original e aos destinatários imediatos. Ignorar isso é cair em erros interpretativos graves, como observa (POHL, 2001):
"Porventura não depreciaremos João e sua mensagem se lhe imputamos que teria escrito para além das cabeças dos seus contemporâneos e que nada do que liam para si na verdade se referia a eles?"
Essa crítica é válida, pois o Apocalipse não foi escrito como um enigma para gerações futuras, mas como uma mensagem viva para as igrejas do primeiro século.
A palavra profética possui, sem dúvida, uma extensão para além do seu tempo inicial, mas a interpretação só será legítima se levar em conta a relevância imediata para os primeiros leitores.
Para compreender corretamente o Apocalipse, portanto, é essencial considerar o contexto histórico e os destinatários originais do livro. Ignorar a situação vivida pelas igrejas do primeiro século pode levar a sérios equívocos interpretativos, desvalorizando a mensagem que João escreveu para o encorajamento e edificação dos cristãos de sua época.
João escreve para encorajar essas igrejas a permanecerem fiéis, mesmo diante de adversidades extremas, apresentando a vitória final de Cristo como uma certeza inabalável.
1.1. A data em que foi escrita
1.1. A data em que foi escrita
A data tradicionalmente aceita para a composição do Apocalipse é por volta do ano 95/96 d.C., durante o reinado do imperador Domiciano. Esse período foi marcado por uma intensificação na perseguição aos cristãos, em parte porque o imperador exigia ser adorado como "Senhor e Deus".
1.2. O contexto histórico e teológico do apocalipse e seu propósito
1.2. O contexto histórico e teológico do apocalipse e seu propósito
O Apocalipse foi escrito durante o reinado de Domiciano (81–96 d.C.), um período marcado pela consolidação do culto imperial. Domiciano foi o primeiro imperador romano a exigir, de forma sistemática, ser adorado como um deus enquanto ainda vivo, adotando títulos como Dominus et Deus(Senhor e Deus). Para os cristãos, cuja fé declarava exclusivamente a soberania de Cristo, essa exigência era inaceitável, colocando-os em oposição direta ao Império Romano, por isso foram considerados criminosos por Roma.
Crime de ateísmo.
O exílio de João na ilha de Patmos é um exemplo dessa perseguição e das punições sofridas pelos crentes.
1.3. A Esperança Escatológica no Meio da Perseguição
1.3. A Esperança Escatológica no Meio da Perseguição
Embora o Apocalipse reconheça o sofrimento dos cristãos, ele também oferece uma visão gloriosa da vitória final de Deus. A mensagem de João é clara:
O mal pode parecer triunfante por um tempo, mas sua derrota é inevitável.
2. O PRÓLOGO (Ap. 1:1-3)
2. O PRÓLOGO (Ap. 1:1-3)
1. Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João,
2. o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu.
3. Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.
O termo grego apokalypsis dá origem à palavra "apocalipse" que, hoje em dia, infelizmente é sinônimo de caos e de catástrofe. O verbo significa, simplesmente, "descobrir, revelar, tornar manifesto".
Daí, o título em extenso desse livro é “A Revelação de Deus a Jesus Cristo”.[1]
2.1. Um Contraste Significativo entre Daniel e João
2.1. Um Contraste Significativo entre Daniel e João
O contraste entre as instruções dadas a Daniel e a João é profundamente revelador e destaca a mudança no plano redentor de Deus ao longo da história. A Daniel foi dito: "E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo"(Dn 12:4).
Por outro lado, a João foi ordenado: "Não seles as palavras da profecia deste livro, porque próximo está o tempo" (Ap 22:10).
Essa diferença reflete o progresso da revelação divina e a inauguração de uma nova era na história redentiva.
2.2. A Revelação Progressiva de Deus
2.2. A Revelação Progressiva de Deus
A ordem para Daniel selar o livro indica que as verdades reveladas estavam reservadas para um tempo futuro, quando seu significado seria mais plenamente compreendido.
Esse tempo futuro, nos dias de Daniel, se referem aos "últimos dias" iniciados com a morte e ressurreição de Cristo e a descida do Espírito Santo no Pentecostes.
O autor de Hebreus confirma essa realidade ao afirmar: "Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho" (Hb 1:1-2).
O "tempo próximo" mencionado em Apocalipse (Ap 1:3; 22:10) deve ser entendido como a iminência da consumação do plano de Deus.
Essa iminência é percebida na perspectiva escatológica inaugurada, onde o reino de Deus já foi estabelecido em Cristo, mas aguarda sua consumação final.
2.3. O Tema Central: A Revelação de Jesus Cristo
2.3. O Tema Central: A Revelação de Jesus Cristo
1. Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João, 2 o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo
Jesus Cristo "não é secundário à ação, mas sim o Tema central de Apocalipse".
Jesus é "tanto o objeto quanto o conteúdo da revelação", destacando que Ele é o próprio revelador de si mesmo. Essa dupla natureza da revelação — objetiva e subjetiva — enfatiza que não podemos separar a profecia de sua Pessoa.
2.4. A Centralidade de Cristo na Profecia
2.4. A Centralidade de Cristo na Profecia
A principal abordagem ao estudar Apocalipse deve ser conhecer melhor o Salvador. Ele é o Cordeiro que foi morto, mas vive para sempre (Ap 5:6), o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim (Ap 22:13).
A visão de João não é apenas um vislumbre dos juízos futuros, mas uma exaltação da glória de Cristo como o Redentor vitorioso.
3. A DEDICATÓRIA DE JOÃO (AP 1:4-8)
3. A DEDICATÓRIA DE JOÃO (AP 1:4-8)
4. João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono 5 e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, 6 e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! 7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém! 8 Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.
3.1. A Identidade do Autor e Seu Contexto Histórico (Ap 1:4)
3.1. A Identidade do Autor e Seu Contexto Histórico (Ap 1:4)
Somente aqui no verso 4 é que o autor humano se identifica. João, o apóstolo e autor do Apocalipse, escreveu essa obra monumental em aproximadamente 95 d.C., sob o governo do imperador Domiciano.
Este governante exigia ser adorado como "Senhor e Deus", o que levou a uma perseguição severa contra os cristãos que se recusavam a obedecer.
3.2. Os Destinatários da Mensagem (Ap 1:4)
3.2. Os Destinatários da Mensagem (Ap 1:4)
Embora o livro tenha sido endereçado a sete igrejas específicas na Ásia Menor, sua mensagem transcende o tempo e beneficia todos os cristãos. A escolha do número sete é simbólica, representando plenitude e perfeição na linguagem bíblica.
Cada igreja recebe uma mensagem personalizada em Apocalipse 2 e 3, mas o prefácio do livro (Ap 1:3) estende a bênção a todos que o leem e obedecem.
1:3 Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.
Alguns estudiosos sugerem que as sete igrejas representam diferentes períodos da história da Igreja, de Éfeso (a igreja apostólica) até Laodiceia (a igreja dos últimos tempos).
3.3. A Volta de Cristo e a Vitória Final (Ap 1:7-8)
3.3. A Volta de Cristo e a Vitória Final (Ap 1:7-8)
O clímax do Apocalipse é a volta gloriosa de Cristo. O versículo 7 declara: "Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá". Essa imagem é carregada de simbolismo veterotestamentário, evocando passagens como Daniel 7:13-14
Dn 7:13-14 (ARA)
(7:13) Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele.
(7:14) Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.
Os títulos atribuídos a Deus no versículo 8 — "Alfa e Ômega", "aquele que é, que era e que há de vir", "Todo-Poderoso" — reforçam sua soberania absoluta sobre a história.
Esses títulos também ecoam Isaías 41:4 e 44:6:
Is 44:6 (ARA)
(44:6) Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus.
3.4. Aplicação do prólogo
3.4. Aplicação do prólogo
O prólogo do Apocalipse (1:4-8) não é apenas uma introdução, mas um convite ao louvor e à obediência. Ele nos lembra que a profecia não é um mero exercício intelectual, mas uma revelação divina destinada a transformar vidas.
Como Daniel e João, somos chamados a responder com reverência e submissão ao plano redentor de Deus.
4. A OCASIÃO (AP 1:9-18)
4. A OCASIÃO (AP 1:9-18)
9 Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.
10 Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta,
11 dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia.
12 Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro
13 e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro.
14 A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo;
15 os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas.
16 Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força.
17 Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último
18 e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.
19 Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas.
4.1. Contexto e Propósito do Exílio de João
4.1. Contexto e Propósito do Exílio de João
João inicia sua narrativa apresentando-se como "irmão e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus"(Ap 1:9).
Essa introdução destaca a comunhão espiritual que ele compartilha com seus leitores, reforçando que a experiência cristã inclui sofrimento, mas também esperança no reino eterno de Cristo.
João não reivindica sua posição apostólica, mas escolhe um título que o coloca no mesmo nível dos crentes perseguidos, enfatizando a solidariedade no sofrimento.
4.2. A Visão do Cristo Glorificado (Ap 1:12-16)
4.2. A Visão do Cristo Glorificado (Ap 1:12-16)
João relata que, "no dia do Senhor", foi arrebatado "em espírito" e ouviu uma voz poderosa que o comissionou a escrever o que via.
Ao se virar, ele testemunhou uma visão do Cristo glorificado no meio de sete candeeiros de ouro. Esses candeeiros, conforme interpretado no versículo 20, representam as sete igrejas da Ásia, cada uma iluminando o mundo com a luz divina.
A descrição de Cristo é rica em simbolismos:
Vestes talares e cinto de ouro (v. 13): Indicam sua dignidade como Rei e Juiz. As vestes longas são típicas de figuras de autoridade no Antigo Testamento, como sacerdotes e reis (Êx 28:4; Is 6:1).
Cabelos brancos como lã (v. 14): Simbolizam sua eternidade e pureza. A imagem remete ao "Ancião de Dias" em Daniel 7:9, apontando para a divindade e eternidade de Cristo.
Olhos como chama de fogo (v. 14): Representam sua onisciência e capacidade de julgar com justiça. Nada escapa ao olhar penetrante do Senhor (Hb 4:13).
Pés de bronze polido (v. 15): Simbolizam julgamento e firmeza. No tabernáculo, o altar de bronze era onde os sacrifícios pelos pecados eram consumidos pelo fogo, prefigurando o julgamento divino.
Voz como de muitas águas (v. 15): Denota poder e majestade. Assim como o som de águas impetuosas domina o ambiente, a voz de Cristo revela sua autoridade suprema.
Espada afiada de dois gumes (v. 16): Representa a Palavra de Deus, que é viva, eficaz e capaz de penetrar no íntimo do coração humano (Hb 4:12; Ef 6:17).
Rosto brilhante como o sol (v. 16): Aponta para sua glória divina, lembrando a transfiguração (Mt 17:2) e a promessa de Malaquias 4:2, onde Cristo é descrito como o "Sol da Justiça".
Essa visão do Cristo exaltado não deve ser interpretada literalmente, mas compreendida como uma representação simbólica de sua glória, autoridade e papel como Juiz e Redentor.
4.3. A Reação de João (Ap 1:17-18)
4.3. A Reação de João (Ap 1:17-18)
Ap 1:17-18 (ARA)
(1:17) Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último (1:18) e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.
Ao contemplar o Cristo glorificado, João "caiu a seus pés como morto" (v. 17). Essa reação reflete o profundo temor reverente que acompanha uma visão da glória divina.
Tanto Isaías (Is 6:5) quanto Daniel (Dn 10:8-9) tiveram reações semelhantes ao serem confrontados com a majestade de Deus.
Is 6:5 (NVI)(6:5) Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! "
Dn 10:8-9 (NVI) (10:8) Assim fiquei sozinho, olhando para aquela grande visão; fiquei sem forças, muito pálido, e quase desfaleci. (10:9) Então eu o ouvi falando, e, ao ouvi-lo, caí prostrado, rosto em terra, e perdi os sentidos.
A visão de Cristo não apenas revela sua glória, mas também expõe a indignidade humana diante do Santo.
Cristo, porém, tranquiliza João com um toque e palavras de encorajamento: "Não temas!" Ele se apresenta como "o Primeiro e o Último" (v. 17), e "aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos"(v. 18).
A vitória de Cristo sobre a morte e o inferno é a base para a segurança e esperança dos crentes.
4.1. Aplicações Contemporâneas
4.1. Aplicações Contemporâneas
A visão de Cristo glorificado e sua mensagem a João têm implicações profundas para a Igreja contemporânea. Em um tempo de irreverência e superficialidade espiritual, a Igreja precisa recuperar uma visão elevada de Cristo.
Como diz Provérbios, "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Pv 9:10).
Reconhecer a majestade e a glória de Cristo deve levar os crentes a uma vida de adoração, obediência e esperança.
Além disso, a mensagem de Cristo de "não temer" ressoa com os crentes em meio às tribulações. A vitória de Cristo sobre a morte garante que aqueles que estão nele são mais que vencedores (Rm 8:37).
5. INTRODUÇÃO ÀS AS SETE IGREJAS (AP 1:20)
5. INTRODUÇÃO ÀS AS SETE IGREJAS (AP 1:20)
Apocalipse 1.20 - Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.
5.1. As Sete Igrejas: Uma Interpretação Histórica e Contemporânea
5.1. As Sete Igrejas: Uma Interpretação Histórica e Contemporânea
As sete igrejas da Ásia Menor (Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia) são representadas como candeeiros de ouro, indicando seu papel de portadoras da luz divina em um mundo em trevas. As estrelas na mão direita de Cristo simbolizam os "anjos" das igrejas, que podem ser entendidos como líderes espirituais ou mensageiros celestiais.
5.2. Sete Períodos da História da Igreja
5.2. Sete Períodos da História da Igreja
Estudiosos têm identificado um paralelo entre as características das igrejas e os períodos históricos do cristianismo. A seguir, um resumo dessa interpretação:
5.3. Estrutura das Cartas às Igrejas
5.3. Estrutura das Cartas às Igrejas
Cada carta às igrejas segue um padrão semelhante, demonstrando a unidade e a intencionalidade divina:
Proclamação – Introdução com o destinatário.
Apresentação – Descrição de Cristo, adaptada à situação da igreja.
Declaração – Afirmação da onisciência divina.
Aprovação – Elogios pelas virtudes da igreja.
Censura – Repreensão pelos pecados.
Exortação – Chamado ao arrependimento.
Recompensa – Promessa de bênçãos eternas.
5.4. Aplicações Contemporâneas
5.4. Aplicações Contemporâneas
As mensagens às igrejas possuem relevância tanto histórica quanto espiritual. Embora cada carta tenha um contexto específico, elas apresentam lições universais:
Fidelidade em meio à perseguição (Esmirna).
Vigilância contra heresias (Pérgamo).
A busca por santidade (Tiatira).
Revitalização espiritual (Sardes).
Abertura para missões e evangelismo (Filadélfia).
Quebrantamento e arrependimento (Laodiceia).
Assim, as igrejas não são apenas um retrato histórico, mas também um espelho das condições espirituais da Igreja em todas as épocas. Cada cristão é chamado a examinar sua própria vida à luz dessas mensagens, buscando a renovação e o fervor espiritual.
[1] Kistemaker, S. (2014). Apocalipse. (J. Hack, M. Hediger, & M. Lane, Trads.) (2aedição, p. 105). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.