A certeza da Salvação: Fato ou Sentimento?

Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 4 views
Notes
Transcript

João 1.12-13

Introdução:
Na última semana, iniciamos o tópico “A Certeza da Salvação” e, baseados em 1 João 5.11-13, entendemos que podemos ter essa certeza mediante o que está escrito na Palavra de Deus. Apesar de ser um tema, às vezes, difícil de assimilar, podemos perceber que a Escritura não apenas fala sobre ele, mas também nos assegura dessa verdade.
Todos aqueles que um dia confessaram e creram em Jesus, conforme ensina Romanos 10.9, podem igualmente crer na sua salvação. No entanto, como humanos, temos sentimentos que, não raramente, tentam nos travar na caminhada da fé. Como lidar com isso? Como enfrentar o fato de que nem todos os dias nos sentimos salvos? A salvação depende de sentir-se salvo? Está ligada aos nossos sentimentos?
Essa reflexão é necessária, pois é inevitável enfrentar dias em que nos sentimos assim. No entanto, com o direcionamento da Escritura, podemos aprender a lidar melhor com essas sensações e fortalecer nossa confiança na promessa de Deus. Com base no texto de João 1.12-13 podemos nos fortalecer a pensar corretamente sobre isso. Peço que os irmãos abram suas Bíblias nessa passagem.
Desenvolvimento:
Algo que chama nossa atenção no texto é o contraste inicial: Jesus veio para os seus, como judeu, descendente de Abraão, enviado aos seus irmãos na carne. No entanto, poucos o receberam. Muitos não aderiram à sua mensagem e até se alegraram com sua morte na cruz.
Enquanto esses o rejeitaram, todos que o receberam tiveram o direito de se tornarem filhos de Deus, independentemente da descendência. Essa nova condição não é resultado do nascimento natural, mas de um ato divino. Quando uma pessoa aceita Cristo como Senhor, é incluída na família de Deus e chamada filho de Deus.
João evidencia essa condição dos crentes, destacando no verso 13 que essa adoção não vem da vontade humana, mas da vontade divina. Não somos aceitos por mérito próprio, pois nada em nós atrai o Senhor. Tudo acontece pela graça dele, que nos chama e nos transforma em algo que antes não éramos.
Essa verdade nos ajuda a controlar nossos sentimentos. Mesmo que muitas vezes tentem nos atrapalhar, temos a garantia de que nossa nova vida já é uma realidade, fruto da vontade de Deus, independentemente de como nos sentimos.
Como disse certo autor: Esta realidade da nova criação, este renascimento espiritual, não pode ser trazido ou proporcionado pela paixão humana ou planejamento familiar. Somente Deus pode realizá-la. Ela vem não por meios naturais, mas por intervenção sobrenatural.
O texto de João nos lembra que fomos aceitos e que já temos parte da nossa herança eterna, unidos ao Senhor. Sempre que seus sentimentos trouxerem dúvidas, lembre-se dessa evidência bíblica da sua adoção. Ela o ajudará a lidar com seus pensamentos e a fortalecer sua fé.
Duas perguntas:
1 - Você teve que sentir que era filho dos seus pais, para ser realmente filho deles?
R - Não. Não é necessário pois isso não é afetado pelos nossos sentimentos.
2 - Você pode ser levantar e se sentir que não está vivo, mas isso quer dizer que você não está vivendo?
R - Não. Estamos respirando, estamos agindo como uma pessoa que está viva, nossos sentimentos não podem nos enganar sobre isso.
Refletir sobre essas perguntas e respostas nos ajuda a compreender que, mesmo quando não nos sentimos salvos ou quando pensamentos confusos tentam nos atrapalhar, isso não anula o que Deus fez por nós. Você é filho de Deus, uma verdade imutável que não pode ser alterada.
Nem os piores dias, nem os sentimentos mais perturbadores podem mudar a forma como Deus o vê. No entanto, aproveite esses momentos para entregar seus sentimentos ao Senhor e se aproximar dele. Embora essas emoções não mudem sua posição em Cristo, podem afetar sua comunhão com Deus.
Estamos nas mãos de Deus!
Há um outro texto que nos assegura da certeza da salvação, peço que os irmãos observem o texto de João 10.27–29 “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai.”
Note que o texto deixa três coisas importantes para cada um de nós.
1 - “Minhas ovelhas” — essa figura ilustra a relação de Cristo com os seus. Ele nos chama de ovelhas do seu aprisco, e reconhecemos sua voz. Ela não nos é estranha, pois, quando ele nos encontrou, não conseguimos resistir ao seu chamado.
Assim acontece com todos os que pertencem ao Senhor: somos dele e não conseguimos ignorá-lo. Ele nos conhece profundamente, sabe quem somos, e por isso pode nos chamar de "minhas". Pertencemos a ele!
2 - “Jamais perecerão” — essa expressão aponta para a impossibilidade de uma pessoa salva sofrer a pena eterna longe de Deus. O texto deixa claro que essa possibilidade está descartada: as ovelhas do Senhor pertencem a ele e, por isso, não perecerão.
A certeza da salvação inclui a segurança de que fomos libertos da ira futura. Não seremos afastados do Senhor, mas permaneceremos ao seu lado para sempre.
3 - “Ninguém pode arrebatar” — o texto deixa claro que estamos nas mãos do Senhor, seguros e protegidos. Nada e ninguém pode nos furtar ou arrancar dele, mesmo que tentem com força.
Estar nas mãos do Senhor significa que podemos descansar, mesmo nas nossas incertezas. Estamos nele e com ele para sempre. Não pereceremos nem nos perderemos no caminho, pois é o próprio Senhor quem nos sustenta e guarda. Estamos nas mãos de Cristo, guardados pelo Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Isso é um fato. Não dependemos de sentir isso, mas sabemos que é uma verdade imutável.
Quando nos deparamos com essas palavras de João como devemos responder a seguinte pergunta: É sua responsabilidade se manter salvo?
R - Não. A salvação é uma garantia recebida quando confessamos a Cristo como Senhor, tanto que agiremos agora como pessoas resgatadas o que comprova que Deus nos chamou. Em Romanos 8.30 “E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou.” Há alguma dúvida ainda? Perceba que os verbos estão no passado o que fortalecem o processo como uma certeza, a salvação dos crentes é um fato consumado aos olhos de Deus, não algo que nossas sensações possam mudar.
Por fim, como nos diz 1 Pedro 1.5: “que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.”
É Deus quem nos guarda. Seu poder nos assegura que estaremos para sempre com Ele. Não podemos ser perdidos, roubados ou arrancados de suas mãos. Quem pode nos separar do Seu amor? Nada, ninguém. Nem mesmo quando nos sentimos indignos do que Ele fez por nós. E, de fato, não merecemos — mas isso é graça!
Estamos seguros no Senhor. Que essa verdade fortaleça seu coração e o ajude a lidar com suas incertezas, medos e inseguranças. Você pertence a Deus, e para sempre será Seu filho!
Conclusão: Quando o diabo tentar fazer você duvidar, diga para ele como você sabe que é salvo. A palavra e Deus é poderosa e vai o derrotar! Se agarre as verdades presentes na Bíblia. Na próxima semana pensaremos sobre “como é que eu me tornei crente”, será que ainda é preciso fazer mais alguma coisa para ser salvo? Venha na próxima semana, e Deus abra seu entendimento sobre isso. Amém!
Related Media
See more
Related Sermons
See more
Earn an accredited degree from Redemption Seminary with Logos.