EBD #07 - DEVEMOS FAZER O TESTE DA LÃ?
Cristianismo Bem Explicado - Augustus Nicodemus • Sermon • Submitted • Presented
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Tema: Conhecendo a Vontade de Deus
Tema: Conhecendo a Vontade de Deus
Objetivo:
Objetivo:
Entender como podemos discernir a vontade de Deus em nossas vidas, com base na Bíblia, e como isso difere das práticas do Antigo Testamento, como o teste da lã e do orvalho realizado por Gideão.
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Dinâmica Inicial: "Decisões e Escolhas"
Dinâmica Inicial: "Decisões e Escolhas"
Objetivo: Introduzir o tema de forma prática, refletindo sobre como tomamos decisões e como buscamos a vontade de Deus.
Atividade:
Peça que cada participante escreva uma decisão importante que já tomou ou que precisa tomar em sua vida (pode ser algo relacionado a trabalho, relacionamentos, estudos, etc.).
Em seguida, peça que reflitam e escrevam como tomaram ou planejam tomar essa decisão (se baseando em quê?).
Divida a turma em pequenos grupos para compartilhar suas respostas.
Conclua a dinâmica perguntando: "Como você acha que Deus pode nos guiar em nossas decisões?"
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1. Introdução: O Teste da Lã e do Orvalho (Juízes 6:36-40)
1. Introdução: O Teste da Lã e do Orvalho (Juízes 6:36-40)
A Bíblia nos conta um episódio interessante da vida de Gideão, um dos juízes de Israel. Os exércitos de Midiã, de Amalegue e de outros povos se uniram para atacar os israelitas. Então o Espírito do Senhor veio sobre aquele juiz, que começou a convocar os guerreiros do povo para a batalha. Foi quando Gideão fez uma curiosa proposta:
Leia o texto de Juízes 6:36-40 e explique o contexto histórico: Gideão estava diante de uma grande batalha e buscava confirmação da vontade de Deus.
Destaque que, naquela época, Deus se manifestava de maneiras sobrenaturais, como sonhos, visões e sinais físicos (como o teste da lã e do orvalho).
2. A Revelação Progressiva de Deus
2. A Revelação Progressiva de Deus
Não é raro que, ao ler essa passagem, as pessoas fiquem em dúvida sobre ser lícito ou não fazer o mesmo tipo de prova que Gideão fez, a fim de conhecer a vontade de Deus. Esse episódio tem a ver com a maneira pela qual o Senhor se manifestava e fazia conhecida sua vontade. Lembremos que a Bíblia registra a revelação progressiva de Deus, isto é, o modo gradativo pelo qual o Senhor comunicou sua vontade a seu povo e ao mundo. Nos tempos antigos, no início de sua revelação, ele costumava se manifestar de maneiras sobrenaturais, como em sonhos, visões, revelações, aparições, teofanias e fenômenos semelhantes. Vemos diversos exemplos disso na Bíblia, como o arbusto em chamas do Sinai e a coluna de fogo (Êx 3.1-6; 13.21). Também vemos o Senhor assumir forma humana, como em seu confronto com Jacó no vale do Jaboque (Gn 32.22-32).
Explique que a Bíblia registra uma revelação progressiva de Deus. No Antigo Testamento, Deus usava métodos sobrenaturais para se comunicar, mas no Novo Testamento, a revelação final e completa veio através de Jesus Cristo.
Tudo isso apontava para a chegada da revelação maior, Jesus Cristo, a Palavra de Deus encarnada. Tanto é assim que Hebreus começa da seguinte forma:
1 Antigamente, Deus falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
2 mas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também fez o universo.
Destaque que, com a vinda de Cristo e a entrega do Espírito Santo, temos acesso direto à vontade de Deus através da Bíblia e da oração.
Cristo, aqui, é apresentado como a revelação final, maior e última de Deus. Portanto, o tipo de fenômeno que Deus realizou com Gideão fazia parte da forma pela qual ele se manifestava aos israelitas naquela época. E fazia sentido, porque a Bíblia ainda não estava completa, o Messias não tinha vindo e o Espírito Santo, embora presente e atuante no Antigo Testamento, não havia sido concedido em sua plenitude. Porém, uma vez que tudo isso já aconteceu, não temos orientação nenhuma na Bíblia de que devemos esperar a vontade de Deus ou descobrir o querer divino dessa maneira. Em suma, naquele tempo era frequente que o Senhor comunicasse sua vontade por meio de sonhos, visões e revelações, mas, em nossos dias, não vejo que essa seja a maneira usual pela qual Deus se dirige a seus filhos e filhas.
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Crer em milagres é preciso. Um cristão que não crê em milagres é um cristão defeituoso, pois o próprio Deus é maior do que se pode explicar.
Citar exemplo do rev. Jair e da mulher com Alzheimer.
Não nego que o Senhor, em sua soberania, extraordinariamente possa guiar alguém dessa maneira sobrenatural, mas não há nada na Bíblia que nos leve a procurar ou esperar isso. Se esse tipo de prova não faz mais sentido em nossos dias, é natural que surja a dúvida: como o cristão pode conhecer a vontade divina?
3. Como Conhecer a Vontade de Deus Hoje?
3. Como Conhecer a Vontade de Deus Hoje?
a) Observar os Princípios Bíblicos:
A Bíblia é a Palavra de Deus e contém orientações claras para nossas vidas. Por exemplo, se a Bíblia diz que devemos ser honestos, isso já nos guia em muitas decisões.
Primeiro, temos de observar os princípios bíblicos. Se a Bíblia é a Palavra de Deus e encontramos nela a revelação da vontade geral do Senhor, é ali que encontraremos as informações que nos guiarão para tomar as decisões corretas. Vejamos como isso se dá na prática: se a Bíblia deixa clara a vontade de Deus de que eu devo ser santo, honesto, puro e reto, na hora de escolher uma profissão, por exemplo, já sei que não posso ser dono de um motel ou me tornar um profissional do sexo, porque isso é contrário à Palavra de Deus. Portanto, não preciso colocar lá na varanda a fim de perguntar ao Senhor que carreira seguir. Toda a revelação da vontade geral de Deus para a vida do cristão se encontra na Bíblia. Logo, o primeiro fator a ser considerado é este: observar os princípios bíblicos. Ao analisar o que a Bíblia diz a respeito de determinado assunto, saberemos como agir diante da necessidade de tomar uma decisão.
b) Orar:
A oração nos aproxima de Deus e nos ajuda a discernir sua vontade. Através da oração, podemos buscar sabedoria e direção (Tiago 1:5).
Segundo, orar. Devemos orar e pedir que Deus mostre sua vontade pelos meios que disponibilizou. Orar é muito importante, porque, na oração, alcançamos uma comunhão mais íntima com Deus. Com essa intimidade, passamos a ver tudo da perspectiva divina, o que dissipa dúvidas e esclarece nosso curso de ação.
c) Temer a Deus:
O temor a Deus nos leva a buscar agradá-lo em todas as nossas decisões (Salmo 25:12).
Outro fator importante a se considerar é o temor a Deus. O salmista Davi escreveu: “Quem são os que temem o Senhor? Ele lhes mostrará o caminho que devem escolher” (Sl 25.12). Fica claro que temer reverentemente a Deus, com o sincero desejo de agradar-lhe, nos leva a ser cautelosos quanto às nossas decisões. O cristão que teme o Senhor deve perguntar o que alegra e o que não alegra o coração divino. Portanto, temer o Senhor é outro elemento dessa decisão.
d) Analisar as Circunstâncias:
Deus age através das circunstâncias da vida. Por exemplo, ao considerar um casamento, devemos avaliar se a pessoa é cristã, se há compatibilidade, etc.
Também devemos analisar as circunstâncias, isto é, o contexto em que determinada decisão deve ser tomada. Suponhamos que eu queira me casar e conheço uma mulher da qual me agrado. Seria da vontade de Deus que eu me casasse com ela? Vamos às circunstâncias: ela é solteira ou é casada? Se o contexto me mostra que ela não teria como ser minha esposa segundo os padrões bíblicos, devo desistir da ideia. Assim, se gosto dela, se ela está disponível e não há impedimentos, se temos idade suficiente para casar, se há condições financeiras que permitam a união, se os pais aprovam, se há compatibilidade e ela é cristã, as circunstâncias parecem mostrar que essa é a vontade de Deus.
e) Usar o Bom Senso:
A sabedoria prática e o bom senso são dons de Deus e devem ser usados em nossas decisões (Provérbios 3:5-6).
A questão do bom senso também interfere. Afinal, a vida cristã é basicamente agir com sabedoria simples, comum e prática. Se você quer fazer um negócio que é extremamente arriscado e põe em risco seu patrimônio e o sustento de sua família, o bom senso mostra que não deve ir adiante. Você pode até orar a Deus e fazer perguntas, mas é como se ele já tivesse dito: “O que você acha, meu filho? É óbvio que essa é uma situação na qual você não deve se envolver!”.
f) Buscar Conselhos:
Conselhos de pessoas maduras na fé podem nos ajudar a discernir a vontade de Deus (Provérbios 15:22).
Outro fator que nos ajuda a saber a vontade de Deus são os bons conselhos de pessoas que conhecem e temem o Senhor. É uma excelente ideia pedir a opinião de um ou mais crentes em Jesus que tenham experiência de vida.
4. Conclusão: Não Precisamos de Sinais Sobrenaturais
4. Conclusão: Não Precisamos de Sinais Sobrenaturais
Destaque que, hoje, não precisamos de sinais como o teste da lã e do orvalho para conhecer a vontade de Deus. Temos a Bíblia, o Espírito Santo e a comunidade da fé para nos guiar.
Enfatize que a vontade de Deus é que vivamos em santidade, obediência e comunhão com Ele.
Dinâmica Final: "Discernindo a Vontade de Deus"
Dinâmica Final: "Discernindo a Vontade de Deus"
Objetivo: Aplicar os princípios aprendidos em situações práticas.
escolher uma faculdade, mudar de emprego, resolver um conflito familiar, etc.
Atividade:
Divida a turma em grupos e distribua os cartões.
Peça que cada grupo discuta como discerniriam a vontade de Deus naquela situação, usando os princípios aprendidos (Bíblia, oração, temor a Deus, circunstâncias, bom senso, conselhos).
Cada grupo compartilha suas conclusões com a turma.
Versículos para Reflexão Final:
Versículos para Reflexão Final:
1 Antigamente, Deus falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
2 mas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também fez o universo.
5 Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie no seu próprio entendimento.
6 Reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.
Encerramento:
Encerramento:
Ore com a turma, pedindo a Deus sabedoria e discernimento para tomar decisões de acordo com Sua vontade.