A INVASÃO SECULAR
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INTRODUÇÃO
Você se considera influenciado pelo mundo atual?
Somos diariamente chamados a viver o que a “moda” dita e viver o que “está em alta".
Nós vivemos neste mundo, mas não pertencemos a este mundo. Somos cidadãos do céu. E isso implica em dizer que as nossas influências e nosso modo de vida deve estar ligado diretamente com as coisas de Deus e não da Terra.
É importante lembrarmos que Deus nos resgatou e nos plantou em um momento determinado da história, dentro de uma determinada cultura, a fim de que influenciássemos a sociedade que vivemos através de uma vida santa.
Não é pecado ouvir música secular, assistir série secular ou ver uma peça teatral secular, porém não podemos deixar que a cultura secular ofusque a cultura do céu/do Reino em nossas mentes e corações.
Antes de nos aprofundarmos, na revista, precisamos trazer o significado do que é “secular” ou “secularismo".
O que é secularismo?
Decorre da visão humanista - o homem é o mais alto valor e autoridade em termos de conhecimento ou comportamento, ao invés de qualquer outra realidade transcendente.
Ser “secular” é orientar a vida para a realidade do mundo em oposição à percepção da natureza eterna da vida. Uma vez que as religiões geralmente contêm uma perspectiva eterna no bojo de suas cosmovisões, o secularismo é demonstrado em ações que procuram impedir que as visões ou considerações religiosas influenciem as políticas e ações públicas.
É uma ideologia que promove a ausência de qualquer obrigação relacionada à autoridade ou crença em Deus. É uma forma de ver o mundo onde se reconhece apenas o aqui e o agora, e se o mundo espiritual existe, isso não é uma preocupação para o secularismo, assim, podemos viver como se esse mundo espiritual não existisse. Outra questão é que, em contraste com o forte ateísmo de certas ideologias, como o novo ateísmo ou o comunismo, o secularismo é uma forma mais sutil de ateísmo, nem sempre exigindo que declaremos “não há Deus”. Isso implica em que, simplesmente, Deus não é relevante para a discussão – nunca. Em suas linhas ainda mais perniciosas, o secularismo implica em que Deus seria, na realidade, destrutivo para a sociedade.
"O secularismo é o guarda-chuvas sob o qual todos [pós-modernismo, pluralismo e relativismo] convergem." R.C. Sproul, Classical Apologetics (Grand Rapids: Academie Books, 1984).
Secularismo é contrário/inimigo de Deus.
2. CONTEXTUALIZAÇÃO
O livro de Números é o quarto do Pentateuco/Toráh. A tradição aponta para a autoria de Moisés, apesar de existir muita discussão na academia.
Segundo Milgrom, Números se divide em 3 partes: o deserto de Sinai (1:1 – 10:10), a área ao redor de Cades (10:11 – 20:13) e de Cades a Moabe (20:14 – 36:13).
No capítulo 21, Israel tem uma vitória numa contra o rei Ogue, de Basã - amorreus. Os amorreus vivam ao sul da Judéia, no entorno das montanhas (ribeiro Arnom até o Monte Hermom). Eram uma tribo dominante, próximo à Canaã e, ainda sim, Deus concede a vitória sobre eles.
No capítulo 22, após a vitória de Israel sobre os amorreus, o rei de Moabe, Balaque, teve medo de Israel e chamou Balaão, um profeta/adivinho que cria em Deus para amaldiçoar a Israel. Nesse contexto, temos o fatídico caso da mula de Balaão.
Nos capítulos 23 e 24, ao invés de amaldiçoar, Balaão abençoa Israel e o rei Balaque fica bravo. Para não sair feio na foto, Balaão sugeriu que Balaque enviasse mulheres midianitas para seduzir os israelitas, levando-os a pecar e se afastar de Deus (31.16).
Chegando no capítulo 25, o povo de Israel vai a Sitim e vemos que o povo de Israel se prostitui com as mulheres de outras nações, inclusive aceitando o convite delas para adorar e sacrificar para outros deuses (Baal-Peor - ídolo de Bete-Peor). O Senhor se irou contra esse pecado e ordena para que matassem aqueles que haviam se prostituído.
Esse capítulo mostra muito bem que Deus não aceita a secularização do Seu povo.
Imagina se Deus mandasse nos matar toda vez que nos “prostituímos” com a cultura secular?
3. DESENVOLVIMENTO
I. BALAQUE, BALAÃO E BAAL-PEOR
Balaão ensinou Balaque como faria alguns israelitas caírem: secularização.
A secularização foi o mal no qual alguns israelitas pecaram e se afastaram de Deus.
A expressão de secular vem de ROmanos 12, onde Paulo manda “não conformar com o presente século. "Século” aqui é o mundo corrupto e corruptível que vive sob a égide do pecado.
Desde então, tem-se como "secularização” quando a Igreja deixa de viver sob a égide de Deus e os costumes bíblicos e vive em conformidade com o mundo ao seu redor que está todo contaminado e podre pelo pecado.
II. PRÁTICAS PECAMINOSAS DE ISRAEL EM PEOR
Números e Apocalipse afirmam que os pecados de Israel foram por prostituição e idolatria. Então trataremos de 4 pontos dessas práticas pecaminosas:
a) Permissividade sexual: para cultuar Baal, havia uma “orgia cultual", onde prostitutas cultuais tinham relação sexual com os homens para adoração do deus pagão. No culto a Baal, havia os festivais da primavera que dramatizavam, ao vivo, a cópula de Baal com a deusa da fertilidade. E isso não é diferente dos nossos dias. O sexo é o deus do mundo. As músicas, as séries, os filmes, as piadas, etc são pautados no sexo. O sexo sempre foi uma forma de secularização do povo de Deus, mas atualmente está pior. Sexo não é ruim, sexo é benção, desde que feito da forma como as Escrituras ensinaram. E hoje somos ensinados pela cultura (século) de um sexo ilícito que desagrada a Deus. Pornografia, swing, traição, etc são exemplos de como estamos indo de mal a pior. Precisamos nos fortalecer em Cristo e na Sua palavra para que consigamos resistir a essas tentações;
b) Concupsciência dos olhos: os moabitas convidaram os israelitas a um banquete. Vejam, são pessoas que estavam no deserto por quarenta anos e agora teriam direito a um banquete. Resultado, o povo se deixou levar pelo desejo dos olhos. “O olho maior que a boca/barriga". A secularização também atua conosco na concupsciência dos olhos. Todos os dias somos chamados a desejar coisas que nunca poderemos ter. Isso envolve bens materiais, desejo lascivo/sexual e outros. Somos bombardeados com coisas que despertam o nosso desejo, pelos olhos. Precisamos olhar para Cristo para vencer esses desejos;
c) Idolatria: os moabitas fizeram com o povo de Israel adorasse Baal e a secularização de hoje faz com que adoremos outros deuses além de Deus. E veja, para nós não são deuses visíveis - uma imagem ou estátua -, mas são coisas invisíveis - dinheiro, fama, beleza, sexo, etc. Começamos a pensar da mesma forma que os ímpios. Precisamos nos apegar a Cristo e mantê-lo no centro de nosso coração;
d) Afronta às autoridades constitídas por Deus: um príncipe de Simeão (Zinri) levou uma moabita para sua tenda, mesmo depois da ordem do Senhor. Devemos obedecer as autoridades, gostando delas ou não. Perdemos o constrangimentos e fazemos o que queremos até mesmo diante dos líderes espirituais e diante da ordem de Deus. Quantas vezes fazemos coisas para afrontar um líder espiritual?
III. SANTIDADE, SECULARIZAÇÃO E SOCIEDADE
Nós somos cidadãos do céu, mas vivemos em uma sociedade. Precisamos estar aqui e nos relacionarmos, sem cair na secularização. Pelo contrário, nós somos chamados a influenciar a sociedade e a cultura com a cultura do céu/do Reino. Este é um desafio muito grande para nós, mas com Cristo conseguiremos.
A revista nos traz 3 abordagens:
a) Separação proibida: na história, muitos tentaram se separar fisicamente do mundo para tentar uma vida mais santa, como se o contato com o mundo fosse o mal. Mas o mal está no coração e no cerne humano. Não adianta nos afastarmos e vivermos como ermitão - do deserto. Nós somos chamados a influenciar a sociedade em que vivemos. O problema do mundo é espiritual, então precisamos lidar espiritualmente. Não adianta fugirmos para as colinas (como diz a expressão popular), mas precisamos viver no mundo de forma diferente;
b) Afastamento necessário: porém, não é porque estamos vivendo aqui que devemos ter contato com tudo o que o século oferece. Em alguns momentos, não poderemos estar fisicamente em alguns lugares ou em algumas situações que desagradam a Deus. Não é pra sermos discpliscentes e participarmos de tudo que o mundo oferece. Não devemos nos expor desnecessariamente à tentação. Não é prudente brincar com o pecado. Não brinque com o pecado;
c) No mundo, não do mundo: devemos buscar o ponto de equilíbrio entre viver no mundo, mas não pertencer ao mundo - sistema corrupto e pecaminoso. Para trazer esse equilíbrio, a revista nos instrui a entendermos três doutrinas básicas das Escrituras -
c1) doutrina da criação - Deus é o criador de todas as coisas. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Não é a criação de Deus que deve ser repudiada, mas o pecado que corrompe a criação. Entendem a diferença? Não vamos desprezar as pessoas por conta do pecado, mas vamos viver a ponto de influenciá-las e demonstrar que a criação de Deus é maravilhosa.
c2) doutrina da redenção - o pecado já não nos aprisiona nem nos escraviza. A última palavra não é do pecado, mas é do Senhor. Saímos da escravidão do pecado e hoje somos escravos de Cristo - como Paulo sempre afirmava em suas cartas. Devemos viver a nossa liberdade em Cristo, de forma santa. Viver com zelo e santidade.
c3) doutrina da graça comum - tudo o que é bom decorre e deriva de Deus, por isso, não é só o “gospel” que é bom. Existe muita música, filme, série, livro, etc que são excelentes. Não podemos nos esconder numa caverna dos crentes e não conviver ou consumir o que não é “gospel". Até porque tem muita merda no “gospel". A graça comum fazcom que homens pecadores e não redimidos produzam coisas boas.
4. CONCLUSÃO
Você se considera influenciado pelo mundo atual?
Nós estamos inseridos no mundo e no “século” presente, porém devemos ter a consciência que somos cidadãos do céu. O modelo para as nossas vidas é Cristo. A forma como viveremos deve estar alicerçada nas Escrituras. Devemos ser transformados pela renovação de Cristo e viver de forma diferente, em meio ao “século".
Nosso contato com o "século" não nos deve levar a pecar.
Existe muita coisa boa no “século", pois Deus quem dá a graça comum, mas precisamos passar tudo no filtro das Escrituras.
Precisamos viver em santidade e ter comunhão com Senhor para vivermos nesse “século” sem sermos influenciados.
5. APLICAÇÃO
Como descobrir se nossos valores estão se sujeitando à “secularização”?