Como é que eu me tornei crente?

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Romanos 3.9-12

Introdução:
Temos observado, nesses dias, a questão da salvação. Por duas sextas, enfatizamos, especificamente, a certeza relacionada a ela.
A partir da Escritura, podemos chegar a um pensamento concreto sobre isso, que é: é possível ter certeza da salvação. A Escritura não mente sobre essa verdade para cada um de nós.
Ter essa convicção é importante porque somos constantemente tentados. Não poucas vezes, o nosso inimigo, Satanás, adora plantar dúvidas em nossa mente, principalmente quando cometemos alguma falha. Quando entendemos, pela Bíblia, que não precisamos ter dúvidas quanto a isso, podemos nos fortalecer e vencer a incerteza que ele coloca em nosso coração.
Nós somos seres sentimentais e nem todos os dias temos a mesma motivação, certeza ou ânimo. Se formos levados por nossas emoções, podemos duvidar do que Deus fez por nós. Mas, por meio d’Ele, podemos vencer nossas dúvidas e encontrar paz n’Ele.
Mas, e agora? Sou crente, alguém que tem a vida eterna. Ainda é necessário fazer alguma coisa a mais para ser salvo? As obras são necessárias para ir ao céu?
Vamos iniciar esse pensamento a partir do texto de Romanos 3.9-12.
Desenvolvimento:
Algo interessante de se observar no texto de Romanos, e que é importante para entender o livro, é que, muitas vezes, Paulo está direcionando seu argumento para um público específico: ora judeus, ora gentios.
É necessário perceber isso para entender o início do texto. Ele diz: “Temos nós qualquer vantagem?”
A primeira pergunta que devemos fazer é: de quem Paulo está falando? Dos leitores? Romanos? Gentios? Não! Olhe o primeiro verso do capítulo: a “vantagem do judeu”.
Paulo está falando do seu povo de origem. Esse “nós” se aplica a Paulo enquanto judeu.
Mas, seguindo o texto: “Qualquer vantagem…”. Paulo coloca na mesa a seguinte dúvida: por sermos judeus, diante de nós, no que se refere à salvação, que é o ponto do texto aqui, eles tinham alguma vantagem sobre nós, gentios? O que os irmãos acham?
Não! Paulo deixa isso certo ao falar “ de forma nenhuma”, não fica dúvidas que judeus não tem vantagem sobre os gentios nesse tópico, mas por que?
O verso continua, “tanto judeus como gregos, ou seja, quem não é judeu, estão debaixo do pecado”. Quando pensamos nessa final, o que isso quer dizer?
Paulo já explicou que o judeu não tem nenhuma vantagem, e nem o gentio sobre o judeu, porque ambos os povos, diante de Deus, estão debaixo do pecado. Ambos pecaram, ambos falharam em cumprir a lei de Deus, ambos são filhos de Adão, ambos sofrem os efeitos da queda.
Ambos estão em débito com Deus, logo, não podem se achar melhores que o outro, pois precisam da mesma coisa: salvação!
Geralmente, quando estamos bem na vida e no trabalho, não seria estranho dizer que estamos no topo. Mas, quando pensamos na questão do pecado, estamos em um poço — e sem fundo!
Isso é o que Paulo esclarece para cada um de nós: ele explica a nossa condição. Para prosseguir com seu argumento, utiliza o Salmo 14. Note que, nos versos 10 a 12, há uma expressão que se repete. Os irmãos percebem qual é? “Não há” se repete cinco vezes.
Entender isso é concluir como Paulo: essa é a nossa condição diante do Senhor. Diante d’Ele, não somos “justos”, ou seja, não somos bons, não entendemos e não buscamos ao Senhor.
Apenas com esses versos, nossa conclusão deveria ser que é impossível fazer algo que nos aproxime do Senhor. Tanto é que, no verso 12, diz que todos se extraviaram e não fazemos o bem.
Particularmente, chega a ser difícil entender como alguém pode crer que pode construir sua própria salvação com esse texto.
Isso não depende de nós, pois, por nossa vontade, não faríamos nada para ir até Deus. Nossa vontade é o pecado, pois nosso ser está cativo ao pecado; ele é escravo do mal.
Os irmãos conseguem entender o grau dessa condição? Nós estamos cativos do pecado e, assim, será que temos livre-arbítrio? Isso seria o mesmo que, nesse caso, escolher ao Senhor.
Mas isso é possível? Não! Não é! Nosso arbítrio é caído, escravo, e necessita da intervenção de Deus para desejar ao Senhor!
Isso não quer dizer que as pessoas não possam fazer coisas boas. Muitas vezes, pessoas mundanas têm atitudes até melhores do que crentes. Mas essas pessoas podem agradar ao Senhor? Basta observar o texto: não!
Em Romanos 8.8, diz: “Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus.” E quem está nessa condição, conforme temos visto até aqui? Todos!
Nenhum homem pode, por meio de seus esforços, alcançar algo que o aproxime da salvação. Da mesma forma, ninguém pode fazer qualquer coisa que faça com que Deus o observe e o salve por suas ações!
Como diz o verso 12, “todos”, tanto judeus quanto gentios, padecem da mesma doença: o pecado! Como diz o verso 23, todos pecaram e carecem — falharam — da glória de Deus! Todos erraram o alvo, e por muito!
Podemos ter atos de bondade, podemos fazer coisas boas. Conforme Jesus disse em Lucas 11.11: “Qual pai, entre vocês, se o filho lhe pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra?”
Podemos fazer coisas boas, sermos bons uns com os outros, mas isso, de forma nenhuma, poderá nos eximir da nossa pena diante de Deus!
Logo, quando alguém alegar para você: "Mas eu sou uma pessoa boa! Eu pago meus impostos, ajudo pessoas, sempre deixo esmolas para quem quer que seja. Minha casa é uma pensão! Qualquer um pode vir, e eu o ajudarei a saciar sua fome. Não gosto de ver ninguém passando necessidade! Até ajudo algumas igrejas em suas necessidades. Visito e ajudo alguns órfãos!"
Em outras palavras, é uma pessoa maravilhosa. Mas, e diante de Deus? O pecado ainda faz com que ela erre o alvo. Suas obras têm valor para ajudar outras pessoas, mas não para satisfazer sua dívida com o Senhor!
Quanto à salvação, ninguém pode agradar a Deus! Romanos 3.23 já nos esclarece sobre essa verdade.
Então, como fica? Como nós nos tornamos crentes? Se, como é natural, buscamos as coisas, corremos atrás e elas se tornam nossas, mas a salvação não é assim!
A salvação é um presente dado por Deus, é gratuito. Geralmente, o que nós fazemos para ganhar um presente? Nada! Pois, se você fez algo para isso, já não é presente, é um pagamento ou salário.
Pense no seu trabalho. Chega no fim do mês, e o seu patrão lhe chama e diz: "Pronto, chegou o dia de lhe dar um presente!" E te dá o seu salário. E aí? Isso está certo? Não! Não é presente, você trabalhou para merecer aquilo!
A salvação não é algo que merecemos. Em Romanos 6.23 já nos explica isso: “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”
Um dom, um presente gratuito. Esse versículo também poderia traduzir “dom” por “presente”. Assim é a salvação: Deus olha para você, uma pessoa que tem obras horríveis, como diz Isaías 64.6 — temos obras que nada valem.
Mas, ainda assim, Ele tem compaixão e, sem merecermos, Ele intervém em nossa vida e nos escolhe, nos dando o presente da salvação. Então, como nos tornamos crentes? Ao confessar ao Senhor que nos deu esse presente misericordioso, apesar de quem nós somos!
Conclusão: Somos salvos pela graça de Deus, recebemos esse presente. Que bom ganhar algo sem qualquer esforço, não é? Assim é a salvação: não fazemos nada para conquistá-la, mas, após sermos salvos, vivemos como uma pessoa que pratica obras que agradam ao Senhor, pois foi para isso que recebemos essa nova vida. Na próxima semana, estudaremos sobre o valor da palavra de Deus. Qual é a sua importância? Veremos isso, com a permissão de Deus, na próxima sexta-feira!
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