(Ag 1)

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Texto

1 No segundo ano do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, dizendo: 2 Assim fala o SENHOR dos Exércitos: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do SENHOR deve ser edificada. 3 Veio, pois, a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, dizendo: 4 Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? 5 Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. 6 Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado.

7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. 8 Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o SENHOR. 9 Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? —diz o SENHOR dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa. 10 Por isso, os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra, os seus frutos. 11 Fiz vir a seca sobre a terra e sobre os montes; sobre o cereal, sobre o vinho, sobre o azeite e sobre o que a terra produz, como também sobre os homens, sobre os animais e sobre todo trabalho das mãos.

12 Então, Zorobabel, filho de Salatiel, e Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e todo o resto do povo atenderam à voz do SENHOR, seu Deus, e às palavras do profeta Ageu, as quais o SENHOR, seu Deus, o tinha mandado dizer; e o povo temeu diante do SENHOR. 13 Então, Ageu, o enviado do SENHOR, falou ao povo, segundo a mensagem do SENHOR, dizendo: Eu sou convosco, diz o SENHOR. 14 O SENHOR despertou o espírito de Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e o espírito do resto de todo o povo; eles vieram e se puseram ao trabalho na Casa do SENHOR dos Exércitos, seu Deus, 15 ao vigésimo quarto dia do sexto mês.

Introdução

Um dos filmes que eu lembro ter assistido na adolescência, com os meus pais e que me marcou muito é o filme “Quem quer ser um milionário?”, de 2008, dirigido por Danny Boyle e escrito por Simon Beaufoy.
O filme é uma adaptação de um livro, que vai contar a história de Jamal, um jovem das favelas de Mumbai, e que participa da versão indiana do programa “Quem quer ser um Milionário?”.
Que é um programa de perguntas e resposas e que, após responder todas as perguntas, o participante recebe um grande prêmio em dinheiro
Durante o filme, acompanhamos a sua história, saindo da extrema pobreza e sofrimento, chegando ao programa e respondendo as perguntas com base nos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada e de suas lutas.
E ele responde todas as perguntas e, ao fim, recebe o prêmio de 20 milhões de rupias (o que seria aproximadamente de 1 milhão de reais na cotação da época do filme)
Ou seja, ele só sabia a resposta, porque ao longo de sua vida, em suas lutas, ele aprendeu.
Jamal vence porque sofreu.
E isso é sucesso. Todos nós, moldados pela cultura em que vivemos, em alguma medida, sonhamos com ele.
Até porque todos sofremos.
E temos esse desejo de que, de alguma forma, os nossos sofrimentos nos levam a alcançar aquilo que desejamos
Essa talvez seja a grande mensagem do nosso tempo.
Sofra e alcançará o seu sucesso!
Sofra terá a casa que deseja!
O carro, o casamento, a família, o emprego, a formação.
Sofra e você alcançará os seus objetivos.
Talvez não como Jamal, que em um momento não tinha nada e, no momento seguinte, um caminhão de dinheiro.
Mas a mensagem é sofra e, por meio dessas dores que se amontoam como os degraus de uma escada, você alcançará o topo!
Os seus sonhos!

O fracasso dos profetas

Essa é a mensagem da nossa cultura, mas não é a mensagem bíblica.
Nas Escrituras, não necessariamente o sofrimento irá te levar ao sucesso desejado.
Quem entendia bem disso eram os profetas do Antigo Testamento.
Por vezes nós romantizamos muito o ministério dos profetas.
O chamado de um profeta é um chamado para o sofrimento.
Por mais que tivessem chamados extraordinários como Isaías e Ezequiel.
Quase todos os profetas tiveram uma jornada baseada em dor.
Exemplos disso são Jonas, Oséias, Habacuque, Jeremias.
E, perceba, muitos não tiveram aparente sucesso em seus ministérios.
Você espera que, quando um homem prega, dizendo as palavras de Deus, o povo de Deus vá obedecer.
Você espera que o povo de Deus escute a voz do seu Senhor.
Mas nem sempre isso ocorre.
Isaías e Jeremias pregavam e o povo não os escutava.
O povo os rejeitava e odiava as suas mensagens.
E o próprio Deus os alertou que isso aconteceria.
Por isso, aos nossos olhos - da nossa cultura consumista - eles não tiveram sucessos.
Não usaram o seu sofrimento para alcançar o sucesso de converter em massa o povo!
Ministérios fracassados!
Mas será mesmo?
O fato é que a nossa própria definição de sucesso está viciada
Sim, eles são fracassados, se a nossa definição de sucesso for reduzida a “converter pessoas”
Por mais que seja o esperado, não é isso que determina o sucesso do profeta.
O sucesso do profeta está nele anunciar o oráculo que lhe foi entregue com fidelidade.
Cumprir a Palavra de Deus, pregando com fidelidade - esse é o sucesso do profeta!
O que, obviamente, não quer dizer que todos os profetas pregavam esperando insucesso - esperando serem rejeitados.
Alguns receberam a benção de verem a conversão dos seus ouvintes.
Observe o caso de Jonas - uma pregação simples, que gerou um gicantesco avivamento (apesar de que, nesse caso, Jonas considerou um fracasso a conversão dos Ninivitas).
Alguns poucos profetas, apesar de terem obtido o real sucesso ministerial - isto é, serem fiés até o fim -, também tiveram o provilégio de ver os frutos do seu ministério serem colhidos.
Ageu é um desses profetas.
Fiel até o fim!
E além disse recebeu um privilégio que poucos profetas tiveram - ser escutado!
O povo o ouviu!
Ouviu a voz de Deus e a obedeceu rápido!
Poucos profetas tiveram esse privilégio.
Ainda mais sem sofrimento.
O que é mais incrível!
Ageu nega a lógica da nossa cultura:
Ao contrario de Jamal, Ageu obtêm sucesso máximo sem ter que caminhar o caminho da dor.

Contexto Histórico

Mas qual é o oráculo de Ageu?
O que ele prega?
Para entender o que ele prega, precisamos entender o contexto no qual ele estava inserido.
Ageu anuncia a palavra de Deus ao povo no contexto pós-exílico.
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